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Figuras de Linguagem é importante para dar mais expressividade ao texto

seja falado, seja escrito, produzindo efeitos no discurso de forma conotativa,


enfática ou indireta.

Elas estão dividas em 4 grupos:

Figuras de Pensamento: tem o papel de realçar o significado das palavras


numa sentença. Chamando a atenção do ouvinte ou leitor para relação
simbólica entre as palavras ou expressão do texto. Expressão -> sentido.
Podemos dizer que está associada ao campo das ideias.

- Antítese: quando queremos utilizar dois termos de valores opostos, por


exemplo: “de tanto chorar, desejou voltar a sorrir”.

- Paradoxo: contraste de ideias, oposição de ideias, no qual aparentemente


não fazem sentido, por exemplo: “Quanto mais eu trabalho, menos são as
oportunidades de reconhecimento na empresa”.

- Personificação: Atribuição a seres inanimados: usamos quando queremos


atribuir características animadas a seres inanimados, por exemplo: “A lua
apareceu no céu tímida esta noite”.

- Hipérbole: exagero intencional sobre uma determinada ideia. Por exemplo,


“Estou morrendo de saudade de você”.

- Ironia: ideia contraria do que se pretende dizer intencionalmente. Exemplo:


“Ele parece um anjo, adora arranjar confusão”. “anjos não remetem confusão,
logo a frase contém ironia”. Obs.: nem sempre usar ironia causa efeito de
humor.

- Sinestesia: fusão de sentidos como audição, visão, olfato, paladar em um


enunciado. Exemplo: “O branco doce que coloca em meu café já não me
apetece mais”. – causa apetite, desejo.

Figuras de Palavras: associação, substituição ou dissimilaridade, colocando


sentido denotativo ao texto.

- Comparação: quando queremos aplicar um sentido comparativo dando um


sentido. Por exemplo: “Minha mãe é linda como uma flor”.

- Metáfora: É uma comparação implícita, produzindo um sentido figurado,


bastante usado na literatura. Por exemplo, utilizando um trecho do poema do
Mario Quintana: “Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde
e pousam no livro que lês.

- Metonímia: trata-se de uma palavra que substitui outra, sendo que entre elas
existe uma forte relação objetiva e direta. Exemplo: “Comi dois pratos de
comida!”. (você não comeu o prato, mas sim se alimentou).
Figuras de Construção: estão associados ao nível sintático, estrutural do
texto.

- Elipse: omissão de um ou mais termos dentro da oração. Exemplo: Ela estava


atrasada, chamou um taxi. (nesse caso omitimos o pronome ela na segunda
oração).

- Polissíndeto: repetição de conectivo, no qual usamos para enfatizar o seu


texto. Colocar ênfase em algo, como por exemplo: “estudei e fiz uma lista de
exercícios e mais outra e descansei.

- Hipérbato: inversão sintática da estrutura, quando você troca a ordem do


enunciado. Exemplo: quanto pode dos anos o progresso! Podemos usar o
sábio mestre yoga do stars wars, no qual inverte as suas palavras.

- Anáfora repetição de palavra no início da sentença. Exemplo com música do


Tom Jobim: “é pau, é pedra, é o fim do caminho”.

Figuras de Som: repetição ou demonstração simbólica que o som reproduz.

- Assonância: repetição de sons vocálicos. Exemplo: “Aurora ama os animais”.

- Aliteração: repetição de sons consonantais. Exemplo: “Vim, vi, venci”.

- Onomatopeias: tentativa de reproduzir efeitos sonoros. Exemplo: o tique-


taque do relógio, me lembrava que tinha pouco tempo para terminar a prova”.

Funções da Linguagem: são formas de utilização da linguagem segundo a


intenção do falante. Contem 6 elementos:

- Emissor: emite o enunciado.

- Receptor: destinatário da mensagem.

- Mensagem: o que é transmitido.

- Referente: o assunto.

- Canal: meio de transmissão

- Código. A forma que a linguagem é produzida.

Foco no emissor -> função emotiva ou expressiva, no qual aparece na


primeira pessoa do discurso. Exemplo: “não serei o poeta de um mundo
caduco também não cantarei o mundo futuro”. (Carlos Drummond de Andrade).
Note que a presença de primeira pessoa e deixa claro as vontades e
percepções do emissor.

Foco no Receptor -> função conativa, presente em textos publicitários, mas


não restrita a eles, chama atenção do interlocutor. Exemplo: “Faça uma
redação por semana.”

Foco no assunto: função referencial, utilizada para passar informações


objetivas, factuais. Faz-se presente em jornais, telejornais, reportagens, textos
científicos e em alguns podcasts.

Foco na mensagem: função poética, cheio de figuras de linguagem e


preocupação com sons e ritmos. Exemplo: De sol a sol, soldado, de sal a sal,
salgado. (Haroldo Campos). Repetição de sons, repetição de SOS SAL.

Foco nos canais de comunicação: função fática, comum em conversas


telefônicas e chats. Não necessariamente pergunta algo, mas testa o canal de
comunicação.

Foco no código que cita, descreve, versa sobre o código. Função


Metalinguística, poema que fala sobre poema, música que fala sobre música,
o código que explica o código. Verbetes de Dicionário. Exemplo:
metalinguagem sf. Linguagem natural ou formalizada que serve para descrever
ou falar sobre uma outra linguagem, natural ou artificial.

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