PORTUGUÊS ANA BECKENKAMP 03/07/2020
SEGUNDO
ATENÇÃO
Qualquer dúvida entre em contato comigo por esses números:
(45) 9 99740287 (TIM) ou pelo Whatsapp (45) 9 91166403.
ATENÇÃO ALUNO(A), ESTÃO VINDO MUITAS ATIVIDADES EM BRANCO, SE VOCÊ NÃO REALIZÁ-
LAS, SIGNIFICA QUE VOCÊ NÃO ESTÁ ESTUDANDO, OU SEJA, RECEBERÁ FALTA E NÃO TERÁ
NOTA!!!! E NÃO ESQUEÇA DE COLOCAR SEU NOME  FIQUE ATENTO A ISSO!!!!
AULAS 36 A 40 SÃO REVISÕES
AULA 36 – REVISÃO I
GÊNERO: CONTO E PREDICADO VERBO-NOMINAL
Nessa aula começaremos a revisar o conteúdo e vamos estudar o
gênero textual conto, rever os elementos da narrativa e o conceito
de predicado verbo-nominal.
RELEMBRANDO O GÊNERO CONTO:
Texto narrativo bem comum;
Remonta à tradição oral de contar histórias, narrar;
Geralmente apresenta poucos personagens;
Espaço ou cenário limitado; e
Recorte temporal reduzido.
Vamos entender melhor...
Os contos são textos que têm por finalidade narrar
uma história dentro do campo da ficção literária, ou seja, da
imaginação e existe uma grande variedade de tipos de
contos: populares, fantásticos, terror, humor, infantil,
psicológicos, de fadas...
A estrutura do conto é formada pelos elementos
fundamentais da narrativa:
• Personagem (quem participa da história): pode ser seres
humanos, animais, plantas e até mesmo objetos
humanizados.
• Espaço (onde acontece a história): cenário na qual as
personagens executam e sofrem as ações.
• Narrador (quem conta a história): pode ser em 1ª, quando
o narrador participa do enredo que narra, ou em 3ª pessoa,
quando ele não participa.
• Tempo (quando acontece a história): época em que o
enredo acontece ou tempo de duração da narrativa.
• Enredo: sequência das ações que compõem a história.
• Para facilitar lembre-se dessa imagem:
E então, o que achou? Bem fácil, né...?
O outro conteúdo que vamos revisar é o predicado verbo-
nominal. Você se lembra?
Veja:
Fernando chegou ofegante à aula.
Sujeito: Fernando
Predicado verbo-nominal: chegou ofegante à aula
Núcleo do predicado: chegou ofegante
9º ANO
Quando o predicado é verbo-nominal, a
informação está centrada em um dos elementos: um verbo
significativo (transitivo ou intransitivo), que funciona como o
núcleo do predicado, e um nome (predicativo do sujeito ou
objeto), que também é o núcleo do predicado. Ou seja, O
predicado verbo-nominal é um tipo de predicado que
apresenta dois núcleos, sendo que um deles é um verbo, e
o outro, um nome (substantivo ou adjetivo).
AULA 37 - REVISÃO II
GÊNERO: CONTO E PREDICADO VERBO-NOMINAL
Nessa aula continuaremos a estudar o gênero textual conto e o
conceito de predicado verbo-nominal.
Vamos lá?
Vimos na aula passada que o conto é uma obra de
ficção, um texto ficcional, de fantasia ou imaginação e que,
como todos os textos narrativos, apresenta um narrador,
personagens, tempo e espaço que formam o enredo. Agora,
vamos revisar a estrutura do conto. Veja:
Sua estrutura está dividida em três partes:
1) Introdução: apresentação da ação que será
desenvolvida. Nesse momento inicial, há uma breve
ambientação do local, tempo, personagens e do
acontecimento.
2) Desenvolvimento: formado em grande parte pelo diálogo
das personagens, aqui se desenrola o desenvolvimento da
ação.
3) Clímax: encerramento da narrativa com desfecho
surpreendente.
De acordo com a estrutura básica da narrativa
(introdução, desenvolvimento, clímax e desfecho), o conto,
por ser uma narrativa mais breve, parte do desenvolvimento
para o clímax. Ou seja, para o momento final, de desfecho,
chamado de "epílogo", onde geralmente surge o ponto mais
alto de tensão do drama (clímax).
E então, bem interessante, não é?
Lembre-se dessa imagem para compreender melhor:
 A outra parte do nosso conteúdo que vamos continuar
revisando é o predicado verbo-nominal.
Você se lembra? O predicado verbo-nominal é o predicado
composto por um verbo e por um nome.
Exemplo: João comeu o bolo faminto.
Agora, vamos analisar juntos:
No exemplo acima, o predicado é constituído por um
verbo (comer) e por um predicativo. Neste caso, o
predicativo refere-se ao sujeito, ou seja, “faminto” está
qualificando João quando comeu o bolo.
Com essas duas aulas, 36 e 37, finalizamos a nossa revisão de
conteúdos sobre o gênero textual conto e o
predicado verbo-nominal.
AULA 38 - REVISÃO III
GÊNERO: POEMA E FIGURAS DE LINGUAGEM
Nessa sequência de três aulas (38, 39 e 40) vamos revisar o
conteúdo sobre o gênero poema e algumas figuras de linguagem.
RELEMBRANDO
Estrutura formal do gênero poema
Versos – Cada linha do poema
Estrofes – Um conjunto de versos
Rimas – combinação sonora nos versos
E você se lembra o que são figuras de linguagem?
São recursos expressivos empregados para gerar
diferentes efeitos de sentidos, ampliando a ideia que se
pretende passar e que não seria possível com o uso restrito
e literal das palavras. Veja alguns tipos de figuras de
linguagem:
 antítese: consiste na aproximação de termos contrários,
de palavras que se opõem pelo sentido.
 hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade
enfática.
 polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando
termos da oração ou elementos do período.
 metáfora: uso de uma palavra ou expressão com o
sentido de outra com a qual é possível estabelecer uma
relação de analogia.
 comparação: chamada de comparação explícita. Ao
contrário da metáfora, neste caso são utilizados conectivos
de comparação (como, assim, tal qual).
 personificação: atribuição de características humanas a
outros seres.
Agora, um desafio:
Qual a função das figuras de linguagem nos textos poéticos?
As figuras de linguagem produzem sentidos diversos
(polissemia) que enriquecem o texto poético, conferindo-lhe
uma linguagem literária peculiar.
AULA 39 - REVISÃO IV
GÊNERO: POEMA E FIGURAS DE LINGUAGEM
Nessa aula vamos continuar a estudar o gênero textual poema e
algumas figuras de linguagem.
Agora, observe essas duas figuras de linguagem de
oposição:
 A antítese consiste na utilização de termos, palavras ou
orações que se opõem quanto ao sentido.
Ex.:O amor e o ódio caminham lado a lado.
 O paradoxo também se fundamenta na oposição de
sentidos, de modo mais profundo, pois permeia o âmbito das
ideias. O exemplo do Soneto de Camões.
Uma prática bem comum quando estudamos a forma
e a estrutura dos poemas é a escansão. Você se lembra o
que ela significa e como se faz?
A escansão é o exercício de contar as sílabas poéticas que
compõem os versos de um poema, geralmente para conferirmos
sua métrica e podermos classificá-lo ou não em um poema de
forma fixa, como soneto, ode, balada, etc.
Quando vamos fazer uma escansão, temos que ter
em mente que essa contagem possui algumas coisas bem
específicas, o que faz com que as sílabas poéticas nem
sempre coincidam com as sílabas gramaticais (aquelas que
a gente separa quando vamos aprender a ler nas aulas de
língua portuguesa, lembra?).
Por isso, devemos prestar bastante atenção em
como fazer a escansão e em como não confundir os dois
tipos de sílabas. Assim, as sílabas poéticas são mais
relacionadas com os sons (já que os poemas têm uma
preocupação grande com o ritmo, pois, quando esse gênero
foi inventado, ele era lido em voz alta ou cantado), e por isso,
a última sílaba tônica do verso sempre vai indicar o fim da
escansão, e em alguns casos, pode haver união fonética,
pois os sons são lidos como juntos quando lemos em voz
alta.
Eu sei que deve estar parecendo algo meio difícil, mas calma!
Veja essa imagem para sintetizar o que acabamos de
conversar:

Iremos revisar a forma do SONETO e sua

composição métrica, mostrando a importância da forma na
construção do conteúdo poético.

RELEMBRANDO O SONETO:
- uma das mais antigas formas de se fazer poema;
- o italiano Francesco Petrarca (1304 e 1374) é considerado o seu
inventor;
- sendo forma fixa, tem uma métrica rígida- dois tercetos e dois
quartetos;
- suas rimas têm uma formatação especial.

Observe a construção da estrutura desse soneto “Amor é

fogo que arde sem se ver”, de Luís Vaz de Camões:
 Os versos também têm nome. Você sabia disso?
Veja a imagem abaixo:
E para terminar, vamos falar sobre o plano rítmico, ou seja,
como as rimas são classificadas de acordo com a
combinação sonora que fazem entre os versos:
 Opostas ou interpoladas: esquema ABBA.
 Alternadas ou cruzadas: esquema ABAB.
 Emparelhadas ou paralelas: esquema AABB.
 Versos brancos: poema sem rimas.
AULA 40 - REVISÃO V
GÊNERO: POEMA E FIGURAS DE LINGUAGEM
Essa é a nossa última aula de revisão de conteúdo. Portanto,
vamos terminar o nosso estudo sobre o gênero poema e as figuras
de linguagem.
Os POEMAS apresentam como temática bastante
comum reflexões sobre os sentimentos, a vida e as relações
humanas experienciadas pelo eu-lírico. Portanto, eles podem
ser um aliado no desenvolvimento da competência
socioemocional já que o eu-lírico expressa suas emoções
com as quais nos identificamos, nos vemos e podemos
resinificar nosso lugar emocional e o nosso
autodesenvolvimento no mundo.
Leia esse poema de Arzírio Cardoso:
Excesso
Nem sempre é feito de matéria bruta
Que transborda ou enche,
Às vezes é falta o que nos preenche.
Escassez,
Recesso de permanências
O excesso também é feito
De ausências.
Bromas & Bromélias de Arzírio Cardoso (editora Penalux).
Agora, vamos analisar juntos!
Pode-se dizer que o eu-lírico constrói um jogo de
linguagem com a palavra “excesso” nos apresentando uma
nova perspectiva de sentido: o excesso também ocorre pela
ausência, pela falta, ou seja, a ausência também preenche.
Além disso, o uso da figura de linguagem paradoxo presente
no “excesso” que está relacionado à abundância e também à
falta contribui para a construção desse sentido.
Agora, vamos relembrar os tipos de rimas:
correspondência de sons, no final ou no meio dos versos,
que contribuem para a musicalidade e ritmo de um poema.
AULA 41
LEITURA: GÊNERO CANÇÃO
Nessa aula começaremos a estudar sobre a temática da influência
das mídias na conduta das pessoas. Para tanto, vamos realizar a
leitura de uma canção e estudar alguns aspectos linguísticos
característicos desse texto. Antes de começar gostaria de lançar
um desafio! Pense: Quantas horas você fica em frente da TV, de
um computador ou do celular durante o dia?
Conhecendo o gênero CANÇÃO:
- texto bem popular;
- está no cotidiano das pessoas;
- uma das formas de expressão mais antiga da humanidade;
- desperta a sensibilidade;
- organizada em versos e estrofes;
- combina sons ritmos e melodias;
- pode usar linguagem formal e, ou, informal;
- aborda diferentes assuntos/temáticas.
Vamos ler duas estrofes dessa canção:
TE VER
Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável, é dor incrível
É como mergulhar num rio e não se molhar
É como não morrer de frio no gelo polar
É ter o estômago vazio e não almoçar
É ver o céu se abrir no estio e não se animar
ROSA, Samuel; ZANETTI, Lelo; AMARAL, Chico. Te ver. Intérprete: Skank. In:
Skank.Calango. Chaos/Sony Music, 1994. 1 CD. Faixa 7.
Analisando...
Essa canção apresenta a temática da
impossibilidade do eu poético desprezar, ignorar a presença
da pessoa amada. E essa ideia do “impossível”, de
“improvável” é construída pelo eu poético a partir do uso de
uma figura de linguagem chamada comparação. Ou seja,
ele compara os sentimentos a situações improváveis. Por
exemplo: É como mergulhar num rio e não se molhar/ É
como não morrer de frio no gelo polar.
E então, o que achou?
Pensando sobre o que estudamos a respeito do
gênero canção e do tema abordado nela: Você saberia falar
o nome de uma canção que marcou um instante especial de
sua vida? O que seria insuportável para você deixar de ter,
deixar de ver?
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AULA 42
LEITURA: GÊNERO ROMANCE (FRAGMENTO I)
Nessa e na próxima aula vamos estudar um fragmento do romance
O menino sem imaginação do autor Carlos Eduardo Novaes.
Você conhece esse livro? Fica a dica: NOVAES, Carlos Eduardo. O
menino sem imaginação. ed. 6. São Paulo: Ática, 1997.
O texto que vamos ler trata da paixão pela TV,
sabendo disso e lendo o título do texto, o que podemos
imaginar a respeito desse menino?
[...]
Maria botou o jantar e pela primeira vez, desde que nasci, vi toda a
família reunida à volta da mesa.
– Como nos velhos tempos! – exclamou o vovô satisfeito.
Ele disse que no passado era assim: as pessoas sentavam juntas,
conversavam e trocavam ideias na hora das refeições. Disse que foi
a chegada da televisão que provocou uma debandada geral. Eu
fiquei calado, mas me irrita muito ver alguém falando mal da
televisão. Para mim ela apenas permitiu que cada um comesse
quando quisesse, porque as pessoas não são obrigadas a sentir
fome à mesma hora.
– Vamos conversar sobre o quê? – perguntou o vovô; que não
obtendo resposta continuou:
– Não podemos perder esta oportunidade. Ela talvez não se repita
nunca mais.
– Qualquer coisa – resmungou mamãe desinteressada.
– Eu queria fazer um comentário sobre o jogo…
– Ah! Futebol não! – mamãe cortou a frase de papai.
[...]
– Existe algum tema mais relevante do que o sumiço da televisão?
– indagou titia.
– Ah! Eu não aguento falar mais sobre isso! – disse papai.
– Nem eu! – concordou a mana.
E mergulhamos todos num longo silêncio.
Eu havia colocado Fantástica sobre o aparador, na minha frente,
mantendo seu controle remoto ao lado do meu prato, como um
talher. Não acreditava que a TV fosse demorar muito mais fora do
ar, porque papai falou que os donos das emissoras são poderosos
“e logo vão dar um jeito nisso”.
NOVAES, Carlos Eduardo. O menino sem imaginação. ed. 6. São Paulo: Ática, 1997.
E então, bem interessante, não é? A partir da leitura
desse texto, vamos observar alguns aspectos juntos!
 Essa família não tem o hábito de realizar as refeições
reunida, conversando. Cada pessoa come em um horário
diferente. E essa rotina muda, a partir de um determinado
acontecimento. Você conseguiu perceber qual é? O “sumiço”
da televisão.
 O personagem “vovô” e o personagem “menino” têm
opiniões diferentes sobre o mesmo fato: vovô está satisfeito
e diz que “foi a chegada da televisão que provocou uma
debandada geral”. Já o menino está irritado e diz que a TV
“apenas permitiu que cada um comesse quando quisesse”.
 Vovô afirma que a família não pode perder “essa
oportunidade”, referindo-se a oportunidade da família estar
reunida para realizar as refeições e poder “trocar ideias”,
conversar.
 De acordo com o menino, que também é o narrador e o
personagem principal, a personagem mamãe parece estar
indiferente, ou seja, poderiam conversar sobre qualquer
assunto. Entretanto, essa informação não é comprovada
pela fala da mamãe porque o pai gostaria de fazer um
comentário sobre o jogo e ela demonstra na fala seguinte
que não quer conversar sobre futebol: “Ah! Futebol não!”,
indicando não estar interessada em “qualquer assunto”.
 Na fala da personagem titia, é usada a expressão “tema
mais relevante”, quando ela se refere ao sumiço da TV. Com
base nas respostas dadas pelo pai e pela irmã, percebemos
que, algumas vezes, os acontecimentos mais importantes
são abordados de forma excessiva e intensa causando
desinteresse e rejeição de algumas pessoas.
 Nesse texto temos um personagem diferente: a
“Fantástica”. Você saberia dizer quem ela é? Pense... Esse é
o nome que o menino dá à televisão e por esse fato
poderíamos chamá-la de personagem e, também, porque ele
se irrita quando falam mal dela.
 O fato que desencadeia toda essa narrativa, toda essa
história, é porque as emissoras de TV não estavam
transmitindo a programação normalmente, havia acontecido
algum problema, a TV estava fora do ar, o que, segundo o
pai, não seria por muito tempo, pois “os, donos das
emissoras são poderosos e logo vão dar um jeito nisso”.
E então, o que achou desse texto? Ficou curioso
para saber mais? Na próxima aula continuaremos com a
leitura de mais uma parte.
AULA 43
LEITURA: GÊNERO ROMANCE (FRAGMENTO I)
Nessa aula continuaremos estudando um fragmento do romance O
menino sem imaginação do autor Carlos Eduardo Novaes.
RELEMBRANDO
- o menino é o narrador e também o personagem principal;
- uma família tem sua rotina modificada porque a TV fica fora do ar;
- a família se reúne para jantar (algo que não se acontecia);
- neto e avô têm opiniões divergentes em relação à TV;
- a família não encontra nenhum assunto para conversar;
- o menino gosta tanto da TV que lhe dá um nome: “Fantástica”.
Vamos continuar com a leitura?
[...]
Eu dava uma garfada, ligava e desligava Fantástica; dava outra
garfada, ligava e desligava e ligava e desligava, até que papai saiu
de seu silêncio e bateu na mesa:
– Para com isso, Tavinho! Que mania!
– Só quero saber quando a imagem vai voltar.
– Você vai saber! Vai ser uma barulhada infernal por esse país
afora!
A comida estava uma gororoba intragável. Maria é uma grande
cozinheira, mas desta vez errou a mão, salgou tudo e queimou o
arroz. Eu deixei cair um pedaço de goiabada no chão, titia se
engasgou com a farofa e mamãe virou a garrafa de água na toalha.
Minha irmã, que não perde uma chance, falou que “o sumiço da
televisão está mexendo com o equilíbrio de muita gente”.
[…]
O jantar acabou e as pessoas ficaram vagando pelo apartamento
feito almas penadas. Eu mesmo não sabia o que fazer.
Experimentava uma sensação esquisita, das naves. Foi me dando
sono, uma vontade de me encolher debaixo das cobertas.
Minha irmã, ao me ver acabrunhado num canto, veio até mim:
– Não fique assim, irmãozinho – disse carinhosa.
– Fico assim. – resmunguei – A vida perdeu o sentido pra mim.
– Que bobagem! – ela sorriu meiga. – A televisão é um
eletrodoméstico.
– Pra mim é muito mais! É minha razão de viver!
– A humanidade viveu milhares de anos sem televisão, Tavinho, e
nunca deixou de fazer as coisas.
– Pois eu sou aquela parte da humanidade que não saber fazer as
coisas sem televisão.
A mana sorriu e afagou meus cabelos, delicada:
– Não adianta ficar emburrado. Faz o jogo do faz de conta. Às
vezes é preciso brincar para se suportar melhor a realidade.
– Faz de conta o quê? O quê? – perguntei desafiador.
– Por que você não faz de conta que engoliu a TV?
Lá vinha ela com suas birutices.
– Eu? Engolir a televisão?
[...]
NOVAES, Carlos Eduardo. O menino sem imaginação. ed. 6. São Paulo: Ática, 1997.
E então, bem interessante, não é? A partir da
leitura desse texto, vamos observar alguns aspectos
juntos!
Diante do comportamento insistente de Tavinho em
ficar ligando e desligando a TV o tempo todo para ver se ela
já havia voltado a funcionar, o pai faz um pedido, quase uma
ordem, uma repreensão, usando o verbo “PARAR” no modo
imperativo: “– Para com isso, Tavinho! Que mania!”.
É possível inferir, a partir dessa fala do pai “– Vai ser
uma barulhada infernal por esse país afora!” que o barulho
será em decorrência das pessoas ligando suas TVs e
comemorando a volta do seu funcionamento.
Os acontecimentos atrapalhados envolvendo os
personagens do texto podem ser decorrentes do fato das
pessoas não saberem como agirem sem a TV.
O personagem Tavinho, ao afirmar que estava com
uma sensação esquisita utiliza a expressão “das naves” o
que significa, nesse contexto, que ele estava “fora de si”, fora
da normalidade, em outra realidade. Além disso, ele afirma
estar “acabrunhado”, sem alegria, sem ânimo. Ou seja, ele
se sentia mal pela falta da TV.
A irmã de Tavinho conversa com ele tentando
confortá-lo e animá-lo, minimizando a situação ao dizer que
a televisão é apenas um eletrodoméstico, mas ela não
consegue convencê-lo, pois para ele a TV é a sua razão de
viver.
Como mais uma forma de tentar consolar Tavinho, a
irmã sugere: “Não adianta ficar emburrado. Faz o jogo do faz
de conta”. Querendo dizer que ele deveria usar a
imaginação, criar histórias e não ser tão dependente da TV.
Agora pense: Observando o título do texto, você acha
que o menino conseguirá seguir o conselho da irmã?
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Isso já é conteúdo para a nossa próxima aula...
 Agora, você pode fazer as atividades das aulas 36 a 43. de aniversário de uma grande amiga. O problema é que não tinha
dinheiro messmoooooo.
Fui a uma relojoaria à procura de uma pequena joia, ou
ATENÇÃO!!!!!! bijuteria mesmo, algo assim, e pedi à balconista:
CASO NÃO TENHA LIDO A EXPLICAÇÃO, VOLTE E – Queria ver alguma coisa bonita e barata para uma
grande amiga!
ESTUDE PRIMEIRO O CONTEÚDO DAS AULAS QUE
Ela me mostrou algumas peças realmente caras, que na
COLOQUEI AQUI PARA DEPOIS RESPONDER AS época eu não podia pagar. Então eu pedi:
QUESTÕES! – Posso ver o que você tem, assim... alguma coisa mais
baratinha?
LISTA DE EXERCÍCIOS
E a moça me trouxe um pingente folheado a ouro... bonito
AULA 36 - REVISÃO I e barato. Eu gostei e levei. Quando chegamos ao aniversário, (eu e
Leia atentamente o texto. meu filho) fomos cumprimentar minha amiga, que, ao abrir o
A semente da verdade presente, disse:
O imperador precisava achar um sucessor. Sem filhos, – Nossa, muito obrigada!!!!! Que coisa linda!!!!!
nem parentes próximos, ele decidiu chamar todas as crianças do E meu filho, na sua inocência de criança bem pequena,
reino. Thai foi uma delas. Ele era um ótimo menino. Dedicava-se ao sem saber bem o que significava a expressão “baratinha”
jardim de sua casa e cada planta tocada por ele crescia viçosa e completou:
forte. – E era a mais baratinha que tinha!!!.
Disponível em: recantodasletras.uol.com. Acesso em: 22 mar. 2010.
No dia marcado, dirigiu-se até o palácio, onde havia
1. O enredo desse texto se desenvolve a partir
milhares de pequenos súditos. O imperador disse:
– Crianças, preciso escolher o meu sucessor entre vocês. a) da chegada ao aniversário.
Vou lhes dar uma tarefa. Aqui estão algumas sementes e quero que b) da inocência da criança.
vocês as cultivem. O trono será daquele que me trouxer, daqui a c) do convite para o aniversário.
um ano, a planta mais bonita. d) do presente comprado.
Thai era um excelente jardineiro e com certeza faria muito
2. Identifique a alternativa em que aparece um predicado
bem o que o imperador pediu. Porém, por mais que se esforçasse,
a semente não brotava. O menino fez tudo o que podia, mas seus verbo-nominal:
esforços não adiantaram. a) Os viajantes chegaram cedo ao destino.
Até o dia de apresentar a planta ao imperador, a semente b) Demitiram o secretário da instituição.
de Thai não havia brotado e o menino estava tão preocupado que c) Nomearam as novas ruas da cidade.
não queria enfrentar as outras crianças, porém seu avô disse: d) Compareceram todos atrasados à reunião.
– Você é honesto. Vá até o imperador e diga a verdade.
Sua dedicação foi máxima, mas a semente não brotou. Não se AULA 38 - REVISÃO III
envergonhe, querido, apenas explique o que você fez, pois 1. Identifique a figura de linguagem:
devemos sempre agir com honestidade, buscando a felicidade, sem a) “Sou faraó prazer minha mãe Sou faraó passeio pelo sol”
que a nossa alegria faça alguém infeliz. ( ) Antítese ( ) Hipérbole ( ) Metáfora
Thai obedeceu ao avô e foi ao palácio. Entretanto, ao
b) “Palmeiras se abraçam fortemente...” (Eduardo Dusek)
chegar lá, ficou assustado, pois era a única criança que não levava
consigo uma belíssima planta. ( ) Personificação ( ) Polissíndeto ( ) Comparação
O imperador chamava as crianças e examinava os vasos. c) O jardim olhava as crianças sem dizer nada.
Não sorria e nem esboçava contentamento. Thai estava muito ( ) Antítese ( ) Personificação ( ) Comparação
nervoso, pois se o imperador não havia até agora aprovado aquelas
plantas maravilhosas, o que não diria de seu vaso sem nada? d) Meu pensamento é um rio subterrâneo.
Thai foi ficando para trás e, quando se deu conta, era o ( ) Metáfora ( ) Hipérbole ( ) Personificação
último da fila. Mas sua vez chegou e ele não poderia mais adiar o
e) Estou morrendo de sede.
encontro com o imperador.
– Vejamos, meu jovem, o que tem aí para mim. ( ) Personificação ( ) Hipérbole ( ) Antítese
Thai não pôde mais evitar as lágrimas. Com a cabeça f) O Amor queima como o fogo.
baixa, mostrou o vaso ao imperador e disse: ( ) Comparação ( ) Antítese ( ) Hipérbole
– Senhor, sou um jardineiro e uma de minhas virtudes é a
perseverança, mas por mais que eu tenha me esforçado, a semente
AULA 39 - REVISÃO IV
não brotou. Meu avô ajudou a pensar sobre o que fazer e optei por
dizer a verdade, contar meu esforço e pedir-lhe perdão. Leia esse soneto:
– Não se envergonhe, criança, você fez o certo. A sua Amor é um Fogo que Arde sem se Ver
grande virtude foi dizer a verdade, pois eu havia queimado todas as Amor é um fogo que arde sem se ver;
sementes e nenhuma poderia germinar. Portanto, você foi o único É ferida que dói, e não se sente;
que, de fato, plantou a semente da verdade. É um contentamento descontente;
Disponível em:<http://quersaber1.webnode.com.br/textos-interessantes/a-semente-da-
verdade/>. Acesso em: 11 dez. 2014. É dor que desatina sem doer.
1. A história se passa É um não querer mais que bem querer;
a) num reino conhecido. É um andar solitário entre a gente;
b) dentro do jardim do reino. É nunca contentar-se e contente;
c) na casa do menino jardineiro. É um cuidar que ganha em se perder;
d) num reino distante. É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
2. Qual das seguintes orações apresenta um predicado
É ter com quem nos mata, lealdade.
verbo-nominal?
a) Meu pai está orgulhoso de mim. Mas como causar pode seu favor
b) Minha irmã caiu na patinação. Nos corações humanos amizade,
c) A mãe do campeão sorria orgulhosa. Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Extraído do livro Sonetos Luiz de Camões, Editor Martin Claret, 2003, página 19.
d) Os funcionários pediram um aumento.
AULA 37 - REVISÃO II 1. É correto afirmar que o texto de Camões é um soneto,
Leia o texto: pois apresenta
Sinceridade de criança a) 14 versos. b) 4 estrofes
Era uma época de “vacas magras”. Morava só com meu c) 2 quartetos e 2 tercetos. d) rimas e versos regulares.
filho, pagando aluguel, ganhava pouco e fui convidada para a festa
2. De acordo com a leitura do texto o amor é AULA 43
a) um sentimento fácil de ser entendido. 1) Marque como cada personagem agiu no romance “O
b) um sentimento contraditório em si mesmo. menino sem imaginação” que você leu na aula 43:
c) um sentimento dominado pela vontade.
d) um sentimento sem sentido. 1- Virou a garrafa de água na toalha.
a) ( ) Maria
AULA 40 - REVISÃO V
b) ( ) Menino
1. O que é poema?
c) ( ) Titia
a) Obra em verso ou não, em que há poesia. O poema é
d) ( ) Mamãe
uma manifestação literária, um arranjo de palavras
organizadas de forma a transmitir pensamentos,
2- Engasgou-se com a farofa.
sentimentos, emoções.
a) ( ) Maria
b) Obra em verso, em que há poesia. O poema é uma
b) ( ) Menino
manifestação literária, um desarranjo de palavras
c) ( ) Titia
desorganizadas de forma a transmitir pensamentos,
d) ( ) Mamãe
sentimentos, emoções.
2. Para que servem os poemas e onde circulam? 3- Deixou cair um pedaço de goiabada no chão.
a) Diferentemente de outros textos os poemas não têm a) ( ) Maria
finalidade, apenas arte e beleza; eles podem ser b) ( ) Menino
encontrados em qualquer esfera de atuação humana. Muitos c) ( ) Titia
pensam que atualmente é possível encontrar poemas em d) ( ) Mamãe
vídeo, áudio e outras linguagens, mas isso não é verdade,
pois eles estão restritos à forma escrita. 4- Salgou tudo e queimou o arroz.
b) A finalidade dos poemas é emocionar, sensibilizar o leitor, a) ( ) Maria
manifestar arte e beleza; eles são comumente encontrados b) ( ) Menino
na esfera literária/artística. Muitos pensam que ele está c) ( ) Titia
restrito à forma escrita, mas hoje é possível encontrar os d) ( ) Mamãe
poemas em vídeo, áudio e outras linguagens.
2) Qual dos trechos abaixo foi falado pelo pai de
AULA 41
Tavinho?
1) Marque VERDADEIRO ou FALSO sobre as
a) “– Para com isso, Tavinho! Que mania!”
informações do gênero textual canção:
b) “– Só quero saber quando a imagem vai voltar.”
A) Os temas/ assuntos abordados são ilimitados.
c) “– Por que você faz de conta que engoliu a TV?”
( ) VERDADEIRO ( ) FALSO
d) “– Eu? Engolir a televisão?”
B) O nível de linguagem exigido é sempre o culto formal.
( ) VERDADEIRO ( ) FALSO
C) Pode utilizar-se da linguagem poética.
( ) VERDADEIRO ( ) FALSO

2) Qual das características abaixo NÃO pertence ao

gênero textual canção:
( ) estrofes.
( ) versos.
( ) ritmos.
( ) melodias.
( ) parágrafos.
AULA 42
1) No fragmento do romance “O menino sem
imaginação” de Carlos Eduardo Novaes, a família estava
reunida para jantar. Qual foi a única personagem que
demonstrou estar SATISFEITA com essa situação?
a) O menino.
b) O papai.
c) O vovô.
d) A mamãe.
2) No fragmento do romance “O menino sem
imaginação” de Carlos Eduardo Novaes, que estudamos,
qual o conflito da narrativa?
a) O conflito está relacionado ao fato do pai querer falar a
respeito de futebol na hora do jantar, causando problemas.
b) O conflito está relacionado ao fato do menino e do avô
terem opiniões convergentes a respeito do mesmo assunto:
a TV.
c) O conflito está relacionado ao fato de as emissoras não
estarem transmitindo a programação na TV por causa de
algum problema.