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SUMÁRIO
1. LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DIVERSOS TIPOS DE TEXTOS
(LITERÁRIOS E NÃO LITERÁRIOS) ......................................................................... 3
2. CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DO TEXTO LITERÁRIO ................................ 3
3. CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DO TEXTO NÃO LITERÁRIO ....................... 4
4. TIPOLOGIA TEXTUAL ........................................................................................... 5
5. FIGURAS DE LINGUAGEM ................................................................................... 5
6. ORTOGRAFIA ....................................................................................................... 14
7. ACENTUAÇÃO GRÁFICA ..................................................................................... 26
8. SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS .............................................................................. 29
9. SENTIDO PRÓPRIO E FIGURADO DAS PALAVRAS ........................................ 30
10. PONTUAÇÃO ...................................................................................................... 30
11. CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVO, ADJETIVO, NUMERAL,
PRONOME, VERBO, ADVÉRBIO, PREPOSIÇÃO E CONJUNÇÃO: EMPREGO E
SENTIDO QUE IMPRIMEM ÀS RELAÇÕES QUE ESTABELECEM ........................ 34
12. CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL .......................................................... 36
13. REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL ..................................................................... 40
14. COLOCAÇÃO PRONOMINAL ............................................................................ 44
15. CRASE ................................................................................................................ 45
16. HORA DE PRATICAR......................................................................................... 54
17. GABARITO ......................................................................................................... 57

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LÍNGUA PORTUGUESA

1. LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DIVERSOS TIPOS DE TEXTOS (LITERÁRIOS E NÃO


LITERÁRIOS)

Sabendo a diferença entre um texto literário e um não literário facilitará a


interpretação e compreensão de um texto e também ajudará você no desenvolvimento
de uma redação.

Textos literários:

Tem função estética e tem como objetivo nos entreter, divertir. É ligada à emoção, a
arte.

O texto literário expressa emoções como dor, alegria ou amor através da


criatividade e organização das palavras.

2. CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DO TEXTO LITERÁRIO

Subjetividade e tem uma linguagem conotativa (sentido figurado da palavra ou


expressão, dependendo do contexto para entender o seu significado)

Sua função: Pode ser poética ou emotiva

Seu objetivo: Levar o leitor a sentir emoção.

É muito utilizado as figuras de linguagem como por exemplo a metáfora (emprego de


uma palavra com outro significado) ou a ironia (Inversão do sentido da palavra) para
dar novos significados às palavras.

Usa recursos artísticos para dar emoção ao texto.

O autor usa muito a sua imaginação, podendo até recriar a realidade que vivemos.

É um texto que imprime um ritmo, uma beleza própria criando uma harmonia entre as
palavras.

Tem uma linguagem subjetiva, pessoal e com muita emoção. Seu sentido é conotativo,
ou seja, tem um sentido figurado. O texto é influenciado por quem escreve não sendo
obrigatoriamente igual à realidade.

Para complementar os estudos dos textos literários, podem ser usadas adaptações
audiovisuais, contudo essas adaptações não devem substituir o texto literário.

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Para analisar um texto literário é preciso procurar metáforas e simbolismo.

A intensidade do texto é mais importante, ficando o conteúdo em segundo plano.

Ex: Romances, crônicas, letras de músicas, poemas e etc.

Textos não literários:

No texto não literário o objetivo principal é explicar, esclarecer ou informar algo ao


leitor.

Ele é claro e objetivo para que o leitor não tenha dúvidas ou interprete errado a
informação.

3. CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DO TEXTO NÃO LITERÁRIO

Objetividade, explicação e informação e tem uma linguagem denotativa (Sentido literal


da palavra ou expressão, não dependendo do contexto para que você a compreenda);

Sua Função: Referencial (transmitir informações objetivas)

Seu objetivo: Dar informação de forma literal (compreensivo, claro e direto)

Por ser um texto direto e claro, não há necessidade de ser interpretado.

Linguagem na 3ª pessoa

Texto claro e objetivo

Tem a função utilitária. Tem uma única interpretação e linguagem objetiva, clara e
impessoal. Seu objetivo é informar, convencer ou explicar. Seu sentido é denotativo.

O autor do texto deve ser imparcial e objetivo para que o leitor tenha uma única
interpretação do texto.

Para analisar é necessário comprovação e conhecimento dos fatos.

Ex: Artigos de jornais, livros didáticos, dicionários, anúncios publicitários, receitas,


manuais, revista, anúncios e etc.

Outra coisa muito importante para aprender a interpretar ou compreender um texto é a


leitura constante de textos literários e não literários, mas com uma visão mais crítica
observando a estrutura do texto e a linguagem utilizada pelo autor.

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4. TIPOLOGIA TEXTUAL

5. FIGURAS DE LINGUAGEM

São artifícios que são usados por um orador ou escritor para dar mais
significado (ênfase) ou mais estilo (ficar mais bonito) para que o ouvinte ou leitor possa
interpretar da maneira que ele quer.

As figuras de linguagem são classificadas conforme sua função:

Figuras de palavras ou semântica: Palavra com outro sentido

Comparação; Metáfora; Catacrese; Sinestesia; Metonímia; Sinédoque; Antonomásia (ou


Perífrase)

Figuras de Pensamento: Palavra alterada para combinar pensamentos e ideias.

Antítese; Paradoxo; Ironia; Eufemismo; Gradação, Apóstrofe; Alusão; Personificação


(ou Prosopopeia); Exclamação; Interrogação; Reticência; Oximoro; Preterição;
Gradação; Clímax; Anticlímax; Concatenação; Hipérbole.

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Figuras sintáticas ou de construção: Repetição, desvio ou omissão.

Silepse; Elipse; Zeugma; Assíndeto; Polissíndeto; Anáfora; Pleonasmo; Hipérbato;


Anacoluto; Anástrofe; Sínquise; Epístrofe; Anadiplose; Diácope; Epânodo; Epizeuxe;
Antimetábole (ou Quiasmo).

Figuras fonéticas ou de som (harmonia): Sonoridade das palavras.

Aliteração, Assonância, Paronomásia, Onomatopeia.

Agora vou explicar as principais figuras de linguagem:

Figuras de palavras ou semântica:

Palavra com outro sentido

Metáfora; Comparação; Catacrese; Sinestesia; Metonímia; Sinédoque; Antonomásia (ou


Perífrase)

METÁFORA

Metáfora é uma figura de linguagem, de palavras ou semântica.

É a utilização de uma palavra que tem outro significado. É subjetivo e muito utilizado
em propagandas.

Ex: Minha boca é um túmulo.

COMPARAÇÃO

Comparação é uma figura de linguagem, de palavras ou semântica.

É quando se atribui características de algo a outro por serem parecidos.

Exemplo:

O carro dela é rápido que nem um avião.

METÁFORA X COMPARAÇÃO

A metáfora e a comparação são similares, mas o que difere elas são como os termos de
comparação são usados.

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Metáfora: comparação implícita e com termos que tem significados diferentes

Minha boca é um túmulo.

Comparação: comparação com termos de significado semelhantes

O carro dela é rápido que nem um avião (carro e avião são rápidos)

CATACRESE

A catacrese é uma figura de linguagem, de palavras ou semântica que utiliza uma


palavra ou expressão que apesar de estar fora do seu significado original, é usada muito
pelas pessoas se tornando comum e facilitando a comunicação. Ela é usada por que a
palavra correta a ser usada não é conhecida pela maioria das pessoas.

Exemplos:

A manga da camisa, pescoço da garrafa, o bico do avião e o pé da mesa.

“Estava com coceira no céu da boca.”

SINESTESIA

É uma figura de linguagem, de palavras ou semântica que mistura as sensações dos


sentidos humanos como visão, tato, olfato, paladar ou audição para dar um estilo ao
texto.

Exs.: Pedro olhou friamente para Maria.

Sua voz ecoava friamente pelo corredor.

Cristina tem um olhar doce.

METONÍMIA

Metonímia é também uma figura de linguagem, de palavras ou semântica

É a troca de uma palavra por outra de sentido aproximado.

Exemplos

O autor pela obra:

Já li Guimarães Rosa várias vezes

O Continente pelo conteúdo:

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Bebemos duas garrafas de vinho

O estádio ficou de pé para saldar o time.

O autor pelo seu invento:

Ex.: Graham Bell aproximou as pessoas

PERÍFRASE

Perífrase é uma figura de linguagem, de palavras ou semântica que utiliza uma


expressão para mostrar as características ou atributos de um ser, lugar ou objeto ou um
fato que o consagrou.

Exemplos:

O país do futebol está cada vez mais violento. (Brasil)

Está chovendo muito na cidade maravilhosa. (Rio de Janeiro)

Vi um documentário sobre o Velho Chico. (rio São Francisco)

Alegoria

A alegoria é uma figura de linguagem, de palavras ou semântica é um grupo de


simbólico para dar um segundo sentido além do que está no sentido das palavras. É
uma linguagem simbólica e conotativa.

O exemplo abaixo caiu em concurso de 2020

"A vida é uma ópera, é uma grande ópera. O tenor e o barítono lutam pelo soprano, em
presença do baixo e dos comprimários, quando não são o soprano e o contralto que
lutam pelo tenor, em presença do mesmo baixo e dos mesmos comprimários. Há coros
numerosos, muitos bailados, e a orquestra é excelente..."

Machado de Assis

Figuras de Pensamento:

Palavra alterada para combinar pensamentos e ideias.

Antítese; Ironia; Paradoxo; Eufemismo; Gradação, Apóstrofe; Litotes; Alusão;


Personificação (ou Prosopopeia); Exclamação; Interrogação; Reticência; Oximoro;
Antanáclase; Epanortose; Preterição; Gradação; Clímax; Anticlímax; Concatenação;
Hipérbole.

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ANTÍTESE

A antítese é uma figura de linguagem e de pensamento que emprega termos com


sentidos opostos, ou seja, consiste na oposição de duas ideias, lado a lado, em uma
frase. Esta definição caiu em concurso público de 2020

Pode-se observar um exemplo de antítese na frase:

"Ela se preocupa tanto com o passado que esquece o presente".

Outros exemplos:

Diariamente os médicos lidam com a vida e a morte

Já estou cheio de me sentir vazio

IRONIA

É uma figura de linguagem e de pensamento que inverte o sentido da palavra afirmando


o contrário do que estamos pensando tendo um sentido diferente do que estamos
acostumados, dando um humor leve.

Exemplo:

Ele estudou muito que conseguiu tirar zero na prova.

Que pessoal educado, entraram na minha casa e nem me cumprimentaram.

PARADOXO

Paradoxo é uma figura de linguagem e de pensamento que une conceitos opostos para
dar sentido lógico utilizando palavras opostas.

Exemplos

Quanto mais vivemos mais perto da morte ficamos.

Meu marido vive sonhando acordado

ATENÇÃO: Muitas pessoas confundem antítese com paradoxo

A antítese se diferencia do paradoxo porque na antítese ela revela palavras com ideias
contrárias (opõe ao sentido) e no paradoxo se referem à mesma ideia causando uma
contradição.

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EUFEMISMO

Eufemismo é uma figura de linguagem e de pensamento em que a pessoa procura


suavizar palavras ou expressões sobre algum assunto polêmico ou desagradável e não
ofender as pessoas que o escutam ou passar uma informação de maneira mais suave,
menos desagradável.

Exemplos:

Falar sobre pessoas que morreram:

Ele está no céu; ele faleceu; ele não está mais entre nós

Falar sobre pessoas velhas:

As pessoas da terceira idade….

Pessoas grosseiras

Minha esposa é estressada.

Pessoas gordas:

Ele sempre foi meio “cheiinho”.

PROSOPOPEIA

Prosopopeia é uma figura de linguagem e de pensamento que consiste na atribuição de


qualidades e sentimentos humanos a seres irracionais e inanimados. Também podemos
chamá-la de PERSONIFICAÇÃO.

Exemplo:

Aquilo que até então não me interessara nada, que nem vencia a preguiça dos meus
olhos, pareceu-me, de repente, maravilhoso.

E os clarins soltam as notas que dormiam no metal, e tudo marcha com uma alma
imprevista.

HIPÉRBOLE

Hipérbole é uma figura de linguagem e de pensamento que aumenta intencionalmente o


fato com a finalidade de exagerar e passar uma ideia maior do que a realidade.

Exemplos:

A criança chorou rios de lágrimas.

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Filho, já falei um milhão de vezes para lavar as mãos antes de comer.

Meu filho vai morrer de tanto estudar.

Figuras sintáticas ou de construção:

Repetição, desvio ou omissão.

Silepse; Elipse; Zeugma; Assíndeto; Polissíndeto; Anáfora; Pleonasmo; Hipérbato;


Anacoluto; Anástrofe; Sínquise; Epístrofe; Anadiplose; Diácope; Epânodo; Epizeuxe;
Antimetábole (ou Quiasmo).

SILEPSE

Silepse é uma figura de linguagem, sintática ou de construção que concorda com que
está subentendido no texto e não com o que está explícito, escrito no texto. É concordar
com a ideia que a pessoa quer passar.

Ela pode ser de gênero, número e pessoa.

Gênero: Masculino e feminino

Ex.: Paris é maravilhosa! (Está falando da cidade, palavra feminina)

Número: Palavra singular indicando plural

Ex.: O casal se hospedou no hotel (duas pessoas)

Pessoa: Discordância entre o sujeito e a pessoa verbal.

Ex.: “Dizem que os cariocas somos pouco dados aos jardins públicos”, de Machado de
Assis

ELIPSE

A elipse é uma figura de linguagem, sintática ou de construção que omite um termo que
fica subentendido, mas pode ser identificado.

Exemplo:

Neste natal, vou comer muitas castanhas. (omitiu “eu”)

Priscila estava gripada e olhos vermelhos. (omitiu “com”)

ZEUGMA

A zeugma é uma figura de linguagem, sintática ou de construção que omite um termo já


usado antes.

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A zeugma é uma forma de elipse.

Exemplo:

Cristina jogava vôlei, eu futebol. (Cristina jogava vôlei, eu jogava futebol)

ASSÍNDETO

O Assíndeto é uma figura de linguagem, sintática ou de construção onde se omite uma


conjunção ou conectivo que faz a ligação entre duas orações separadas por vírgula.

Exemplo:

Chegamos do futebol, tomamos banho, jantamos, e depois fomos para o cinema.

POLISSÍNDETO

É uma figura de linguagem, sintática ou de construção onde ocorre a repetição da


conjunção entre as orações de um período ou entre os termos da oração e normalmente
é a conjunção “mas”, “e” ou “nem”.

Exemplo:

Chegamos do futebol e tomamos banho e jantamos e depois fomos para o cinema.

ANÁFORA

É uma figura de linguagem, sintática ou de construção que é caracterizada por repetição


de uma ou mais palavras para reforçar o sentido aumentando a expressividade do que
se quer comunicar.

Exemplo:

Quando não tinha nada, eu quis

Quando tudo era ausência, esperei

Quando tive frio, tremi

Quando tive coragem, liguei

(À Primeira Vista – Chico César)

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PLEONASMO

É uma figura de linguagem, sintática ou de construção que intensifica uma palavra


através da repetição sem necessidade que acabam criando uma redundância (excesso
de palavras).

Exemplo:

Todos subiram para cima da árvore.

Entrar para dentro da casa.

ANACOLUTO

É uma figura de linguagem, sintática ou de construção quando tem uma interrupção na


frase, ou seja, ela é quebrada e reconstruída deixando o que foi dito anteriormente
solto.

Exemplo:

“Eu, porque sou mole, você fica abusando.” (Rubem Braga)

Figuras fonéticas ou de som (harmonia):

Sonoridade das palavras.

Aliteração, Assonância, Paronomásia, Onomatopeia.

ALITERAÇÃO

Aliteração é uma figura de linguagem, fonética ou de som onde acontece a repetição de


sons consonantais idênticos ou parecidos no início ou dentro das palavras.

Exemplo:

O rato roeu a roupa do rei de Roma.

ONOMATOPEIA

Onomatopeia é uma figura de linguagem, fonética ou de som onde se usa palavras para
reproduzir ou imitar sons do dia a dia, coisas ou animais.

Exemplo:

Atchim: Som de espirro

Tic-tac: som de relógio

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6. ORTOGRAFIA

O novo acordo ortográfico de 1990, que entrou em vigor a partir de 2009, mas
que se tornou obrigatório somente a partir de 2016 introduziu várias mudanças nas
regras gramaticais como:

Alfabeto

As letras K, W e Y se tornaram oficiais em nosso alfabeto.

Nosso alfabeto é composto por:

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, W, X, Y, Z.

Sendo:

Vogais: A, E, I, O, U

Consoantes: B, C, D, F, G, H, J, K, L, M, N, P, Q, R, S, T, V, W, X, Y, Z.

As letras K, W e Y são usadas em nomes próprios, nomes estrangeiros e seus derivados


portugueses como Nova York e em abreviaturas de símbolos internacionais como km
(quilômetro);

Consoantes C, P, B, G, M e T:

Ficam consideradas neste caso as particularidades da pronúncia conforme o espaço


geográfico.

A grafia permanece se for pronunciada e se não for pronunciada ela é retirada

Pronunciada: Compacto, ficção, aptidão e etc…

Não pronunciadas: Acção, direcção, exacto e etc…

Trema

Não se usa mais, com exceção em nomes próprios estrangeiros e derivados, como em
Bündchen por exemplo.

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Acentos

Acento diferencial

O acento diferencial em palavras homógrafas não é mais empregado. Exceto das


palavras pôr e por, pôde e pode.

Palavras homógrafas são aquelas que possuem a mesma grafia e pronúncia


semelhantes, mas com significados diferentes.

Exemplo: Verbo: Parar Antes: Pára Agora: Para

Preposição: Antes: para Agora: para

O acento diferencial é empregado em situações em que há a distinção de tempo verbal


e singular e plural de verbos.

Eles permanecem

Ele mantém / eles mantêm

Ele convém / eles convêm

Ele tem / eles têm

Ele contém / eles contêm

Acento diferencial facultativo

A utilização do acento na diferenciação entre a 1.ª pessoa do plural do pretérito perfeito


do indicativo e a 1.ª pessoa do plural do presente do indicativo passou a ser facultativa.
Em fôrma e forma a utilização do acento diferencial também é facultativa.

Palavras com acento facultativo:

demos e dêmos;

cantamos e cantámos;

estudamos e estudámos.

Acentuação dos ditongos abertos ei e oi

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Nas palavras paroxítonas, os ditongos terminados em –ei e –oi não são mais
acentuados.

Ditongos oi e ei sem acento:

Antes: Andróide Agora: Androide

Antes: idéia Agora: ideia;

Antes: Alcatéia Agora: Alcateia

Antes: Jibóia Agora; Jiboia

Antes: Geléia Agora: Geleia

Antes: Estréia Agora: Estreia

Antes: Platéia Agora: plateia

Oxítonas com ditongo aberto eu, oi e ei continuam acentuadas

Antes: Chapéu Agora: Chapéu

Antes: Herói Agora: Herói

Acentuação dos ditongos oo e ee

Não se usa mais acento em palavras iguais com E e O aberto e fechado (mêdo: medo,
almôço: almoço).

Por causa disso que o acento também não é mais empregado em palavras paroxítonas
terminadas em “êem” nem em palavras com o hiato “oo”.

Exemplos: Enjoo, leem, voo, abençoo

Não se acentuam os verbos e substantivos terminados em eem e oo(s). Ex.: Eles veem
(verbo ver) / Voos.

Nas palavras paroxítonas, foi abolido o acento circunflexo nos ditongos oo e ee.

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Não são acentuados os hiatos ee, oo. Ex: leem, voo.

Ditongos oo e ee sem acento:

deem;

leem;

veem;

voo;

enjoo.

Acentuação da vogal “i” e “u” antes de ditongos

Nas palavras paroxítonas, foi abolido o acento agudo na vogal i e na vogal u quando
aparecem após ditongos.

Não se acentua mais o I e o U tônicos, precedidos de ditongos. (outra maneira que é


pedido esta condição de acentuação);

Vogal i e u sem acento:

baiuca;

feiura.

São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em, -


ens.

Ex.: Sabiá, aliás, café, jacaré, retrós, avó, Amém, também;

Dupla grafia

Também houve casos da manutenção da dupla grafia, também respeitando a pronúncia.

Está prevista a dupla grafia de diversas palavras, sendo correta a utilização do acento
circunflexo no Brasil e do acento agudo em Portugal.

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Palavras com dupla grafia:

gênero e género;

bebê e bebé;

purê e puré;

antônimo e antónimos;

sinônimo e sinónimo.

Todas as palavras proparoxítonas recebem acento. Ex: matemática.

Hífen

As principais são:

Quando o prefixo termina com a mesma vogal que começa o segundo elemento
emprega-se o hífen

Exs: micro-ondas, anti-inflamatório ou contra-ataque

Se o prefixo for CO mesmo que o segundo elemento começar com O não se usa o hífen.

Exs: coordenar ou cooperar

Se o prefixo for CO e o segundo termo começar com a letra H, ele perde o H

Ex: Antes: co-habitante Agora: coabitante

Caso seja vogais diferentes não se usa o hífen.

Exs.: sobreaviso, autoestima, autoescola, semiárido

Não se usa hífen se o prefixo terminar em vogal e o segundo elemento começar


com as letras r ou s. Caso isto aconteça se deve duplicar o r ou s.

Exs: antissocial, ultrassom, autorretrato, autossustentável ou contrassenso

Usa-se hífen em palavras cujo prefixo termina com a mesma consoante que
começa o segundo termo.

Exs.: inter-racial, hiper-requisitado

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Prefixos inter, super e hiper, continua com hífen se o segundo elemento
começar com r

Ex.: inter-regional

Não se usa hífen em palavras compostas que, pelo uso, passaram a formar uma
unidade.

Ex: mandachuva, paraquedas

Emprega-se hífen em palavras onde o segundo termo começa com a letra h

Exs.: super-homem, anti-higiênico,

Se os prefixos sob ou sub for seguido de uma palavra iniciada por b, h ou r,


deve-se empregar o hífen.

Exs.: Sub-base, sub-região, sub-reino, sub-reitor, sub-rotina, sub-humano, sob-roda

Não se emprega hífen em palavras cujo prefixo é RE e o segundo termo começa


com a letra E

Exs: Antes: Re-editar Agora: Reeditar

Antes: Re-eleição Agora: Reeleição

Palavras com prefixo PARA- emprega-se o hífen.

Exemplos:

para-brisa

para-choque

para-lama

para-raios

ATENÇÃO: Paraquedas e seus derivados não se usa o hífen, pois no novo acordo
ortográfico foi dito que perdeu sua noção de composição.

Exs.: paraquedas, paraquedismo, paraquedista.

Emprego das letras

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E ou I

Em verbos terminados em -uar, air e oar

Ex.: perdoar – perdoem

Em verbos terminados em “ir” no presente do indicativo

Ex.: verbo partir: partes

Em ditongos nasais -ãe(s) e -õe(s)

Ex.: aldeães e vilões

Em palavras com prefixo ante, indicando anterioridade.

Ex.: antebraço.

Palavras escritas com E: umedecido

Verbos no presente do indicativo terminados em uir, oer ou air

Ex. possuir – possui.

Em palavras de prefixo anti, indicando contrariedade

Ex.: Antiácido

C, Ç, S, SC, SÇ, SS“

Em vocábulos de origem indígena, africana ou árabe

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Ex.: cipó e cacique

Em palavras derivadas de vocábulos terminados em -te/-to

Ex.: marte – marcial, marciano

Sempre depois de ditongos

E.: foice

Com as terminações -ecer e -encer,

Ex.: entardecer

Palavras escritas com C: Solicitação, Obcecado, conciliar, nocivo, acionamento,


vicitude

Nunca usado antes de E e I e sempre antes de A, O e U.

Ex.: Açai, Moçambique, muçulmano

Em sufixo guaçu e açu

Ex.: Paraguaçu.

Substantivos derivados do verbo ter

Ex.: detenção (deter)

Depois de ditongo

Ex.: louça

Palavras com Ç: Aquisição, expedição, abolição, cansaço, esvoaçante, injeção, miçanga,


percepção

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Sufixos ês, esa e isa, para formar nacionalidade e títulos ou profissões.

Ex.: Chinês e chinesa. Francês e francesa, burguês – burguesa

Palavras derivadas com S.


Ex.: analisar – análise, pesquisar – pesquisa, aviso – avisar, subsídio – subsidiar,
adesão – aderir

Sufixos oso e osa na formação de adjetivos

Ex.: delicioso, gasoso, pretencioso

Após ditongo

Ex.: maisena.

Nas formas dos verbos pôr e querer e seus compostos.


Ex.: puser, repusesse, quis, quisemos.

Palavras escritas com S: empresa, aquisição, previsão, misto, pretensão, cansaço,


clausura, paralisado, estende, excursão

SC

pode ser dígrafo (um som) ou um encontro consonantal (dois sons)

Dígrafo: descida e discípulo

Encontro consonantal: Descoberta e descanso

Usa-se em termos eruditos: acréscimo e plebiscito

Palavras com SC: piscina, florescer, imprescindível, condescendente, descentralizar

Usa-se na conjugação de alguns verbos:

Ex.: Nascer – nasço

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SS

Emprego do dígrafo SS

Nos substantivos derivados de verbos primir, meter, mitir, cutir, ceder, gredir

Ex.: Agredir – agressão, conceder – concessão

Palavras escritas com SS: míssil, ressaltar, excessivo

Tradição

Ex.: Homem e honra

Final de algumas interjeições

Ex.: Ah!, oh! ou hein?

Tradição de escrita

Ex.: Hábito

Para compor os dígrafos ch, nh e lh

Ex.: marcha

Sufixos ez e eza, derivados de adjetivos ou formar substantivos abstratos

Ex.: rico – riqueza, miúdo – miudeza, rígido – rigidez, ironia – ironizar, belo – beleza,
triste – tristeza, social – socializar

Derivada de palavras com Z

Cruz – cruzada, deslize – deslizar

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Uso dos sufixos –ar e –izar. -ar se o radical da palavra tem o “S”, senão usa-se
o –izar.

Ex.: análise – analisar, eterno – eternizar, capital – capitalizar, oficial – oficializar,

Palavras escritas com Z: Audaz, alteza, raiz, esquizofrenia, realizar, xadrez,


abalizado, especializado, giz

X ou CH

Após ditongo

Ex.: peixe.

Palavras que iniciam com en (exceções: encher, encharcar,


enchumaçar, enchiqueirar e seus derivados).

Ex.: enxaqueca, enxergar, enxugar, enxame, enxurrada, enxoval

Após ME (exceção: mecha e seus derivados)

Ex.: mexer, mexerico

Nas palavras de origem indígena ou africana e nas palavras inglesas


aportuguesadas

Ex.: Abacaxi, xangô, xavante, xingar, xerife, xampu, orixá, xará, xaxim

Palavras com x: xícara, laxante, xereta, xarope, execrado, exposição, exceção,


expedição, expediente, xadrez, aconchego, expandir, prolixo, caixa, exumado, excursão,

Palavras escritas com x e ch: Xucro ou chucro (basicamente tem o mesmo


significado)

CH

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O dígrafo ch é usado em palavras de origem latina, francesa, espanhola,
italiana, alemã, inglesa, árabe dentre outras: cheirar, chuva, chassi, chalé, chuchu,
apetrecho, trapiche, espadachim, salsicha, chope, charuto, mochila, cheque, chafariz,
piche (origem inglesa), cartucho (origem francesa e italiana);

Emprega-se ch depois de an (anchova), en (encher), in (inchar, inchaço), on


(concha), un (funcho).

Em sufixos aumentativos ou diminutivos “acho”(riacho), “achão” (bonachão),


“icho”(rabicho) e “ucho”(gorducho).

Em palavras derivadas do mesmo radical: chinelada (de chinelo), chaveiro (de


chave), chamariz (de chamar), enchente (de encher), pichação (de piche).

Palavras escritas com ch: cartucho, espichar, bochecha, chamego, chamuscar,


chiqueiro, borracharia, flecha, ficha, clichês

Palavras escritas com x e ch: Xucro ou chucro (basicamente tem o mesmo


significado)

G ou J

Palavras que terminam com ágio, égio, ígio, ógio e úgio

Ex.: refúgio, subterfúgio, litígio, prodígio, egrégio,

Palavras que terminam com agem, igem e ugem

Ex.: ferrugem, garagem, vertigem

Exceções: pajem, rabugem, lajem

Palavras derivadas de outras que já tem a letra G

Ex.: ferrugem – ferrugento, vertigem – vertiginoso

Normalmente após a letra R

Ex: ergam, érgio, largo, burgo,

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Palavras escritas com g: lacrimogêneo, indígena, privilegiado, sugestão, algema, gilete,
estagiário, gengiva, hegemonia, giz, estrangeiro

Palavras indígenas, africanas, árabe ou exótica

Ex.: canjica, pajé

Derivados dos verbos terminados em jar ou jear

Ex.: Arranjar – arranjo, viajar – viajo, gorjear – gorjeio

Palavras derivadas de outras terminadas em JA ou de outras que possuem o J

Ex.: Loja – lojista, laranja – laranjinha

Palavras escritas com J: Projetar, gorjeta, sarjeta, trajetória, projétil, injeção, jeito

K, W e Y

Abreviaturas, símbolos, palavras estrangeiras, nomes próprios estrangeiros

Ex.: K (potássio), Darwin ou software

7. ACENTUAÇÃO GRÁFICA

A acentuação gráfica estuda os acentos gráficos (agudo, grave e circunflexo).


Ela é relacionada com a intensidade das sílabas das palavras. Quando ela tem mais
intensidade ela é tônica e quando tiver menos intensidade ela é átonas.

O acento gráfico é apenas um sinal de escrita e não deve ser confundido com o acento
tônico.

Exemplo: Simpática

Sim-pá-ti-ca A sílaba em destaque tem mais intensidade, então ela é a sílaba tônica,
levando então o acento tônico.

As outras sílabas de menor intensidade são as sílabas átonas.

26
Acentos gráficos

Acento agudo (´): Sílaba tônica com som aberto. Ex.: sábia

Acento circunflexo (^): Sílaba tônica fechada. Ex.: fêmur

Acento grave (`) Indica que há crase, ou seja, função de fusão (contração da
preposição a com outra palavra). Ex.: àquele (a + aquele)

Analisaremos agora como é feita a acentuação gráfica, lembrando que houve um acordo
ortográfico em 1990 e que está em uso desde 2009, mas que passou a ser obrigatório a
partir de 2016. As regras aqui expostas já estão dentro do acordo.

Tipos de palavras ou sílabas:

Oxítonas

As palavras oxítonas são aquelas em que a última sílaba é tônica (maior intensidade).
Elas podem ser acentuadas com o acento agudo e o circunflexo.

Acentuação das palavras oxítonas

1. Recebem acento agudo se terminadas em vogais tônicas abertas (a), (e) ou (o)
seguidas ou não de (s).

Exs.: Café, cipó(s), até e pontapé(s)

2. Recebem acento agudo terminadas em ditongo nasal EM e ENS

Exs: Harém e haréns

3. Recebem acento agudo as palavras oxítonas terminadas com os ditongos abertos


(éi), (éu) ou (ói), seguidos ou não de (s).

Exs.: Papéis, chapéu e herói

4. Recebem acento circunflexo as palavras terminadas nas vogais tônicas fechadas que
se grafam (e) ou (o), seguidas ou não de (s)

Ex.: Português

5. Recebem acento circunflexo os verbos com pronome clítico (pronome pessoal átono
de uma só sílaba) terminada em vogal fechada “e” ou “o”.

27
Ex.: Retê-lo(s)

6. Podem receber o acento circunflexo ou átono as palavras derivadas do francês e


terminadas com a vogal (e).

Ex.: Croché ou crochê

Paroxítonas

As palavras paroxítonas são aquelas em que a penúltima sílaba é tônica (maior


intensidade).

Acentuação das Palavras Paroxítonas

1. Recebem acento agudo as paroxítonas que terminam em l, n, r, x, s, i, is, um, uns,


us, ps, ã, ão, ãos e ei e eis

Exs.: Réptil e hífen, córtex, fórum, bíceps, órgão e jóquei

2. Recebem acento circunflexo as palavras que contêm, na sílaba tônica, as vogais


fechadas “a”, “e”, “o”. “ão(s)”, “eis (s)” ou “us” e que terminam em “l”, “n”, “r”, “x”.

Exs.: Cônsul, têxtil. Zângão e ânus.

ATENÇÃO: Com o novo acordo ortográfico, muitas palavras paroxítonas que


eram acentuadas não são mais. Palavras com oi, ei, i, u, oo, ee,

Exs.: boia, joia, alcateia, feiura, abençoo, voo, deem, leem,

Proparoxítonas

As palavras proparoxítonas são aquelas em que a antepenúltima sílaba é a tônica (maior


intensidade).

Acentuação das Palavras Proparoxítonas

Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas

1. Recebem acento agudo quando a sílaba tônica é vogal aberta.

Exs.: Plástico, último e pássaro.

2. Recebem acento circunflexo quando a sílaba tônica é vogal fechada

28
Ex.: Cânfora e acadêmico.

Acento diferencial

A partir do Novo Acordo Ortográfico, alguns acentos diferenciais continuaram, mas


outros deixaram de ser usados.

As palavras Pêra, pêlo, pólo e pára não se acentua mais ficando assim: pera, pelo polo e
para.

Palavras compostas com o verbo parar: Para-choque e para-raios

Forma de bolo: Apesar de ser opcional a acentuação (fôrma), deve-se evitar.

Ainda se acentua as palavras:

Pôr (diferente da preposição por)

Ex.: Ele vai pôr a mesa aqui?

Pôde (Poder, Passado e presente (pode))

Ex.: Ela não pôde assistir ao filme ontem, mas pode assistir hoje.

Verbos ter e vir e seus compostos

Ex.: Elas vêm aqui; ela vem aqui.


Eles têm fome; ele tem fome.

Trema

O trema é um sinal gráfico auxiliar, ou seja, não é acento gráfico.

Com o novo acordo ortográfico ele não é mais usado, com exceção dos substantivos
próprios estrangeiros e das palavras derivadas delas.

Exs: Gisele Bündchen e Müller

8. SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS

Sinônimos (Sinonímia): palavras que possuem significados iguais ou semelhantes.

Exemplos: carro e automóvel, comprido e longo, inteiro e completo, desenvolver e


crescer

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Antônimos (Antonímia): palavras que possuem significados diferentes, ou seja,
significados opostos.

Exemplos: feliz e infeliz, simpático e antipático, simétrico e assimétrico, progressão e


regressão

9. SENTIDO PRÓPRIO E FIGURADO DAS PALAVRAS

Sentido literal da palavra ou expressão. Ela não precisa do contexto para que
você a compreenda, ou seja, tem o mesmo sentido do dicionário. Como ela
normalmente é usada.

Exemplos: Comprei uma flor na floricultura

A cobra picou a menina.

Sentido figurado ou Conotativo das palavras

Já é uma palavra que depende do contexto para entender o seu significado.


Este contexto pode mudar o sentido literal da palavra ou expressão. Quando a palavra é
usada de modo criativo ela aumenta as possibilidades de interpretações. É muito usado
em campanhas publicitárias.

Utilizando as mesmas palavras dos exemplos anteriores ficará mais claro;

Exemplos: A Raquel é uma flor de menina.

O contexto alterou o sentido literal da palavra flor. Nesta expressão significa que Raquel
é meiga e bela.

Minha sogra é uma cobra

O contexto também alterou o sentido literal da palavra cobra. Nesta expressão significa
que a sogra é antipática e insuportável.

10. PONTUAÇÃO

Os sinais de pontuação representam os recursos que usamos quando


escrevemos com objetivo de reproduzir pausas como a vírgula e entonação como o
ponto de interrogação. Os sinais de pontuação também servem para dar coerência e
coesão ao texto, para que ele seja bem compreendido.

30
Vírgula (,)

A vírgula marca pausas indicando que os termos por ela separados não formam uma
unidade sintática, apesar de estarem na mesma oração.

A vírgula pode ser usada em diversas situações como:

Separar o vocativo: João, vá ao supermercado comprar carne.

Separar termos que possuem mesma função sintática na oração: O bêbado, chorou,
gritou, brigou e, enfim, sossegou.

Separar o aposto: Caio, irmão de Arthur, veio assistir à palestra.

Separar os nomes dos locais de datas: Vila Velha, 30 de março de 2019.

Separar orações adjetivas explicativas: A animação, que você sugeriu para mim, é
muito legal.

Separar o adjunto adverbial no início ou meio da oração: Naquele tempo, havia mais
contato entre as pessoas.

Separar elementos repetitivos: Eu estou com muita, muita, muita pressa!

Separar elementos de uma enumeração: meus sorvetes preferidos são os de baunilha,


coco, morango e chocolate.

Separar termos coordenados assindéticos: Vim, vi, venci. (Júlio César)

Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas: Os jogadores de basquete,


que são profissionais, recebem altos salários.

Indica a supressão de uma palavra, normalmente do verbo: Eu comi uma torta de


chocolate; meu filho, de coco.

Ponto (.)

Em abreviaturas como: Sr. ou Ltda.

Ponto final (.)

É usado no final de frases declarativas e imperativas para indicar uma pausa total:

O João foi jogar bola.

31
Ponto e vírgula (;)

O ponto e vírgula é usado para indicar uma pausa maior do que a vírgula, sem indicar o
fim da ideia. Fica entre a vírgula e o ponto final.

Pode ser usado para:

Separar itens enumerados:

A gramática se divide em:

Fonética;

Fonologia;

Sintaxe;

Semântica;

Estilística.

Separar um período que já se encontra dividido por vírgulas: Eu prefiro estudar


matemática; meu filho, geografia; minha esposa, história.

Para alongar a pausa antes das conjunções adversativas: Pode contar com minha ajuda
e empenho; mas, não se esqueça de dar o seu máximo.

Ponto de Interrogação (?)

É usado para indicar uma pergunta direta: Você quer comer uma pizza hoje?

Ponto de Exclamação (!)

O ponto de exclamação é usado em frases exclamativas para indicar espanto,


admiração, alegria, raiva, surpresa ou desejo. Pode ser usado também em interjeições e
frases imperativas para indicar uma ordem.

Viajaremos hoje!

Que horror! Agora você excedeu.

Faça agora!

Coragem!

32
Dois-pontos (:)

Para dar uma pausa em uma frase que ainda não terminou, quando se faz uma citação
ou para introduzir uma fala. Pode ser para dar um exemplo ou uma enumeração.

Vá na padaria e compre para mim: leite, pão, manteiga e café

Ela respondeu: não, eu não quero!

Reticências (…)

São usadas para indicar suspensão, interrupção ou dar ideia de continuidade de vários
outros itens. Pode ser usada para extrair uma parte de um texto ou transmitir dúvidas,
hesitação, …

(…) ele estava saindo da casa, mas (…)

(…) ele saiu da casa naquele momento.

Você pode até estar certo, mas…

Sabe… preciso te dizer uma coisa: eu não te amo mais.

Aspas (“”)

As aspas são usadas para destacar uma parte do texto, como citação de alguém,
expressões estrangeiras, gírias e etc.…

“Não tenha medo de ter ideias ruins, ruim é não ter ideias.” (Seth Godin)

Não esqueça de me dar um “feedback.”

O Pedro está sempre “antenado.”

Parênteses ()

Dar mais informações sobre algo ou simplesmente indicar algo.

Exemplos de uso dos parênteses:

Os artigos sofrem flexão em gênero (masculino e feminino) e em número (singular e


plural).

Ele insistiu (mas ninguém acreditou) que foi considerado o melhor aluno da escola.

33
(…) e seres humanos dos raios ultravioletas (causador de envelhecimento precoce)
emitidos pelo Sol.

Travessão (–)

O travessão é indicado para introduzir uma fala ou separar uma oração.

O travessão é usado, principalmente, para introduzir uma fala no discurso direto. Pode
ser usado também para separar uma oração intercalada da oração principal.

— Por que você diz isso? — falou Haddock.

Precisamos ter fé – disse o padre – que tudo tem solução.

Hífen (-)

Normalmente para unir palavras: Quarta-feira, guarda-chuva, decreto-lei.

Apóstrofo (’)

Usado para suprimir de letras ou palavras: Pingo d’água, Vozes d’Africa ou ‘stamos.

11. CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVO, ADJETIVO, NUMERAL, PRONOME, VERBO,


ADVÉRBIO, PREPOSIÇÃO E CONJUNÇÃO: EMPREGO E SENTIDO QUE IMPRIMEM ÀS
RELAÇÕES QUE ESTABELECEM

A Morfologia é o estudo da estrutura, da formação e da classificação das


palavras. Ela estuda as palavras isoladamente, não observando suas funções dentro das
frases ou períodos, como faz a sintaxe.

A morfologia estuda as CLASSES DE PALAVRAS, ou seja, a forma das palavras.

As classes de palavras são dez: substantivo, verbo, adjetivo, pronome, artigo,


numeral, preposição, conjunção, interjeição e advérbio.

Estas classes são divididas em palavras variáveis que podem variar em gênero,
número ou grau e palavras invariáveis que não variam a sua forma.

Classes de Palavras

Palavras Variáveis

Substantivo: É a classe de palavra que nomeia os seres, coisas e ideias que existem ou
imaginamos existir. Ex.: Criança, José, mesa, inveja e saci.

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Adjetivo: palavra que tem por função expressar características, qualidades ou estados
dos seres;

Ex: Fria, magro e escuro

Artigo: palavra que se coloca antes do substantivo para determiná-lo de modo


particular (definido) ou geral (indefinido);

Definido – o, a, os, as

Indefinido – um, uma, uns, umas

Numeral: palavra que exprime uma quantidade definida, exata de seres (pessoas,
coisas etc.), ou a posição que um ser ocupa em determinada sequência;

Ex.: Metade, quarto ou quinze

Pronome: palavra que substitui ou acompanha um substantivo (nome), definindo-lhe


os limites de significação;

Ex.: Ele prestou socorro

Verbo: Palavra que, por si só, exprime um fato (em geral, ação, estado ou fenômeno) e
localiza-o no tempo;

Ex.: Vou caminhar na praia

Palavras invariáveis

Preposição: palavra invariável que liga duas outras palavras, estabelecendo entre elas
determinadas relações de sentido e dependência;

Ex.: Ante, até, contra e por.

Conjunção: palavra invariável que liga duas orações ou duas palavras de mesma
função em uma oração;

Ex.: Logo, portanto e porém

Interjeição: palavra (ou conjunto de palavras) que, de forma intensa e instantânea,


exprime sentimentos, emoções e reações psicológicas.

Ex.: Coragem!, Puxa! e Silêncio!

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Advérbio: palavra invariável que se relaciona com o verbo para indicar as
circunstâncias (de tempo, de lugar, de modo etc.) em que ocorre o fato verbal;

Ex.: Talvez, absolutamente e melhor.

12. CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL


CONCORDÂNCIA VERBAL

Na concordância verbal o verbo se flexiona para concordar com o sujeito


gramatical. Esta flexão pode ser realizada em número (singular ou plural) e em pessoa
(1.ª (eu), 2.ª(tu) ou 3.ª pessoa(ele)).

Exemplo 1:

Eu gosto de chocolate

Eu está no singular

Verbo gostar também no singular

Exemplo 2:

Os técnicos escalaram os times.

Técnicos está no plural

Verbo escalar está no plural

Casos especiais de concordância verbal

Sujeito formado por coletivo:

O verbo concorda com o coletivo

O bando assustou as pessoas

Se o coletivo vier seguido de nome no plural, o verbo pode concordar com o coletivo ou
com o nome.

O bando de bandidos assustaram as pessoas

O bando de bandidos assustou as pessoas

36
Verbos impessoais

O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do singular.

Não possui o sujeito:

Havia pessoas

Tempo:

Faz dois dias

Fenômeno

Durante o inverno, nevava muito.

Partícula de indeterminação do sujeito se

O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do singular.

Precisa-se de empregado.

Precisa-se de empregados.

Partícula apassivadora se

O verbo concorda com o objeto direto, podendo ficar no singular ou no plural:

vende-se casa, vendem-se casas

Infinitivo pessoal

Você flexionará o verbo, quando o sujeito está definido, se quiser definir o sujeito ou
quando o sujeito da segunda oração é diferente da primeira.

Isto é para nós fazermos.

Infinitivo impessoal

Você não flexionará o verbo se o sujeito não está definido, quando o sujeito da segunda
oração for igual ao da primeira oração, em locuções verbais, com verbos
preposicionados e com verbos imperativos.

As pessoas conseguiram entender a verdade.

37
Foram incentivados a entender a verdade.

Foram impedidos de entender a verdade.

Verbo Ser

O verbo concorda com o predicativo do sujeito.

Oito macarronadas era muito para ele.

Pronome relativo que

Concorda com o termo antecedente do pronome.

São eles que querem.

Pronome relativo quem

Ou concorda como o antecedente do pronome ou fica flexionado na terceira pessoa do


singular.

Amanhã serão eles quem resolverá o problema.

CONCORDÂNCIA NOMINAL

A concordância nominal se fundamenta na relação entre um substantivo e os adjetivos


concordando em número e gênero.

O menino estudioso passou no concurso público.

Casos especiais

Pronomes pessoais

Adjetivo concorda em número e gênero

Ela ficou animada com o resultado

Ele ficou animado com o resultado

Elas ficaram animadas com o resultado

Eles ficaram animados com o resultado

38
Vários substantivos

Adjetivo concorda em número e gênero com o substantivo mais próximo.

Bloco e caneta nova

Caneta e bloco novo

Caneta e blocos novos

Vários adjetivos

Se tem dois ou mais adjetivos no singular e tem um artigo entre eles o substantivo
ficará no singular, mas se não tiver o artigo ele fica no plural.

O jogador brasileiro e o argentino

Os jogadores brasileiro e argentino

A professora simpática e a antipática

As professoras simpática e antipática

Expressões é proibido, é necessário, etc.

Estas expressões formadas por um verbo mais um adjetivo, permanecem invariáveis se


o substantivo a que se referem tem sentido genérico (portanto não precedido de artigo).

É proibido a entrada

É proibido venda

Caso o substantivo esteja sendo determinado por um pronome ou artigo, a frase inteira
tem que concordar com o substantivo.

É proibida a entrada de animais

Bastante, longe, barato

Estas palavras podem ter função de adjetivo ou de advérbios

Se advérbio são invariáveis

Se adjetivo mesma regra de adjetivos

39
“É hoje, que você se vende caro,

Creio que você não tem razão”(Noel Rosa)

Advérbio Caro.

Repetirei bastantes vezes essa questão, pois ela aparece em bastantes exames

Adjetivo Bastantes

Um e outro

Adjetivo sempre no plural

Um e outro jogador talentosos

Uma e outra questão respondidas

13. REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL


A regência estuda as relações e subordinação entre um nome (ou um verbo) e
seus complementos.

Sua função é estabelecer relações entre as palavras, fazendo com que a


criação de frases não tenha duplo sentido, sendo corretas e claras.

OBS.: A regência pode ser verbal ou nominal.

REGÊNCIA NOMINAL

A regência nominal estuda a relação e subordinação entre um nome (adjetivo,


substantivo ou advérbio) e seus complementos através de uma preposição.

Este complemento é chamado de complemento nominal que completa o nome para que
ele tenha um significado claro.

As preposições mais utilizadas são: por, com, a, de, em, para.

Exemplos:

1. Os catadores sentem desejo por uma vida melhor.

Desejo (substantivo)

Complemento nominal (preposição por)

40
2. O professor era indulgente com nossos erros.

Indulgente (adjetivo)

Complemento nominal (preposição com)

3. Hoje a saúde infelizmente não está acessível a todos

Acessível (adjetivo)

complemento nominal (preposição a)

4. Não tenho medo de você

Medo (advérbio)

Complemento nominal (preposição de)

5. Ele tinha confiança em que sairia vitorioso

Confiança (substantivo)

Complemento nominal (preposição em)

6. Este filme é impróprio para menores de dezoito anos

Impróprio (adjetivo)

Complemento nominal (preposição para)

REGÊNCIA VERBAL

A regência verbal estuda a relação e subordinação entre um verbo e o termo da oração


que o complementa.

Conforme o tipo de complemento vai precisar ou não de preposição, podendo inclusive


mudar o sentido do verbo.

Nós temos os termos regente e regido, mas o que seria isso?

Termo regente é o verbo

Termo regido é o seu complemento verbal, que normalmente é o objeto direto,


objeto indireto ou o adjunto adverbial.

41
Uma coisa que você tem que ficar bem atendo é que na regência verbal, as preposições
podem combinar ou contrair com artigos e pronomes:

Ex:

por + o = pelo

em + as = nas

de + isto = disto

a+ a = à

a + o = ao

Dentro outras mais

Vamos aos verbos:

ACUSAR

Verbo Acusar no sentido de incriminar

Ela sempre costuma acusar colegas

Verbo: acusar

Objeto direto: colegas

Com objeto direto e indireto e preposição de ou por

Acusou o homem de estelionato.

Acusou o réu por crime de tortura.

AGRADAR

Verbo agradar no sentido de mimar usa-se objeto direto.

A mulher agradou o cachorrinho recém-nascido

Verbo agradar no sentido de satisfazer usa-se objeto indireto com preposição a.

O discurso agradou a plateia

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CHAMAR

Verbo chamar no sentido de fazer um apelo usa-se objeto direto.

João chamou a filha

Verbo chamar no sentido de convocar pede objeto direto.

O presidente chamou o conselho.

ANTECIPAR

Verbo antecipar no sentido de adiantar pode ser com objeto direto e sem complemento
verbal

Com objeto direto.

Para ajudar seus funcionários, a empresa antecipou seus salários.

Sem complemento verbal

É preferível esperar que antecipar.

Abaixo coloquei uma pequena lista de mais alguns verbos.

As preposições mais utilizadas na regência verbal são as seguintes:

Com, em, a, de, para, por e sobre.

Parecer com

Sonhar com

viciar-se em

Avaliar em

Sobreviver a

Pertencer a

Morrer de

Vingar-se de

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Desafiar para

Convidar para

Apaixonar-se por

Chorar por

Meditar sobre

Alertar sobre

14. COLOCAÇÃO PRONOMINAL

Os pronomes oblíquos átonos são os que não são precedidos de preposição. Possuem
acentuação tônica fraca.

São eles:

Singular: me, te, o, a, lhe, se.

Plural: nos, vos, os, as lhes, se.

Eles podem ficar em posições diferentes em relação ao verbo:

Formas:

Próclise: colocado antes do verbo. Há pessoas que nos afetam para sempre

Mesóclise: Colocado no meio do verbo. Ajudar-te-ei na sua lição

Ênclise: Depois do verbo. Refere-se a um ato falho

Vamos agora analisar cada forma.

Próclise:

Coloca-se antes do verbo que o complementa

Orações negativas; Ninguém se mexe.

Frases exclamativas ou optativas: Deus te ajude!

Conjunções subordinativas: Aceitaremos o acordo se ficar bom para nós

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Pronomes: Alguém me ajude a sair daqui

Frases interrogativas: Quem me viu no final de semana?

Advérbios: Se houver vírgula é ênclise. Aqui se vê muita miséria

– advérbio (não seguido de vírgula) e o numeral ambos.

Mesóclise:

Colocamos no meio do verbo caso ele esteja no futuro do pretérito do indicativo ou


no futuro do presente do indicativo. A mesóclise é muito utilizada na linguagem formal

Diante da plateia, cantar-se-ia melhor.

Ênclise:

Coloca-se depois do verbo que o complementa

Usado em início de frases com verbo ou depois de pontuação: Refere-se a um ato falho

Nas orações imperativas afirmativas: Lembre-se de estudar a noite.

Com o verbo no gerúndio: Fiquei sem reação, lembrando-me de acontecimentos


passados.

Verbo no infinitivo impessoal: leia o enunciado das perguntas cuidadosamente antes de


resolvê-las

Orações reduzidas do infinito: Convém dar-lhe folga amanhã.

15. CRASE

A crase não é um acento é a contração de duas letras “a” em uma só utilizando


o acento grave (`) no “a”. Para usar a crase é necessário ter uma preposição “a” e o
artigo “a” de palavras femininas.

Existem muitas regras para se usar a crase que acabam confundindo o


estudante, então tentarei simplificar para facilitar o aprendizado, mas no final coloquei
as regras para caso você queira aprofundar sobre o assunto.

DICA 1

Como a crase é só com palavras femininas é só substituir a palavra por uma masculina
equivalente e se o a (s) se transformar em ao (s) é por que deve-se usar a crase.

45
Exemplos 1

Aquela aluna nunca presta atenção a aula.

Substituir por ensinamentos

Aquela aluna nunca presta atenção ao ensinamento. (não ficou estranho, então leva
crase)

Correto: Aquela aluna nunca presta atenção à aula.

Exemplo 2

Estou mandando a revista a ela

Substituir por ele

Estou mandando a revista ao ele. (ficou estranho, então não leva crase)

Correto: Estou mandando a revista a ela

Exemplo 3

Estou indo a academia

Substituir por clube

Estou indo ao clube. (não ficou estranho, então leva crase)

Correto: Estou indo à academia

DICA 2

Substituir o “a” por “para a”, “da”, “na” e “pela”, se não ficar estranho deve usar a
crase.

Exemplo 1

Estou indo a academia

Substituir por “para a”

Estou indo para a academia (não ficou estranho, então usa crase)

46
Correto: Estou indo à academia

Obs.: Esta substituição de “para a” é muito utilizada quando envolve nomes de lugares

Exemplo 2

Fui a Inglaterra

Substituir por “para a”

Fui para a Inglaterra (não ficou estranho, então usa crase)

Correto: Fui à Inglaterra

Exemplo 3

Fui a Curitiba

Substituir por “para a”

Fui para a Curitiba (ficou estranho, não usa crase)

Correto: Fui a Curitiba.

DICA 3

Substituir “vou a” por “volto da” (da (preposição de + a))

Exemplo 1

Vou a São Paulo

Substituir por “volto da”

Volto da São Paulo (ficou estranho não usa crase)

Correto: Vou a São Paulo

Exemplo 2

Vou a Bahia

Substituir por “volto da”

47
Volto da Bahia (não ficou estranho, então usa crase)

Correto: Vou à Bahia

Estas dicas te ajudarão em grande parte das situações, mas não em todas, então
infelizmente existem regras que devem ser utilizadas para acertar todas as questões.

Quando usar a crase:

1 – Antes de palavras femininas.

Antes de palavras femininas com frases que tem substantivos e adjetivos que solicitam
a preposição “a” se referindo algo.

Ex.: Aquela aluna nunca presta atenção à aula.

Devemos obedecer às regras do condomínio

2 – Expressões que indiquem horas, somente no caso de horas definidas e


especificadas ocorrerá a crase:

Retornaremos à meia-noite.

Chegaremos em Vitória às 8 horas

Às duas horas da tarde viajaremos

3 – Locuções adverbiais que expressem ideia de tempo, lugar e modo.

À tarde, à noite, à direita, à esquerda, à vontade, às claras, às vezes, às pressas, à


espera

Ex.: Os embalos de sábado à noite.

Vire na próxima à direita

Às vezes chegamos tarde para o almoço

4 – Locuções prepositivas

À mercê de, às custas de, à moda de, à maneira de, à exceção de,

Ex.: O aluno foi aprovado à custa de muita dedicação

48
Obs.: Frases que subentende “à moda de” ou “à maneira de” leva crase também
(Esta situação é a única maneira que vai crase com palavras masculinas também)

Ex.: Bife à milanesa (subentende que é à moda de Milão, então leva crase).

Bife a cavalo (não leva acento)

Churrasco à gaúcha (à maneira dos gaúchos)

5 – Locuções conjuntivas

À proporção de, à medida que

Ex.: à medida que ficamos mais velhos aprendemos a lidar melhor com nossas perdas

6 – Preposição “a” com pronome demonstrativo

“a”(ou “as”)

Ex.: Sua calça é idêntica à de meu filho.

7 – Pronomes relativos “a qual” e “as quais”, depende do que vem antes

Regrinha: Troca o que vem antes por palavras masculinas e “ao” ou “aos” e se não
ficar estranho usa crase

Exemplo 1

Há cidades mineiras as quais não consigo me comunicar.

Substituir por municípios mineiros aos quais

Há municípios mineiros aos quais não consigo me comunicar (não ficou estranho, então
leva crase)

Correto: Há cidades mineiras às quais não consigo me comunicar

Exemplo 2

Aquela é a moça a qual lhe falei

Substituir por moço ao qual

49
Aquele é o moço ao qual lhe falei (se não ficou estranho, então usa crase)

Correto: Aquela é a moça à qual lhe falei

8 – Aquele(s), aquela(s), aquilo

Substituir por “a este”, “a esta” e “a isto” sem perder o sentido

Exemplos 1:

Voltei, então, aquele hotel que gostei muito!

Substituir por “a este”

Voltei, então, a este hotel que gostei muito! (não perdeu o sentido, então leva crase)

Correto: Voltei, então, àquele hotel que gostei muito!

Exemplo 2:

Dediquei aquela mulher esta música.

Substituir por “a esta”

Dediquei a esta mulher esta música. (não perdeu o sentido, então leva crase)

Correto: Dediquei àquela mulher esta música.

Exemplo 3

Refiro-me aquilo que aconteceu no jogo de ontem.

Substituir por “a isto”

Refiro-me a isto que aconteceu no jogo de ontem. (não perdeu o sentido, então leva
crase)

Correto: Refiro-me àquilo que aconteceu no jogo de ontem.

9 – Expressão “à vista”

Vendo à vista (leva crase no sentido de não vender parcelado (a prazo)).

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Vendo a vista sem a crase têm outros sentidos como: (tampar os olhos, olhando a
paisagem ou mesmo vendendo os olhos)

QUANDO NÃO USAR A CRASE

Antes de palavras masculinas

Gosto de caminhar a pé

Palavras repetidas, mesmo se for femininas

Precisamos conversar frente a frente

Antes de verbo

Minha filha está aprendendo a tocar violão

Antes de palavras femininas no plural antecedidas pela preposição a:

A bolsa de inglês foi dada a mulheres brasileiras

Se o “a” também estiver no plural levará crase

A bolsa de inglês foi dada às mulheres brasileiras

Antes da maioria dos pronomes

Desejamos a todos um feliz ano novo.

Pronomes que pode usar crase: Dona, senhora, senhorita

Eu falei à senhora não me procurar mais.

Expressões que sugerem ideia de futuro ou distância

A aula terminará daqui a pouco

Antes de dia da semana

De segunda a quinta

Obs.: Só haverá crase se definirmos o dia da semana

Abriremos somente às terças-feiras

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Antes de numeral (Com exceção de horas)

A praia fica a 100 metros daqui

CASOS ESPECÍFICOS PARA USAR CRASE

Antes da palavra terra

Usa crase no sentido de planeta Terra ou se a localidade está determinada

Os soldados chegaram a terra. (terra indeterminada, não leva crase)

Eles foram à terra de meus pais (terra determinada, então leva crase)

Os astronautas voltaram à terra. (planeta terra)

Antes da palavra casa

Mesma regra: se especificar usa a crase

Volta a casa mais tarde (casa indeterminada, não usa crase)

Volta à casa de meus pais mais tarde (casa determinada, usa crase)

Casos facultativos (pode ou não usar)

Antes de pronomes possessivos femininos minha, sua e tua

Ontem na aula fizeram referência a minha tia

Ontem na aula fizeram referência à minha tia

Antes de nomes próprios femininos (se especificar o nome leva


obrigatoriamente crase)

Enviei e-mail a Cristina

Enviei e-mail à Cristina

Enviei e-mail à Cristina do supermercado (especificou de onde é a Cristina)

Depois da palavra até

Pedro foi até a piscina

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Pedro foi até à piscina

Atenção: Existem situações que o contexto da frase deve ser levado em consideração
para colocar ou não a crase.

Até a casa ficou debaixo d’água (sem crase, pois se colocar a crase ele estaria indo até
a casa)

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16. HORA DE PRATICAR

Texto I

Prezada amiga Irmã M. Celina

Acabo de chegar do Instituto e encontro uma carta sua – excelente carta –


estranhamente data de 23 de setembro de 1967. Como não consegui ver a data de expedição
no Brasil, estando clara apenas a de chegada ao Chile, 2.9.68, acredito que foi algum equívoco
seu. Ou, quem sabe, um retorno inconsciente a setembro de 67...

Recebi, no ano passado, uma longa carta sua, mas, àquela época, insistia em continuar
sendo pouco organizado, o que me fez deixar de responder a umas 10 cartas de pessoas, às
vezes, estranhas. Lia as que me chegavam e, de vez em quando, se perdiam algumas entre
papéis.

Este ano, a partir de janeiro, me fiz organizado. Hoje, controlo, não apenas todas as
cartas que recebo, fichando-as e fichando as respostas que dou a elas, fazendo um balanço
mensal e arquivando a todas, como controlo as conferências que dou, as aulas, as entrevistas,
tudo. Dessa forma, venho me mantendo mensalmente em dia com tudo o que faço e quase
nunca deixo uma carta sem sua resposta. E imagine que recebo umas 40 por mês.

(Paulo Freire, A Pedagogia da Tolerância)

1. Com as passagens “... acredito que foi algum equívoco seu.” e “E imagine que
recebo umas 40 por mês.”, o autor refere-se, correta e respectivamente,

A) ao descontrole na manipulação das cartas e ao alto número de cartas.

B) ao envio incorreto da carta ao Chile e à limitação das cartas que recebe.

C) à datação da carta e ao grande volume de sua correspondência mensal.

D) à falta de resposta à Irmã e à impossibilidade de ler as cartas no mês.

E) à confusão feita pela Irmã e ao incômodo pelo fluxo mensal de cartas.

2. Com base nas passagens “mas, àquela época, insistia em continuar sendo pouco
organizado” e “me fiz organizado”, é correto afirmar que

A) houve mudança nos hábitos do autor, descritos em duas perspectivas temporais, uma no
Modo Indicativo e outra, no Subjuntivo.

B) houve mudança nos hábitos do autor, descritos em duas perspectivas temporais no Modo
Subjuntivo.

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C) se mantiveram os hábitos do autor, descritos em uma mesma perspectiva temporal no Modo
Subjuntivo.

D) houve mudança nos hábitos do autor, descritos em duas perspectivas temporais no Modo
Indicativo.

E) se mantiveram os hábitos do autor, descritos em uma mesma perspectiva temporal no Modo


Indicativo.

3. Assinale a alternativa que dá correta sequência ao trecho, de acordo com a norma-


padrão de pontuação:

Lia as que me chegavam e, de vez em quando, se perdiam algumas entre papéis.

A) Reencontrava, essas cartas (em certos casos). Em outros não!

B) Em certos casos, reencontrava, essas cartas. Em outros não.

C) Reencontrava, essas cartas, em certos casos em outros não.

D) Em certos, casos, reencontrava essas cartas; em outros, não.

E) Em certos casos, reencontrava essas cartas; em outros, não.

Texto II

(Caco Galhardo, “Daiquiri”. Folha de S.Paulo, 27.11.2021)

4. Do ponto de vista de Jorge, as compras na Black Friday são

A) desnecessárias.

B) oportunas.

C) imprescindíveis.

D) essenciais.

E) revigorantes.

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5. Assinale a alternativa que atende à norma-padrão de colocação pronominal.

A) Na última Black Friday, Jorge e o amigo têm controlado- se para não gastar.

B) Quando começa a Black Friday, deve-se controlar o impulso de compra, pensa Jorge.

C) Jorge e seu amigo raramente deixam-se levar pelas histerias consumistas.

D) Sentiria-me sem esse vazio se fosse às compras, completou o amigo de Jorge.

E) Nos afastamos de ondas de histeria consumistas, enfatizou Jorge ao amigo.

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17. GABARITO

1º C
2º D
3º E
4º A
5º B

“O sucesso é a soma de pequenos


esforços repetidos diariamente.”

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