Você está na página 1de 137

CADERNO

DE ACTIVIDADES
ENSINO
PRIMÁRIO

Língua Portuguesa
ACTUA L IZAÇÃO C U R R I C U L A R
5
classe
ª
.

to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

978-989-88-8446-6

9 789898 884466
CADERNO
DE ACTIVIDADES
ENSINO

5
PR IMÁR IO

Língua Portuguesa ª
ACT UA LIZAÇÃO CURRICULAR
.
classe
to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p
Título
Caderno de Actividades
Língua Portuguesa – 5.ª Classe
Ensino Primário

Coordenação Geral
Manuel Afonso
José Amândio F. Gomes
João Adão Manuel

Coordenação Técnica
Maria Milagre L. Freitas
Cecília Maria da Silva Vicente Tomás

Autores
Catarina Luís
to l
s
di a

Araújo dos Anjos


re
E fin

David Suelela

Editor
to va

Texto Editores, Lda. – Angola


——————–––——––––––————————
ex ro

Capa e Design Gráfico


p

Mónica Dias
——————————––––––————–––——
Pré-impressão
T

LeYa, SA

Impressão e Acabamentos
Texto Editores (SU), Lda.
—————–––——————––––––—————
Morada
Talatona Park, Rua 9 – Fracção A12
Talatona, Samba • Luanda • Angola

Telefone
(+244) 924 068 760

E-mail
info@textoeditores.ao

—————–––—————————––––––——
Reservados todos os direitos. É proibida a
reprodução desta obra por qualquer meio
(fotocópia, offset, fotografia, etc.) sem o con-
sentimento escrito da Editora e do INIDE,
abrangendo esta proibição o texto, as ilus-
trações e o arranjo gráfico. A violação destas
regras será passível de procedimento judicial
de acordo com o estipulado no Código dos
Direitos de Autor e Conexos.

—————————–––———––––––————
©2019
Texto Editores, Lda.
Luanda, 2019 · 1.ª Edição · 1.ª Tiragem
(1 000 000 exemplares)

Registado na Biblioteca Nacional


de Angola sob o n.o 8845/2019
ÍNDICE
INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 Quem se gaba, sempre acaba . . . . . . . 74
O patinho que não sabia nadar . . . . . . 78
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA . . . . . 6 O Beija-flor e o Gafanhoto . . . . . . . . . . 82
O meu país em África . . . . . . . . . . . . . . 6
Primeiro dia de aulas . . . . . . . . . . . . . . 11 TEMA 4 – POESIA . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
O que precisas de saber Kinaxixi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
sobre o lixo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 Castigo p'rò comboio malandro . . . . . 90
A SIDA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 Regresso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
O táxi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 Grito negro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
População jovem e encargos sociais . . 30 Aurora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
A família . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 Aqui nascemos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
Respeitemos os mais velhos,
porque amanhã… . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
TEMA 5 – O MUNDO QUE
ME RODEIA . . . . . . . . . . . . . . 106
to l
s
di a

TEMA 2 – AS PROFISSÕES . . . . . . . . . . 42
re
E fin

A chegada do Homem à Lua . . . . . . . . 106


A importância do trabalho . . . . . . . . . . 42
Quem inventou o abecedário? . . . . . . . 110
to va

O arado balanta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Angola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113
ex ro

Os lenhadores e a árvore . . . . . . . . . . . 50
Alguns homens que ficaram na
p

As profissões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54 história de África . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116


Queres telefonar? . . . . . . . . . . . . . . . . . 120
T

TEMA 3 – ALGUNS CONTOS . . . . . . . . 58 Jogo do telefone – Quem fala


O remoinho de vento . . . . . . . . . . . . . . 58 com quem? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123
O cão e os caluandas . . . . . . . . . . . . . . . 62 Há muitas centenas de milhões
Tambarino dourado . . . . . . . . . . . . . . . 65 de anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125
A águia, a rola, as galinhas Viajar no tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
e os 50 lwei . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 O dia da Independência . . . . . . . . . . . . 131
T p
ex ro
to va
E fin
di a
to l
re
s
INTRODUÇÃO
Querido (a) Aluno (a),
O material que agora tens em mãos é o teu Caderno de Actividades. Não
é o teu Manual de Língua Portuguesa, nem o substitui: é um complemento.
Cuida bem dele e explora-o o máximo que puderes, realizando todas as
actividades nele apresentadas.
Neste caderno, encontrarás actividades de Exploração vocabular, Inter-
pretação textual, Exploração gramatical, Ortografia e Produção textual,
devidamente identificadas. Os exercícios são desafiadores, para poderes
estimular a tua criatividade, imaginação e melhorar a tua capacidade geral
de compreensão da língua e do mundo.
Faz todos os exercícios, sem pular etapas. Sempre que precisares, pede
ajuda ao teu professor ou a membros da tua família que possam ajudar-te.
to l
s
Para a realização das actividades, deves ter contigo o Manual do aluno. Lê
di a
re
E fin

cuidadosamente os textos. Procura ter também um dicionário e uma gra-


mática básica, para mais facilmente entenderes as questões de Exploração
to va

vocabular e Exploração gramatical.


ex ro
p

Mostra ao teu professor todas as actividades que não conseguires resol-


ver, para melhor te orientar.
T

Desejamos-te um bom ano lectivo!


OS AUTORES

5
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA
Tema 1

VIDA COMUNITÁRIA

O meu país em África


A República de Angola fica situada na Costa Ocidental Africana, sendo
limitada a norte pelas Repúblicas do Congo Brazaville e do Congo Democrá-
tico; a leste pela República do Congo Democrático e da Zâmbia; a sul pela
República da Namíbia e a oeste pelo oceano Atlântico.
O seu território, com uma área 1 246 700 km2, está organizado admi-
nistrativamente em 18 províncias: Bengo, Benguela, Bié, Cabinda, Huambo,
Huíla, Luanda, Lunda-Norte, Lunda-Sul, Kuando-Kubango, Kwanza-Norte,
Kwanza-Sul, Kunene, Malanje, Moxico, Namibe, Uíge e Zaire.
Tem uma população de cerca de 12 milhões de habitantes. A sua capital é
Luanda, com cerca de 3,5 milhões de habitantes. A sua moeda é o Kwanza.
Em Angola falam-se muitas línguas locais. As mais importantes são: Kikon-
go, Kimbundo, Umbundo, Cokwe, Oshikwanyama e Ngangela.
to l
s
di a
re
E fin

A língua portuguesa tem estatuto de língua oficial, sendo também a lín-


gua de ensino, de trabalho e da administração.
to va
ex ro

(adaptado)
p

Exploração vocabular
T

1. Depois de uma leitura atenta do texto, assinala com V (verdadeira) ou


com F (falsa) as afirmações seguintes. Justifica as que estiverem segui-
das de linhas.
a) Angola é um país Ocidental Africano. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) O Português é a língua oficial de Angola, porque serve de
factor de unidade nacional. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

c) Actualmente, o território angolano não tem apenas 12 milhões


6 de habitantes nacionais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

d) As línguas nacionais de Angola não são inferiores


à língua portuguesa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

e) Zaire, uma das 18 províncias de Angola, é um património


cultural da humanidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2. Completa as frases, usando, entre a palavra dialecto e a palavra idioma,


a que melhor se adapte ao contexto do texto, em substituição da palavra
«língua».
a) «Em Angola, falam-se muitos locais.»
b) «A língua portuguesa tem estatuto de língua oficial, sendo também
to l

o de ensino, de trabalho e da administração.»


s
di a
re
E fin
to va

Interpretação textual
ex ro
p

1. Responde às questões, com frases correctas e letra legível.


T

a) Olhando para um mapa de Angola, qual das 18 províncias é a segunda


mais a norte do país?

b) Que nome se dá à província ou à cidade de um país que é o seu centro


político e económico de um país?

c) No caso de Angola, que província é essa?

d) Cita três línguas nacionais angolanas mais faladas.

7
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

e) Conheces alguma língua falada em Angola que não foi citada no texto?
Cita-a.

2. Explica o sentido da frase: A língua portuguesa tem estatuto de língua


oficial.

Ortografia

1. Faz a divisão silábica das palavras indicadas.


to l
s
• Oshikwanyama • Nganguela
di a
re
E fin

• Brazzaville • Kwanza
to va

• urbano • administração
ex ro
p

2. Assinala com X a opção correcta.


T

As palavras «Oshikwanyama», «Nganguela», «Brazzaville» e «Kwanza»


escrevem-se com inicial maiúscula por serem:
substantivos comuns concretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
substantivos próprios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
substantivos comuns abstractos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

3. Escreve uma palavra que contenha o som «shi», uma que contenha «tch»
e outra que contenha «nga».

Lembra-te:
A consoante c, na palavra Cokwe, por exemplo, lê-se «tch».
8
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

4. Constrói uma frase em que incluas a palavra «país» e outra em que in-
cluas a palavra «pais».
a) país:
b) pais:

Exploração gramatical

Nomes ou substantivos
Nomes ou substantivos são palavras que servem para nomear coisas,
pessoas, animais, sentimentos, acções, qualidades. Variam de género,
número e grau.
Os nomes dividem-se em próprios (que individualizam o que designam;
escrevem-se sempre com inicial maiúscula – exemplo: Angola), comuns
(dividindo-se em concretos – exemplo: habitantes e abstractos – exem-
plo: vida) e colectivos (que designam um conjunto, mesmo estando es-
to l
s
critos no singular – exemplo: fauna).
di a
re
E fin
to va

1. Classifica morfologicamente os nomes indicados abaixo.


ex ro
p

a) Kuando Kubango:
b) estatuto:
T

c) capital:

2. Cria frases, incluindo em cada uma os substantivos indicados.


a) milhões:
b) fronteira:

3. Indica o plural dos nomes ou substantivos.


• república: • país:
• português: • administração:

4. Faz o processo inverso ao do exercício 3. Indica o singular dos nomes.


• capitais: • etnias: 9
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

Produção textual

Num texto breve, fala do que mais gostas no nosso País, desde a alimenta-
ção (gastronomia), até à música e à dança, desde a fauna até à flora. Não te
esqueças de indicar os pontos fortes e fracos do que mais gostas.
Escreve frases simples, bem construídas e com letra legível.

to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

10
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

Primeiro dia de aulas


Nunca esquecerei o meu primeiro dia de aulas.
Além da minha mãe, também a tia Tilde e a avó quiseram acompanhar-
-me. O meu pai tinha-lhes dito: «Vão fazer com que ele pareça um palermi-
nha!» Mas nada feito.
Elas responderam-lhe:
– Vamos ver como é o ambiente.
Quando chegámos à entrada da sala do primeiro D, havia uma espécie de
confusão: o contínuo ia de vez em quando à porta para gritar ameaças e, lá
dentro, os rapazes faziam um escabeche medonho.
– Mas então os professores não estão? – perguntou a minha mãe, já inquieta.
– Foram chamados ao Director para receber instruções. Mas deixe-o en-
trar, eu estou aqui a vigiar.
A minha mãe não se decidia a largar-me a mão. Já estávamos à porta da aula
e os meus colegas viram a cena toda: eu à frente, agarrado à mamã, e atrás
de nós as caras da tia Tilde e da avó, a examinar tudo com muita curiosidade.
Por fim, a minha mãe deu-me a pasta e disse-me:
to l
s
di a
re
E fin

– Adeus, Adalberto. Boa sorte.


E baixou-se para dar-me um beijo.
to va
ex ro

Ângela Casari, As Memórias de Adalberto,


p

Ed. Caminho (adaptado)


T

Exploração vocabular

Lembra-te:
Não existem sinónimos absolutos.
Os sinónimos devem ser achados e usados, sempre, tendo em conta o
contexto da frase.
As palavras têm, geralmente, mais de um significado (sinónimo).

1. Copia as frases seguintes, substituindo, em cada caso, a palavra destaca-


da pelo sinónimo mais adequado ao contexto do texto.

a) Os alunos mais velhos vão fazer com que ele pareça um palerminha!

11
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

b) Na última carteira, estava sentado o Mandela. Ninguém lhe dava uma


palavra sequer, por causa do tom medonho com que ele respondia.

c) O menino estava inquieto no pátio, porque não estava habituado a


lidar com tanta gente.

2. Assinala com V (verdadeira) e com F (falsa) as afirmações seguintes.


Justifica as que estiverem seguidas de linhas.
a) O primeiro dia de aulas é inesquecível, por isso, toda a família
queria acompanhar o Adalberto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) Quando chegaram à escola, estava tudo calmo. . . . . . . . . . . . . . . .
to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
p

c) O pai não foi, porque achava que, se toda a família


o acompanhasse, este ia parecer um palerminha. . . . . . . . . . . . . .
T

d) A tia Tilde, a mãe e a avó deixaram o menino à porta da escola


e foram-se embora. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Interpretação textual

1. Com base na leitura do texto, responde às perguntas seguintes.

a) Todos queriam acompanhar o Adalberto. Porquê?

12
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

b) O que achava o pai da ideia de irem todos acompanhar o menino


à escola?

c) Onde estavam e o que faziam a avó e a tia Tilde, enquanto a mãe não
se decidia a largar a mão do menino?

d) Quando chegaram à escola, a mãe do menino fez uma pergunta, já


inquieta. Qual foi?

2. Um texto tem três partes lógicas, que são a introdução, o desenvol-


to l
s
di a
re
E fin

vimento e a conclusão. Identifica a última parte lógica do texto, trans-


crevendo-a. Não te esqueças de usar aspas.
to va
ex ro
T p

Ortografia

1. Indica o antónimo das palavras seguintes.

• avó • mãe

• entrada • medonho

• inquieta • baixou-se
13
• largar-me • responderam-lhe
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

2. Faz a divisão silábica das palavras, como no exemplo.


Exemplo: medonho me-do-nho ameaça:
escabeche: instruções:

3. Copia do texto palavras com os ditongos ai, ei, ou, õe e ão.

Lembra-te:
Um ditongo é o encontro de vogais que se pronunciam numa só emis-
são de voz. Um ditongo pode ser oral ou nasal.

4. Copia do texto palavras com os conjuntos pr, tr, gr e fr, sublinhando-os.


to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
p

Exploração gramatical
T

1. Reescreve as frases seguintes, substituindo as palavras sublinhadas pe-


los sinónimos que melhor se adaptem ao contexto do texto.
a) O ambiente da sala era mau.

b) As senhoras não se aguentavam de tão curiosas.

2. Reescreve agora as frases, substituindo as palavras sublinhadas pelos


antónimos que melhor se adaptem ao contexto do texto.
a) A mãe estava inquieta.

b) Com curiosidade, as adultas examinaram a sala.

14
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

3. Tendo em conta o número de sílabas, as palavras classificam-se em:


a) , quando têm uma sílaba;
b) , quando têm duas sílabas;
c) , quando têm mais de duas sílabas.

Produção textual

Lembras-te do teu primeiro dia de aulas? Conta como foi: quantos amigos
fizeste, como te sentiste, o que achaste do ambiente; diz se era tudo o que
esperavas.
Escreve frases simples, bem construídas e com letra legível.

to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

15
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

O que precisas de saber sobre o lixo


O que é que acontece ao lixo que a tua família produz? Quando o carro
do lixo apanha o teu lixo, há algum feiticeiro que o faça desaparecer por
artes mágicas? Não! O teu lixo, como o lixo de milhões de pessoas, ou
é enterrado num aterro sanitário, ou é incinerado (reduzido a cinzas) ou é
reciclado.
Lixeiras a céu aberto contêm resíduos que são deixados expostos du-
rante largos períodos de tempo. As lixeiras são fontes de alimento para
insectos, ratazanas e outros animais portadores de doenças. Cheiram mal e
criam risco de incêndios. As lixeiras também permitem que o lixiviato (uma
mistura de água da chuva e de outros líquidos que vêm do lixo) penetre na
água subterrânea.

Exploração vocabular

1. Copia as frases seguintes, substituindo-lhes as palavras destacadas pelo


to l
s
di a
re

sinónimo mais adequado ao contexto. Presta atenção à variação de gé-


E fin

nero e número nos vocábulos.


to va
ex ro

a) As folhas de papel deitadas fora podem ser recicladas, para fabricar


p

cadernos novos.
T

b) O lixo dos hospitais é incinerado, por questões de segurança.

c) A menina foi brincar para a lixeira, por consequência um prego tres-


passou-lhe o pé.

16
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

Interpretação textual

1. Com base na leitura do texto, responde às perguntas seguintes.


a) Que tratamento se dá ao lixo que produzimos?

b) Que outro tratamento se pode dar a objectos como garrafas de plásti-


co e de vidro, em vez de os incinerar?

c) O texto enumera alguns perigos das lixeiras. Transcreve o que achas


mais grave. Justifica a tua transcrição.
to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

2. Lembra-te das partes lógicas de um texto (introdução, desenvolvimen-


to e conclusão). Identifica as ideias principais do «desenvolvimento»,
transcrevendo-as.

17
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

Ortografia

1. Partindo das palavras destacadas à esquerda, constrói frases novas.


Segue o exemplo.

Lixo ➠ Os moradores incineraram o lixo todo.

a) reciclagem
b) subterrâneo
c) higiene
d) contaminação

2. Constrói frases em que incluas as palavras seguintes.


a) acontece to l
s
di a
re
E fin

b) acontecesse
to va
ex ro
p

c) contêm
T

d) contém

e) contem

3. Completa os espaços com a, há e as.


a) Não é correcto brincar onde lixo.
b) crianças devem andar sempre calçadas, para evitarem
18 infecções provocadas por batérias.
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

c) mistura de lixo com água produz um cheiro desagradável.


d) Aquela rua cheira pneu queimado, por isso lá muitos
bombeiros que foram chamados ao local.

Exploração gramatical

Tipos de sinónimos
De acordo com a aproximação semântica (de significado) entre as pala-
vras sinónimas, elas são classificadas de duas maneiras:
• sinónimos perfeitos são as palavras que compartilham significados
idênticos, por exemplo: morrer e falecer; após e depois.
• sinónimos imperfeitos são as palavras que compartilham significa-
dos semelhantes e não idênticos, por exemplo: felicidade e alegria;
cidade e município.
to l
s
di a
re
E fin

1. Marca com X a palavra que melhor completa a frase, de acordo com o


to va

contexto do texto.
ex ro
p

• O lixo é um mal, que pode ser usado para o bem, se for...


… incinerado. ............................................
T

… reciclado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
… enterrado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2. Assinala com X a frase que contém um substantivo ou nome abstracto.


a) Tudo foi levado para o aterro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) O lixo causa mosquitos e estes causam doenças. . . . . . . . . . . . . .
c) Depois de passar pela lixeira, a Lemba ficou indisposta. . . . . . . .

3. Transforma os adjectivos em substantivos abstractos.


a) recliclável:
b) transmissível:
c) penetrável:
19
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

Produção textual

Em muitos bairros, muitas crianças brincam em lixeiras, outras, ainda, apa-


nham brinquedos no lixo ou transformam objectos retirados do lixo, para
brincarem. O que achas disso? Apresenta a tua opinião, não te esquecendo
de deixar conselhos úteis, se os tiveres.
Escreve frases simples, bem construídas e com letra legível.

to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

20
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

A SIDA
A SIDA, isto é, a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, é uma doen-
ça mortal que continua a difundir-se muito rapidamente pelo Mundo. Esta
doença, que foi detectada pela primeira vez em 1981, é causada por um
vírus, o HIV (em português VIH, Vírus de Imunodeficiência Humana), que
ataca o sistema de defesa do organismo humano, tornando-o vulnerável a
infecções graves e a determinados tipos de cancro.
Actualmente, não se conhece nenhuma forma de cura desta doença, que
já se tornou um grave problema para a saúde pública no mundo.
A única esperança de dominar esta doença é através da educação sobre
a prevenção da SIDA, para fazer mudar o comportamento da população e
evitar o contágio.
A SIDA transmite-se através de: transfusão de sangue ou de produtos
sanguíneos infectados; relações sexuais com pessoas infectadas pelo vírus;
uso de seringas infectadas; transmissão de mãe infectada ao bebé, durante
a gravidez.
Os sintomas e sinais mais facilmente detectáveis duma pessoa que con-
to l
s
di a
re
E fin

traiu a SIDA são: fadiga sem razão aparente durante meses; febres repeti-
das em intervalos regulares; diarreias repetidas sem razão aparente; lesões
to va

persistentes na pele; placas esbranquiçadas na boca, que tornam difícil, por


ex ro

vezes, engolir; inexplicável perda de peso (mais ou menos 20 quilos em três


p

meses); mudança da textura dos cabelos, que se tornam muito fracos; au-
T

mento do volume dos gânglios nas diferentes partes do corpo, mas sobre-
tudo no pescoço; feridas na região genital.

Exploração vocabular

1. Depois de uma leitura atenta do texto, assinala com V (verdadeira) ou


com F (falsa) as afirmações abaixo. Justifica as que estiverem seguidas
de linhas.
a) A SIDA foi detectada pela primeira vez no final do século XX. . . . .
b) SIDA e HIV não são a mesma coisa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

21
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

c) A SIDA não tem cura, mas é evitável. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


d) A forma mais rápida de contrair o vírus é abraçar
quem tenha tenha a doença. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2. Completa a frase, usando o sinónimo que melhor se adapte ao contexto


do texto, em substituição da palavra contágio.
• Devemos informar quem não sabe sobre as formas de evitar a
da doença.

Interpretação textual
to l
s
1. Responde às questões, com frases correctas e letra legível.
di a
re
E fin

a) A SIDA é uma doença infecciosa. Que parte do corpo ataca?


to va
ex ro
p

b) O que acontece ao organismo humano depois de atacado?


T

c) Enumera as formas de contágio mais conhecidas.

d) Alguns dos sintomas da SIDA são muito parecidos com sintomas de


doenças comuns. Cita dois.

e) De que forma devem reagir as pessoas ao primeiro sintoma?

Ortografia

1. Faz a divisão silábica das palavras seguintes.


• imunodeficiência
22 • detectáveis
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

• sexuais
• esbranquiçadas

2. Assinala com X a opção correcta.


Palavras como síndrome, pública e única designam-se proparoxítonas
ou esdrúxulas, por terem a sílaba tónica…
… na penúltima sílaba . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
… na última sílaba . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
… na antepenúltima sílaba . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

3. Transcreve do texto as palavras indicadas.


• quatro palavras paroxítonas ou graves, acentuadas graficamente.
to l
s
di a
re
E fin

• quatro palavras graves, por acento de intensidade.


to va
ex ro
T p

Lembra-te:
Há diferença entre acento tónico e acento gráfico.
O acento tónico refere-se à intensidade dos fonemas na fala e o acento
gráfico marca a sílaba tónica na escrita. Exemplo: a sílaba «sín», na pala-
vra «síndrome».
A sílaba tónica é aquela que se pronuncia com maior intensidade de
voz.

4. Constrói uma frase em que incluas a palavra está e outra frase em que
incluas a palavra esta.
a) está:

23
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

b) esta:

Exploração gramatical

Lembra-te:
As palavras podem ser classificadas de acordo com a sílaba mais intensa
ou tónica (tonicidade) em:
• oxítonas ou agudas – acento tónico na última sílaba, como na pala-
vra «está»;
• paroxítonas ou graves – acento tónico na penúltima sílaba, como
nas palavras «contágio» ou «esperança»;
to l
s
di a

• proparoxítonas – acento tónico na antepenúltima sílaba, como na


re
E fin

palavra «médico».
to va
ex ro

1. Classifica morfologicamente as palavras seguintes.


p

• está:
T

• esta:

• médico:

• medico:

2. Cria frases simples, incluindo em cada uma os adjectivos indicados.


a) detectável:

24
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

b) vulnerável:

3. Indica o plural dos adjectivos seguintes.


• vunerável: • detectável:

• fácil: • transmissível:

Produção textual
to l
s
di a
re

A SIDA... Já alguma vez ouviste falar nesta doença? O que ouviste? Por quem
E fin

ou que meio? O que sabias de concreto, antes de leres o texto da página 21?
to va

Sentes-te mais e melhor informado, agora?


ex ro
p

Apresenta as tuas respostas numa breve composição.


Escreve frases simples, bem construídas e com letra legível.
T

25
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

O táxi
Hoje de manhã, a senhora Berta (B) queria levar a Titiana ao hospital,
porque ela acordou com muita febre.
B — Pschit! Táxi!
Um grande táxi azul parou, junto ao passeio, com o senhor Amílcar (A) ao
volante e dois passageiros que ele transportava.
B — Eu desejo ir para os lados da Maianga levar a minha filha ao hospital.
A — Vou para esses lados. Deixo-a lá, defronte ao hospital.
B — Ainda bem. Quanto é?
A — São 500 kwanzas.
B — Ché! Tanto dinheiro?!
A — É o que estou a cobrar! Decida-se depressa, porque os outros passa-
geiros não podem esperar!
B — Que hei-de fazer? Tem de ser, porque a pequena não se sente bem.
Quem paga é quem está mal!
A — Primeiro vou deixar estes passageiros ao aeroporto e sigo logo para
to l
s
o hospital.
di a
re
E fin

B — Senta-te lá atrás, filha, vais mais à vontade! Eu vou à frente.


to va

Virando-se para o passageiro que ia ao meio:


ex ro

B — Faça o favor de se apertar um pouco, se não a minha filha não cabe.


p

A — Podemos seguir já?


B — Com certeza e o mais depressa que puder!
T

A — Depressa é que eu não vou, porque posso provocar acidentes e de-


pois, em vez de uma, são duas para o hospital.
E o táxi lá seguiu vagaroso pelas ruas de Luanda, largando e recolhendo
passageiros.

Exploração vocabular

1. Assinala com V (verdadeira) ou com F (falsa) as afirmações abaixo.


Justifica as que estiverem seguidas de linhas.
a) A senhora seria o quinto ocupante da viatura. . . . . . . . . . . . . . . . .
b) A menina acordou com febre, porque andou ao Sol
no dia anterior. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

26
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

c) A viagem custou barato, a senhora nem recebeu o troco. . . . . . .


d) A senhora não teve alternativa senão apanhar mesmo
o táxi azul. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

e) O táxi dirigiu-se rapidamente ao hospital, pois a menina


já não aguentava mais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2. Completa a frase usando o antónimo da palavra vagaroso que melhor


se adapte ao contexto do texto.
• O táxi seguiu pelas ruas de Luanda.

Interpretação textual
to l
s
1. Responde às questões seguintes, com frases correctas e letra legível.
di a
re
E fin

a) Descreve a posição dos ocupantes do táxi.


to va
ex ro
p

b) Porque é que a mãe teve de levar a menina ao hospital?


T

c) Qual foi a reacção da senhora ao ouvir o preço?

d) O motorista manifestou solidariedade? Justifica a tua resposta.

e) Porque é que o motorista não queria ir depressa?

Ortografia

1. Faz a divisão silábica das palavras seguintes.


• passageiros • depressa
• vagaroso • acidentes
27
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

2. Assinala com C a afirmação certa.


• As letras A e B, indicadas no texto, servem para…
… identificar o senhor Amílcar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
… identificar as personagens. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
… identificar as personagens que participaram na conversa. . . . . . .

3. O conjunto «ss» separa-se, na divisão silábica, ao contrário do conjunto


«lh».
• Indica quatro palavras que contenham ss:

• Indica quatro palavras que contenham lh:

4. Constrói uma frase em que incluas a palavra mal e outra em que incluas
to l
s
a palavra mau.
di a
re
E fin

a) mal:
to va
ex ro
p

b) mau:
T

Exploração gramatical

Lembra-te:
O travessão (—) é um sinal de pontuação, mais longo do que o hífen (-)
e do que a meia-risca (–). O travessão tem vários usos, por exemplo,
para indicar a mudança de interlocutor num diálogo, ou o início da
fala de uma personagem, como no texto em estudo.

1. Transcreve as primeiras palavras da conversa entre a senhora Berta e o


senhor Amílcar. Não te esqueças de assinalar devidamente o travessão.

28
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

2. Assinala com X a opção correcta. Morfologicamente, as palavras pschit!


e ché! são:
• substantivos ou nomes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
• interjeições. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
• adjectivos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
• advérbios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

3. Constrói frases em que incluas estas palavras:


a) pschit!

b) Ché!

Produção textual
to l
s
di a
re
E fin

Já alguma vez ouviste falar em solidariedade? Pensa nisso, respondendo às


to va

seguintes questões:
ex ro

Entre ir primeiro ao hospital e passar primeiro pelo aeroporto, o que devia


p

o motorista fazer? O que achas mais correcto e por que razão?


T

Apresenta as tuas respostas num breve texto. Escreve frases simples, bem
construídas e com letra legível.

29
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

População jovem e encargos sociais


No nosso País, uma minoria da população que trabalha suporta os en-
cargos da maioria, que são os jovens, e, por outro lado, dos velhos, embora
estes sejam uma minoria.
A urbanização, a generalização do ensino, a explosão das telecomunica-
ções e as pressões a que está submetido o funcionamento da família são
elementos que influem ou condicionam o seu funcionamento e consequen-
temente o dos jovens.
Pode dizer-se que o comportamento do Homem visa a satisfação mais
completa possível, no contexto de um dado meio social, das suas necessi-
dades materiais e intelectuais.
É importante que no nosso País se eleve o nível de instrução dos jovens,
assim como a industrialização, a urbanização, a produção social, pois tudo
isto está ligado a um alargamento rápido das suas necessidades materiais,
intelectuais e ao processo científico-técnico de qualquer país.
In Atelier de Educação em Matéria de
to l
s
di a

População e para a Vida Familiar nas Escolas


re
E fin
to va

Exploração vocabular
ex ro
p

1. Assinala com V (verdadeira) ou com F (falsa) as afirmações abaixo.


Justifica as que estiverem seguidas de linhas.
T

a) A população activa é maioritariamente jovem. . . . . . . . . . . . . . . . .


b) Os mais velhos pagam as despesas dos jovens. . . . . . . . . . . . . . . .

c) Os jovens trabalham apenas nas fábricas, por não terem


experiência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

d) Os jovens trabalham para satisfazer as suas necessidades,


os velhos não. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

30
e) O País deve preparar os jovens para garantir o futuro. . . . . . . . . .
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

Interpretação textual

1. Responde às questões, com frases correctas e letra legível.


a) Qual é a faixa etária da minoria que suporta os encargos de todos?

b) Os idosos podem trabalhar na pedreira?

c) Por que é que os jovens estão a tomar conta de muitos sectores da


sociedade?
to l
s
di a
re
E fin
to va

d) Qual deve ser a prioridade do País em relação aos jovens?


ex ro
T p

Ortografia

1. Faz a divisão silábica das palavras seguintes.


• urbanização • explosão
• industrialização • telecomunicações

2. Dá quatro exemplos de palavras iniciadas por ex-, como em explosão.

31
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

3. Constrói uma frase em que incluas a palavra sociedade e outra em que


incluas a palavra minoria.
a) sociedade:

b) minoria:

Exploração gramatical

Lembra-te:
O til (~) é um sinal gráfico, e não um acento. Serve para indicar a nasali-
dade e, na língua portuguesa, apenas pode acompanhar as vogais «a» e
«o». Essas são as suas únicas formas de ocorrência.
Exemplos:
to l
s
di a

• ã: lã, anã, fã, anciãs. • ão: profissão, sãos.


re
E fin

• ãe: mãe, pães, cães. • õe: calções, compõe.


to va

• ãi: cãibra.
ex ro
T p

1. Transcreve do texto seis palavras que contenham o sinal gráfico til,


sublinhando as vogais que ele marca.

E, mais...
Vale lembrar que as letras «m» e «n» também podem indicar nasalidade.
Exemplos: atum, dançam, bacon.

2. Indica palavras que conheças, nas quais as letras m e n também podem


indicar nasalidade.
• m:
• n:
32
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

Produção textual

Diz-se que «a criança é o futuro de um país» e que «os jovens são a força
motriz de uma sociedade». Já alguma vez ouviste estas afirmações?
O que mais tens ouvido a respeito dos jovens angolanos. Pensas que estão
preparados para assumir os encargos do País?
Apresenta as tuas respostas e justificações num texto breve, com frases
simples e letra legível.

to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

33
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

A família
A família é muito importante porque representa o grupo do qual fazemos
parte e a ela estamos ligados por laços de sangue ou por aliança.
O comportamento de cada um de nós, dentro e fora de casa, é deter-
minado pela educação que nos dá a família. Os pais devem dar-nos amor,
carinho, educação, alimentação, vestuário e outras coisas de que todas as
crianças necessitam. Podemos comparar o grupo familiar com uma escola
de amor, onde a criança é educada pelos pais e aprende a conviver com os
seus colegas, amando-se e respeitando-se uns aos outros.
Muitos de nós, para além de viverem com os pais e os irmãos, também
têm em casa os tios, primos, avós, etc. Na família, quando há ajuda mútua
e respeito, os problemas são resolvidos mais facilmente, porque há com-
preensão entre todos.
Gostaríamos que as famílias de Angola fossem todas unidas para haver
harmonia no nosso País.
In Livro da 5.ª Classe – Língua Portuguesa (adaptado)
FNUAP – INIDE (2002)
to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro

Exploração vocabular
p

1. Assinala com V (verdadeira) ou com F (falsa) as afirmações abaixo.


T

Justifica as que estiverem seguidas de linhas.


a) A família é importante, porque nos paga as propinas. . . . . . . . . .

b) A educação é a base da convivência em sociedade. . . . . . . . . . . . .


c) A ajuda mútua faz com que os problemas acabem. . . . . . . . . . . . .
d) As crianças precisam do mais importante: batas,
propina paga, mesada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

34 e) A falta de união é a causa de paz em muitas famílias. . . . . . . . . . .


TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

2. Substitui cada palavra destacada pelo sinónimo que melhor se adapte


ao contexto.
a) Conviver com as pessoas ajuda a conhecê-las melhor.

b) A família pode ser consanguínea ou não.

Interpretação textual

1. Responde às questões seguintes, com frases correctas e letra legível.


a) O que é a família?

b) O que significa ajuda mútua?


to l
s
di a
re
E fin
to va

c) O que significa uma pessoa bem educada?


ex ro
T p

d) O que é que torna as famílias angolanas diferentes das famílias


europeias?

e) O que devem fazer as famílias, para que haja mais harmonia no nosso
País?

Ortografia

1. Faz a divisão silábica das palavras seguintes.


• sanguíneo • alimentação
35
• gostaríamos • união
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

2. Retira do texto quatro palavras que tenham a consoante c cedilhada, ou


seja, «ç», como em acção.

3. Constrói quatro frases, incluindo em cada uma as palavras que extraíste


do texto. Segue o exemplo.
• Uma acção simples vale mais do que boas palavras.

Exploração gramatical
to l
s
di a
re
E fin

Lembra-te:
to va

A cedilha (,) é um sinal gráfico usado debaixo da letra c. Tem o som de ss


ex ro

(dois s) e fica com a seguinte aparência: «ç». A cedilha nunca pode iniciar
p

palavras e é usada sempre antes das vogais a, o e u.


T

1. Escreve seis palavras que contenham ç, sublinhando esta consoante.

E, mais...
A letra c, por sua vez, é usada antes das vogais e e i, com o mesmo som.
Por exemplo: acento, facilmente. Nestes casos, a cedilha não é usada.

2. Indica palavras que conheças, nas quais a consoante c não é cedilhada.

36
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

Produção textual

O que representa a família, para ti? Fala sobre com quem vives, como és tra-
tado(a), quantos membros tem a tua família, do que mais gostas nas festas
de família.
Apresenta as tuas ideias num texto breve, bem escrito e com letra legível.

to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

37
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

Respeitemos os mais velhos, porque amanhã...


Em tempos que já lá vão, era costume nalgumas terras os filhos levarem
os pais velhos, que já não podiam trabalhar, para um monte e deixarem-
-nos lá morrer à míngua. Ora, uma vez um rapaz, seguindo aquele costume,
levou o pai às costas, pô-lo no monte e deu-lhe uma manta para ele se res-
guardar do frio até morrer. O velho disse para o filho:
– Trazes uma faca?
– Trago, sim, senhor; para que a queres?
– Olha, corta ao meio a manta que me dás e leva metade para te embru-
lhares quando o teu filho te trouxer para aqui.
O rapaz considerou; tomou outra vez o pai às costas e voltou com ele
para casa.
Aquele filho quebrou com a tradição!
Adolfo Coelho, in Desenvolvimento Pessoal e Social
(Manual do Aluno 5.ª Classe, FNUAP – INIDE)
to l
s
di a
re
E fin

Exploração vocabular
to va

1. Copia as frases abaixo, substituindo, em cada caso, as palavras destaca-


ex ro

das por palavras sinónimas.


p

a) «Era costume nalgumas terras os filhos levarem os pais velhos...»


T

b) Na semana passada, um velho morreu à míngua.

c) A situação foi tão chocante que o Estado está a procurar resguardar


os antigos combatentes.

d) A sabedoria do velho fez o filho considerar que a tradição estava errada.

2. Treina a tua imaginação e criatividade. Constrói frases simples em que


incluas as palavras seguintes.
a) costume:
38
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

b) míngua:

c) resguardar:

d) considerar:

Interpretação textual

1. Responde às questões, com frases correctas e letra legível.


a) Qual era a tradição nos velhos tempos?

b) Por que é que a personagem principal do texto levou o pai para o monte?
to l
s
di a
re
E fin
to va

c) Que tratamento deu ao pai, antes de o abandonar?


ex ro
T p

d) Para que serviria a faca que o pai lhe pediu?

e) Que ensinamentos podes tirar deste conto?

Ortografia

1. Faz a divisão silábica das palavras seguintes.


• resguardar • embrulhares
• morrer • tradição 39
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

2. Transcreve a resposta do idoso à interrogação do filho. Não te esqueças


de usar aspas antes e depois.

3. Com as palavras do texto, responde à questão seguinte.


• Trazes uma faca?

4. Agora, transforma em negativa a resposta que transcreveste do texto.


Sublinha o advérbio de negação. to l
s
di a
re
E fin
to va

Exploração gramatical
ex ro
p

Lembra-te:
As reticências (…) servem para suprimir palavras e textos, ou até mes-
T

mo indicar que o sentido vai muito mais além do que está expresso na
frase, ou seja, que muito mais ficou por dizer.
Exemplo:
«Respeitemos os mais velhos, porque amanhã...»

1. O título do texto é marcado por reticências, o que significa que muito


ficou por dizer. Verdade? Faz de conta que foste tu que escreveste o tex-
to e torna claro o que querias esconder nas reticências, completando as
frases seguintes, de quatro maneiras diferentes.
a) Respeitemos os mais velhos, porque amanhã...

b) Respeitemos os mais velhos, porque amanhã...

40
TEMA 1 – VIDA COMUNITÁRIA

c) Respeitemos os mais velhos, porque amanhã...

d) Respeitemos os mais velhos, porque amanhã...

2. Transforma o título do texto numa frase exclamativa e depois numa fra-


se interrogativa.
• frase exclamativa:

• frase interrogativa:

Produção textual
to l
s
di a

Escolhe uma das perguntas seguintes. Responde, de forma objectiva, cor-


re
E fin

recta e com letra legível.


to va

• Para ti, o que representam os mais velhos numa sociedade?


ex ro
p

• Levarias um dos teus pais para o monte retratado no texto?


Justifica devidamente as tuas respostas.
T

41
Tema 2

AS PROFISSÕES

A importância do trabalho
Trabalhar é uma necessidade do Homem.
É o trabalho que o distingue dos outros animais.
O Homem melhora as suas condições de vida, aliando o trabalho à inte-
ligência.
Neste momento, em que todos nos encontramos empenhados na re-
construção do nosso País, o trabalho que realizamos deve ser organizado,
tendo em vista o bem-estar de toda a sociedade angolana.
Há que ter sempre presente que nenhum trabalho é mais importante do
que outro.
É com o trabalho e a colaboração de todos, camponeses, engenheiros,
operários, professores, alfaiates, que se está a construir a nova sociedade.
to l
s
di a
re
E fin

Exploração vocabular
to va
ex ro

1. Substitui as palavras destacadas pelos respectivos sinónimos.


p

a) Os trabalhadores aliados uns aos outros produzem melhor.


T

b) O director mostrou-se, também, empenhado.

c) Um país constrói-se com a colaboração de todos.

2. Usando as palavras indicadas, constrói frases simples. Não te esqueças


de as pontuar convenientemente.
a) aliada:

b) empenhada:

42
TEMA 2 – AS PROFISSÕES

c) colaboradora:

d) bem-estar:

Interpretação textual

1. Responde às questões, com frases correctas e letra legível.


a) Por que é que o Homem tem de trabalhar?

b) O que deve ser aliado ao trabalho?


to l
s
di a
re

c) Que resultado traria ao País o trabalho organizado?


E fin
to va
ex ro
p

d) Por que é que todos os trabalhos são importantes?


T

e) Qual é a profissão de base para a construção de qualquer sociedade?

Ortografia

1. Faz a divisão silábica das palavras seguintes.


• professor • inteligência
• reconstrução • aliados

43
TEMA 2 – AS PROFISSÕES

2. Reescreve as frases, substituindo as palavras destacadas por sinónimos


que melhor se adaptem ao contexto do texto.
a) O homem deve aliar o trabalho à inteligência para poder prosperar.

b) É necessário estarmos todos empenhados na construção do País.

c) A colaboração de todos é fundamental.

3. Transforma as frases das alíneas anteriores em interrogativas directas,


seguindo a ordem.
to l
s
di a
re

a)
E fin
to va
ex ro

b)
T p

c)

Exploração gramatical

1. Preenche os espaços, conjugando o verbo trabalhar, nos tempos cor-


rectos do modo Indicativo.
a) Ontem, houve greve, ninguém .
b) Ele disse-me que na Sonangol.
c) Se nós nos formarmos em Direito, no
Tribunal Constitucional.
d) Dois anos antes da reforma, voltou a trabalhar onde já tinha
.
44
TEMA 2 – AS PROFISSÕES

Produção textual

Que profissão é que queres seguir, no futuro? De que forma achas que essa
profissão pode contribuir para o desenvolvimento do País?
Apresenta as tuas ideias num texto breve, bem escrito e com letra legível.

to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

45
TEMA 2 – AS PROFISSÕES

O arado balanta
O arado balanta é um instrumento, de concepção primitiva, que permite
realizar os mais duros trabalhos de preparação da terra para plantação e
sementeira.
Este instrumento agrícola é uma espécie de pá de valar, constituído por
uma parte de ferro, a que se pode dar o nome de relha. No chanfro está
encaixada a pá feita de madeira. A pá, de forma oval ou em espátula, termi-
na por um cabo achatado e está presa com um atilho à vara comprida, que
serve como alavanca apoiada sobre a coxa do trabalhador.
A relha no chão e a vara presa com ambas as mãos permitem atirar a ter-
ra a grande distância e revirar o solo.
In Manual de Língua Portuguesa da Guiné-Bissau, 6.ª Classe

Exploração vocabular

1. Preenche os espaços com palavras do texto.


to l
s
di a
re

a) «(...) é uma espécie de pá de , constituído por uma


E fin

parte de ferro (...).»


to va

b) «(...) é um de concepção (...)


ex ro
p

para e sementeira.»
c) «A no chão e a presa
T

com as mãos permitem


a a grande distância e o
solo.»

2. Usando as palavras indicadas, constrói frases simples. Não te esqueças


de as pontuar convenientemente.
a) valar:

b) revirar:

c) ambas:

d) solo:
46
TEMA 2 – AS PROFISSÕES

Interpretação textual

1. Responde às questões, com frases correctas e letra legível.


a) Define o arado balanta.

b) Apresenta duas características de um arado balanta.

c) De que é feita a pá?

d) Qual é o formato da pá do arado balanta?


to l
s
di a
re
E fin

e) O que liga o cabo achatado à vara comprida?


to va
ex ro
T p

Ortografia

1. Faz a divisão silábica das palavras. Sublinha-lhes a sílaba tónica.


• concepção • sementeira
• chanfro • relha
• relha • distância

2. Indica palavras que tenham as sequências cep, lh, ch e fr. Podes sempre
consultar um dicionário.
cep:
lh:
ch:
47
fr:
TEMA 2 – AS PROFISSÕES

3. Faz a divisão silábica das palavras que encontraste no exercício 2. Identi-


fica agora, através de sublinhado, as sílabas tónicas dessas palavras.
cep:
lh:
ch:
fr:

Exploração gramatical

1. Transcreve do texto frases simples com os verbos indicados no tempo


Presente do modo Indicativo.
a) ser:

b) permitir:
to l
s
di a
re
E fin

c) poder:
to va
ex ro
p

d) terminar:
T

e) servir:

f) estar:

2. Indica o número e a pessoa gramatical em que se encontram as formas


dos verbos por ti transcritas no exercício anterior. Faz como no exemplo
com o verbo plantar.
Exemplo: plantar: planto ➔ 1.ª pessoa do singular.

• ser:
• permitir:
48 • poder:
TEMA 2 – AS PROFISSÕES

• terminar:
• servir:
• estar:

Produção textual

Já ouviste falar em «máquinas simples»? Achas o arado balanta uma máqui-


na simples? Desenvolve as tuas respostas, num texto breve e bem escrito.

to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

49
TEMA 2 – AS PROFISSÕES

Os lenhadores e a árvore
Havia na floresta uma árvore grande, com um tronco muito grosso.
Certo dia, os lenhadores que ali trabalhavam pensaram cortar aquela
árvore e mandar o seu tronco para uma serração, para se fazerem mesas,
cadeiras, carteiras, camas, portas, janelas, etc.
À primeira machadada, a árvore disse:
– Que estão a fazer? Não sabem que eu sou a dona da floresta?
Os lenhadores ficaram muito espantados e disseram:
– Dona da floresta? Como pode ser isso, se esta floresta pertence ao
povo? Nós estamos a cortar o teu tronco.
– Mas porquê? Não vêem que os passarinhos têm aqui os seus ninhos,
a lebre tem aqui a sua toca e até os esquilos vivem aqui?
– Cortando o teu tronco, em nada prejudicamos os passarinhos, a lebre
e os esquilos, pois eles podem viver noutras árvores. Pelo contrário, o teu
tronco vai servir para se fazerem...
– Não concordo. Deixem-me estar. Mas... se é preciso para se viver
bem... cortai-me.
to l
s
di a
re
E fin

In É Bom Aprender (adaptado)


to va
ex ro
p

Exploração vocabular
T

1. Substitui as palavras destacadas por sinónimos que melhor se adaptem


ao contexto do texto.
a) «(...) pensaram cortar aquela árvore e mandar o seu tronco para uma
serração (...)»

b) «À primeira machadada, a árvore disse: (...)»

c) «Os lenhadores ficaram muito espantados (...)»

d) «Como pode ser isso, se esta floresta pertence ao povo? (...)»

e) «– Não concordo. Deixem-me estar (...).»

50
TEMA 2 – AS PROFISSÕES

Interpretação textual

1. Responde às questões, com frases correctas e letra legível.


a) O que queriam os lenhadores com a árvore de tronco grosso?

b) Que utilidade poderia ter aquele tronco muito grosso?

c) Qual foi a primeira reacção da árvore ao ser tocada?


to l
s
di a
re

d) A árvore dizia-se importante para outros seres vivos. Descreve-os.


E fin
to va
ex ro
p

e) Como acaba a história?


T

Ortografia

1. Faz a divisão silábica das palavras. Sublinha-lhes a sílaba tónica.


• passarinhos
• lenhadores
• floresta
• trabalhavam
• machadada
• prejudicamos 51
TEMA 2 – AS PROFISSÕES

2. Escreve palavras que tenham as sequências ss, nh, fl, lh, ch e pr. Podes
sempre consultar um dicionário.

• ss:

• nh:

• fl:

• lh:

• ch:

• lh:

Exploração gramatical

1. Indica adjectivos correspondentes às formas verbais seguintes, como no


exemplo.
to l
s

di a

Exemplo: «sonhava» sonhador


re
E fin

• trabalha:
to va
ex ro

• aprofundaram:
p

• limpavam:
T

• espantar:

2. Agora, transforma as formas verbais em nomes ou substantivos. Segue


o exemplo.

Exemplo: «espantavam» ➔ espanto

• trabalhavam:

• pensaram:

• podem:

• sonhou:

52
TEMA 2 – AS PROFISSÕES

Produção textual

O que tens a dizer sobre o corte de árvores? Diz se achas correcto, ou não, e
porquê. Já alguma vez semeaste uma árvore? Como foi a experiência, como
te sentiste? Se nunca plantaste uma árvore, diz se gostarias de o fazer. Nes-
se caso, que tipo de árvore semearias?
Desenvolve as tuas respostas, num texto breve e bem escrito.

to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

53
TEMA 2 – AS PROFISSÕES

As profissões
Eu sou camponês. Sou pescador e sinto-me feliz
Faça sol, faça frio, lá vou eu para a lavra No meu barco, balançando
Uso o machado, a catana e a enxada para Sobre as ondas.
Preparar a terra e semear coisas O meu amigo mar enche-me
para tu comeres. As redes de peixinhos prateados.

Toda vestida de branco, ando Eu sou mineiro.


Sorrindo de cama em cama, Na mina é sempre noite,
Noite e dia, sem descanso. A lanterna é meu sol.
Desde o bebé ao velhinho, Com a picareta, arranco da terra
A todos trato com muito carinho. O carvão e as pedras preciosas.
Eu sou enfermeira. Como são lindos
Os anéis e os colares que
Eu sou carpinteiro. Delas se fazem!
Com serrote e martelo faço mesas,
Cadeiras e bancos. Eu sou o operário.
to l
s
di a
re
E fin

Não estragues, nem deixes estragar A minha fábrica


O que faço com tanto cuidado. Cheira à ginguba que eu
to va

Descasco todos os dias.


ex ro

Levanto as paredes das casas para Arrumadinha em frascos,


p

Te abrigar do calor, do vento e da chuva. A ginguba está pronta a


T

Com a colher e a argamassa, Fazer as nossas delícias e as delícias


Eu faço maravilhas. De pessoas de muitas outras terras.
Sou pedreiro.
Quem te ensina a ler, a escrever
e a fazer contas?
Sou eu, professora.
Em mim encontrarás uma amiga.
Juntos, vamos descobrir
O mundo em que vivemos.

54
TEMA 2 – AS PROFISSÕES

Exploração vocabular

1. Substitui cada palavra destacada nas frases abaixo pelo sinónimo que
melhor se adapte ao contexto.
a) «Uso o machado, a catana e a enxada para preparar a terra e semear
(...).»

b) «Não estragues, nem deixes estragar o que faço com tanto cuidado.»

c) «(...) Sinto-me feliz no meu barco balançando sobre as ondas (...).»

d) «Levanto as paredes das casas para te abrigar (...).»

e) «(...) Arranco da terra o carvão e as pedras preciosas.»


to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro

Interpretação textual
p

1. Responde às questões seguintes.


T

a) Descreve a actividade da enfermeira.

b) Todos falaram sobre as suas profissões. Quem demonstrou ter mais


orgulho no que faz?

c) Entre as profissões retratadas no texto, qual permite mais tempo de


descanso?

d) Que outro título atribuirias ao texto, se fosses tu a escrevê-lo? Porquê?

e) Que adjectivo usa o autor do texto para caracterizar os anéis e os


colares?

55
TEMA 2 – AS PROFISSÕES

Ortografia

1. Completa as frases com as palavras era e foi.


a) O sr. Vemba um bom camponês. Ninguém será como
ele .
b) O camponês citado no texto em primeiro lugar.
preciso, pois sem comer ninguém trabalha.

2. Escreve frases em que incluas as expressões indicadas.


a) a mesa:

b) à mesa:

3. Faz a divisão silábica das palavras seguintes. Sublinha-lhes a sílaba


to l
s
di a
re
E fin

tónica.
to va

• profissões • machado
ex ro

• carpinteiro • semear
p

• velhinho • carinho
T

Exploração gramatical

1. Retira do texto as formas verbais indicadas.


a) duas formas verbais no Presente do indicativo:

b) uma forma verbal no Presente do conjuntivo:

c) uma forma verbal no Imperativo, forma afirmativa:

d) duas formas verbais no Imperativo, forma negativa:

56
TEMA 2 – AS PROFISSÕES

Produção textual

Lembra-te de que já escreveste um texto sobre o que queres ser, quando


fores adulto. Mas é sempre bom teres mais de uma opção. Assim sendo,
que outra profissão gostarias de seguir. Porquê? E que utilidades pensas
que essa profissão tem?
Desenvolve as tuas respostas, num texto breve e bem escrito.

to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

57
Tema 3

ALGUNS CONTOS

O remoinho de vento
Uma mulher foi com o filho à lavra, onde ia colher milho, pois era o tem-
po seco.
Ali mesmo se formou um remoinho de vento, que pegou na criança e a
levou pelos ares.
A mãe viu o perigo em que a criança estava e começou a chorar, a chorar
pelo filho arrastado pelo remoinho.
A criança achou graça, gostou de se ver nos ares e cantou:
– Ó remoinho, cresce como o elefante e leva-me à minha mãe, que chora
como terra abandonada e sem valor.
E a criança seguia pelos ares fora, levada pelo tufão, e a mãe, aflita, acom-
panhava-a a chorar:
– Hoje fico sem o meu filho! Ai, que lá se vai!
to l
s
di a
re
E fin

E o filho ia, na verdade, a voar e a cantar:


– Ó remoinho, cresce como o elefante e leva-me à minha mãe...
to va

Mas a brincadeira ia longe demais. A criança apercebeu-se do perigo e


ex ro

chorou também! Contudo, o remoinho acalmou, a criança desceu sem se


p

ferir e sentiu-se salva.


T

Entretanto, a mãe tinha corrido para contar tudo ao pai, que lhe disse:
– Vou-te matar, porque não tomaste conta do nosso filho!
E a mãe disse:
– Podes matar-me, mas um remoinho de vento é superior às minhas for-
ças e nada posso fazer contra ele.
Conto Popular Umbundo

Exploração vocabular

1. Nas frases seguintes, substitui as palavras destacadas, pelos sinónimos


que melhor se adaptem ao contexto do texto.
a) A mãe seguia, levada pelo tufão.

b) A mãe chorava aflita.


58
TEMA 3 – ALGUNS CONTOS

c) A criança achou graça.

2. Agora, inclui as palavras destacadas, em frases da tua autoria.

a) tufão:

b) aflita:

c) graça:

Interpretação textual
to l
s
di a

1. Localiza a acção do texto no espaço.


re
E fin
to va
ex ro
p

2. O que sucedeu no local em que se encontrava a senhora com o seu filho?


T

3. Qual foi a reacção da criança ao que lhe estava a acontecer?

4. Quanto à mãe, como reagiu, quando percebeu que a brincadeira era


perigosa?

59
TEMA 3 – ALGUNS CONTOS

5. Transcreve as duas primeiras palavras que iniciam a segunda parte lógi-


ca do texto (o desenvolvimento) e as duas últimas palavras que a termi-
nam. Indica as linhas em que elas se encontram no texto.
Exemplo: «O desenvolvimento do texto começa em... (linha x) e termina
em... (linha y).»

Exploração gramatical
to l
s
di a
re

1. Preenche os espaços com as palavras distância e distancia.


E fin
to va

a) Muita gente não a brincadeira das coisas sérias.


ex ro

b) A mãe pôs-se a chorar, quando notou que a era demais.


T p

2. Repara nas palavras abaixo. Escreve n. se for um nome ou substantivo, v.


se for um verbo, adj. se for adjectivo, prep., se for preposição, interj., se
for interjeição, e adv., se for advérbio.
• era • onde
• ali • tempo
• filho • formou
• pelo • ai!
• salva • superior

3. Completa as frases seguintes com o verbo medir.


• Eu as minhas palavras e atitudes, mas a mãe do bebé
não as consequências.

60
TEMA 3 – ALGUNS CONTOS

Produção textual

Com correcção, clareza e letra legível, fala sobre os ensinamentos que pu-
deste tirar deste conto, sem te esqueceres de dizer qual é a moral da história.

to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

61
TEMA 3 – ALGUNS CONTOS

O cão e os caluandas
Estava eu a gozar as cenas, quando vi o cão. Sukua, beleza mesmo! Embo-
ra que magro, a fome morava com ele, se via. O cão meteu-se no meio das
pessoas, aquele cheiro das latas lhe deu coragem, arrancou. De repente. Na
zuna, parecia era seta. Apanhou uma lata aberta, comeu tudo ali mesmo.
Não fugiu com a lata, como fazem os cabiris. Comeu ali mesmo, na frente
da dona da lata. Como um soba. A mulher xingou-lhe, estava sentada e a
bunda era pesada, não dava para levantar rápido, na fúria lhe lançou com
uma lata fechada, não tinha pau nem pedra para atirar. Mas falhou o tiro.
A lata bateu em cheio na cara da Nga Xica, uma dona que não gosta de brin-
cadeiras. Aiué! Esta viu donde veio a lata, berrou prà outra parecia porco
a lhe cortarem as goelas e respondeu com nova lataria. Falhou e a lata foi
bater noutra. Bem, está a ver o caso. Confusão generalizada! As kitandeiras
pegaram-se nas baçulas, digo baçulas mesmo, os monas meteram-se na
maka pra roubar as latas abandonadas (...) Kazukuta totalé! (...).
Pepetela, O Cão e os Caluandas
to l
s
di a
re
E fin

Exploração vocabular
to va

1. Reescreve as frases, substituindo as palavras destacadas pelos sinóni-


ex ro

mos que melhor se adaptem ao contexto do texto.


p

a) A mulher xingou-lhe sentada.


T

b) Na fúria, lançou-lhe uma lata fechada.

c) As kitandeiras pegaram-se nas baçulas.

d) Houve kazukuta na praça, com as kitandeiras a atirarem latas umas às


outras.

2. Agora, inclui as palavras destacadas em frases da tua autoria.


a) xingar:
b) fúria:
62 c) baçula:
TEMA 3 – ALGUNS CONTOS

Interpretação textual

1. Localiza a acção do texto no espaço.

2. Que outro título atribuirias ao texto? Porquê?

3. Qual era o estado físico do cão?

4. O que chamou atenção do cão para que se metesse no meio das pes-
to l
s
di a
re

soas?
E fin
to va
ex ro
p

5. Transcreve as duas primeiras palavras que iniciam a segunda parte lógi-


T

ca do texto (o desenvolvimento) e as duas últimas palavras que a termi-


nam. Indica as linhas em que elas se encontram no texto.
Exemplo: «O desenvolvimento do texto começa em... (linha x) e termina
em... (linha y)».

Exploração gramatical

1. Preenche os espaços com as palavras aparência e aparecia.


• Todos fugiam, quando a Nga Xica . Diziam que tinha
63
uma ameaçadora.
TEMA 3 – ALGUNS CONTOS

2. Continua a estudar a classificação morfológica das palavras. Escreve n.


se for um nome ou substantivo, v. se for um verbo, adj. se for adjectivo,
prep., se for preposição, interj., se for interjeição, e adv., se for advérbio.
morava: aiué!: bem:
mulher: confusão: geral:

3. Completa a frase com o verbo confundir, devidamente conjugado, no


Presente do indicativo.
• Eu não as pessoas, observo-as com calma, para
não causar confusão.

Produção textual

O texto termina com reticências (...), o que significa que não se acabou de
contar a história.
to l
s
di a

O que achas que aconteceu depois? Tenta apresentar um final, dizendo se


re
E fin

a confusão terminou e como terminou. Se não terminou, o que teria acon-


to va

tecido às pessoas envolvidas na confusão?


ex ro

Escreve com correcção, clareza e letra legível.


T p

64
TEMA 3 – ALGUNS CONTOS

Tambarino dourado
A tarde estava fresca. Tinha acabado de chover. O velho tambarineiro
sentia-se muito feliz com a rica chuva que lhe caíra em cima. Os seus filhos
estavam vestidos de gotículas de ouro.
De repente, algo de estranho aconteceu:
– O que foi?... o que foi?... – diziam os tambarinos uns para os outros.
Um bando de gungos que esvoaçava ali perto parou a escutar. Por fim
um deles virou-se para os tambarinos e disse:
– Então, ainda não viram nada? Procurem o vosso irmão mais novo.
Olhem para o lugar onde ele estava.
Olharam todos e ficaram muito espantados, pois, em vez do tambarino
estava um pedacinho que parecia brilhante.
– Oh! exclamaram todos. Mas este será mesmo o nosso irmão?
– Sou, eu... Não me conhecem?
– Quem te pôs assim – perguntaram todos ao mesmo tempo.
– Foi a chuva e o sol.
to l
s
di a
re
E fin

Na realidade, ele estava num sítio onde recebia toda a luz do sol.Os tam-
barinos ficaram muito preocupados e foram falar com o Senhor Sol e com
to va

a Dona Chuva.
ex ro

– Bom-dia, Senhor Sol.


p

– Bom-dia, Dona Chuva.


T

– Que fizeste ao nosso irmão?


– Mas... não estamos a entender... O que é que ele tem?
– Nós também não sabemos. Vemos só que parece um pedacinho de ouro.
– Ora... ora... esperem que comece a anoitecer e olhem outra vez para
ele. Depois digam-nos alguma coisa.
O velho tambarineiro estava preocupado e ansioso porque os filhos che-
gassem.
– Então, filho? O que é que eles disseram?
– Mandaram-nos esperar até que o sol comece a desaparecer.
Os gungos saltitavam de ramo em ramo, dispostos a ajudar no que fosse
preciso. Como ouviram a conversa resolveram não ir visitar os seus amigos
periquitos que moravam ali perto.
– Piu... piu... piu... vamos esperar também. Vamos ajudar os nossos amigos.
E esvoaçavam fazendo rodinhas, cantando para não verem os seus ami-
gos tristes.
Cremilda de Lima (adaptado) 65
TEMA 3 – ALGUNS CONTOS

Exploração vocabular

1. Reescreve as frases seguintes, substituindo as palavras destacadas pelos


sinónimos que melhor se adaptem ao contexto do texto.
a) «De repente, algo de estranho aconteceu.»

b) «Um bando de gungos que esvoaçava ali perto parou (...).»

c) «Olharam todos e ficaram muito espantados (...).»

d) O velho tambarineiro estava ansioso pela chegada do filho.

2. Agora, inclui as palavras destacadas em frases da tua autoria.


to l
s
a) bando:
di a
re
E fin
to va

b) espantados:
ex ro
p

c) ansioso:
T

Interpretação textual

1. Estava uma tarde agradável... O que aconteceu depois?

2. Quem alertou o velho tambarineiro sobre o que estava a acontecer aos


seus filhos?

66
TEMA 3 – ALGUNS CONTOS

3. Indica onde começa e termina a segunda parte lógica do texto (o desen-


volvimento). Não te esqueças de indicar as linhas entre parênteses.
Exemplo: «O desenvolvimento do texto começa em... (linha x) e termina
em... (linha y)».

Exploração gramatical

1. Preenche os espaços com as palavras estranhou e estranho, de acordo


com o sentido do texto.
to l
s
di a
re
E fin

• O foi que tudo aconteceu de repente, mas


to va

ninguém aquele fenómeno.


ex ro
p

2. Continua a estudar a classificação morfológica das palavras. Escreve n.


se for um nome ou substantivo, v. se for um verbo, adj. se for adjectivo,
T

prep., se for preposição, interj., se for interjeição, e adv., se for advérbio.

• fresca: • não:
• oh!: • estava:
• para: • luz:
• tambarino: • nossos:
• estranhamente: • tristes:

3. Completa a frase com os verbos ouvir e tomar devidamente conjuga-


dos, no Presente do indicativo.
• Eu todo o mundo, no fim uma
decisão.

67
TEMA 3 – ALGUNS CONTOS

Produção textual

Os gungos foram solidários com os amigos, mostrando-se dispostos a aju-


dá-los no que fosse preciso. O que achas desse gesto? Apresenta a tua res-
posta, justificando-a. Diz, também, se já alguma vez foste solidário com al-
guém. Se sim, diz como e quando aconteceu.
Escreve com correcção, clareza e letra legível.

to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

68
TEMA 3 – ALGUNS CONTOS

A águia, a rola, as galinhas e os 50 lwei


A águia era mesmo muito rica. A sua casa situava-se em cima do mais
belo morro que dominava a planície. Era uma casa confortável, arejada e
muito limpa. Da janela ela olhava com orgulho e prazer a sua riqueza: bois
e vacas pastando na planície. Muitos bois e muitas vacas... E quem era o
pastor?
A rola, sobrinha da águia.
Mas a rola, embora boa pessoa e amiga da tia, não gostava de estar mui-
to tempo sozinha. E um dia disse ao gado: «Enquanto vocês pastam eu vou
até à casa do meu amigo. Já volto». E quando voltou viu o capim verde e vi-
çoso, viu flores de várias cores, abelhas esvoaçando, gafanhotos saltitando,
mas... não viu o gado pastando!
Procurou, procurou e não encontrou. Então foi à tia e confessou: «Tia, tia,
que desgraça, o gado? O gado? Alguém o roubou»...
O tio, que era calmo, não ralhou. Pensou e depois falou. «Vamos, vamos
procurá-lo».
Andaram, andaram e não encontraram. Mas viram o sol e o tio disse: «Sol,
to l
s
di a
re
E fin

tu que vês porque estás lá no alto, diz-me, quem roubou o meu gado?».
E o sol avermelhado, gordo de bem alimentado, respondeu: «Foi a lua».
to va

Andaram, andaram até que chegaram à casa da lua, que se encontrava


ex ro

à janela a pôr missangas prateadas nos cabelos. E logo a águia disse: «Boa
p

noite, lua, onde está o meu gado?»


T

A lua podia mentir. Dizer que o não vira. Que nada sabia... mas disse sim-
plesmente: «O teu gado? Metade comi e o resto vendi. Mas olha, leva estes
cinquenta lwei e ficamos pagos» (...).
Gabriela Antunes (adaptado)

Exploração vocabular

1. Reescreve as frases, substituindo as palavras destacadas pelos sinóni-


mos que melhor se adaptem ao contexto do texto.
a) A águia vivia numa casa confortável, arejada e muito limpa.

69
TEMA 3 – ALGUNS CONTOS

b) «Da janela ela olhava com orgulho e prazer a sua riqueza (...)»

c) Muitos bois e muitas vacas pastavam na planície.

d) «E quando voltou viu o capim verde e viçoso (...)»

e) A Lua encontrava-se à janela a pôr missangas prateadas nos cabelos.

2. Agora, inclui as palavras destacadas em frases da tua autoria.


to l
s
di a
re
E fin

a) orgulho:
to va
ex ro
p

b) pastavam:
T

c) viçoso:

Interpretação textual

1. Onde morava a águia?

70
TEMA 3 – ALGUNS CONTOS

2. Descreve a casa da águia.

3. Qual era a riqueza da águia?

4. Qual era o grau de parentesco entre a águia a e rola?

5. O que aconteceu com o gado? Justifica a tua resposta.


to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
p

Ortografia
T

1. Lê com atenção as palavras que se seguem. Reescreve-as correctamente.


• águia:

• galinhas:

• planície:

• sobrinha:

• esvoaçando:

• avermelhado:
71
TEMA 3 – ALGUNS CONTOS

2. Faz agora a classificação das palavras reescritas no exercício 1, quanto à


acentuação.
• águia:

• galinhas:

• planície:

• sobrinha:

• esvoaçando:

• avermelhado:
to l
s
di a
re
E fin
to va

Exploração gramatical
ex ro
p

1. Preenche os espaços com as palavras vês e vez, de acordo com o sentido


do texto.
T

Não que tens de esperar a tua ? Então, fica


na fila.

2. Continua a estudar a classificação morfológica das palavras. Escreve n.


se for um nome ou substantivo, v. se for um verbo, adj. se for adjectivo,
prep., se for preposição, interj., se for interjeição, e adv., se for advérbio.

• vês: • planície:
• vez: • mais:
• disse: • calmo:
• não: • quando:
• abelhas: • até:

72
TEMA 3 – ALGUNS CONTOS

Produção textual

A rola teve a responsabilidade de controlar o gado, mas distraiu-se… Tendo


conhecimento da consequência da distracção da rola, que ensinamentos
tiras desta fábula?
Desenvolve as tuas respostas, num texto breve e bem escrito.

to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

73
TEMA 3 – ALGUNS CONTOS

Quem se gaba, sempre acaba


– Olha, Janica, hoje não. Estou cansado. Tive um dia de muito trabalho.
Andei muito. Doem-me os pés. O Pedro, que andava por aí, foi num pulo à
cozinha e trouxe uma bacia de água quente.
– Tio, disse-me ele, água quente para os pés é bom. Meta aí os pés e con-
te então a estória…
Descalcei. Acendi o cachimbo. Foi então que veio de lá uma gota de água
(quente e bem zangada) e apagou o fósforo.
– Que é isso? bravei eu, com o cachimbo, as calças e os fósforos – tudo
molhado.
– Desculpe, camarada (era a bacia que falava) – mas julguei que fosse
aquecer ainda mais a água. E ela já está tão quente que tenho medo de der-
reter. Sabe sou uma baciazinha de plástico.
– Olha a parva. Que é que você está para aí a falar, seu buraco de plástico
pintado?
A água borbulhava, xingava, gritava cada vez mais quente de zanga:
– Que é que você está a falar que eu faço?
to l
s
di a
re
E fin

– Nem que fosse uma bacia de prata!


– Mana, não precisava xingar. Você sabe que não é bom para a minha
to va

saúde a companhia de água muito quente.


ex ro

– Afinal! Então você acha que eu sou má companhia. Você julga que é o
p

quê. Conhece companhia mais importante que eu, conhece?


T

Bacia, mesmo de plástico, começou também a ficar com a sua quentura


de raiva.
– Se a mana não cala essa boca entorno-lhe no chão. Entorno-lhe todi-
nha, ouviu? Nem só uma gota vai dar para sobrar.
Foi então que o fósforo pegou na palavra, para acalmar a conversa:
– Vamos lá, minhas senhoras: isso é discussão de quê, afinal, quem teve
a culpa fui eu, que acendi um lume grande e aqueci demais a Dona-Água.
Dario de Melo (adaptado)

Exploração vocabular

1. Reescreve as frases, substituindo as palavras destacadas pelos sinóni-


mos que melhor se adaptem ao contexto do texto.
a) «A água borbulhava, xingava, gritava cada vez mais quente de zanga.»

74
TEMA 3 – ALGUNS CONTOS

b) «Quem se gaba, sempre acaba.»

2. Agora, inclui as palavras destacadas em frases da tua autoria.


a) bando:

b) espantados:

c) ansioso:
to l
s
di a
re
E fin

Ortografia
to va
ex ro

1. Reescreve as palavras seguintes, com letra bem desenhada.


p

• entorno-lhe • doem-me
T

• trouxe • fósforo
• zangada • companhia

2. Faz a divisão silábica das palavras.


• entorno-lhe • doem-me
• trouxe • fósforo
• zangada • companhia

3. Transcreve as palavras que encontres no texto com ch ou nh, lh, rr e ss.

75
TEMA 3 – ALGUNS CONTOS

Interpretação textual

1. Qual era a causa do cansaço do tio?

2. Uma das personagens, o tio, não se sentia bem. De que se queixava?

3. O que é que o menino recomendou ao tio para relaxar?


to l
s
di a
re

4. A família acabou numa discussão. Qual foi a causa?


E fin
to va
ex ro
p

5. Indica um título para cada parte lógica do texto.


T

a) introdução:

b) desenvolvimento:

c) conclusão:

Exploração gramatical

1. Preenche os espaços com as palavras quem e que, de acordo com o sen-


tido do texto.
• Ele disse que fui eu comecei, mas, na verdade, foi ele
76 começou.
TEMA 3 – ALGUNS CONTOS

2. Continua a estudar a classificação morfológica das palavras. Escreve n.


se for um nome ou substantivo, v. se for um verbo, adj. se for adjectivo,
prep., se for preposição, interj., se for interjeição, e adv., se for advérbio.
• Janica: • quente:
• acaba: • zanga:
• por: • muito:

Produção textual

Faz o resumo do texto pelos títulos atribuídos às partes lógicas (introdu-


ção, desenvolvimento e conclusão).
Não te esqueças de escrever com correcção, clareza e letra legível.
to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

77
TEMA 3 – ALGUNS CONTOS

O patinho que não sabia nadar


Era uma vez, uma família de patinhos que vivia perto de um grande e
lindo rio.
Durante o dia brincavam na água, por entre os caniços da margem, jo-
gando às escondidas por trás das pedras. Mas um dos patinhos vivia muito
triste. É que ele não sabia nadar. Tinha até medo de se chegar para junto do
rio, onde os irmãos mergulhavam batendo as asinhas, salpicando a água e
dando gritinhos.
– Tenho medo porque não posso.
– Já experimentaste alguma vez?
– Não. Eu sei que não posso.
– Ouve o que te vou dizer. É preciso lutar contra o que nos assusta. Uma
batalha que não se ganha, de certeza é aquela que nós não realizamos.
Queres vir comigo? Seguras-te ao meu pescoço e não precisas de ter medo.
Eu sou grande e forte e sei nadar muito bem.
E o patinho que não sabia nadar lá foi, cheio de medo, muito agarrado ao
pescoço do cisne negro.
to l
s
di a
re
E fin

Octaviano Correia
to va

Exploração vocabular
ex ro
p

1. Reescreve as frases, substituindo as palavras destacadas pelos sinóni-


T

mos que melhor se adaptem ao contexto do texto.


a) «Tinha até medo de se chegar para junto do rio, onde os irmãos mergu-
lhavam (...).»

b) Os irmãos mergulhavam, batendo as asas e salpicando água.

c) «É preciso lutar contra o que nos assusta.»

d) O patinho que não sabia nadar foi agarrado ao pescoço do cisne.

78
TEMA 3 – ALGUNS CONTOS

2. Agora, inclui as palavras destacadas em frases da tua autoria.


a) mergulhavam:

b) salpicando:

c) assusta:

d) agarrado:

Interpretação textual

1. De que fala o texto?


to l
s
di a
re
E fin

2. Qual era a diversão dos patinhos?


to va
ex ro
T p

3. O que se passava com um dos patinhos?

4. Um dos patinhos tinha medo da água. Que conselho lhe deu o irmão?

5. O patinho que não sabia nadar aceitou o desafio? Justifica a tua resposta.

79
TEMA 3 – ALGUNS CONTOS

Ortografia

1. Escreve frases simples em que incluas as palavras seguintes.


a) atrás:

b) traz:

c) à vista:

d) a vista:
to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro

Exploração gramatical
p

1. Apresenta, no quadro seguinte, a conjugação do verbo nadar nos tem-


T

pos indicados do modo Indicativo, na forma simples.

eu nós
Presente tu vós
ele(a) eles(as)

eu nós
Pretérito
tu vós
imperfeito
ele(a) eles(as)

eu nós
Pretérito
tu vós
perfeito
ele(a) eles(as)
(Continua)
80
TEMA 3 – ALGUNS CONTOS

(Continuação)

eu nós
Pretérito
mais-que- tu vós
-perfeito
ele(a) eles(as)

eu nós
Futuro tu vós
ele(a) eles(as)

Produção textual

Este conto começa com: «Era uma vez...», como a maioria dos contos co-
meça. Aproveita este princípio para, num breve texto, contares uma história
de coragem que tenhas vivido, assistido, ouvido ou lido.
to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

81
TEMA 3 – ALGUNS CONTOS

O Beija-flor e o Gafanhoto
O Beija-flor e o Gafanhoto encontraram-se e disseram:
– Vamos brincar às escondidas!
O Beija-flor foi esconder-se no abrigo do Gafanhoto e o Gafanhoto foi
meter-se no ninho o Beija-flor. Para melhor se ocultar e não ser reconheci-
do, o Gafanhoto mudou as asas de cima para baixo.
Como o Gafanhoto não vinha à procura dele, o Beija-flor foi direito ao seu
ninho e o que viu meteu-lhe medo, porque parecia sangue! Reuniu todos
os animais.
– Ó gente! Venham ver o que está no meu ninho! É vermelho! O meu ni-
nho está coberto de sangue!
E dizendo isto, treme e chora:
– Ai de mim, Beija-flor! No meu ninho há uma coisa! Ai de mim, Beija-flor!
No meu ninho há uma coisa! Um formigão de goelas abertas!
Em seguida manda chamar imediatamente todos os animais para irem
ver. O primeiro a vir é o bambi. O Beija-flor chora.
– Vai lá ver o que se passa. Que eu tenho medo! Ai de mim, Beija-flor! No
to l
s
di a
re
E fin

meu ninho há uma coisa!...


O bambi recua:
to va

– Safa! Nunca vi um filho assim!


ex ro

O Beija-flor voa e chama um gulungo. O Beija-flor lastima-se:


p

– Ai de mim, Beija-flor! No meu ninho há uma coisa...


T

O gulungo espreita, mas recua:


– Safa! Nunca vi coisa igual! Teu filho não é!
Chama o javali, mas este tem receio e foge. Convidam então o coelho,
que aceita verificar:
– Eu vou descobrir o que lá está!
Mas mal espreita!
– Safa! Nunca vi coisa assim! Isto é um fantasma.
Vão buscar o cágado e dizem-lhe:
– Os grandes não descobriram o que se passa. Serás tu, cágado pequeni-
no, que vais descobrir?
O cágado diz:
– Vou por ir, só para ver. Tenho uma carapaça para me esconder e posso
espreitar sem perigo!
O cágado dirige-se ao ninho, espreita, mexe-se e sorri:
– O gafanhoto riu-se de vocês! Ele virou as asas pretas para baixo e a par-
te vermelha para cima e, assim, o ninho parece coberto de sangue!
82
Fábula Umbundo
TEMA 3 – ALGUNS CONTOS

Exploração vocabular

1. Reescreve as frases, substituindo a palavra destacada, em cada caso, pelo


sinónimo que melhor se adapte ao contexto do texto.
a) Para melhor se ocultar, o Gafanhoto mudou as asas.

b) No meu ninho, há um formigão de goelas abertas.

c) O Beija-flor lastimava-se do seu azar.

d) O javali teve receio e fugiu.

2. Agora, inclui as palavras destacadas em frases da tua autoria.


to l
s
di a

a) ocultar:
re
E fin
to va

b) lastimar:
ex ro
p

c) receio:
T

Interpretação textual

1. Que tipo de brincadeira o Beija-flor e o Gafanhoto combinaram fazer?

2. Que esconderijos escolheram as duas personagens?

3. Que truque usou o Gafanhoto?

83
TEMA 3 – ALGUNS CONTOS

4. Quais foram as personagens que aceitaram verificar o ninho?

5. Quem desvendou o mistério? E que mistério era?

Ortografia

1. Escreve frases simples em que incluas as palavras e expressões seguintes.


a) a esquerda:

b) à esquerda:
to l
s
di a
re
E fin

c) mas:
to va
ex ro
T p

d) mais:

Exploração gramatical

1. Apresenta, no quadro seguinte, a conjugação do verbo dizer nos tem-


pos indicados do modo Conjuntivo, na forma simples.

eu nós
Presente tu vós
ele(a) eles(as)

84 (Continua)
TEMA 3 – ALGUNS CONTOS

(Continuação)

eu nós
Pretérito
tu vós
imperfeito
ele(a) eles(as)

eu nós
Pretérito
tu vós
perfeito
ele(a) eles(as)

eu nós
Pretérito
mais-que- tu vós
-perfeito
ele(a) eles(as)

eu nós
Futuro tu vós
ele(a) eles(as)
to l
s
di a
re
E fin

Produção textual
to va
ex ro

Entre o Beija-flor e o Gafanhoto, quem venceu o jogo? Diz qual foi a princi-
p

pal arma que o vencedor usou. Que ensinamentos tiras desta fábula?
T

85
Tema 4

POESIA

Kinaxixi
Gostava de estar sentado
num banco do Kinaxixi
às seis horas duma tarde muito quente
e ficar...

Alguém viria
talvez
sentar-se ao meu lado

E veria as faces negras da gente


a subir a calçada
vagarosamente
to l
s
di a
re
E fin

aproximando ausência no Kimbundo mestiço


das conversas
to va
ex ro

Veria as pessoas fatigadas


p

dos servos dos pais também servos


T

buscando aqui amor ali glória


além de uma embriaguês em cada álcool!

Nem felicidade nem ódio

Depois do sol posto


acenderiam as luzes
e eu iria sem rumo
a pensar que a nossa vida é simples afinal
demasiado simples
para quem está cansado e precisa de marchar.
Agostinho Neto, Poemas, 1961

86
TEMA 4 – POESIA

Exploração vocabular

1. Reescreve as frases, substituindo a palavra destacada, em cada caso, pelo


sinónimo que melhor se adapte ao contexto do texto.
a) «E veria as faces negras da gente a subir a calçada vagarosamente (...)»

b) «Aproximando ausência no Kimbundu mestiço (...)»

c) «Veria as pessoas fatigadas (...)»

d) Os servos dos pais também servos buscavam amor e glória.

2. Agora, inclui as palavras destacadas em frases da tua autoria.


to l
s
di a

a) mestiço:
re
E fin
to va

b) fatigadas:
ex ro
p

c) glória:
T

Interpretação textual

1. Qual era o desejo do poeta?

2. O que de especial acontecia no Kinaxixi?

3. Qual era o estado físico das pessoas que subiriam a calçada?

87
TEMA 4 – POESIA

4. O Kimbundu falado por alguns era puro? Justifica.

5. Qual deve ser a atitude de quem está cansado?

Ortografia

1. Escreve frases simples em que incluas as palavras ou expressões indicadas.


a) ao meu lado:

b) meu lado:
to l
s
di a
re
E fin

c) alguém:
to va
ex ro
T p

d) ninguém:

Exploração gramatical
1. Classifica morfologicamente as palavras no quadro seguinte, como no
exemplo.
Exemplo: de ➔ Preposição simples

meu
ninguém
talvez
embriaguês
88
TEMA 4 – POESIA

Produção textual

Tens um lugar especial onde ficas, quando estás triste ou desanimado?


Escreve um poema sobre isso. Não te esqueças de incluir dados sobre o
que faz desse lugar o teu cantinho mágico.
Lembra-te de que a «rima» não é obrigatória num poema, mas é importan-
te para o ritmo. Vê se consegues enquadrar algumas rimas.

to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

89
TEMA 4 – POESIA

Castigo p'rò comboio malandro


Esse comboio malandro Cheio de poeira
passa gente como os bois
passa sempre com a força dele gente que vai no contrato
ué ué ué
hii hii hii Tem bois que morre no viaje
te-que-tem te-que-tem te-que-tem mas o preto não morre
o comboio malandro canta como é criança:
passa «Mulonde ua Késsua uadibale
uadibale uadibale...»
Nas janelas muita gente:
ai bo viaje Esse comboio malandro
adeujo homéé sozinho na estrada de ferro
n’ganas bonitas passa
quitandeiras de lenço encarnado passa
levam cana de Luanda pra vender sem respeito
hii hii hii ué ué ué
to l
s
di a
re
E fin

aquele vagon de grades tem bois com muito fumo na trás


hii hii hii
to va

Tem outro te-que-tem te-que-tem te-que-tem


ex ro

igual como este dos bois


p

António Jacinto, Poemas, 1961


leva gente,
T

muita gente como eu

Exploração vocabular

1. Reescreve as frases, substituindo a palavra destacada, em cada caso, pelo


sinónimo que melhor se adapte ao contexto do texto.
a) «Quitandeiras de lenço encarnado levam cana de Luanda (...).»

b) As quitandeiras vendem tudo em Luanda.

c) «Esse comboio malandro sozinho na estrada de ferro (...).»

90
TEMA 4 – POESIA

2. Agora, inclui as palavras destacadas em frases da tua autoria.


a) encarnado:

b) quitandeiras:

c) malandro:

Interpretação textual

1. Responde às questões seguintes.


a) Que adjectivo usa o poeta para caracterizar o comboio?

b) De que forma passa o comboio?


to l
s
di a
re
E fin

c) O poeta fala em outro comboio. O que leva?


to va
ex ro
p

d) Pela mensagem do texto, em que época da história do país acontecia


isso? Justifica.
T

Ortografia

1. Escreve frases simples em que incluas as palavras ou expressões indicadas.


a) tem:

b) têm:

c) nós:

d) a gente:
91
TEMA 4 – POESIA

Exploração gramatical
1. Classifica morfologicamente as palavras no quadro seguinte. Observa o
exemplo.

Exemplo: ontem ➔ advérbio de tempo

nós

gente

esse

poeira

Produção textual

Elabora um poema sobre o teu meio de transporte favorito. Não te esque-


ças de atribuir um título ao texto.
to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

92
TEMA 4 – POESIA

Regresso
Quando eu voltar, Sim! Eu hei-de voltar,
que se alongue, sobre o mar, tenho de voltar,
o meu canto ao Criador! não há nada que mo
Porque me deu a vida e amor impeça.
para voltar... Com que prazer
hei-de esquecer
Voltar... toda esta luta insana...
Ver de novo baloiçar Que em frente
a fronde majestosa das palmeiras está a terra angolana,
que as derradeiras horas do dia, a prometer o mundo
circundam de magia... a quem regressa...
Regressar....
Poder de novo respirar Alda Lara, Poemas, 1966
(oh!... minha terra!...)
...................................
to l
s
di a
re
E fin

Exploração vocabular
to va

1. Reescreve as frases, substituindo as palavras destacadas pelos sinóni-


ex ro
p

mos que melhor se adaptem ao contexto do texto.

a) «Quando eu voltar, que se alongue, sobre o mar, o meu canto (...).»


T

b) «Ver de novo baloiçar a fronde majestosa das palmeiras (...).»

c) As derradeiras horas do dia circundam as palmeiras.

2. Agora, inclui as palavras destacadas em frases da tua autoria.

a) alongue:

b) majestosa:

c) derradeiras:
93
TEMA 4 – POESIA

Interpretação textual

1. Qual era o grande desejo da poetisa, quando voltasse?

2. O que queria mais ver?

3. Transcreve a passagem que indica respiração funda e de alívio.


to l
s
di a
re

4. Pela mensagem do texto, em que época da história do País foi escrito o


E fin

poema? Justifica.
to va
ex ro
T p

Ortografia

1. Escreve frases simples em que incluas as palavras ou expressões


seguintes.
a) por que:

b) porque:

c) frente:

d) em frente:

94
TEMA 4 – POESIA

Exploração gramatical
1. Classifica morfologicamente as palavras no quadro seguinte, como no
exemplo.

Forma do verbo «voltar»,


Exemplo: voltam ➔ na terceira pessoa do plural,
do presente do indicativo.

quando
porque
regresso
magia

Produção textual
to l
s
di a

Haverá algum sítio ao qual gostarias muito de voltar? Escreve um poema


re
E fin

em que descrevas o sítio e as tuas razões para lá voltar.


to va
ex ro
T p

95
TEMA 4 – POESIA

Grito negro
Eu sou carvão Eu sou carvão!
e tu arrancas-me brutalmente do E tenho que arder na exploração
chão arder até às cinzas da maldição
e fazes-me tua mina arder vivo como alcatrão, meu irmão
Patrão! até não ser mais tua mina
Patrão!
Eu sou carvão
e tu acendes-me, patrão Eu sou carvão!
para te servir eternamente como Tenho que arder!
força E queimar tudo com o fogo da
motriz minha combustão.
mas eternamente não
Patrão! Sim,
eu serei o teu carvão
Patrão!
José Craveirinha,
to l
s
di a
re
E fin

in Karingana ua Karingana, 1974


to va
ex ro

Exploração vocabular
p

1. Reescreve as frases, substituindo a palavra destacada, em cada caso, pelo


T

sinónimo que melhor se adapte ao contexto do texto.


a) «Tu arrancas-me brutalmente do chão (...)».

b) Tu acendes-me para te servir eternamente.

2. Agora, inclui as palavras ou expressões em frases da tua autoria.


a) brutalmente:

b) eternamente:

c) força motriz:
96
TEMA 4 – POESIA

Interpretação textual

1. O texto Grito negro é um poema. Indica duas características que justifi-


quem esta afirmação.

2. No texto, há uma voz que fala de quem é e do que lhe acontece. De quem é?

3. Como morre o carvão?

4. Identifica as partes lógicas do texto, como nas unidades anteriores:


a) introdução: desde «...» (linha x), até «...» (linha y);
to l
s
di a
re
E fin

b) desenvolvimento: desde «...» (linha x), até «...» (linha y);


to va
ex ro
p

c) conclusão: desde «...» (linha x), até «...» (linha x).


T

Ortografia

1. Escreve frases simples em que incluas as palavras seguintes.


a) brutal:

b) brutalmente:

c) eterno:

97
TEMA 4 – POESIA

d) eternamente:

Exploração gramatical
1. Classifica morfologicamente as palavras seguintes, como no exemplo.

Exemplo: eu ➔ Pronome pessoal, primeira pessoa, singular

brutal

brutalmente

eterno

eternamente
to l
s
di a
re
E fin
to va

Produção textual
ex ro
p

Escolhe uma das seguintes frases. Comenta-a, num texto breve. Escreve
frases simples, correctas e com letra legível.
T

Eu sou carvão, mas eternamente, não, patrão!


Niguém tem o direito de explorar o próximo.

98
TEMA 4 – POESIA

Aurora
Tu tens horror de mim, bem sei, Olha que esta paixão cruel, ardente,
Aurora, na resistência cresce, qual torrente
tu és o dia, eu sou a noite espessa, é a paixão fatal que vem da sorte,
onde eu acabo é que o teu ser
começa É a paixão selvática da fera
não amas!... flor, que esta minha alma é a paixão do peito da pantera,
adora. que me obriga a dizer-te «amor ou
morte»!
És luz, eu a sombra pavorosa,
eu sou a tua antítese frisante, Caetano da Costa Alegre, Versos, 1916
mas não estranhes que te aspire
formosa,
do carvão sai o brilho do diamante.

Exploração vocabular
to l
s
di a
re
E fin

1. Reescreve as frases, substituindo as palavras destacadas pelos sinóni-


to va

mos que melhor se adaptem ao contexto do texto.


ex ro

a) Aurora, tu tens horror de mim, por eu ser a noite espessa.


T p

b) «És luz, eu a sombra pavorosa (...).»

c) «Mas não estranhes que te aspire formosa (...).»

2. Agora, inclui as palavras destacadas em frases da tua autoria.


a) horror:

b) pavorosa:

c) formosa:

99
TEMA 4 – POESIA

Interpretação textual

1. De que fala o texto?

2. Que animal aparece na gravura que acompanha o texto, na página 73 do


teu Manual?

3. Na tua opinião, o que representa esse animal?

4. Identifica as partes lógicas do texto, como nas unidades anteriores:


a) introdução: desde «...» (linha x), até «...» (linha y);
to l
s
di a
re
E fin

b) desenvolvimento: desde «...» (linha x), até «...» (linha y);


to va
ex ro
p

c) conclusão: desde «...» (linha x), até «...» (linha y).


T

Ortografia

1. Escreve frases simples em que incluas as palavras seguintes.


a) horror:

b) horrorosa:

c) pavor:

d) pavorosa:

100
TEMA 4 – POESIA

Exploração gramatical
1. Classifica morfologicamente as palavras no quadro seguinte. Observa o
exemplo.

Exemplo: tu ➔ Pronome pessoal, segunda pessoa, singular

horror

horrorosa

pavor

pavorosa

Produção textual

O texto termina com a frase: «é a paixão do peito da pantera / que me


obriga a dizer-te “amor ou morte”», o que significa que o sujeito poético
to l
s
di a
re
E fin

não tem outra opção senão lutar.


to va

Já alguma vez te viste numa situação sem outra opção? Descreve-a, num
ex ro

texto breve.
T p

101
TEMA 4 – POESIA

Aqui nascemos
A terra onde nascemos
vem de longe
com o tempo
...

E foi também
aqui
que eu e tu nascemos

Terra quente
de sol nascente

Terra verde
e campos plenos
to l
s
di a

Terra meiga
re
E fin

de colo largo
to va
ex ro

Foi a nós
p

que se entregou
cheia de vida/e amorosa ânsia
T

Marcelino dos Santos

Exploração vocabular

1. Reescreve as frases, substituindo as palavras destacadas pelos sinóni-


mos que melhor se adaptem ao contexto do texto.
a) Nós nascemos em terra meiga, de colo largo.

b) «Terra verde e campos plenos (...).»

c) Esta terra entregou-se a nós com vida e amorosa ânsia.

102
TEMA 4 – POESIA

2. Agora, inclui as palavras destacadas em frases da tua autoria.


a) meiga:

b) plenos:

c) ânsia:

Interpretação textual

1. De onde vem a terra retratada no texto?


to l
s
di a
re

2. Indica duas características dessa terra.


E fin
to va
ex ro
T p

3. Apesar de tudo, a quem se entregou a terrra?

4. Identifica as partes lógicas do texto, como nas unidades anteriores.


a) introdução: desde «...» (linha x), até «...» (linha y);
b) desenvolvimento: desde «...» (linha x), até «...» (linha y);
c) conclusão: desde «...» (linha x), até «...» (linha y).

103
TEMA 4 – POESIA

Ortografia

1. Escreve frases simples em que incluas as palavras indicadas.


a) meiga:

b) plena:

c) ânsia:

Exploração gramatical
to l
s
di a
re
E fin

1. Classifica morfologicamente as palavras no quadro seguinte. Observa o


to va

exemplo.
ex ro


p

Exemplo: nascemos forma do verbo nascer, na


primeira pessoa do plural,
T

no presente do indicativo.

meiga

plenos

aqui

ânsia

104
TEMA 4 – POESIA

Produção textual

Onde nasceste tu? Fala um pouco da tua cidade, do teu bairro ou da tua vila.
• De que forma tu e os teus amigos se divertem?
• O que gostarias de fazer pela tua localidade, quando cresceres?
Desenvolve as tuas respostas, num texto breve e bem escrito.

to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

105
Tema 5

O MUNDO QUE ME RODEIA

A chegada do Homem à Lua


O João Vicente está na 5.ª Classe, mas já tem o hábito das boas leituras e
gosta de saber, pelo jornal e pela rádio, o que se passa no mundo.
Naquele dia, estava verdadeiramente admirado com as notícias: dois as-
tronautas americanos tinham chegado à Lua, onde desceram e passaram
algumas horas!
A nave que os conduziu pousou, suavemente, em solo lunar. Entretanto,
outro astronauta, tripulando a nave de comando, dava voltas à Lua para que,
depois de terminada a sua missão, os companheiros regressassem juntos à
Terra.
O João Vicente sentia verdadeiro entusiasmo por estes assuntos. Agrada-
va-lhe saber que o Homem, servindo-se da sua inteligência e da sua vontade,
foi capaz de sair do seu planeta e estabelecer comunicação com a Terra, a
to l
s
di a
re
E fin

milhares de quilómetros!
Foi, pois, com alvoroço que, ao encontrar o seu tio Mário, lhe perguntou:
to va

– O tio já sabe a última notícia? É de espantar!


ex ro

– Sim, João, acompanhei através da rádio tudo o que se passou. O dia 21 de


p

Julho de 1969 vai ficar na História da Humanidade. O Homem chegou à Lua!


T

O feito é realmente maravilhoso!


In Livro de Leitura de 5.ª Classe do MED, Angola

Exploração vocabular

1. Reescreve as frases, substituindo as palavras destacadas pelos sinóni-


mos que melhor se adaptem ao contexto do texto.
a) A nave pousou suavemente em solo lunar.

b) «O João Vicente sentia verdadeiro entusiasmo por estes assuntos.»

c) «Foi, pois, com alvoroço que, ao encontrar o seu tio Mário, lhe pergun-
tou (…)»

106
TEMA 5 – O MUNDO QUE ME RODEIA

2. Agora, inclui as palavras destacadas em frases da tua autoria.


a) suavemente:

b) entusiasmo:

c) alvoroço:

Interpretação textual

1. De que fala o texto?

2. O que é que gosta de fazer a personagem principal do texo?


to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
p

3. Qual foi a grande notícia do dia?


T

4. Identifica agora as partes lógicas do texto, como nas unidades anteriores:


a) introdução: desde «...» (linha x), até «...» (linha y);

b) desenvolvimento: desde «...» (linha x), até «...» (linha y);

c) conclusão: desde «...» (linha x), até «...» (linha y).

5. Atribui um título a cada parte lógica do texto.


a) introdução:

107
TEMA 5 – O MUNDO QUE ME RODEIA

b) desenvolvimento:

c) conclusão:

Ortografia

1. Escreve frases simples em que incluas as palavras seguintes.


a) suave:

b) suavemente:
to l
s
di a
re
E fin

c) entusiasmo:
to va
ex ro
T p

d) entusiasmadamente:

Exploração gramatical

Lembra-te:
Os advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjectivo ou
outro advérbio.
São divididos em: advérbios de modo, intensidade, lugar, tempo, ne-
gação, afirmação, dúvida, exclusão, inclusão, etc.

108
TEMA 5 – O MUNDO QUE ME RODEIA

1. Apresenta o advérbio correspondente ao adjectivo indicado, como no


exemplo.

Exemplo: entusiamado ➔ entusiasmadamente

calma

atenta

pavorosa

admirado

Produção textual

Gostas de acompanhar as notícias? Conta a notícia mais espantosa que al-


guma vez ouviste ou leste. Não te esqueças: escreve com clareza, correcção
e letra legível.
to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

109
TEMA 5 – O MUNDO QUE ME RODEIA

Quem inventou o abecedário?


Enfim, não será um caso extraordinário, mas vem-me à ideia e dá que pen-
sar (tanta perna vejo!) se não terá sido a centopeia (ou o caranguejo) a inven-
tar o abecedário.
Porquê a centopeia? Porquê o caranguejo? E o avô explicou-lhe:
– Porque são bichos com muitas pernas, porque o abecedário também tem
muitas pernas... Sabes por que motivo a centopeia se chama centopeia?...
Porque tem um cento de pés... Bom, não terá mesmo cem, mas tem muitas
pernas...
Foi a vez de o neto interromper o avô:
– Está bem, pronto, quanto à centopeia, já percebi tudo, mas o caranguejo
é que não vem nada a propósito. Se fosse o caranguejo a inventar o abecedá-
rio, repara, avô, que o Z seria a primeira letra e o A a última.
– Agora tens tu de me explicar...
E o João explicou:
– Então o caranguejo não anda ao contrário?
Carlos Pinhão, O Senhor ABC
to l
s
di a
re
E fin
to va

Exploração vocabular
ex ro
p

1. Reescreve as frases, substituindo as palavras destacadas pelos sinóni-


mos que melhor se adaptem ao contexto do texto.
T

a) Não será um caso extraordinário, mas dou por mim a pensar (...).

b) «(...) O caranguejo é que não vem nada a propósito.»

c) «Se fosse o caranguejo a inventar o abecedário (...).»

Interpretação textual

1. Segundo o narrador deste texto, quem terá inventado o abecedário?

110
TEMA 5 – O MUNDO QUE ME RODEIA

2. É verdade o que dizem as personagens sobre a invenção do abecedário?


Justifica a tua resposta.

3. Identifica as partes lógicas do texto, como nas unidades anteriores:


a) introdução: desde «...» (linha x), até «...» (linha y);

b) desenvolvimento: desde «...» (linha x), até «...» (linha y);

c) conclusão: desde «...» (linha x), até «...» (linha y).

4. Atribui um título a cada parte lógica do texto.


a) introdução:
to l
s
di a
re
E fin
to va

b) desenvolvimento:
ex ro
p

c) conclusão:
T

Ortografia

1. Agora, inclui as palavras indicadas em frases da tua autoria.


a) extraordinário:

b) contrário:

c) inventar:

d) propósito:
111
TEMA 5 – O MUNDO QUE ME RODEIA

Exploração gramatical

1. Escreve frases simples em que incluas as palavras seguintes. Podes sem-


pre pedir ajuda ao teu professor.
a) sem:

b) cem:

c) mas:

d) mais:

Produção textual
to l
s
di a
re
E fin

Gostas de contar anedotas ou inventar pequenas estórias engraçadas?


Conta a tua melhor de sempre, aquela que te deixa completamente anima-
to va

do. Escreve correctamente e com letra legível.


ex ro
p

Ou, então…
T

Em alternativa, apresenta o resumo do texto, pelos títulos atribuídos às


suas partes lógicas.

112
TEMA 5 – O MUNDO QUE ME RODEIA

Angola
Uma casa grande tem muitos quartos, onde as pessoas vivem e dormem
e os meninos brincam nas horas de menos calor. Comparamos África com
uma grande casa, onde Angola figura como um dos seus quartos. Os meni-
nos são as gentes que formam o seu povo e lutam para fazer da própria ter-
ra uma grande Pátria, onde nasceu Agostinho Neto, seu nacionalista maior.
Antigamente, Angola era como Moçambique, Guiné e Cabo Verde, terra
colonizada. Hoje é uma Nação, que está lutando pela sua liberdade econó-
mica e até mesmo política.
Seu povo sofreu muito no tempo da escravidão, por isso é que todos os
homens livres dão a ajuda para Angola conquistar a sua dignidade nacional.
Muitos cabo-verdianos, santomenses... vivem em Angola, ligados na mes-
ma luta de Unidade patriótica.
Angola é um dos países mais ricos de África.

Exploração vocabular
to l
s
di a
re
E fin

1. Reescreve as frases, substituindo as palavras destacadas pelos sinóni-


to va

mos que melhor se adaptem ao contexto do texto.


ex ro

a) África é como uma casa, onde «Angola figura como um dos seus
p

quartos».
T

b) Antigamente, Angola era uma terra colonizada.

c) Hoje em dia, Angola é uma pátria independente.

Interpretação textual

1. O que significa a expressão: «unidade patriótica»?

2. Que relação há entre África e Angola, historicamente?

113
TEMA 5 – O MUNDO QUE ME RODEIA

3. E a ajuda dos homens livres ao país?

4. Identifica as partes lógicas do texto, como nas unidades anteriores.


a) introdução: desde «...» (linha x), até «...» (linha y);

b) desenvolvimento: desde «...» (linha x), até «...» (linha y);

c) conclusão: desde «...» (linha x), até «...» (linha y).

5. Atribui um título a cada parte lógica do texto.


a) introdução:
to l
s
di a
re
E fin

b) desenvolvimento:
to va
ex ro
p

c) conclusão:
T

Ortografia

1. Agora, inclui as palavras indicadas em frases da tua autoria.


a) figura:

b) colonizada:

c) independente:

d) dignidade:

114
TEMA 5 – O MUNDO QUE ME RODEIA

Exploração gramatical

1. Escreve frases simples em que incluas as palavras ou expressões seguin-


tes. Podes sempre pedir ajuda ao teu professor.
a) terra:

b) tenra idade:

c) mas:

d) mais:

Produção textual
to l
s
di a
re
E fin

1. Apresenta o resumo do texto pelos títulos atribuídos às suas partes lógicas.


to va
ex ro
T p

115
TEMA 5 – O MUNDO QUE ME RODEIA

Alguns homens que ficaram na história de África


O Homem inventou a escrita, criou máquinas, foi à Lua, mas também
criou nações. Os homens sobre os quais vais ler a seguir, tal como nós, nas-
ceram numa família, andaram na escola, tiveram alegrias e tristezas, dificul-
dades e sucessos e guiaram a sua vida por um ideal, com o qual pensavam
transformar a sociedade em que viviam, tornando-a mais feliz.

Agostinho Neto (1922-1979)


Médico e poeta, grande ideólogo e fundador, em 1956, do Movimento
Popular para a Libertação de Angola (MPLA), foi o primeiro Presidente da
República Popular de Angola, em 1975, e é considerado, mesmo pelos seus
inimigos, «grande combatente pela libertação e pai da Nação Angolana».
Ligou sempre a luta pela independência angolana a duas outras causas: à
luta contra o regime do apartheid, na África do Sul, e a favor da independên-
cia da Namíbia.
Nasceu em Kaxicane (região de Icolo-e-Bengo), a 17 de Setembro de
to l
s
di a
re

1922. Tirou o curso de Medicina em Lisboa, onde desenvolveu intensa ac-


E fin

tividade política no Movimento de Unidade Democrática Juvenil (MUD). Foi


to va

preso pela primeira vez em 1951, tendo-se seguido outras prisões, até à
ex ro

sua fuga para o actual Congo Democrático, de onde passou a desenvolver


p

a sua intensa actividade política. Morreu de doença a 10 de Setembro de


1979.
T

Amílcar Cabral (1924-1973)


Dirigente político da Guiné-Bissau e Cabo Verde e fundador, em 1956,
do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC),
este líder africano distinguiu-se pelo contributo que deu à causa anticolo-
nialista.
Nasceu a 12 de Setembro de 1924 em Bafatá, tirou o curso superior de
Agronomia em Lisboa, onde, depois de licenciado, trabalhou como investi-
gador na Estação Agronómica. Participou na criação do Centro de Estudos
Africanos (1951), na revitalização da Casa de África, nas actividades da Casa
dos Estudantes do Império e noutras organizações anticolonialistas.
Foi assassinado a 20 de Janeiro de 1973, em Conacri, por agentes do re-
gime português de Salazar, ajudados por alguns dos seus colaboradores.

116
TEMA 5 – O MUNDO QUE ME RODEIA

Nelson Mandela (1918-2013)


Político e nacionalista sul-africano, era filho do chefe da etnia xhosa e
nasceu em Umtata, na África do Sul, em 1918. Foi um dos primeiros advoga-
dos negros do país. Aderiu em 1944 ao Congresso Nacional Africano (ANC)
e destacou-se na luta contra o apartheid. Por essa razão foi preso sucessi-
vamente, em 1952 e 1956. Em 1963 foi condenado à prisão perpétua, tendo
sido encerrado em prisões de máxima segurança.
Recusou, sempre, ser libertado sob qualquer condição, e só com a che-
gada de Frederick De Klerk ao poder Mandela conseguiu a liberdade condi-
cional, o que foi considerado um passo decisivo para a extinção oficial do
apartheid na África do Sul.
Na prisão, escreveu e publicou em 1965 o livro Não é fácil o caminho para
a liberdade.
Morreu em 2013, com 95 anos de idade.

Exploração vocabular
to l
s
di a
re
E fin

1. Reescreve as frases, substituindo as palavras destacadas pelos sinóni-


mos que melhor se adaptem ao contexto do texto.
to va
ex ro

a) «(…) guiaram a sua vida por um ideal (...)»


T p

b) É considerado um grande combatente, até mesmo pelos seus inimigos.

c) Amílcar Cabral deu contributo à causa anticolonialista.

Interpretação textual

1. Quantas profissões tinha Agostinho Neto?

2. A que é que estava sempre ligada a luta pela independência de Angola?

117
TEMA 5 – O MUNDO QUE ME RODEIA

3. Quanto tempo esteve preso Nelson Mandela?

4. Para ti, do que fala o livro Não é fácil o caminho para a liberdade, de
Mandela?

Ortografia

1. Agora, inclui as palavras abaixo em frases da tua autoria.


a) ideal:

b) combatente:
to l
s
di a
re
E fin

c) anticolonialista:
to va
ex ro
T p

Exploração gramatical

1. Escreve frases simples em que incluas as palavras seguintes. Podes sem-


pre pedir ajuda ao teu professor.
a) crio:

b) criou:

c) quero:

118
TEMA 5 – O MUNDO QUE ME RODEIA

d) queria:

Produção textual

Com certeza que já ouviste muitas coisas a respeito de Agostinho Neto,


além das retratadas no texto, não ouviste? Conta as que te pareceram mais
curiosas ou mais interessantes.

to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

119
TEMA 5 – O MUNDO QUE ME RODEIA

Queres telefonar?
Para iniciar a conversa: Para responder:

– Está? De onde fala? – Daqui fala do 43805.


– Está lá? – Estou sim!
– Quem fala?

– Está? És tu, Fátima? – Sou sim.


– Sou o Manuel António. Queria – Está a descansar.
falar com teu pai.

– Desculpe incomodar. Posso falar – Não está. Quer deixar um recado?


com ele?

– Está? É da escola...? – É sim. Com quem deseja falar?


– Queria falar com o Sr. Director. – Um momento. Não desligue.
to l
s
di a
re
E fin

Se ligaste para um número errado:


to va

– Está? É do 344290? – Como? Não, não é.


ex ro

– Faça o favor de desculpar.


p

É engano.
T

Para te despedires de alguém conhecido:

– Então... até já / Até logo / Adeus / Bom-dia, até para a semana /


/Até amanhã.
– Chau! / Adeus / Adeusinho! Um abraço! / Um beijinho!

Exploração vocabular

1. Reescreve as frases, substituindo, em cada caso, as palavras destacadas


pelos sinónimos que melhor se adaptem ao contexto das situações.
a) «Desculpe incomodar.»

b) «Quer deixar um recado?»

120
TEMA 5 – O MUNDO QUE ME RODEIA

c) «Faça o favor de desculpar. É engano.»

Interpretação textual

1. Qual é a palavra mais famosa para atender telefonemas?

2. O que geralmente se faz, quando a pessoa com quem se quer falar não
está?

3. E, se for algum engano, que atitude tomar?


to l
s
di a
re
E fin

4. Completa a frase: Para que uma conversa seja possível é necessário


to va

que haja...
ex ro
T p

Ortografia

1. Agora, inclui as palavras seguintes em frases da tua autoria.


a) incómodo:

b) engano:

c) contacto:

d) ligação:

121
TEMA 5 – O MUNDO QUE ME RODEIA

Exploração gramatical

1. Transforma em verbos os nomes ou substantivos indicados no quadro,


como no exemplo.

Exemplo: iniciação ➔ iniciar

incómodo
engano
contacto
ligação

Produção textual

1. Gostas de telefonar? Fantástico! Faz de conta que estás ao telemóvel com


um amigo teu a planearem a festa do dia 1 de Junho. Escreve a conversa.
to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

122
TEMA 5 – O MUNDO QUE ME RODEIA

Jogo do telefone – Quem fala com quem?


Consulta a página 86 do teu Manual de Língua Portuguesa e observa
as gravuras e respectivos textos.

Exploração vocabular

1. Reescreve as frases seguintes, substituindo os verbos destacados por


verbos sinónimos.
a) «Queres ir ver o futebol?»

b) «Gostaste do passeio a Viana?»

c) «Queria falar com a senhora Augusta».


to l
s
di a
re
E fin
to va

Interpretação textual
ex ro
p

1. Quem são os primeiros interlocutores deste Jogo do telefone?


T

2. Do que falaram?

3. Qual foi a atitude do marido da senhora Augusta?

Ortografia

1. Cria frases novas em que incluas as formas verbais seguintes.


a) gostaste:

123
TEMA 5 – O MUNDO QUE ME RODEIA

b) gostas:

c) quero:

d) queria:

e) quis:

Exploração gramatical

1. Transforma os verbos em adjectivos e os adjectivos em nomes ou


substantivos. Observa o exemplo.

Exemplo: apreciar ➔ apreciável


to l
s
di a
re


E fin

apreciável apreciação
to va

viste
ex ro
p

estar
terminável
T

insistente

Produção textual

Se pudesses telefonar a alguém especial, agora, a quem seria? Conta os de-


talhes sobre o que ias dizer.

124
TEMA 5 – O MUNDO QUE ME RODEIA

Há muitas centenas de milhões de anos


Há muitas, muitas centenas de milhões de anos, quando a Terra ainda
não era habitada pelos homens e os mares e oceanos andavam agitados
por gigantescas ondas e os vulcões desassossegados não paravam de dei-
tar fogo e lavas, aconteceu que certas florestas viram alagadas as terras
onde tinham cravado as suas raízes.

Essas terras, de firmes que eram, tornaram-se moles, movediças, que é


como quem diz pantanosas.

E tão húmidas e moles se tornaram que as grandes florestas de árvores


gigantescas se afundaram, chão abaixo, como quem cai num abismo.

E daí que resultou?

Lentamente, enterradas sob a constante pressão de pedras, foram so-


frendo grandes transformações, tão grandes que dessas reservas de ma-
to l
s
di a
re
E fin

deira soterradas durante milhares ou milhões de anos surgiu um novo pro-


duto mas que todos tão bem conhecemos – o carvão.
to va
ex ro

E como apareceu na superfície da Terra, vindo lá tão do fundo?


T p

São as transformações – um planeta está sempre a mudar, as nossas


vidas é que são muito curtas para que possamos dar por isso – que trazem
por vezes à superfície essas reservas do interior. Tremores de terra, rios
subterrâneos, etc., podem ser as causas.

Mistérios desta terra


Que pouco a pouco
Vamos descobrindo

Este carvão chama-se ulha ou carvão de pedra e são os mineiros que o


extraem do subsolo.

Há outro carvão, o de lenha, que surge nas florestas, a partir de achas


que são queimadas até ficarem negras... como carvão.

125
TEMA 5 – O MUNDO QUE ME RODEIA

Exploração vocabular

1. Reescreve as frases, substituindo os verbos destacados por verbos


sinónimos.
a) «Os mares e oceanos andavam agitados por gigantescas ondas (...)»

b) «Certas florestas viram alagadas as terras onde tinham cravado as


suas raízes (...)»

c) O carvão de pedra é extraído do subsolo.

Interpretação textual

1. Como era a Terra há milhões de anos?


to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro

2. Como é que os vulcões transformam a terra?


T p

3. O que aconteceu com as florestas depois dos vulcões?

Ortografia

1. Cria frases novas em que incluas os adjectivos seguintes.


a) gigantescas:

b) pantanosas:

c) movediças:

126
TEMA 5 – O MUNDO QUE ME RODEIA

Exploração gramatical

1. Transforma os adjectivos em nomes ou substantivos e os nomes ou


substantivos em adjectivos. Observa o exemplo.

Exemplo: grande ➔ grandeza


admiração ➔ admirável

gigantesca
fenómeno
floresta
pantanoso

Produção textual

1. Num breve texto, fala dos cuidados que devemos ter com o ambiente,
to l
s
di a
re
E fin

para evitarmos desastres naturais, como é o caso dos vulcões, no nosso


País.
to va
ex ro
T p

127
TEMA 5 – O MUNDO QUE ME RODEIA

Viajar no tempo
Professor – Lembram-se do que ontem combinámos para esta aula?
Fátima – Sim. O professor disse que hoje íamos começar a estudar um
novo tema.
Professor – É verdade! E que tema?
Lai – O passado, o presente e o futuro.
Professor – Muito bem, mas o que é que isso quer dizer?
Mamadu – O presente é hoje, o passado refere-se a ontem e o futuro é...
Fátima – ... amanhã.
Professor – Vejo que vocês sabem distinguir bem os três momentos no
tempo. Então vamos viajar no tempo!
Linda – Não estou a perceber! O que é viajar no tempo? Eu acho que as
viagens se fazem de uma terra para outra.
Professor – Pois é. Essas viagens são no espaço. Mas nós, além de viajar-
mos no espaço, podemos viajar no tempo...
Mamadu – Ah! Já sei! Podemos «passar» de uma época para outra?
Luís – E podemos chamar a isso viagem?
to l
s
di a
re
E fin

Professor – Sim. É uma deslocação no tempo. Para isso, vamos saber o


que acontecia em cada época.
to va

Custódia – No passado e no presente eu percebo, mas como vamos via-


ex ro

jar no futuro?
p

Professor – Isso é surpresa! Vamos ver mais tarde.


T

In Comunicar em Português, 6, República da Guiné

Exploração vocabular

1. Reescreve as frases, substituindo as palavras destacadas por sinónimos


que se adaptem ao contexto.
a) «– Vejo que vocês sabem distinguir bem os três momentos (…)»

b) «Podemos “passar” de uma época para outra?»

c) «E podemos chamar a isso viagem?»

128
TEMA 5 – O MUNDO QUE ME RODEIA

Interpretação textual

1. O que é que o professor e os alunos tinham combinado na aula anterior?

2. Quem respondeu imediatamente à pergunta do professor?

3. Então, qual foi o tema combinado para a aula seguinte?

4. Para ti, o que significa «viajar no tempo»?

Ortografia
to l
s
di a
re
E fin

1. Cria frases novas em que incluas as formas verbais seguintes, conforme


a ordem.
to va
ex ro

a) distinguir:
T p

b) passar:

c) chamar:

Exploração gramatical

1. Transforma os verbos em nomes ou substantivos. Observa o exemplo.


Exemplo: responder ↔ resposta

distinguir
passar
chamar
viajar
deslocar 129
TEMA 5 – O MUNDO QUE ME RODEIA

Produção textual

1. Lembras-te do teu primeiro ano de escola? Faz uma viagem no tempo,


descrevendo como foi e que principais emoções viveste.

to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
T p

130
TEMA 5 – O MUNDO QUE ME RODEIA

O dia da Independência
Para todos os nacionalistas, o Dia da Independência representa a recom-
pensa maior de todas as aspirações, sacrifício e luta de qualquer povo oprimido.
É com emoção que perpassam as figuras de todos os heróis que deram
a própria vida em troca da liberdade da Nossa Pátria e por isso ficarão seus
nomes eternamente gravados na nossa memória agradecida.
O dia da Independência representa, com a unidade de todos nós, o sím-
bolo de um povo que conscientemente constrói a sua própria Pátria.
Aristides Pereira,
Presidente da República de Cabo Verde (1962)

Exploração vocabular

1. Reescreve as frases, substituindo as palavras destacadas por sinónimos


que se adaptem ao contexto do texto.
to l
s
a) «O dia da Independência representa a recompensa maior (...)»
di a
re
E fin
to va

b) A recompensa das aspirações de qualquer povo é a independência.


ex ro
p

c) «É com emoção que perpassam as figuras de todos os heróis (...)»


T

Interpretação textual

1. O que representa a independência para os oprimidos?

2. Como se chamam as figuras que, geralmente, dão a própria vida pela


liberdade?

3. De que forma é que um país agradece aos seus heróis?


131
TEMA 5 – O MUNDO QUE ME RODEIA

4. Identifica as partes lógicas do texto.


a) introdução: desde «...» (linha x), até «...» (linha y);

b) desenvolvimento: desde «...» (linha x), até «...» (linha y);

c) conclusão: desde «...» (linha x), até «...» (linha y).

5. Atribui um título a cada parte lógica do texto.


a) introdução:

b) desenvolvimento:
to l
s
c) conclusão:
di a
re
E fin
to va
ex ro
p

Ortografia
T

1. Cria frases novas em que incluas as formas verbais seguintes, conforme


a ordem.
a) recompensa:

b) aspirações:

c) perpassam:

132
TEMA 5 – O MUNDO QUE ME RODEIA

Exploração gramatical

1. Sublinhando e escrevendo em baixo, identifica o sujeito e o predicado


das orações seguintes.
a) A independência representa a recompensa.

b) As figuras dos heróis e das heroínas perpassam…

c) Os heróis dão a própria vida pela Pátria.

d) Os seus nomes ficarão na memória.

2. Agora, classifica o tipo de sujeito e de predicado das orações acima.


to l
s
di a
re
E fin
to va
ex ro
p

Produção textual
T

1. Faz o resumo do texto pelos títulos atribuídos às partes lógicas.

133
T p
ex ro
to va
E fin
di a
to l
re
s
T p
ex ro
to va
E fin
di a
to l
re
s
T p
ex ro
to va
E fin
di a
to l
re
s

Você também pode gostar