Você está na página 1de 5

Tema: Teatro contemporâneo Moçambicano.

Existem poucos textos dramáticos moçambicanos pós-independência, porque a tendência é de se


adaptarem obras literárias de autores moçambicanos ou de outros autores e peças teatrais. Contudo,
embora raros, há escritores moçambicanos como Sant`Ana Afonso que escrevem este género de texto.
O ritual na génese do modo dramático: “Nhyau, mafue, Chintali, Nyanga, etc”
Tema: Figuras de sintaxe.
Figuras de Sintaxe ou Figuras de Construção correspondem a um grupo das figuras de linguagem - ao
lado das figuras de pensamento, figuras de palavras e figuras de som. São utilizadas para modificar um
período, ou seja, interferem na estrutura gramatical da frase, com o intuito de oferecer maior
expressividade ao texto. Assim, as figuras de sintaxe operam de diversas maneiras na frase, seja na
inversão, repetição ou na omissão dos termos. Elas podem ser: elipse, zeugma, pleonasmo, anáfora,
anástrofe, hiperbato, anacoluto, assíndeto e silepse.
Elipse
A elipse é a omissão de um ou mais termos, os quais não foram expressos anteriormente no discurso,
entretanto, que são facilmente identificáveis pelo interlocutor (receptor).
Exemplo: Estávamos felizes com o resultado dos exames. (Neste caso, a conjugação do verbo
“estávamos”, propõe o termo oculto “nós”).
Zeugma
A zeugma é um tipo de elipse, uma vez que há omissão de um ou mais termos na oração, sendo um
recurso utilizado para evitar a repetição de verbo ou substantivo.
Exemplo: Fabiana comeu maçã, eu (comi) pera.
Hipérbato ou Inversão
O hipérbato é caraterizado pela inversão da ordem direta dos termos da oração, segundo a construção
sintática usual da língua (sujeito + predicado + complemento).
Exemplo: Triste estava Manuela. (Neste caso, o estado do sujeito surge antes do nome “Manuela”, que
na construção sintática usual seria: Manuela estava triste).
Silepse
Na silepse há concordância da ideia e não do termo utilizado. São classificadas em:
- Silepse de Gênero, quando ocorre discordância entre os gêneros (feminino e masculino);
- Silepse de Número, quando ocorre discordância entre o singular e o plural;
- Silepse de Pessoa, quando ocorre discordância entre o sujeito, que aparece na terceira pessoa, e o
verbo, que surge na primeira pessoa do plural.

1
Exemplos:
- São Paulo é suja. (silepse de gênero)
- Um bando (singular) de mulheres (plural) gritavam assustadas. (silepse de número)
- Todos os atletas (terceira pessoa) estamos (primeira pessoa do plural) preparados para o jogo. (silepse
de pessoa)
Assíndeto
Síndeto corresponde a uma conjunção coordenativa utilizada para unir termos nas orações coordenadas.
Feita essa observação, a figura de pensamento assíndeto é caracterizada pela ausência de conjunções.
Exemplo: Daiana comprou uvas para comer, (e) limões para fazer suco.
Polissíndeto
Ao contrário do assíndeto, o polissíndeto é caracterizado pela repetição da conjunção coordenativa
(conectivo).
Exemplo: Dolores brigava, e gritava, e falava.
Anáfora
A anáfora é a repetição de termos no começo das frases, muito utilizada pelos escritores na construção
dos versos a fim de dar maior ênfase à ideia.
Exemplo: Se eu amasse, se eu chorasse, se eu perdoasse. (A repetição do termo “se” enfatiza a
condicionalidade que o emissor do discurso quer propor).
Anacoluto
O anacoluto altera a sequência lógica da estrutura da frase por meio de uma pausa no discurso.
Exemplo: Esses políticos de hoje, não se pode confiar. (Numa sequência lógica, teríamos: “Esses
políticos de hoje não são confiáveis” ou Não se pode confiar nesses políticos de hoje.)
Pleonasmo
Repetição enfática ou redundância de um termo que soa “desnecessário” no discurso, o qual pode ser
utilizado intencionalmente (pleonasmo literário) como figura de linguagem, ou por desconhecimento das
normas gramaticais (pleonasmo vicioso), nesse caso um vício de linguagem.
Exemplo: A noite escura da Amazônia. (Note que a noite já pressupõe escuridão.)

2
Tema: Níveis de língua
Para a produção do texto dramático, podemos usar diferentes níveis de línguas que de acordo com
dubois et alii, são os seguintes:
 Nível de língua cuidado, que se manifesta na língua culta revestido de um prestígio intelectual.
 Nível de língua corrente, que tende a seguir os usos do falar popular
 Nível de língua familiar, que permite o emprego da gíria.
As posições entre os diferentes níveis podem ser apenas de ordem lexical (gíria e língua corrente,
vocabulário técnico e língua corrente) ou de ordem fonética, morfológica e sintáctica (língua culta e
língua popular, língua corrente e regionalismos).
Um vocábulo é familiar quando o seu emprego implica uma relação de intimidade entre os
interlocutores, o que se opõe as relações cerimoniosas que exigem a língua cuidada ou académica.
Familiar opõe-se igualmente à grosseria ou trivial embora muitos puristas tivessem a tendência de
confundir <<familiar>> com <<grosseria>>; trata-se portanto de um nível de língua; o termo não
implica um juízo moral acerca do conteúdo dos termos, sobre o significado de um vocábulo como
<<grosseiro>> ou <<trivial>> mas apenas como desvio em relação ao <<bom uso>>.
Vícios de linguagem
Por vezes, no acto da comunicação e, sobretudo, em textos dramáticos, produzimos alguns vícios
designados vícios de linguagem:
 Arcaísmo: é o emprego de palavras ou expressões antiquadas e obsoletas.
Ex.: <<Tão asinha desmaiais>> (=depressa).
Como sói dizer-se (= como é habito dizer-se).
 Neologismo: emprego de palavras novas ou de palavras existentes, mas com um sentido diferente.
Ex.: Ele esquinou (de esquina )
A minha colega mora em Matendene (ma + tenda + ene ).

UNIDADE: Textos de Pesquisa de dados


Tema: ficha de leitura
As fichas de leitura são instrumentos de trabalho que nos auxiliam na identificação e compreensão do
material utilizado em pesquisa de dados. São feitas em cartão ou cartolina de tamanho A5 ou outro mas
também pode ser feita apartir de meios informáticos.
Existem vários tipos de fichas de leitura, mas vamos destacar as seguintes: ficha - citação, ficha -
resumo e ficha analítica e de comentário. Todas elas têm em comum a estrutura, que começa com a
apresentação da referência bibliográfica antes do exercício em questão: citação, resumo ou comentário.

3
Ficha-Citação
Quando pretendemos apresentar uma sitacão (transcrição da parte de um texto), utilizamos a ficha-
citacão. Está ficha é constituída pela referência bibliográfica e pela citação, que se apresenta sempre
entre aspas.
Para transcrevemos com fidelidade, devemos assinalar todas as alterações que fazemos ao texto original.
Quando, por exemplo, fazemos supressões, usamos reticências entre parênteses curvos ( ) ou rectos [ ];
<< O resumo (...)/[...] Consiste na apresentação sucinta do conteúdo de um texto.>>
Principais tipos de fichas de leitura
Bibliográfica – segundo Rei (Op. cit, 2000, pág. 68), consiste numa pequena cartolina, contendo os
elementos identificadores de documentos, entre os quais se encontram: apelido do autor (em
maiúsculas), nome do autor, titulo da obra (sublinhado ou em itálico), subtítulo (se houver), local onde
foi editada a obra, nome da editora, colecção, ano da edição, número da edição, número do volume,
indicação do número de páginas.
Exemplo: Ficha bibliográfica: COUTO, Mia, Terra Sonâmbula, 7ª Edição, Lisboa, Editorial Caminho,
2002 (págs. 20-25).
Citação – é elaborada com a transcrição textual de trechos da obra (incluindo erros, que devem ser
seguidos pelo termo sic, colocado entre parênteses rectos [sic]) e reproduz frases consideradas relevantes
num trabalho. As frases citadas são colocadas entre aspas, referindo a página; para indicar a supressão
de palavras, recorre-se também a parênteses rectos.
Resumo ou conteúdo – é uma sinopse das principais ideias do autor.
Comentário ou analítica – contém a interpretação das ideias do autor, o valor critico-reflexivo do leitor.
Pode incidir sobre o conteúdo, a forma, a clareza ou a obscuridade do texto, uma perspectiva
comparativa com outros textos e/ou a importância da obra.
Fichamento analítica e de comentários
É uma síntese das ideias contidas na obra, tecendo comentários (MEDEIROS, 2000).
Formas de apresentação
- Cabeçalho:
- Assunto
- Referência.
Papel branco ou ficha;
Formato: A4;
Espaçamento entre linhas 1,5.;

4
Fonte: Arial ou Times New Roman;
Tamanho da fonte:12.

Tema: Regência de orações subordinadas integrantes


As orações subordinadas integrantes podem ser introduzidas pelas conjunções subordinativas integrantes
que, se e como. Estas conjunções subordinam orações que completam outras, servindo-lhes de sujeito,
predicado do sujeito ou de algum elemento implementar, como se pode confirmar apartir dos seguintes
exemplos:

 Peço-te / que não digas à minha mãe que faltei às aulas.


 Perguntei-lhe / se estava com calor quando abriu a janela.
 Aposto / como eles chegam atrasados.

Regência de orações subordinadas integrantes


As orações integrantes são orações subordinadas substantivas. Isto significa que são orações que
desempenha a mesmas funções sintáticas de um substantivo, por isso, tem a particularidade de completar
o sentido da oração subordinante. As orações subordinadas substantivas integrante vem nomeadamente
introduzidas pelas conjunções integrantes que ou se. Podem desempenhar as seguintes funções.
Sujeito:
Exemplo: É certo/ que a presença dela ainda o incomoda.
Objecto directio:
Exemplo: Respondi-lhe/que estava indisposta; perguntei-lhe se estava a sentir-se mal.
Objecto Indirecto
Exemplo: Não me esqueço / de que estavas doente.
Complemento nominal.
Exemplo: - Ele tem a mania/ de que alho faz bem aos doentes que sofrem de preção arterial.
Predicativo:
Exemplo: A verdade é/ que eu ia dizer a verdade.
Aposto:
Exemplo: «É preciso que o pescador reconheça ao menos isto: que/ a moral católica está certa/ e é
irrepreensível. »

Você também pode gostar