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O que é Intertextualidade?
Veja qual é o conceito de intertextualidade, os tipos, exemplos e
como o conteúdo pode ser cobrado na sua prova de concurso ou
processo seletivo.
As provas de concursos públicos e processos seletivos cobram, entre os
conteúdos inseridos na disciplina de Língua Portuguesa, os recursos
linguísticos empregados na construção de um texto. Entre eles, está a
intertextualidade, a relação estabelecida entre um texto e outro.
O que é intertextualidade?
Canção do Exílio
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(…)
(Gonçalves Dias, Primeiros cantos, 1846.)
“Pois é. Tenho dito. Tudo aleivosia que abunda nesses cercados. Mais que
nada. Foi assim mesmo, eu juro, Cumpadre Quemnheném não me deixa mentir
e mesmo que deixasse, eu mentia. Lorotas! Porra louca no juízo dos povos
além das Gerais! Menina Mágua Loura deu? Não deu.(…)”
(Guimarães Rosa, “Grande Sertão: Veredas”)
Exemplo de intertextualidade
▪ Música “Monte Castelo”, do grupo Legião Urbana, que cita Camões
(Sonetos) e a Bíblia (Coríntios, capítulo XIII).
Trecho bíblico: 1. Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se
não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. 4. O
amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se
orgulha.
Camões:
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Letra da canção:
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria
É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja ou se envaidece
O amor é o fogo que arde sem se ver
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria
É um não querer mais que bem querer
É solitário andar por entre a gente
É um não contentar-se de contente
É cuidar que se ganha em se perder
É um estar-se preso por vontade
É servir a quem vence, o vencedor
É um ter com quem nos mata a lealdade
Tão contrário a si é o mesmo amor
Estou acordado e todos dormem
Todos dormem, todos dormem
Agora vejo em parte
Mas então veremos face a face
É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria