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Exemplos:
- São Paulo é suja. (silepse de gênero)
- Um bando (singular) de mulheres (plural) gritavam assustadas. (silepse de número)
- Todos os atletas (terceira pessoa) estamos (primeira pessoa do plural) preparados para o jogo. (silepse
de pessoa)
Assíndeto
Síndeto corresponde a uma conjunção coordenativa utilizada para unir termos nas orações coordenadas.
Feita essa observação, a figura de pensamento assíndeto é caracterizada pela ausência de conjunções.
Exemplo: Daiana comprou uvas para comer, (e) limões para fazer suco.
Polissíndeto
Ao contrário do assíndeto, o polissíndeto é caracterizado pela repetição da conjunção coordenativa
(conectivo).
Exemplo: Dolores brigava, e gritava, e falava.
Anáfora
A anáfora é a repetição de termos no começo das frases, muito utilizada pelos escritores na construção
dos versos a fim de dar maior ênfase à ideia.
Exemplo: Se eu amasse, se eu chorasse, se eu perdoasse. (A repetição do termo “se” enfatiza a
condicionalidade que o emissor do discurso quer propor).
Anacoluto
O anacoluto altera a sequência lógica da estrutura da frase por meio de uma pausa no discurso.
Exemplo: Esses políticos de hoje, não se pode confiar. (Numa sequência lógica, teríamos: “Esses
políticos de hoje não são confiáveis” ou Não se pode confiar nesses políticos de hoje.)
Pleonasmo
Repetição enfática ou redundância de um termo que soa “desnecessário” no discurso, o qual pode ser
utilizado intencionalmente (pleonasmo literário) como figura de linguagem, ou por desconhecimento das
normas gramaticais (pleonasmo vicioso), nesse caso um vício de linguagem.
Exemplo: A noite escura da Amazônia. (Note que a noite já pressupõe escuridão.)
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Tema: Níveis de língua
Para a produção do texto dramático, podemos usar diferentes níveis de línguas que de acordo com
dubois et alii, são os seguintes:
Nível de língua cuidado, que se manifesta na língua culta revestido de um prestígio intelectual.
Nível de língua corrente, que tende a seguir os usos do falar popular
Nível de língua familiar, que permite o emprego da gíria.
As posições entre os diferentes níveis podem ser apenas de ordem lexical (gíria e língua corrente,
vocabulário técnico e língua corrente) ou de ordem fonética, morfológica e sintáctica (língua culta e
língua popular, língua corrente e regionalismos).
Um vocábulo é familiar quando o seu emprego implica uma relação de intimidade entre os
interlocutores, o que se opõe as relações cerimoniosas que exigem a língua cuidada ou académica.
Familiar opõe-se igualmente à grosseria ou trivial embora muitos puristas tivessem a tendência de
confundir <<familiar>> com <<grosseria>>; trata-se portanto de um nível de língua; o termo não
implica um juízo moral acerca do conteúdo dos termos, sobre o significado de um vocábulo como
<<grosseiro>> ou <<trivial>> mas apenas como desvio em relação ao <<bom uso>>.
Vícios de linguagem
Por vezes, no acto da comunicação e, sobretudo, em textos dramáticos, produzimos alguns vícios
designados vícios de linguagem:
Arcaísmo: é o emprego de palavras ou expressões antiquadas e obsoletas.
Ex.: <<Tão asinha desmaiais>> (=depressa).
Como sói dizer-se (= como é habito dizer-se).
Neologismo: emprego de palavras novas ou de palavras existentes, mas com um sentido diferente.
Ex.: Ele esquinou (de esquina )
A minha colega mora em Matendene (ma + tenda + ene ).
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Ficha-Citação
Quando pretendemos apresentar uma sitacão (transcrição da parte de um texto), utilizamos a ficha-
citacão. Está ficha é constituída pela referência bibliográfica e pela citação, que se apresenta sempre
entre aspas.
Para transcrevemos com fidelidade, devemos assinalar todas as alterações que fazemos ao texto original.
Quando, por exemplo, fazemos supressões, usamos reticências entre parênteses curvos ( ) ou rectos [ ];
<< O resumo (...)/[...] Consiste na apresentação sucinta do conteúdo de um texto.>>
Principais tipos de fichas de leitura
Bibliográfica – segundo Rei (Op. cit, 2000, pág. 68), consiste numa pequena cartolina, contendo os
elementos identificadores de documentos, entre os quais se encontram: apelido do autor (em
maiúsculas), nome do autor, titulo da obra (sublinhado ou em itálico), subtítulo (se houver), local onde
foi editada a obra, nome da editora, colecção, ano da edição, número da edição, número do volume,
indicação do número de páginas.
Exemplo: Ficha bibliográfica: COUTO, Mia, Terra Sonâmbula, 7ª Edição, Lisboa, Editorial Caminho,
2002 (págs. 20-25).
Citação – é elaborada com a transcrição textual de trechos da obra (incluindo erros, que devem ser
seguidos pelo termo sic, colocado entre parênteses rectos [sic]) e reproduz frases consideradas relevantes
num trabalho. As frases citadas são colocadas entre aspas, referindo a página; para indicar a supressão
de palavras, recorre-se também a parênteses rectos.
Resumo ou conteúdo – é uma sinopse das principais ideias do autor.
Comentário ou analítica – contém a interpretação das ideias do autor, o valor critico-reflexivo do leitor.
Pode incidir sobre o conteúdo, a forma, a clareza ou a obscuridade do texto, uma perspectiva
comparativa com outros textos e/ou a importância da obra.
Fichamento analítica e de comentários
É uma síntese das ideias contidas na obra, tecendo comentários (MEDEIROS, 2000).
Formas de apresentação
- Cabeçalho:
- Assunto
- Referência.
Papel branco ou ficha;
Formato: A4;
Espaçamento entre linhas 1,5.;
4
Fonte: Arial ou Times New Roman;
Tamanho da fonte:12.