PORTUGUESA 6 º ANO PROFESSORA: Cleia da Rocha CONTEÚDO DA AULA
CRÔNICA - Discurso Direto e Indireto
Nº 37 Objetivos
● Ler e compreender o gênero crônica;
● Compreender os recursos expressivos e estilísticos desse gênero. ● Reconhecer o Discurso direto e Indireto Conteúdos ● Gênero crônica; ● Mecanismos linguísticos e expressivos; ● Discurso Direto e Indireto. Leitura da crônica A bola, de Luis Fernando Verissimo A bola O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar a sua primeira bola do pai. Uma número 5 sem tento oficial de couro. Agora não era mais de couro, era de plástico. Mas era uma bola. O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse “Legal!”. Ou o que os garotos dizem hoje em dia quando gostam do presente ou não querem magoar o velho. Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa. — Como é que liga? — perguntou. — Como, como é que liga? Não se liga. O garoto procurou dentro do papel de embrulho. — Não tem manual de instrução? O pai começou a desanimar e a pensar que os tempos são outros. Que os tempos são decididamente outros. — Não precisa manual de instrução. — O que é que ela faz? — Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela. — O quê? — Controla, chuta… — Ah, então é uma bola. — Claro que é uma bola. — Uma bola, bola. Uma bola mesmo. — Você pensou que fosse o quê? — Nada, não. O garoto agradeceu, disse “Legal” de novo, e dali a pouco o pai o encontrou na frente da tevê, com a bola nova do lado, manejando os controles de um videogame. Algo chamado Monster Baú, em que times de monstrinhos disputavam a posse de uma bola em forma de bip eletrônico na tela ao mesmo tempo que tentavam se destruir mutuamente. O garoto era bom no jogo. Tinha coordenação e raciocínio rápido. Estava ganhando da máquina. O pai pegou a bola nova e ensaiou algumas embaixadas. Conseguiu equilibrar a bola no peito do pé, como antigamente e chamou o garoto. — Filho, olha. O garoto disse “Legal”, mas não desviou os olhos da tela. O pai segurou a bola com as mãos e a cheirou, tentando recapturar mentalmente o cheiro de couro. A bola cheirava a nada. Talvez um manual de instrução fosse uma boa ideia, pensou. Mas em inglês, para a garotada se interessar. VERISSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. 1. Segundo o parágrafo inicial do texto, ao dar a bola ao filho o pai desejava A) ver no garoto a mesma alegria que sentiu ao ganhar um presente semelhante. B) desestimular o hábito do filho em jogos de videogame. C) ganhar um parceiro com quem passaria a jogar futebol. D) incentivar o filho a praticar esportes. 1. Segundo o parágrafo inicial do texto, ao dar a bola ao filho o pai desejava A) ver no garoto a mesma alegria que sentiu ao ganhar um presente semelhante. B) desestimular o hábito do filho em jogos de videogame. C) ganhar um parceiro com quem passaria a jogar futebol. D) incentivar o filho a praticar esportes. RELEMBRANDO
O gênero crônica se caracteriza por abordar
temas do cotidiano; ser uma narrativa curta, com tempo, espaço e personagens reduzidos e predominância de linguagem coloquial. 2. Copie no caderno o trecho do texto a seguir e sublinhe as expressões que são marcas da linguagem informal e coloquial?
“O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse
‘Legal’. Ou o que os garotos dizem hoje em dia quando gostam do presente ou não querem magoar o velho.” 2. Resposta:
“O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e
disse “Legal”. Ou o que os garotos dizem hoje em dia quando gostam do presente ou não querem magoar o velho.” Tipos de Discurso Em um texto, ao contar a história o autor pode representar exatamente o que os personagens falam. Nesse caso trata-se do uso Discurso Direto. Observe os três exemplos a seguir. 1.— Como é que liga? — perguntou. 2. O garoto disse “Legal” 3. O garoto perguntou: — Como é que liga? Observe: São três exemplos de frases em que autor representou exatamente o que o personagem falou.
O que há de diferente nessas frases?
1.— Como é que liga? — perguntou. Nesse exemplo foi utilizado o travessão para marcar a fala. 2. O garoto disse “Legal” Nesse exemplo as aspas foram utilizadas para marcar a fala do menino. 3. O garoto perguntou: — Como é que liga? Nesse exemplo foi utilizado dois pontos para antecipar a fala do menino e travessão marcando a fala. Quando em um texto, o narrador utiliza as suas palavras para reproduzir as falas das personagens, indiretamente, temos o Discurso Indireto. Veja um exemplo “adaptado” da crônica: O pai começou a desanimar e a pensar que os tempos são outros; ele disse que os tempos são decididamente outros. 3. Transforme o diálogo abaixo entre o pai e o filho que está em Discurso Direto em Discurso Indireto:
—Não precisa manual de instrução.[pai]
— O que é que ela faz?[filho] 3. Resposta —Não precisa manual de instrução.[pai] — O que é que ela faz?[filho]
O pai disse que não precisava de manual de
instrução e o filho perguntou o que a bola fazia. Pontuação Sinais de pontuação são recursos prosódicos que conferem às orações ritmo, entonação e pausa, bem como indicam limites sintáticos e unidades de sentido. 4.Quais os sinais de pontuação foram utilizados no trecho abaixo? E qual a função deles?
— Ela não faz nada. Você é que faz coisas com
ela. — O quê? — Controla, chuta… 5. Se quiséssemos que a frase “— Claro que é uma bola.” indicasse a impaciência do pai com o filho, teríamos que substituir o ponto final por qual ponto? A) Por reticências. B) Por ponto de exclamação. C) Por ponto de interrogação. D) Por vírgula. 4. Resposta: — Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela. — O quê? — Controla, chuta… —[travessão] introduz a fala das personagens. . [ponto final] indica o término de uma frase declarativa. ? [ponto de interrogação] indica uma pergunta. , [vírgula] separa duas ações. … [reticências] indica que as ações continuam. 5. Se quiséssemos que a frase “— Claro que é uma bola.” indicasse a impaciência do pai com o filho, teríamos que substituir o ponto final por qual ponto? A) Por reticências. B) Por ponto de exclamação. C) Por ponto de interrogação. D) Por vírgula. 6. Observe o trecho “ — Ah, então é uma bola.” Se substituíssemos o ponto final no período por um ponto de exclamação, o sentido inicial seria mantido? A) Sim, porque não há diferença entre ponto final de interrogação. B) Não,porque ao invés de uma afirmação o menino estaria fazendo uma pergunta. 6. Observe o trecho “ — Ah, então é uma bola.” Se substituíssemos o ponto final no período por um ponto de exclamação, o sentido inicial seria mantido? A) Sim, porque não há diferença entre ponto final de interrogação. B) Não, porque ao invés de uma afirmação o menino estaria fazendo uma pergunta. Dica de Leitura Resumindo
● Gênero crônica; ● Mecanismos linguísticos e expressivos; ● Discurso Direto e Indireto.