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As Funções da linguagem: são categorias dos estudos da comunicação.

Toda linguagem é utilizada


para comunicar algo a alguém. Sendo assim, considerando os elementos que constituem a
comunicação (emissor, receptor, código, canal, mensagem e contexto), as funções dividem-se em:

Emotiva, conativa, metalinguística, fática, poética referencial.

Função emotiva ou expressiva: Prioriza os aspectos subjectivos e sentimentais do indivíduo que


fala. Onde os verbos aparecerm na primeira pessoa, e expressa uma emoção exaustiva ou não.
Exemplo: Eu não aguento mais! Todo dia é um problema, toda semana eu tenho que ajudar
alguém! Eu preciso ter tempo para mim!

Função poética

A função poética prioriza a mensagem, ela é o principal foco e objetivo de todo texto com
predominância dessa função. O intuito principal da função poética é transmitir uma mensagem e
utilizar o trabalho com a língua como ferramenta estilística e estética, para garantir maior impacto
e força no conteúdo.

Exemplo: “Ando muito completo de vazios. Meu órgão de morrer me predomina. Estou sem
eternidades.”

Função referencial ou denotativa

Seu objetivo é apontar para o sentido da realidade material, logo, para os seres e as coisas que
existem. Exemplo: A estátua da liberdade é linda e estás nos estados unidos de America.

Função fática ou de contato

isso é uma comunicação utilizada quando se deseja testar a eficácia do veículo de comunicação.
Por exemplo, em casos de ligação, os interlocutores podem utilizar expressões como “alô? ”, “tá
aí?!”, “oi?!” e outras, para verificar se a transmissão está funcionando, permitindo, assim, a
comunicação.

Exemplo: — Não acredito que isso está acontecendo! Sim, estou ouvindo.

Função metalinguística

A função metalinguística concentra-se no código e utiliza-o para falar sobre ele mesmo. Por
exemplo, utiliza-se a língua para falar da língua, o texto para falar de texto, a poesia para falar da
poesia. A linguagem fala sobre si mesma. O poema “Poesia”, de Carlos Drummond de Andrade, é
um exemplo da função metalinguística:

Gastei uma hora pensando um verso que a pena não quer escrever.

No entanto ele está cá dentro inquieto, vivo.

Ele está cá dentro e não quer sair. Mas a poesia desse momento inunda minha vida inteira.
Função conativa ou apelativa

A função conativa se concentra no sujeito que recebe a mensagem, seu objetivo é instruí-lo,
induzi-lo ou convencê-lo a respeito de algo. Sua linguagem é marcada pelo aspecto persuasivo.

Exemplo: COMPRE AGORA E SÓ PAGUE DAQUI A 45 DIAS!... Veja isso é bom demais compre já.

Divisão e emprego dos sinais de pontuação:

1 - Ponto ( . ) indicar o final de uma frase declarativa. Ex.: Lembro-me muito bem dele.
b) separar períodos entre si.

Ex.: Fica comigo. Não vá embora.


c) nas abreviaturas
Ex.: Av.; V. Ex.ª

2 - Dois-pontos ( : )
a) iniciar a fala dos personagens: Ex.: Então o padre respondeu:
- Parta agora.
b) antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que explicam,
resumem ideias anteriores.
Ex.: Meus amigos são poucos: Fátima, Rodrigo e Gilberto.
c) antes de citação
Ex.: Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas que
seja infinito enquanto dure.”

3 - Reticências ( ... ) a) indicar dúvidas ou hesitação do falante. Ex.: Sabe... eu queria te dizer que...
esquece.

b) interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incompleta.


Ex.: - Alô! João está?
- Agora não se encontra. Quem sabe se ligar mais tarde...

c) ao fim de uma frase gramaticalmente completa com a intenção de sugerir prolongamento de


ideia.
Ex.: “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...”
(Cecília - José de Alencar)

d) indicar supressão de palavra (s) numa frase transcrita.


Ex.: “Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo Fagner)

4- Parênteses ( ( ) )
a) isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo e datas.
Exemplos:
Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), ocorreu inúmeras perdas humanas.
"Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara depois duma
grande tormenta no fim do verão.” (O milagre das chuvas no Nordeste- Graça Aranha)

Dicas:
Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão.

5- Ponto de Exclamação ( ! )

a) Após vocativo

Ex.: “Parte, Heliel!” (As violetas de Nossa Srª. - Humberto de Campos)


9- Travessão ( — )

a) dar início à fala de um personagem


Ex.: O filho perguntou:
— Pai, quando começarão as aulas?

b) indicar mudança do interlocutor nos diálogos


Ex.: - Doutor, o que tenho é grave?
- Não se preocupe, é uma simples infecção. É só tomar um antibiótico e estará bom

c) unir grupos de palavras que indicam itinerários


Ex.: A rodovia Belém-Brasília está em péssimo estado.

Dicas:
Também pode ser usado em substituição à virgula em expressões ou frases explicativas
Ex.: Xuxa — a rainha dos baixinhos — será mãe.

10- ASPAS ( “ ” )
a) isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões,
neologismos, arcaísmos e expressões populares.
Exemplos:

Maria ganhou um apaixonado “ósculo” do seu admirador.


A festa na casa de Lúcio estava “chocante”.
Conversando com meu superior, dei a ele um “feedback” do serviço a mim requerido.

b) indicar uma citação textual


Ex.: “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz
e refiz a mala”. (O prazer de viajar - Eça de Queirós)

Dicas:
Se dentro de um trecho já destacado por aspas, se fizer necessário a utilização de novas aspas,
estas serão simples. (' ')

Recursos alternativos para pontuação:

Parágrafo ( § )
Chave ( { } )
Colchete ( [ ] )
Barra ( / )
b) Após imperativo
Ex.: Cale-se!
c) Após interjeição Ex.: Ufa! Ai!
d) Após palavras ou frases que denotem caráter emocional Ex.: Que pena!

6- Ponto de Interrogação ( ? ) a) Em perguntas diretas


Ex.: Como você se chama? b) Às vezes, juntamente com o ponto de exclamação
Ex.: - Quem ganhou na loteria?
- Você.
- Eu?!

7 - Vírgula ( , ) É usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de nos indicar que
os termos por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, não formam uma
unidade sintática.
Ex.: Lúcia, esposa de João, foi a ganhadora única da Sena.

Dicas:
Podemos concluir que quando há uma relação sintática entre termos da oração, não se pode
separá-los por meio de vírgula.

Não se separam por vírgula:


a) predicado de sujeito;
b) objeto de verbo;
c) adjunto adnominal de nome;
d) complemento nominal de nome;
e) predicativo do objeto do objeto;
f) oração principal da subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça na
ordem inversa)

A vírgula no interior da oração


É utilizada nas seguintes situações:
a) separar o vocativo.
Exemplos:

TEMA III
Níveis de linguagem
Nível 1: Norma culta/padrão Nela, os usuários da língua encontram a norma-padrão de
funcionamento da língua chamada de “padrão ou culta”, a qual deve, ou pelo menos deveria, ser
de conhecimento e acessível a todos os falantes da mesma comunidade linguística.

Nível 2: Linguagem coloquial/informal/popular : A linguagem coloquial é aquela utilizada de


maneira mais espontânea e corriqueira pelos falantes. Esse nível de linguagem não segue a rigor
todas as regras da gramática normativa, pois está mais preocupado com a função da linguagem do
que com a forma.

Nível 3: Linguagem regional/regionalismo :A linguagem regional está relacionada com as


variações ocorridas, principalmente na fala, nas mais variadas comunidades linguísticas. Essas
variações são também chamadas de dialetos.
Nível 4: Gírias A gíria é um estilo associado à linguagem coloquial/popular como meio de
expressão cotidiana. Ela está relacionada ao cotidiano de certos grupos sociais e podem ser
incorporadas ao léxico de uma língua conforme sua intensidade e frequência de uso pelos
falantes, mas, de maneira geral,
Nível 5: Linguagem vulgar: A linguagem vulgar é exatamente oposta à linguagem culta/padrão. As
estruturas gramaticais não seguem regras ou normas de funcionamento.

TEMA: IV
Análise Sintática e Morfológica
Morfologia e Sintaxe são partes constitutivas da gramática chamada Normativa.

Quando falamos em morfologia, nos referimos às dez classes gramaticais, as quais representam a
base de uma boa parte do sistema linguístico.
A Morfologia é a parte da gramática que estuda o significado das palavras de acordo com sua
classe gramatical. Entre elas figuram-se: verbos, adjetivos, pronomes, conjunções, artigos,
preposições, interjeições, substantivos, numerais e advérbios.

Já a Sintaxe dedica-se ao estudo das funções desempenhadas pelas palavras dentro de um


contexto, seja em uma oração ou período.

Ao enfatizarmos a questão da sintaxe, nos remetemos à ideia de sujeito, predicado, complemento


nominal, adjunto adverbial, aposto, vocativo, adjunto adnominal, entre outros.

objetivo de esclarecermos mais sobre o assunto, analisaremos as seguintes orações:

O amor e a bondade são excelentes virtudes.

De acordo com a análise morfológica, temos:

O - artigo definido
Amor - substantivo abstrato
E - conjunção
A - artigo
Bondade - substantivo abstrato
São - verbo ser
Excelentes - adjetivo
Virtudes - substantivo abstrato

Os garotos estão eufóricos com a notícia.

Fazendo uma análise sintática obtemos:

Os garotos- Sujeito Simples

Estão eufóricos - Predicado Nominal

Eufóricos - Predicativo do Sujeito


TEMA V: Processo de formação das palavras
As palavras que compõem o léxico da língua são formadas principalmente por dois processos
morfológicos:

Derivação (prefixal, sufixal, parassintética, regressiva e imprópria)


Composição (justaposição e aglutinação)
Palavras Primitivas e Derivadas
Antes de mais nada, vale ressaltar dois conceitos importantes para o estudo de formação das
palavras.
Os vocábulos “primitivos” são as palavras que originam outras. Já as palavras “derivadas” são
aquelas que surgem a partir das palavras primitivas

Exemplos:
Dente (primitiva) e dentista (derivada)
Mar (primitiva) e marítimo (derivada)
Sol (primitiva) e solar (derivada)
Além do conceito de palavras primitivas e derivadas, temos os afixos. Eles são morfemas, ou seja,
as menores partículas significativas da língua.

Juntos a um radical, os afixos formam uma palavra, por exemplo, pedra (palavra primitiva) e
pedreira (palavra derivada). Nesse exemplo, foi acrescentado o sufixo -eira.

Os afixos são classificados de acordo com sua localização na palavra. Assim, o sufixo vem depois
do radical, por exemplo, folhagem e livraria.

Já os prefixos são acrescentados antes do radical, por exemplo desleal e ilegal.

Além deles, há ainda os “infixos” que aparecem no meio da palavra, sendo representados por uma
consoante ou vogal, por exemplo, cafeteria e cafezal.

Veja também: Prefixo e Sufixo


Radical e Prefixo
Antes de analisar uma palavra e o processo pelo qual ela foi formada, faz-se necessário o
conhecimento de seu radical e de seus prefixos.

Segue abaixo alguns exemplos de radicais e prefixos gregos e latinos, ou seja, as línguas que mais
influenciaram o léxico da língua portuguesa.
Processos de Derivação
Os processos de derivação de palavras ocorrem de cinco maneiras sempre com um radical e os
afixos (sufixos e prefixos):

Derivação Prefixal (Prefixação): inclusão de prefixo à palavra primitiva, por exemplo: infeliz,
antebraço, enraizar, refazer, etc.
Derivação Sufixal (Sufixação): inclusão de sufixo à palavra primitiva, por exemplo: felicidade,
beleza, estudante, etc.
Derivação Parassintética (Parassíntese): inclusão de um prefixo e de um sufixo à palavra primitiva,
de forma simultânea, por exemplo: entardecer, emagrecer, engaiolar, etc.
Derivação Regressiva: redução da palavra derivada por meio da retirada de uma parte da palavra
primitiva, por exemplo: beijar-beijo, debater-debate, perder-perda, etc.
Derivação Imprópria: ocorre a mudança de classe gramatical da palavra, por exemplo, O jantar
estava muito bom (substantivo); Fui jantar ontem à noite com Luís. (verbo)
Processos de Composição
Os processos de composição de palavras envolvem mais de dois radicais de palavras, sendo
classificadas em:

Justaposição: Na união dos termos, os radicais não sofrem qualquer alteração em sua estrutura,
por exemplo, surdo-mudo, guarda-chuva, abre-latas, etc.
Aglutinação: Na união dos termos, pelo menos um dos radicais sofre alteração em sua estrutura,
por exemplo, planalto (plano alto), vinagre (vinho e acre), etc.

TEMA VI: Relação de Forma e de Sentido entre Palavras

As palavras podem estabelecer, entre si, relações de sentido (a nível do significado), fonéticas (a
nível de som) e gráficas (a nível de escrita).
Palavras Homófonas – Com igual pronúncia, mas grafias (escritas) e significados diferentes.
Ex.:
Acento (sinal gráfico) / assento (da cadeira);
Há (verbo de haver) / à (preposição contraída);
Palavras Homógrafas – com igual grafia (escrita), mas pronúncias e significados diferentes.
Ex.:
Gosto (verbo de gostar) / gosto (nome)
Pregar (sermão) / pregar (um prego)
Palavras Homónimas – Com igual grafia (escrita), e pronúncia, mas significados diferentes.
Ex.:
Dó (pena) / dó (uma nota musical)
Rio (verbo) / rio (nome)
Palavras Parónimas – Com o significado diferente, mas pronúncia e grafia semelhantes, parecidas.
Ex.:
Imigrar / emigrar
Entrever / intervir
Imergir / emergir
Cumprimento / comprimento

Os tipos de frases são cinco: exclamativas, declarativas, imperativas, interrogativas e optativas.


Exclamativa: Puxa! Que sorvete gostoso! Até que enfim!
Imperativa/Afirmativa: Desista!....Vá por ali.... Siga-me!
Interrogativa direita: Desejas um café?
Interrogativa Indreita: Gostaria de saber se deseja um café.

FORMAS ESPECIAIS DE CONJUGAÇÃO


1. Conjugação pronominal - é a que se obtém juntando às formas de um verbo transitivo os
pronomes pessoais o, a, os, as.
? A mãe empurra o carrinho.
? A mãe está a empurrar o carrinho.
? Mãe e filho empurram o carrinho.
Nas três frases, podemos substituir os elementos destacados pelo pronome pessoal o :
? A mãe empurra-o.
? A mãe está a empurrá-lo.
? Mãe e filho empurram-no.
O verbo está, assim, utilizado na conjugação pronominal.
Como se verifica, os pronomes o, a, os, as podem apresentar as formas lo, la, los, las se a forma
verbal termina em -r, -s, -z ; e as formas no, na, nos, nas se a forma verbal termina em -m ou som
nasal.

2. Conjugação pronominal reflexa - é a que se obtém juntando às formas de um verbo transitivo


os pronomes pessoais me, te, se, nos, vos, para indicar que as acções expressas por esse verbo
recaem sobre o sujeito que as pratica.
? O cão escondeu-se debaixo das plantas.
?Lavo-me; lavas-te; lava-se; lavamo-nos; lavais-vos; lavam-se.

3. Conjugação pronominal recíproca - é a que se obtém juntando às formas verbais do plural ou


ao gerúndio de um verbo transitivo os pronomes se, nos e vos
com a significação de " um ao outro " ou " uns aos outros ".
? O pai e o filho beijaram-se . ( = beijaram um ao outro )
? Estimamo-nos muito. ( = estimamos uns aos outros )
? Abraçando-se, fizeram as pazes. ( = abraçando um ao outro )
? Olhando-se de lado, partiram sem dizer palavra. ( = olhando um ao outro )

Tipos de discursos: Em um texto narrativo, o autor pode optar por três tipos de discurso: o
discurso direto, o discurso indireto e o discurso indireto livre.

Discurso Direto: Neste tipo de discurso as personagens ganham voz. É o que ocorre normalmente
em diálogos. Isso permite que traços da fala e da personalidade das personagens sejam
destacados e expostos no texto. O discurso direto reproduz fielmente as falas das personagens.
Verbos como dizer, falar, perguntar, entre outros, servem para que as falas das personagens sejam
introduzidas e elas ganhem vida, como em uma peça teatral.
Ex. “O Guaxinim está inquieto, mexe dum lado pra outro. Eis que suspira lá na língua dele -
Chente! que vida dura esta de guaxinim do banhado!...”

Discurso Indireto: O narrador conta a história e reproduz fala, e reações das personagens. É
escrito normalmente em terceira pessoa.Nesse caso, o narrador se utiliza de palavras suas para
reproduzir aquilo que foi dito pela personagem.
Ex.“Elisiário confessou que estava com sono.”
Discurso Indireto Livre: O texto é escrito em terceira pessoa e o narrador conta a história, mas as
personagens têm voz própria, de acordo com a necessidade do autor de fazê-lo. Sendo assim é
uma mistura dos outros dois tipos de discurso e as duas vozes se fundem.
Ex.“Que vontade de voar lhe veio agora! Correu outra vez com a respiração presa. Já nem podia
mais. Estava desanimado. Que pena! Houve um momento em que esteve quase... quase!”

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