PORTUGUÊS ANA BECKENKAMP 03/07/2020
SEGUNDO
ATENÇÃO
Qualquer dúvida entre em contato comigo por esses números:
(45) 9 99740287 (TIM) ou pelo Whatsapp (45) 9 91166403.
ATENÇÃO ALUNO(A), ESTÃO VINDO MUITAS ATIVIDADES EM BRANCO, SE VOCÊ NÃO REALIZÁ-
LAS, SIGNIFICA QUE VOCÊ NÃO ESTÁ ESTUDANDO, OU SEJA, RECEBERÁ FALTA E NÃO TERÁ
NOTA!!!! E NÃO ESQUEÇA DE COLOCAR SEU NOME  FIQUE ATENTO A ISSO!!!!
AULA 36 E AULA 37
GÊNERO CRÔNICA – CARACTERÍSTICA E DISCURSO
DIRETO E INDIRETO
Nesta aula vamos ler uma crônica e conhecer suas características.
Leia a crônica A bola, de Luis Fernando Verissimo.
A bola
O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o
prazer que sentira ao ganhar a sua primeira bola do pai. Um
número 5 sem tento oficial de couro. Agora não era mais de couro,
era de plástico. Mas era uma bola.
O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse “Legal!
”. Ou o que os garotos dizem hoje em dia quando gostam do
presente ou não querem magoar o velho. Depois começou a girar
a bola, à procura de alguma coisa.
— Como é que liga? — perguntou.
— Como, como é que liga? Não se liga.
O garoto procurou dentro do papel de embrulho.
— Não tem manual de instrução?
O pai começou a desanimar e a pensar que os tempos são outros.
Que os tempos são decididamente outros.
— Não precisa manual de instrução.
— O que é que ela faz?
— Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela.
— O quê?
— Controla, chuta…
— Ah, então é uma bola.
— Claro que é uma bola.
— Uma bola, bola. Uma bola mesmo.
— Você pensou que fosse o quê?
— Nada, não.
O garoto agradeceu, disse “Legal” de novo, e dali a pouco
o pai o encontrou na frente da tevê, com a bola nova do lado,
manejando os controles de um videogame. Algo chamado Monster
Baú, em que times de monstrinhos disputavam a posse de uma
bola em forma de bip eletrônico na tela ao mesmo tempo que
tentavam se destruir mutuamente.
O garoto era bom no jogo. Tinha coordenação e raciocínio
rápido. Estava ganhando da máquina.
O pai pegou a bola nova e ensaiou algumas embaixadas.
Conseguiu equilibrar a bola no peito do pé, como antigamente e
chamou o garoto.
— Filho, olha.
O garoto disse “Legal”, mas não desviou os olhos da tela.
O pai segurou a bola com as mãos e a cheirou, tentando
recapturar mentalmente o cheiro de couro. A bola cheirava a nada.
Talvez um manual de instrução fosse uma boa ideia, pensou. Mas
em inglês, para a garotada se interessar.
VERISSIMO, Luís Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
Esse texto que você acabou de ler é uma crônica. Mas,
afinal o que é crônica?
A crônica é um gênero textual muito conhecido na
atualidade, normalmente veiculada em jornais, revistas e
blogs. Mas podem ser reunidas em livros como os de Luis
6º ANO
Fernando Verissimo, um dos mais importantes cronistas da
atualidade.
A palavra Crônica vem do grego, Chronos, e o
gênero, de fato, possui uma ligação direta com o tempo,
pois tem por base fatos simples, do cotidiano, expostos em
linguagem literária. Os textos se caracterizam por serem
narrativas curtas, com tempo, espaço e personagens
reduzidos e predominância de linguagem coloquial.
Os cronistas narram situações comuns, observáveis
no nosso do dia a dia de um modo particular e criativo.
Podendo inserir uma perspectiva ficcional e imaginativa em
seus textos.
Sabe o que mais esse gênero apresenta?
A crônica que se destaca por sua abordagem bem-
humorada dos temas, apresenta uma linguagem simples e
coloquial. Ou seja, a linguagem que utilizamos no nosso dia
a dia.
Nessa crônica que você acabou de ler o assunto é
bem comum do nosso cotidiano, não é mesmo?
Apresenta uma situação também bastante comum
que é o pai dar uma bola ao filho. Porém, o filho, não sabia
como usar uma bola. Você acha que isso é possível? Será
que uma criança, nos dias de hoje, não sabe para que serve
uma bola? Isso é bem improvável, mas o autor criou essa
situação para causa humor no texto. Legal né?
E assim, finalizamos mais uma aula. Gostou?
DISCURSO DIRETO E INDIRETO
Vamos ler novamente a crônica “A bola”, de Luis
Fernando Verissimo
Vamos relembrar o que é uma crônica?
O gênero crônica se caracteriza por abordar temas
do cotidiano; ser uma narrativa curta, com tempo, espaço e
personagens reduzidos e predominância de linguagem
coloquial.
O texto que você leu é marcado por diálogos e para
construir esses diálogos o autor precisou utilizar o discurso
direto, você sabe o que é isso?
Em um texto, ao contar a história o autor pode
representar exatamente o que os personagens falam. Nesse
caso trata-se do uso Discurso Direto.
Observe os três exemplos a seguir:
1.— Como é que liga? — perguntou.
2. O garoto disse “Legal”
3. O garoto perguntou:
— Como é que liga?
Você observou? São três exemplos de frases em que autor
representou exatamente o que o personagem falou, por
meio de diálogos. Não é mesmo?
 Mas, há uma diferença entre essas frases. Você percebeu? No último andar é mais bonito:
Vamos ler novamente e identificar as diferenças do último andar se vê o mar.
1.— Como é que liga? — perguntou. É lá que eu quero morar.
Nesse exemplo foi utilizado o travessão para marcar a fala. [...]
Todo o céu fica a noite inteira
2. O garoto disse “Legal” sobre o último andar
Nesse exemplo as aspas foram utilizadas para marcar a É lá que eu quero morar.
fala do menino.
Quando faz lua no terraço
3. O garoto perguntou: fica todo o luar.
— Como é que liga? É lá que eu quero morar
Nesse exemplo foi utilizado dois pontos para antecipar a
fala do menino e travessão marcando a fala. Os passarinhos lá se escondem
para ninguém os maltratar:
Viu só?! As diferenças estavam nos sinais de pontuação no último andar.
que foram usados. […]
Agora vamos ver outro tipo de discurso: o indireto. Poema “Último andar”, de Cecília Meireles. In Ou isto ou aquilo. Rio de janeiro: Nova Fronteira,1990.

Você sabe o que é? Ele é composto por quatro estrofes de três versos cada,
Quando em um texto, o narrador utiliza as suas não é mesmo?
palavras para reproduzir as falas das personagens, Em um poema, existe uma voz que fala, que expõe
indiretamente, temos o Discurso Indireto. Veja um ao leitor o sentimento que emerge do poema. Essa voz que
exemplo que foi “adaptado” da crônica: “O pai começou a fala no poema chama-se eu poético ou eu lírico. Ele não
desanimar e a pensar que os tempos são outros; ele disse deve se confundido com o autor real do poema.
que os tempos são decididamente outros. Leia o poema Madrigal, novamente!
Viu só?! Observe o trecho em negrito. Nesse O que o eu lírico nos revela acerca do tema do
exemplo o narrador reproduziu as falas do personagem. poema? O eu lírico ao descrever sobre seu amor por Dora,
Veja mais um exemplo de discurso direto e indireto nos revela que o tema do poema é a simplicidade do amor.
Discurso Direto, exemplo: Raramente o eu lírico pode ser determinado de
— Não precisa manual de instrução. [pai] forma concreta no poema, pois sua presença é marcada,
— O que é que ela faz? [filho] muitas vezes, por características sutis, o que requer muita
Agora veja essas mesmas frases escritas em atenção do leitor para compreender de fato a mensagem do
discurso indireto: O pai disse que não precisava de texto.
manual de instrução e o filho perguntou o que a bola AULA 39
fazia. GÊNERO POEMA – RIMA, RITMO E ADJETIVO
Agora, vamos estudar um pouco de pontuação. O que são Nesta aula vamos ler poemas compreender o que é rima, ritmo e
os sinais de pontuação? Para que servem? identificar os adjetivos utilizados no poema.
Sinais de pontuação são recursos prosódicos que Você sabia que o poema é conhecido também
conferem às orações ritmo, entonação e pausa, bem como como gênero lírico, pois há muito tempo, na idade média,
indicam limites sintáticos e unidades de sentido. era cantado acompanhado de instrumentos musicais como
a lira, de onde vem o nome lírico. Mesmo não sendo mais
Vamos observar os sinais de pontuação e descobrir
cantado ele guarda ainda uma relação próxima com a
qual a função de cada um deles no trecho abaixo?
música em função da presença de elementos da
— Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela.
sonoridade.
— O quê?
— Controla, chuta… Leia o poema Madrigal da aula 38 novamente:
Vamos lá? Madrigal
— [travessão] introduz a fala das personagens. Meu amor é simples, Dora Como o céu refletido
. [ponto final] indica o término de uma frase declarativa. como a água e o pão. nas pupilas de um cão
? [ponto de interrogação] indica uma pergunta.
(José Paulo Paes. O melhor poeta da minha rua. São Paulo: Ática, 2008, p.53.)
, [vírgula] separa duas ações.
… [reticências] indica que as ações continuam. Observe as palavras sublinhadas. Elas têm o som parecido.
Esse recurso chama-se rima.
AULA 38
GÊNERO POEMA – ESTRUTURA E O EU LÍRICO Vamos relembrar alguns recursos da linguagem poética.
Nesta aula vamos ler alguns poemas e estudar como são Rima: trata-se do resultado de sons iguais ou semelhantes
estruturados e também o que é “eu lírico”. Vamos lá? entre palavras, geralmente no final do verso. Vamos ler
Como já vimos em aulas anteriores o poema pode ser mais um poema e identifique as rimas.
definido como o gênero textual escrito em versos, não é “O último andar”.
mesmo? E que cada linha representa um verso e o conjunto
No último andar é mais bonito:
de versos forma a estrofe. do último andar se vê o mar.
Vamos ler um poema: É lá que eu quero morar.
Madrigal [...]
Meu amor é simples, Dora, Como o céu refletido Todo o céu fica a noite inteira
Como água e o pão. Nas pupilas de um cão. sobre o último andar
(José Paulo Paes. O melhor poeta da minha rua. São Paulo: Ática, 2008, p.53.) É lá que eu quero morar.
Observe abaixo a estrutura do poema, ele é Quando faz lua no terraço
composto por quatro versos e duas estrofes. fica todo o luar.
Madrigal É lá que eu quero morar
Meu amor é simples, Dora, (verso) Os passarinhos lá se escondem
Como água e o pão. (verso) para ninguém os maltratar:
Como o céu refletido ( verso) no último andar.
Nas pupilas de um cão. (verso) […]
Poema “Último andar”, de Cecília Meireles. In Ou isto ou aquilo. Rio de janeiro: Nova Fronteira,1990.
Agora leia trecho desse outro poema. Ele é composto por O modo de distribuir a rima ao longo do poema pode variar,
quantas estrofes de quantos versos cada?
observe novamente os poemas anteriores. No poema
“Madrigal” a rima alternada. E no poema “O último andar” a ► Comparação: Utiliza termos comparativos para
rima é emparelhada. estabelecer a comparação. Veja um exemplo:
Agora vamos falar um pouco sobre os adjetivos. Os olhos dela eram como duas jabuticabas. Nessa frase foi
É muito comum nos poemas o eu lírico descrever utilizado o termo comparativo “como”.
acontecimentos, sentimentos ou percepções ao leitor, para ► Metáfora: é um tipo de comparação implícita, sem o uso
isso ele utiliza os adjetivos, que são as palavras de termo comparativo, que estabelece uma relação de
responsáveis por caracterizar os substantivos. semelhança, utilizando expressões com significados
Vamos ver onde estão os adjetivos na estrofe do poema “O diferentes do habitual. Por exemplo:
último andar”, de Cecília Meireles A menina é um doce!
No último andar é mais bonito Veja a diferenças nesses dois exemplos:
do último andar se vê o mar.
É lá que eu quero morar.
A palavra bonito é a característica dada ao último andar. Ou
seja, a expressão “bonito” é o adjetivo.
Vamos ver mais um recurso do poema
Outro recurso utilizado nos poemas que, juntamente
como a rima, é responsável pela sonoridade é o ritmo. O
ritmo é criado pela alternância de sílabas fortes e sílabas Vamos ver outras figuras de linguagem?
fracas. Observe o ritmo no poema abaixo de Carlos Augusto Muitas vezes, os poetas recorrem a figuras de linguagem
Novais. que buscam criar uma sonoridade no poema pela repetição
Vamos conhecer um poema que brinca com o ritmo? de algumas letras. Observe a consoante ( c ) que se repete
nessas estrofes, do poema de Cecília Meireles:
Trem de ferro
Com seu colar de coral,
Café com pão
Carolina
Café com pão
corre por entre as colunas
Café com pão
da colina
Virge maria que foi isso maquinista? (In Ou isto ou aquilo. Rio de janeiro: Nova Fronteira,1990, p. 9).
Agora sim
Café com pão Essa repetição  de consoante é chamada de aliteração.
Agora sim
Observe agora a repetição da vogal ( o) nas palavras do
Corre, cerca
Ai seu foguista
poema.
Bota fogo Com seu colar de coral,
Na fornalha Carolina
Que eu preciso corre por entre as colunas
Muita força da colina
Muita força A repetição de vogais é chamada de assonância. Na
Muita força assonância, a repetição da vogal ocorre, geralmente, na
Manuel Bandeira.Antologia Poética.Rio de Janeiro: J. Olympo, 1976, p. 96. sílaba tônica.
Nesse texto para imitar o som do trem de ferro o que autor AULA 41
empregou nos versos “Café com pão/Café com pão /Café GÊNERO – ILUSTRAÇÃO – LINGUAGEM NÃO VERBAL
com pão”? Nesse poema para imitar o som do trem de ferro Nesta aula vamos ler uma ilustração e compreender em que
o autor utilizou a alternância de sílabas fortes e fracas. situações elas são usadas e para que servem.
OBSERVE A IMAGEM A SEGUIR:
AULA 40
GÊNERO POEMA – SENTIDO FIGURADO E FIGURAS DE
LINGUAGEM
Nesta aula vamos ler um poema estudar a linguagem poética:
sentido figurado e figuras de linguagem.
Você sabe o significa “sentido figurado? É uma das
características do poema, ou seja, o uso de palavras com
sentidos múltiplos, criados, a partir da associação entre
palavras, seus sons e seus sentidos. Esses recursos são
chamados de figuras de linguagem.
Vamos ler novamente o poema
Madrigal
Meu amor é simples, Dora, VOCÊ JÁ A VIU? O QUE ELA REPRESENTA PARA VOCÊ?
Como a água e o pão. É uma representação ilustrada daquelas pessoas
Como o céu refletido
que participaram na existência de uma pessoa ou da família
Nas pupilas de um cão. - A ÁRVORE GENEALÓGICA.
(José Paulo Paes. O melhor poeta da minha rua. São Paulo: Ática,2008, p.53.) Essa ilustração representa o levantamento histórico
de dados sobre os ancestrais de forma que se conheça as
Observe que o eu lírico ao descrever o seu sentimento
conexões estabelecidas entre esses.
busca criar “imagens” para expressá-lo. Para isso ele usa a
Vamos ler essa imagem?
figura de linguagem chamada de comparação:
Nela é possível perceber que na parte superior da
Meu amor é simples, Dora, Como o céu refletido árvore genealógica estão representados os avós maternos e
Como água e o pão. Nas pupilas de um cão. paternos. Responda:
A comparação e a metáfora são figuras de linguagem muito No lado esquerdo, estão os avós maternos e os
utilizadas nos poemas. Ambas estabelecem uma paternos no lado direito.
comparação. Como você percebemos isso? Observando a
Mas, afinal! Qual a diferença entre elas? relação estabelecida pelos galhos, com o pai à direita e a
mãe à esquerda.
 A essa imagem damos o nome de ilustração. Você
sabe o que é uma ilustração?
Uma ilustração pode ser utilizada para:
- Acompanhar um texto;
- Explicar algo;
- Ajudar a interpretar um texto;
- Acrescentar informação;
- Sintetizar ou simplesmente decorar um texto.
OBS: fotografia também é uma ilustração.
Como você viu essa ilustração representa uma
árvore genealógica. E você sabe o que é GENEALOGIA?
GENEALOGIA é o estudo de ascendência e de relações
familiares. E também o estudo das origens e da evolução.
De acordo com o Dicionário escolar da língua portuguesa,
de Domingos Paschoal Cegalla (São Paulo, Companhia Editora Nacional, 2005).
Aprofundando um pouco mais, a genealogia é:
● Uma ciência que estuda a origem, evolução e das várias
gerações de uma família, através de um tipo de linguagem
chamada ILUSTRAÇÃO.
● Pode partir de informações buscadas em documentos e
certidões de pais, tios, avós e bisavós...
● As pessoas conseguem descobrir seus antepassados e
quando e onde eles nasceram.
Você sabia que em uma genealogia as mulheres
são representadas por círculos e os homens por
quadrados? E essa representação também é uma
ilustração.
Nesta aula você descobriu que uma ilustração
também é um recurso de comunicação; conheceu o
significado da palavra genealogia e que nossos familiares
podem ser representados por meio da árvore genealógica.
AULA 42
GÊNERO DIÁRIO – LEITURA
Nesta aula vamos ler o texto Diário Íntimo e localizar
informações explícitas no texto.
OBSERVE A PÁGINA DO TEXTO A SEGUIR:
Você conhece esse tipo de página? De qual suporte
você acha que ela foi retirada?
Há um lugar onde você escreve seus segredos? O
que acha do hábito de escrever os pensamentos em um
lugar só seu? Você já escreveu textos para falar de seus
sentimentos?
Vamos ler um texto
Segunda Feira
Cheguei do vôlei e tinha uma surpresa na minha cama.
Um monte de bombons da loja que eu mais gosto! E uma cartinha
da minha mãe. Viu só, diário, que maneiro? Eu confesso que
também estava triste, não gosto de ficar brigada com a minha mãe.
Eu gosto muito dela. No fundo ela é bem legal, diferente das outras
mães que eu conheço. Mas dessa vez, ela ultrapassou todos os
limites. Isso aí que ela fez, de vir ao meu quarto e mexer em tudo,
foi muito errado e ela tinha que me pedir desculpas.
E da minha agenda ela não, ela não podia nem ter
chegado perto! Foi a maior invasão do mundo!! Achei péssimo! A
sorte é que ela não leu nada! Poxa, aqui é o único espaço que eu
tenho e que é só meu, escrevo só as minhas coisas íntimas, não
quero que ninguém nunca leia!! Ia morrer de tanta vergonha. Bom,
agora, você me dá licença, diário, que eu vou atacar esses
bombons. A mamãe comprou todos os meus favoritos!
ARREBENTOU!!! NHAC!!
a) Como você chamaria esse texto? Onde ele foi escrito?
Esse texto é um diário, não é mesmo? Foi escrito em uma agenda.
Vamos falar um pouco sobre o texto
A menina Carol está relatando um fato que a deixou
chateada. Que fato é esse? O fato de a mãe ter entrado no
quarto dela e mexido em suas coisas.
Essa informação ela está bem clara, evidente no
texto. Basta retomar a leitura para encontrá-la.
Agora, observe novamente a imagem da página onde o
texto foi escrito.
Que elementos aparecem, além do texto escrito por
ela? Embalagem do bombom e a carta da mãe, não é
mesmo?
Por que esses elementos estão presentes na
página da agenda de Carol? Em sua opinião, por que Carol
fixou a carta da mãe na agenda? As respostas possíveis
para essas perguntas, seriam porque os adolescentes
costumam anexar elementos nas suas agendas,
principalmente os relacionados às situações do cotidiano e
que a carta da mãe foi anexada à agenda pois era
importante para Carol, você concorda?
Vamos ler a carta que a mãe escreveu para Carol?
Minha filhota querida,
Fiquei muito chateada com nossa briga. Gosto muito de
você. Ontem fiquei muito triste porque você não quis falar comigo.
Pensei no que aconteceu e queria lhe pedir desculpas. Disse
coisas horríveis para você, minha filha. É que acabei ficando
nervosa. Mas você tem razão Carol, o seu quarto é o seu espaço e
deve ser do jeito que você quer.
Só queria que você não deixasse seu quarto bagunçado
demais porque me incomoda. Quanto às suas coisas eu prometo
que nunca mais vou mexer em nada. Abri a sua agenda por acaso,
nem li nada, foi só uma curiosidade, de mãe que se preocupa com
a filha. Não sabia que você ia ficar com tanta raiva. Mas prometo,
de verdade, que nunca mais vou abrir a sua agenda. Me desculpe
por ter invadido seu espaço.
Vamos fazer as pazes.
Da sua mãe que adora você.
Eugênia
Agora que você leu o texto, vamos entendê-lo um pouco
mais?
No início do texto, a mãe diz sobre um sentimento
dela. Qual é?
Minha filhota querida,
“Fiquei muito chateada com nossa briga. Gosto muito
de você. Ontem fiquei muito triste porque você não quis falar
comigo. Pensei no que aconteceu e queria lhe pedir desculpas.”
Viu só? As expressões sublinhadas refletem os
sentimentos da mãe. As respostas para essa pergunta
estava bem evidente no texto, não é mesmo?
Vamos entender um pouco mais sobre o texto.
De acordo com a carta da mãe de Carol, a menina
teve seus segredos descobertos? Por quê? Não, na carta
afirma que a mãe não leu nada do que estava escrito na
agenda.
Novamente uma pergunta em que a resposta
estava muito clara no texto. Quando as informações estão
bem evidentes em um texto, chamamos de informações
explícitas.
Nesta aula, você realizou a leitura de um gênero textual -
Diário Íntimo e identificou as informações explícitas no texto.
AULA 43
GÊNERO DIÁRIO - LEITURA
Nesta aula vamos analisar aspectos da linguagem do gênero
Diário Íntimo.
Na aula anterior, lemos alguns trechos do diário
íntimo de Carol. Nesse gênero textual ela escreveu os
acontecimentos do dia a dia, falou também, de seus
sentimentos e emoções.
Vamos reler alguns trechos do diário de Carol,
observando alguns aspectos da linguagem que ela utilizou.
Segunda-Feira
Cheguei do vôlei e tinha uma surpresa na minha cama.
Um monte de bombons da loja que eu mais gosto! E uma cartinha
da minha mãe. Viu só, diário, que maneiro?
No trecho “Viu só, diário, que maneiro?...”, o que significa
a palavra “maneiro”? significa que formidável, que legal. Ela
utilizou uma expressão que faz parte da linguagem informal.
Você sabe a diferença entre linguagem formal e
linguagem informal?
Linguagem informal: representa a linguagem cotidiana, ou
seja, trata-se de uma linguagem espontânea, regionalista e
despreocupada com as normas gramaticais.
Linguagem formal: também chamada de "culta", está
pautada no uso correto das normas gramaticais, bem como
na boa pronúncia das palavras.
A expressão “maneiro” evidencia a linguagem
informal, pois a expressão é caracterizada como uma gíria.
Vamos analisar mais alguns aspectos do texto
No diário, Carol conta como estava se sentindo e
expressa sua opinião com relação ao fato apresentado: a
mãe ter mexido em suas coisas sem permissão.
Leia o trecho “E da minha agenda ela não, ela
não podia nem ter chegado perto! Foi a maior invasão
do mundo!! Achei péssimo! A sorte é que ela não leu
nada!”
Nesse trecho a opinião de Carol em relação ao fato
apresentado que foi a mãe ter mexido em suas coisas sem
permissão, está na expressão: Achei péssimo!
No final do texto de Carol ela escreve:
“Bom, agora, você me dá licença, diário, que eu vou atacar
esses bombons. A mamãe comprou todos os meus
favoritos!
ARREBENTOU!!! NHAC!! A expressão “NHAC”, significa
que ela comeu os bombons, chamamos isso de
onomatopeia.
Continuando nossa análise do texto, em um trecho
observamos que Carol se dirige a alguém. A quem ela se
dirige? Leia o trecho abaixo e observe que expressões
evidenciam isso:
“É uma cartinha da minha mãe. Viu só, diário, que
maneiro?... Bom, agora, você me dá licença, diário, que
eu vou atacar esses bombons. A mamãe comprou todos
os meus favoritos!”
Quando ela diz: Viu só, diário e agora você me dá
licença, evidencia que Carol, a narradora do texto, está
conversando com o próprio diário.
Agora, vamos reler a carta que a mãe escreveu para Carol?
Minha filhota querida,
Fiquei muito chateada com nossa briga. Gosto muito de
você. Ontem fiquei muito triste porque você não quis falar comigo.
Pensei no que aconteceu e queria lhe pedir desculpas. Disse
coisas horríveis para você, minha filha. É que acabei ficando
nervosa. Mas você tem razão Carol, o seu quarto é o seu espaço e
deve ser do jeito que você quer.
Só queria que você não deixasse seu quarto bagunçado
demais porque me incomoda. Quanto às suas coisas eu prometo
que nunca mais vou mexer em nada. Abri a sua agenda por acaso,
nem li nada, foi só uma curiosidade, de mãe que se preocupa com
a filha. Não sabia que você ia ficar com tanta raiva. Mas prometo,
de verdade, que nunca mais vou abrir a sua agenda. Me desculpe
por ter invadido seu espaço.
Vamos fazer as pazes.
Da sua mãe que adora você.
Eugênia
Vamos pensar… Que fato motivou a mãe a
escrever a carta à filha? Que finalidade teve a carta? O que
motivou a mãe escrever a carta foi o fato de a filha ter ficado
chateada com a mãe, por ela ter mexido em suas coisas. A
carta teve como finalidade ser uma forma de pedido de
desculpas à filha.
Muitas vezes, em nosso dia a dia, precisamos
argumentar. Você sabe o que é argumentar?
Argumentar consiste em justificar uma afirmação
para convencer alguém a mudar de opinião ou de
comportamento. Fatos, ideias, razões, ou provas são
exemplos de argumentos.
Vamos ler o trecho da carta e identificar onde estão os
argumentos que a mãe utilizou para justificar a sua
atitude?
Mas você tem razão Carol, o seu quarto é o seu
espaço e deve ser do jeito que você quer. Só queria que
você não deixasse seu quarto bagunçado demais porque
me incomoda. Quanto às suas coisas eu prometo que
nunca mais vou mexer em nada. Abri a sua agenda por
acaso, nem li nada, foi só uma curiosidade, de mãe que
se preocupa com a filha. Não sabia que você ia ficar com
tanta raiva. Mas prometo, de verdade, que nunca mais vou
abrir a sua agenda. Me desculpe por ter invadido seu
espaço.
Você viu? A mãe utilizou três argumentos para
justificar o porquê de ela ter mexido nas coisas da filha.
Nesta aula você leu e analisou a linguagem utilizada no diário
íntimo.
Agora, você pode fazer as atividades das aulas 36 a 43.
ATENÇÃO!!!!!!
CASO NÃO TENHA LIDO A EXPLICAÇÃO, VOLTE E ESTUDE
PRIMEIRO O CONTEÚDO DAS AULAS QUE COLOQUEI AQUI
PARA DEPOIS RESPONDER AS QUESTÕES!
LISTA DE EXERCÍCIOS
AULA 36 - GÊNERO CRÔNICA – CARACTERÍSTICAS DO GÊNERO.
1. A crônica é um gênero textual, marcado por:
A) abordar temas de relevância social de forma científica.
B) abordar temas do cotidiano de forma literária.
2. Os autores de crônicas utilizam em seus textos uma
linguagem
A) simples e coloquial.
B) erudita e extremamente formal.
AULA 37 - GÊNERO CRÔNICA – DISCURSO DIRETO E INDIRETO
1. Em um texto, que sinais de pontuação, são
comumente utilizados na construção do discurso
direto:
a) Travessão e dois - pontos. b) Exclamação e reticências.
2. Veja essas frases:
— Não precisa manual de instrução. [pai]
— O que é que ela faz? [filho].
Leia as alternativas abaixo e assinale a que
corresponde a ela transformada em discurso indireto.
a) O pai disse que não precisava de manual de instrução e
o filho perguntou o que a bola fazia.
b) O pai disse ao filho “não precisa manual de instrução”. O
filho perguntou: — O que a bola faz?
 AULA 38 - GÊNERO POEMA – ESTRUTURA E O EU LÍRICO b) Que ele estava nervoso, portanto precisava sair dali
1. O poema é um gênero textual no qual urgente.
a) O conteúdo é expresso em versos. c) Que ele estava totalmente determinado a fazer vários
b) O conteúdo é expresso em prosa. gols naquele jogo.
2. O eu lírico corresponde d) Que ele estava feliz e nervoso ao mesmo tempo, pois no
a) ao autor do poema. estádio havia muitas pessoas nas arquibancadas.
b) à voz expressiva do poema. 2) No diário o autor está narrando um fato da vida dele.
AULA 39 - GÊNERO POEMA (RIMA, RITMO E ADJETIVO). Esse fato foi marcante por quê?
1. No poema o ritmo é dado pela a) Causou muita tristeza, pois perdeu uma partida de futebol
a) alternância de sílabas fortes e fracas. muito importante.
b) expressão sentimental do eu lírico. b) Ficou assustado ao ver a multidão no estádio e não
2. A rima no poema, corresponde conseguir entrar em campo.
a) à semelhança sonora entre as palavras. c) Viveu um momento inesquecível e único, pois marcou o
b) à organização em verso e em estrofes gol da vitória.
d)Estava determinado a jogar, porém não conseguir marcar
AULA 40 - GÊNERO POEMA – SENTIDO FIGURADO E FIGURAS DE
nenhum gol.
LINGUAGEM
AULA 43 - GÊNERO DIÁRIO – LEITURA
1. Em relação às figuras de linguagem no poema, a 1. Argumentar consiste em:
metáfora a) Justificar uma afirmação para convencer alguém a mudar
a) é um tipo de comparação implícita, não utiliza termos de opinião ou de comportamento.
comparativos. b) Concordar com uma afirmação e não questionar, não
b) utiliza termos específicos para expressar a comparação, expressar a opinião a respeito.
por exemplo, o como.
2. Leia o trecho da carta
2. A assonância, figura de linguagem associada à “Mas você tem razão Carol, o seu quarto é o seu espaço e deve
questão sonora do poema, corresponde ser do jeito que você quer. Só queria eu você não deixasse seu
a) à repetição de uma mesma consoante em várias palavras quarto bagunçado demais porque me incomoda. Quanto as suas
do poema. coisas eu prometo que nunca mais vou mexer em nada. Abri a sua
b) à repetição de uma mesma vogal na sílaba tônica de agenda por acaso, nem li nada, foi só uma curiosidade, de mãe
várias palavras do poema. que se preocupa com a filha. Não sabia que você ia ficar com tanta
raiva. Mas prometo, de verdade, que nunca mais vou abrir a sua
AULA 41 – ILUSTRAÇÃO – LINGUAGEM NÃO VERBAL agenda. Me desculpe por ter invadido seu espaço”.
1. Em uma ilustração de árvore genealógica, é possível
notar uma relação do passado com presente: Indique a alternativa em que o trecho apresenta um
a) Sim, pois trata de pessoas de gerações diferentes de argumento:
uma família. a) Só queria eu você não deixasse seu quarto bagunçado
b) Não, pois se trata de gerações que ainda não estão para demais porque me incomoda.
compor a família. b) Quanto as suas coisas eu prometo que nunca mais vou
c) Sim, pois a árvore genealógica faz uma ligação do futuro mexer em nada.
das gerações.
2. Em uma genealogia:
a)As mulheres são representadas por círculos e os homens
por quadrados.
b) Os homens são representadas por círculos e as mulheres
por quadrados.
AULA 42 - GÊNERO DIÁRIO – LEITURA
Leia o texto abaixo:
Querido diário!
Lembro-me do dia mais marcante da minha vida, foi nas
férias em Paraipaba: a final do Campeonato Paraipabense. Ali vivi
um momento inesquecível e único. Quando entrei no estádio e vi
aquela multidão de pessoas nas arquibancadas, senti um friozinho
na barriga. Meu coração batia fortemente e estava com muita
vergonha, pois jogar naquele lugar com tanta gente me olhando
precisava de coragem.
Começou o jogo. Levamos um gol logo no início da
partida. O treinador permanecia muito chateado, pois estávamos
perdendo. Mas finalmente conseguimos empatar. A torcida vibrava
e nos pedia mais gols. Faltava pouco tempo pra terminar o jogo
quando aproveitei um lance e fiz o gol da vitória. A alegria dos
membros do time e dos torcedores nas arquibancadas foi intensa.
Todos comemoravam aquela vitória. Eu me senti um verdadeiro
herói.
Naquele dia, ganhamos troféu e medalhas. Foi tão
marcante aquele momento que quando me lembro hoje ainda fico
extasiado.
Antônio Caio dos Santos
Escola João Moreira Barroso, Setembro de 2017. Vieira, Antônio Caio dos Santos. Professor F.
Maurício Araújo

1) O que o narrador-personagem quis inferir ao falar

“meu coração batia fortemente”?
a) Que ele estava triste, pois jogar com muita gente
precisava de muita determinação.