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VÍCIOS DE

LINGUAGEM
Linguagem e Direito
Prof. Maureen
CONCEITO:
Vício de Linguagem é o nome
que se dá ao modo de falar ou
escrever que não está de acordo com
a norma culta. O erro se transforma
em vício quando se torna comum ou
frequente na expressão de uma ou
mais pessoas.
CLASSIFICAÇÃO:
Barbarismo;
Arcaísmo;
Neologismo;
Solecismo;
Ambiguidade;
Cacofonia;
Eco;
Pleonasmo;
Vulgarismo;
Preciosismo;
Obscuridade;
Estrangeirismos.
Barbarismo
É o desvio da norma quanto a:
GRAFIA: proesa em vez de proeza;
PRONÚNCIA: rúbrica em vez de rubrica;
MORFOLOGIA: cidadões em vez de
cidadãos;
SEMÂNTICA: Ele comprimentou o tio (em
vez de cumprimentou).
Todas as formas de estrangeirismo são
consideradas, por diversos autores,
barbarismo:
weekend em vez de fim de semana.
Arcaísmo:
Emprego de palavras ou
estruturas antigas que deixaram
de ser usadas.
- Vossa Mercê em vez de você.
- Mui fremosa senhorita.
Neologismo:
Emprego de novas palavras que não foram
incorporadas pelo idioma, mas que,
posteriormente, podem ser dicionarizadas,
perdendo a classificação de neologismo.
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Solecismo:
Erros de sintaxe contra as normas de
concordância, de regência ou de colocação.
- CONCORDÂNCIA: Sobrou muitas vagas
(em vez de sobraram).
- REGÊNCIA: Hoje assistiremos o filme (em
vez de ao filme).
- COLOCAÇÃO: Me empresta o carro? (em
vez de empresta-me)
Ambiguidade:
Ocorre quando uma frase causa duplo sentido de
interpretação.
O ladrão matou o policial dentro de sua casa. (na casa
do ladrão ou do policial?).
O menino viu o incêndio da escola. ( estava na escola
ou era a escola?)
Ana encontrou o gerente da loja com o seu irmão.
(irmão da Ana ou do gerente?)
Meu pai foi embora da loja de sapatos. (o pai calçava
os sapatos ou a loja vendia sapatos?)
Ele sentou na cadeira e quebrou o braço. (braço da
pessoa ou da cadeira?)
Cacófato:
Refere-se ao mau som que resulta na união de duas ou
mais palavras no interior da frase.
Beijou na boca dela.
Eu vi ela. Eu amo ela.
Não tenho pretensão acerca dela.
Ele estendeu uma mão apenas para alcançar seu
companheiro de escalada.
Ao distribuir as maçãs, contou que seria uma por
cada participante.
A boca dela é realmente muito bonita.
Ela tinha um lindo sotaque.
ECO
Ocorrência de terminações iguais.

Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.

Infelizmente, essa ideia me veio à mente somente de


repente.

A decisão da eleição não causou comoção na


população."
ão
PLEONASMO
Redundância desnecessária de informação.
Entra pra dentro, menino!
Entrei para dentro de casa quando começou a anoitecer.
Hoje fizeram-me uma surpresa inesperada.
Encontraremos outra alternativa para esse problema.
OBSCURIDADE:
Vício de linguagem que consiste em construir a frase de tal modo que o
sentido se torne obscuro, embaraçado, ininteligível. Em um texto, as
principais causas da obscuridade são: o abuso do arcaísmo e o
neologismo, o provincianismo, o estrangeirismo, a elipse, a sínquise
(hipérbato vicioso – inversão da ordem dos termos), o parênteses
extenso, o acúmulo de orações intercaladas (ou incidentes) as
circunlocuções, a extensão exagerada da frase, as palavras
rebuscadas, as construções intrincadas e a má pontuação.
-Foi evitada uma efusão de sangue inútil. (efusão inútil de sangue)

-No porto de Santos, o navio grego entrava o navio inglês. (dificulta)


PRECIOSISMO:
É o uso de uma linguagem exacerbada, para referir ideias
normais, tornando o texto as vezes cansativo. É o uso
excessivo de palavras para exprimir ideias simples. Ao texto
prolixo falta objetividade, o qual quase sempre compromete a
clareza e cansa o leitor. É chamado de "falar difícil".

Seu gesto altruísta e empreendedor ensombrece


e, decerto, oblitera a existência dos demais
mortais que o configuram como a figura
exponencial de nossa organização
empresarial, baluarte de nossas vitórias.
VULGARISMO:
É qualquer vocábulo, locução ou expressão típicos
da fala popular ou dos registros distensos da 
fala culta que, embora tidos como grosseiros, não
chegam a ser tabuísmos.

Ficou o dia inteiro aporrinhando a mãe, até que ela


desistiu. (atormentando)
Esculhambou o garçom só porque o bife estava
frio. (Insultou)
Já estou de saco cheio de tanta reclamação! (irritado com)
Aquele funcionário é o maior puxa-saco do chefe! (bajulador)
Cacete! Acho que perdi minha carteira.
ESTRANGEIRISMO:
Abrange todo e qualquer emprego de palavras, expressões e construções
estrangeiras em nosso idioma, recebendo a denominação de estrangeirismo.
Classificam-se em: anglicismo (inglês), eslavismo (russo, polanês), arabismo,
tupinismo (tupi-guarani), americanismo (línguas da América).
Trem (Train): em Portugal, trem é chamado de comboio. No Brasil, a indústria ferroviária foi liderada por
empresas americanas, que chamavam os vagões de train. Mais tarde, o som da palavra foi adaptado para a
nossa língua e originou a palavra trem.
Barroco (Boroque): é um famoso estilo artístico marcado por adornos rebuscados
Bege (Beige): a cor amarelada, relacionada à lã e ao conforto, é proveniente do francês e significa ‘sem cor’.
Clipe (Clip): Invenção da fábrica “A Gem Manufacturing Company”, o clipe é usado para agrupar papéis.
Deletar (Delete): Derivado do inglês, é equivalente a apagar.
Impeachment: A palavra é derivada do verbo to impeach, em inglês, que foi adaptada do termo em
francês, empêcher. Esse, por sua vez, se originou do latim, impedicare (capturar, caçar).
Nocaute (Knockout): o termo vem do inglês e significa bater com força.
Omelete (Omelette): variação francesa da palavra lamelle, que significa fatia.
Xampu (Shampoo): o produto de higiene pessoal é uma variação do inglês. Apesar de ter mais de uma
forma conhecida e aceita popularmente no Brasil, o mais aceitável é escrever com a letra X. Curiosamente,
em Portugal, xampu se escreve champô.
Show: do inglês, a palavra show entrou em nosso vocabulário sem nenhuma mudança na forma em que a
escrevemos ou falamos.
Freelancer: O termo designa o profissional que faz trabalhos temporários e de forma autônoma. A palavra,
além de não sofrer variação para o português, ainda deu origem a gírias como freela.
ESTRANGEIRISMO:
- Francesismo ou Galicismo: abajur, chefe, carnê, matinê.
- Italianismos: ravioli, pizza, cicerone, minestra, madona.
- Espanholismos: camarilha, guitarra, quadrilha.
- Anglicismo: futebol, telex, bofe, ringue, sanduíche, breque.
- Germanismo: chope, cerveja, gás, touca.
- Eslavismos: gravata, estepe.
- Arabismos: alface, tarimba, açougue, bazar.
- Hebraísmos: amém, sábado, maná, aleluia.
- Grecismos: batismo, farmácia, o limpo, bispo.
- Latinismos: index, bis, memorandum, quo vadis.
- Tupinismos: mirim, pipoca, peteca, caipira.
- Americanismos: canoa, chocolate, mate, mandioca.
- Orientalismos: chá, xícara, pagode, kamikaze.
- Africanismo: macumba, fuxicar, cochilar, samba.

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