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Funções da linguagem
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Queria saber se possível em pequeno resumo funções de linguagem:

a) Referencial ou denotativa
b) Emotiva ou expressiva
C) Fática

d) Conativa ou apelativa
e) Mentalingüística
f) Poética

Grata.

Alessandra P. Silva

Brasil
 7K

Segundo as funções propostas por Roman Jakobson («Linguistique et poétique», in "Essais de


linguistique générale", Paris, 1963), as seis funções da linguagem são:

Emotiva: que dá vazão a conteúdos de natureza emotiva. Está centrada no sujeito emissor e
caracteriza-se por ser uma expressão directa da atitude do emissor em relação àquilo de que
fala. Em textos escritos, caracteriza-se por interjeições, exclamações ou adjectivos carregados
de subjectividade e diminutivos.
Exemplo:
«Orra, meu, isso não é bonito!»

Função apelativa: Função orientada para o destinatário e procura levar o receptor a reagir.
A linguagem publicitária utiliza esta função. Como exemplo, dou um reclame que existia há
muitos anos nos bondes em São Paulo (em Portugal: eléctricos):
Veja senhor passageiro

o belo tipo faceiro


que o senhor tem a seu lado.
No entanto, acredite:
quase morreu de bronquite,
salvou-o Rum Creozotado.

Função referencial, denotativa ou informativa: centrada no contexto, ocorre sempre que o


emissor procura veicular de maneira objectiva conteúdos de natureza cognitiva. Presente nos
textos de carácter científico ou jornalístico. Exemplo: este parágrafo.

Função fática: ocorre quando se procura estabelecer, manter ou interromper uma


comunicação. Através dela o falante verifica se a comunicação é operacional ou se o
interlocutor está interessado no que se diz. Exemplos: Alô (no telefone); Ouviu?

Função metalinguística: Centrada no código, ocorre quando o falante procura verificar se


emissor e receptor estão utilizando o mesmo código. Ao longo de um texto, expressões como
«isto é», «ou seja», «quer dizer» são exemplos desta função.

Função poética: centrada na própria mensagem, ocorre principalmente na linguagem


poética – nas outras formas de actividade verbal o seu papel é secundário. Presente em textos
em que se recorre às rimas, ao ritmo, a certos recursos estilísticos como metáforas, por
exemplo.

Eis uma amostra:

Se eu não vejo

a mulher

que eu mais desejo

nada que eu veja

vale o que

eu não vejo

(de Bernart de Ventadora – 1174, traduzido por Augusto de Campos).

Amílcar Caffé
 25 de março de 1998
 25 mar. 1998


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