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Função poética
A função poética prioriza a mensagem, ela é o principal foco e objetivo de todo texto com
predominância dessa função. O intuito principal da função poética é transmitir uma mensagem e
utilizar o trabalho com a língua como ferramenta estilística e estética, para garantir maior impacto
e força no conteúdo.
Exemplo: “Ando muito completo de vazios. Meu órgão de morrer me predomina. Estou sem
eternidades.”
Seu objetivo é apontar para o sentido da realidade material, logo, para os seres e as coisas que
existem. Exemplo: A estátua da liberdade é linda e estás nos estados unidos de America.
isso é uma comunicação utilizada quando se deseja testar a eficácia do veículo de comunicação.
Por exemplo, em casos de ligação, os interlocutores podem utilizar expressões como “alô? ”, “tá
aí?!”, “oi?!” e outras, para verificar se a transmissão está funcionando, permitindo, assim, a
comunicação.
Exemplo: — Não acredito que isso está acontecendo! Sim, estou ouvindo.
Função metalinguística
A função metalinguística concentra-se no código e utiliza-o para falar sobre ele mesmo. Por
exemplo, utiliza-se a língua para falar da língua, o texto para falar de texto, a poesia para falar da
poesia. A linguagem fala sobre si mesma. O poema “Poesia”, de Carlos Drummond de Andrade, é
um exemplo da função metalinguística:
Gastei uma hora pensando um verso que a pena não quer escrever.
Ele está cá dentro e não quer sair. Mas a poesia desse momento inunda minha vida inteira.
Função conativa ou apelativa
A função conativa se concentra no sujeito que recebe a mensagem, seu objetivo é instruí-lo,
induzi-lo ou convencê-lo a respeito de algo. Sua linguagem é marcada pelo aspecto persuasivo.
Exemplo: COMPRE AGORA E SÓ PAGUE DAQUI A 45 DIAS!... Veja isso é bom demais compre já.
1 - Ponto ( . ) indicar o final de uma frase declarativa. Ex.: Lembro-me muito bem dele.
b) separar períodos entre si.
2 - Dois-pontos ( : )
a) iniciar a fala dos personagens: Ex.: Então o padre respondeu:
- Parta agora.
b) antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que explicam,
resumem ideias anteriores.
Ex.: Meus amigos são poucos: Fátima, Rodrigo e Gilberto.
c) antes de citação
Ex.: Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas que
seja infinito enquanto dure.”
3 - Reticências ( ... ) a) indicar dúvidas ou hesitação do falante. Ex.: Sabe... eu queria te dizer que...
esquece.
4- Parênteses ( ( ) )
a) isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo e datas.
Exemplos:
Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), ocorreu inúmeras perdas humanas.
"Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara depois duma
grande tormenta no fim do verão.” (O milagre das chuvas no Nordeste- Graça Aranha)
Dicas:
Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão.
5- Ponto de Exclamação ( ! )
a) Após vocativo
Dicas:
Também pode ser usado em substituição à virgula em expressões ou frases explicativas
Ex.: Xuxa — a rainha dos baixinhos — será mãe.
10- ASPAS ( “ ” )
a) isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões,
neologismos, arcaísmos e expressões populares.
Exemplos:
Dicas:
Se dentro de um trecho já destacado por aspas, se fizer necessário a utilização de novas aspas,
estas serão simples. (' ')
Parágrafo ( § )
Chave ( { } )
Colchete ( [ ] )
Barra ( / )
b) Após imperativo
Ex.: Cale-se!
c) Após interjeição Ex.: Ufa! Ai!
d) Após palavras ou frases que denotem caráter emocional Ex.: Que pena!
7 - Vírgula ( , ) É usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de nos indicar que
os termos por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, não formam uma
unidade sintática.
Ex.: Lúcia, esposa de João, foi a ganhadora única da Sena.
Dicas:
Podemos concluir que quando há uma relação sintática entre termos da oração, não se pode
separá-los por meio de vírgula.
TEMA III
Níveis de linguagem
Nível 1: Norma culta/padrão Nela, os usuários da língua encontram a norma-padrão de
funcionamento da língua chamada de “padrão ou culta”, a qual deve, ou pelo menos deveria, ser
de conhecimento e acessível a todos os falantes da mesma comunidade linguística.
TEMA: IV
Análise Sintática e Morfológica
Morfologia e Sintaxe são partes constitutivas da gramática chamada Normativa.
Quando falamos em morfologia, nos referimos às dez classes gramaticais, as quais representam a
base de uma boa parte do sistema linguístico.
A Morfologia é a parte da gramática que estuda o significado das palavras de acordo com sua
classe gramatical. Entre elas figuram-se: verbos, adjetivos, pronomes, conjunções, artigos,
preposições, interjeições, substantivos, numerais e advérbios.
O - artigo definido
Amor - substantivo abstrato
E - conjunção
A - artigo
Bondade - substantivo abstrato
São - verbo ser
Excelentes - adjetivo
Virtudes - substantivo abstrato
Exemplos:
Dente (primitiva) e dentista (derivada)
Mar (primitiva) e marítimo (derivada)
Sol (primitiva) e solar (derivada)
Além do conceito de palavras primitivas e derivadas, temos os afixos. Eles são morfemas, ou seja,
as menores partículas significativas da língua.
Juntos a um radical, os afixos formam uma palavra, por exemplo, pedra (palavra primitiva) e
pedreira (palavra derivada). Nesse exemplo, foi acrescentado o sufixo -eira.
Os afixos são classificados de acordo com sua localização na palavra. Assim, o sufixo vem depois
do radical, por exemplo, folhagem e livraria.
Além deles, há ainda os “infixos” que aparecem no meio da palavra, sendo representados por uma
consoante ou vogal, por exemplo, cafeteria e cafezal.
Segue abaixo alguns exemplos de radicais e prefixos gregos e latinos, ou seja, as línguas que mais
influenciaram o léxico da língua portuguesa.
Processos de Derivação
Os processos de derivação de palavras ocorrem de cinco maneiras sempre com um radical e os
afixos (sufixos e prefixos):
Derivação Prefixal (Prefixação): inclusão de prefixo à palavra primitiva, por exemplo: infeliz,
antebraço, enraizar, refazer, etc.
Derivação Sufixal (Sufixação): inclusão de sufixo à palavra primitiva, por exemplo: felicidade,
beleza, estudante, etc.
Derivação Parassintética (Parassíntese): inclusão de um prefixo e de um sufixo à palavra primitiva,
de forma simultânea, por exemplo: entardecer, emagrecer, engaiolar, etc.
Derivação Regressiva: redução da palavra derivada por meio da retirada de uma parte da palavra
primitiva, por exemplo: beijar-beijo, debater-debate, perder-perda, etc.
Derivação Imprópria: ocorre a mudança de classe gramatical da palavra, por exemplo, O jantar
estava muito bom (substantivo); Fui jantar ontem à noite com Luís. (verbo)
Processos de Composição
Os processos de composição de palavras envolvem mais de dois radicais de palavras, sendo
classificadas em:
Justaposição: Na união dos termos, os radicais não sofrem qualquer alteração em sua estrutura,
por exemplo, surdo-mudo, guarda-chuva, abre-latas, etc.
Aglutinação: Na união dos termos, pelo menos um dos radicais sofre alteração em sua estrutura,
por exemplo, planalto (plano alto), vinagre (vinho e acre), etc.
As palavras podem estabelecer, entre si, relações de sentido (a nível do significado), fonéticas (a
nível de som) e gráficas (a nível de escrita).
Palavras Homófonas – Com igual pronúncia, mas grafias (escritas) e significados diferentes.
Ex.:
Acento (sinal gráfico) / assento (da cadeira);
Há (verbo de haver) / à (preposição contraída);
Palavras Homógrafas – com igual grafia (escrita), mas pronúncias e significados diferentes.
Ex.:
Gosto (verbo de gostar) / gosto (nome)
Pregar (sermão) / pregar (um prego)
Palavras Homónimas – Com igual grafia (escrita), e pronúncia, mas significados diferentes.
Ex.:
Dó (pena) / dó (uma nota musical)
Rio (verbo) / rio (nome)
Palavras Parónimas – Com o significado diferente, mas pronúncia e grafia semelhantes, parecidas.
Ex.:
Imigrar / emigrar
Entrever / intervir
Imergir / emergir
Cumprimento / comprimento
Tipos de discursos: Em um texto narrativo, o autor pode optar por três tipos de discurso: o
discurso direto, o discurso indireto e o discurso indireto livre.
Discurso Direto: Neste tipo de discurso as personagens ganham voz. É o que ocorre normalmente
em diálogos. Isso permite que traços da fala e da personalidade das personagens sejam
destacados e expostos no texto. O discurso direto reproduz fielmente as falas das personagens.
Verbos como dizer, falar, perguntar, entre outros, servem para que as falas das personagens sejam
introduzidas e elas ganhem vida, como em uma peça teatral.
Ex. “O Guaxinim está inquieto, mexe dum lado pra outro. Eis que suspira lá na língua dele -
Chente! que vida dura esta de guaxinim do banhado!...”
Discurso Indireto: O narrador conta a história e reproduz fala, e reações das personagens. É
escrito normalmente em terceira pessoa.Nesse caso, o narrador se utiliza de palavras suas para
reproduzir aquilo que foi dito pela personagem.
Ex.“Elisiário confessou que estava com sono.”
Discurso Indireto Livre: O texto é escrito em terceira pessoa e o narrador conta a história, mas as
personagens têm voz própria, de acordo com a necessidade do autor de fazê-lo. Sendo assim é
uma mistura dos outros dois tipos de discurso e as duas vozes se fundem.
Ex.“Que vontade de voar lhe veio agora! Correu outra vez com a respiração presa. Já nem podia
mais. Estava desanimado. Que pena! Houve um momento em que esteve quase... quase!”