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Governo do Estado do Rio de Janeiro

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Texto e conteúdo

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Prof Sammy Cardoso Dias
Prof Thiago Serpa Gomes da Rocha

Esse documento é uma curadoria de materiais que estão disponíveis na internet, somados à
experiência autoral dos professores, sob a intenção de sistematizar conteúdos na forma de
uma orientação de estudos.

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História – Orientações de Estudo

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 6

2. Aula 1: O conceito de civilização e a importância dos recursos naturais na 7


formação das sociedades

3. Aula 2: As grandes civilizações do Oriente e os Estados Teocráticos 9

4. Aula 3: Os povos originários americanos 13

5. Aula 4: Racismo, preconceito e xenofobia. 18

6. Aula 5: Atividades 20

7. Considerações Finais 20

8. RESUMO 20

9. INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS 21
COMPONENTE CURRICULAR: História

ORIENTAÇÕES DE ESTUDOS PARA HISTÓRIA

2º Bimestre de 2020 – 6 º Ano do Ensino Fundamental


Regular

META:
Apresentar a relevância ímpar para as sociedades atuais, visto que foram as
primeiras sociedades em que os homens criaram regras de convívio, sistema
de escrita, organização política com influência religiosa, o trabalho como
definidor de posição social, bem como, a produção de excedente que
possibilitou as primeiras formas de comércio, nos diferentes continentes, e
sua circulação por entre os territórios.

OBJETIVOS:

Ao final desta Orientação de Estudo o aluno deverá ser capaz de :

 Identificar geograficamente as rotas de povoamento nos


territórios continentais, compreendendo o conceito de diáspora
humana, para explicar a dispersão dos seres humanos pelos
continentes;
 Identificar os espaços territoriais ocupados e os aportes
culturais, científicos, sociais e econômicos dos astecas, maias e
incas e dos povos indígenas de diversas regiões brasileiras.
1. INTRODUÇÃO

Neste bimestre iremos conhecer os caminhos pelos quais a espécie humana


percorreu povoando os diferentes continentes que hoje conhecemos: a América, a
Oceania, a Europa, o Asiático e o Africano.

Esta aventura do povoamento de nosso planeta se inicia no continente africano, o


ventre da civilização humana, em seguida veremos as diferentes correntes teóricas
que foram elaboradas sobre esta diáspora humana.

Observe, caro aluno, que cada continente apresentará diferentes aportes culturais,
científicos, sociais e econômicos o que explica a grande riqueza e diversidade dos
povos, nas diferentes regiões territoriais em nosso país e em outras partes do mundo.
Com isso, também iremos aprender sobre o perigo dos preconceitos étnico-raciais, e o
seu extremo, a xenofobia, conceitos criados na perspectiva errônea de que
determinados grupos são superiores aos demais.

Como dizia o grande líder Nelson Mandela: “

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2. Aula 1 - O conceito de civilização e a importância dos recursos naturais na
formação das sociedades

A fixação do homem ao solo a partir do desenvolvimento da prática da


agricultura foi fundamental para a construção dos grandes reinos e, das chamadas
grandes civilizações orientais, como Egito e Mesopotâmia, além dos povos
originários existentes no continente americano.

https://revistapesquisa.fapesp.br/diaspora-ha-25-milhoes-de-anos/

Mais antiga espécie conhecida do gênero Homo, o H. habilis chegava a uma


altura máxima de 1,4 metro (m) e o volume de seu cérebro era de cerca de
650 centímetros cúbicos (cm 3), enquanto o de um chimpanzé varia entre 300
e 500 cm3.

Mais desenvolvido, tendo surgido provavelmente por volta de 1,8 milhão de


anos atrás na África, o H. erectus podia medir entre 1,60 e 1,80 m de altura e
tinha um cérebro de pelo menos 850 cm 3, volume próximo ao do homem
moderno, o H. sapiens (de pelo menos 1.100 cm 3).

Fonte: https://revistapesquisa.fapesp.br/diaspora-ha-25-milhoes-de-anos/.

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- A Pré-história:

https://slideplayer.com.br/slide/7625649/

Como você deve ter percebido o domínio dos recursos hídricos foram de
fundamental importância para as primeiras civilizações. Na medida em que
dominaram novas técnicas de irrigação e cultivo agrícola eles foram formando
grupos sociais que se fixaram, deixando de se serem coletores. A prática da
agricultura foi o grande diferencial que proporcionou a espécie humana sua fixação

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na terra e, em decorrência deste fato, a organização dos homens em vilas e,
posteriormente, cidades e em Estados.

- EXERCÍCIOS:
Marque a resposta correta.
Os governos teocráticos da Mesopotâmia e do Egito “evoluíram” acumulando
características comuns e peculiaridades culturais. Os egípcios desenvolveram
a prática de embalsamar o corpo humano porque:
a) construíram túmulos em forma de pirâmides bem elaboradas, feitos para a
eternidade.
b) seus deuses, sempre prontos a castigar os pecadores, desencadearam o
Dilúvio.
c) depois da morte, a alma podia voltar ao corpo mumificado.
d) os camponeses constituíam a categoria social inferior.

3. Aula 2 – As grandes civilizações do Oriente e os Estados Teocráticos


Você conhece o significado da palavra Civilização?

1 - Processo de aquisição de valores sociais,


culturais, tecnológicos etc, que define o
desenvolvimento de uma sociedade
2 - Estado do desenvolvimento ou
adiantamento cultural, tecnológico e material
de uma sociedade
3 - Tipo de cultura e de sociedade
desenvolvido por um povo em determinada
época, que o caracterizam
naquele estágio e que ele transmite às
gerações seguintes: a civilização asteca, por
exemplo.
(Dicionário Caldad Aulete)

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A revolução agrícola na antiguidade possibilitou grupos humanos a elaborar
organizações sociais e políticas que passaram a usar as técnicas apreendidas
como elemento de poder para estabelecer regras de convívio coletivo. No
processo de formações de cidades, cada função no grupo foi ganhando mais ou
menos importância estabelecendo hierarquia entre os componentes do grupo.
Os chefes passaram a ser mais valorizados e exercer o controle sobre a
sociedade. O domínio sob as técnicas de irrigação e fertilização do solo para
plantio agrícola, o controle sobre o excedente (o que sobra) da produção
promoveu uma complexa relação nas sociedades antigas.
Duas dessas sociedades que viveram em função da utilização dos rios para
seus interesses se destacam. A sociedade da mesopotâmia (entre rios) no Oriente
médio entre os rios Tigre e Eufrates e a sociedade africana egípcia que explorava
os recursos hídricos do rio Nilo.
O Estado teocrático é aquele no qual poder político era exercido baseado na fé
religiosa da população, sendo legitimado pelos sacerdotes, religiosos, que
defendiam o dogma de que os chefes políticos (reis; faraós) eram representantes
divinos dos deuses, que não podendo governar diretamente na Terra os escolhiam
como seus representantes.
Este fato nos demonstra que a relação entre a política e a religião, era muito
estreita e que as organizações políticas consolidaram seus poderes também em
função de crenças religiosas destas populações.

- EGITO:

Inicialmente, a civilização egípcia era constituída de um grande número de


pequenas comunidades independentes que formavam os reinos do Alto e do Baixo
Egito. Por volta de 3200 a. C., os dois reinos foram unificados sob o mando do
faraó Menés, momento em que tem início a primeira dinastia.
Os três períodos seguintes à unificação foram o Antigo Império (3200 a.C. a
2300 a. C.); o Médio Império (2100 a.C. a 1750 a. C. ); e o Novo Império (1580
a.C. a 525 a. C. ). Durante o Antigo Império foram construídas as três célebres
pirâmides de Gizé: Quéops, Quéfren e Miquerinos.
O Novo Império foi um período marcado por intensas invasões territoriais e
pelo enfraquecimento do Estado, até a invasão romana, por volta de 30 a. C,
quando se estabeleceu o domínio de Roma sobre o Egito.

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O faraó estava no topo da sociedade egípcia e possuía status de Deus para a
população, em um sistema de monarquia teocrática (de atribuição divina) e
possuindo imenso poder. Sendo considerado um líder religioso, era o intermediário
entre o povo e os deuses – e assim foi por mais de 3 mil anos.
Os demais estratos da sociedade eram compostos por sacerdotes, nobreza,
escribas e soldados. Abaixo destes estavam camponeses, artesãos e, por fim, os
escravos.
A religiosidade e a crença na imortalidade são dos aspectos mais marcantes da
cultura egípcia. Dentre as diversas divindades, a mais importante era Amon-Rá, o
deus sol, rei de todos os deuses e criador de todas as coisas. A crença na
imortalidade é a razão para o processo de mumificação dos cadáveres e para a
construção das pirâmides, imensos túmulos que abrigavam todas as riquezas do
falecido, as quais ele levaria consigo para a eternidade. Não somente as riquezas,
mas também familiares e funcionários eram enterrados junto com os farós. Já o
processo de mumificação era realizado porque, para os egípcios, a vida eterna
implicava em permanência do corpo físico.
(Fonte: https://www.todoestudo.com.br/historia/antigo-egito)

- MESOPOTAMIA:
Mesopotâmia é uma palavra da língua grega que significa “terra entre rios”.
Assim era chamada uma antiga região entre os rios Tigre e Eufrates, no Oriente
Médio, na Ásia. Algumas das primeiras civilizações desenvolveram-se na
Mesopotâmia. Atualmente, a região faz parte do Iraque.
A mais antiga civilização conhecida é a Suméria. Ela começou no sul da
Mesopotâmia por volta de 4500 a.C. O povo sumeriano percebeu que o solo da
região era bom para a lavoura. Pelo fato de não chover muito, os sumérios
construíram sistemas de irrigação para levar água dos rios para os campos.
Depois de 4000 a.C., as primeiras cidades do mundo começaram a se desenvolver
na região, entre elas Kish, Uruk, Ur e Lagash. Em cerca de 3000 a.C., os sumérios
criaram o primeiro sistema de escrita do mundo, a escrita cuneiforme, constituída
por sinais em forma de cunha inscritos ou gravados na argila.
Ao norte da Suméria ficava a região chamada Acádia. No início de 2350 a.C.,
aproximadamente, um governante acadiano chamado Sargão conquistou a
Suméria e grande parte do restante da Mesopotâmia. Foi o primeiro império do
mundo.

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Por volta de 1900 a.C., um povo chamado amorita conquistou toda a
Mesopotâmia. Sob seu comando, Babilônia tornou-se a cidade mais importante da
Mesopotâmia. A cidade era tão poderosa que toda a região passou a ser
conhecida como Babilônia. O rei babilônico mais importante foi Hamurábi. Ele ficou
famoso por um conjunto de leis criado durante seu reinado.
O poder da Babilônia começou a declinar por volta de 1600 a.C. A grande
potência que veio em seguida foi a Assíria. No século XIV a.C., os assírios
começaram a construir um império que abrangia o norte da Mesopotâmia e além.
Em 671 a.C., os assírios expandiram seus domínios por toda a faixa de território
que se estendia em direção ao Egito. O Império Assírio terminou por volta de 609
a.C.
Depois dele, um povo chamado caldeu criou um novo Império Babilônico. O
mais importante rei da dinastia caldeia foi Nabucodonosor II, conhecido por sua
força militar e por ter construído magníficos edifícios e jardins. Ele teve um papel
importante na história judaica. Em 539 a.C., invasores persas dominaram os
caldeus. O macedônio Alexandre, o Grande derrotou os persas em 330 a.C.
Depois disso, a Mesopotâmia foi governada sucessivamente por gregos, romanos,
árabes e turcos. Em 1921, a Mesopotâmia tornou-se o reino do Iraque.
(Fonte: https://escola.britannica.com.br/artigo/Mesopot%C3%A2mia/481886)

EXERCÍCIOS

1 - Leia o texto.
ORAÇÃO AO NILO
Salve, tu, Nilo!
Que te manifestas nesta terra
E vem dar vida ao Egito!
Misericordiosa é a sua saída das trevas
Neste dia em que é celebrada!
Ao irrigar os prados criados por Rá (deus egípcio)
Tu fazes viver todo o gado,
Tu – inesgotável – que dás de beber à Terra!
Senhor dos peixes, durante a inundação,
Nenhum pássaro pousa nas colheitas.
Tu crias o trigo, fazes nascer o grão,
Garantindo a prosperidade aos templos.

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Para-se a tua tarefa e o teu trabalho,
Tudo que existe cai em inquietação
Fonte: JÙNIOR, Alfredo Boulos. História – Sociedade e Cidadania. 6º ano. São Paulo: FTD.
p.137.
Com base no texto, responda as questões a seguir:
a) Quais as atividades econômicas citadas nesse texto dos antigos egípcios?

b) Qual a importância do rio Nilo para a população do antigo Egito?


.
c) Copie a frase do texto que demostra que os antigos egípcios desconheciam
a causa das cheias do Nilo.

4. Aula 3 – Os povos originários americanos

http://sinesiorgomes.blogspot.com/2018/08/a-origem-do-homem-
americano.html

O mapa acima nos demonstra como os homens povoaram os diversos


continentes. No caso específico do continente americano (América do Norte, América
Central e América do Sul), isto nos explica como este território já era ocupado por
diversos povos há cerca de 10 mil anos, de acordo, inclusive, por evidências
arqueológicas.

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Um das teorias mais aceita sobre esta ocupação territorial é a de que este
povoamento ocorreu pela busca dos homens por animais para sua alimentação
e vestimenta, que fez com que eles acabassem por atravessar o Estreito de Bering,
“descendo” cada vez mais em direção ao sul das terras e se estabelecendo ao longo
deste caminho.

Mas, se você observar bem, outros caminhos, na verdade, teorias também nos
“comprovam outros meios de chegada destes homens ao solo americano.

EXERCÍCIOS:

Faça uma análise crítica do mapa, leia o texto abaixo e identifique estas outras teorias
de deslocamento da espécie humana e sua chegada às Américas.

Os primeiros habitantes da América chegaram ao continente há mais de 15 mil anos e vieram da Ásia em três
ondas migratórias separadas. A conclusão é de um estudo realizado por uma equipe internacional de cientistas
publicado nesta quarta-feira (11) pela revista científica “Nature”.
“Durante anos, se debateu se os habitantes da América procediam de uma ou mais migrações através da
Sibéria, mas nossa pesquisa põe fim a este dilema: os nativos americanos não procedem de uma só migração”,
ressaltou à Agência Efe o cientista colombiano Andrés Ruiz-Linares, do University College de Londres, autor
principal do estudo.
Embora os analistas calculem que tenham ocorrido pelo menos três grandes migrações, a maioria das tribos
descende da primeira delas, conhecida como os “Primeiros Americanos”. As outras duas levas se limitaram à
América do Norte.
Quando as ondas migratórias ocorreram, o Estreito de Bering, entre a Ásia e a América, estava congelado, e
serviu como ponte entre os dois continentes.
A pesquisa analisou o genoma de 52 tribos indígenas americanas, do Canadá à Terra do Fogo, e comparou ao
de habitantes de 17 grupos nativos da Sibéria. Ao todo, mais de 364 mil variações genéticas foram consideradas.
A análise foi dificultada pela presença de material genético procedente de migrações posteriores, principalmente
dos europeus e africanos que chegaram à América a partir de 1492. Por isso, os pesquisadores se centraram
apenas nas seções do genoma que procediam totalmente dos nativos americanos.
“Tecnicamente, o estudo dos povos nativos americanos representa todo um desafio devido à presença
generalizada de traços europeus e africanos nos grupos nativos”, indicou Ruiz-Linares.
(Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/07/primeiros-habitantes-chegaram-america-em-tres-ondas-
migratorias.html)

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- POVOS PRÉ-COLOMBIANOS

“Os habitantes da América Central e da região dos Andes que já ocupavam essas
áreas antes da chegada de Cristóvão Colombo (e de outros europeus) são chamados
de povos pré-colombianos”. O nome “pré-colombiano” significa “antes de
Colombo”[reconhecido como o “descobridor” do continente americano em 1492]

Os maias formavam uma civilização avançada, organizada em cidades-estados. Eles


tinham uma escrita hieroglífica e uma agricultura bem desenvolvida. Além dos maias,
houve mais duas culturas importantes na época: os incas e os astecas.

Ruínas da cidade maia de Tikal, localizadas na atual


Guatemala.

Os astecas viviam no México. Ao chegar à região, encontraram os toltecas e se


misturaram a eles. Sua grande atividade era o comércio, que realizavam com produtos
luxuosos negociados com outros povos da América do Norte e com os da América
Central.

Ruínas astecas do Templo


Mayor de Tenochtitlán,
localizadas na Cidade do
México.

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Os incas, a mais avançada dessas três civilizações vivia nos planaltos andinos,
ocupando a região que corresponde ao Equador, à Colômbia, à Venezuela, ao Peru, à
Bolívia e ao Chile. Dedicavam-se à agricultura e ao pastoreio e viviam em aldeias.
Resistiram à invasão e ao domínio espanhol durante quarenta anos. Seu último
imperador foi Tupac Amaru, que morreu em 1572. “Com ele, terminou o Império Inca.”

Ruínas da cidade de Machu Picchu que é um símbolo do


Império Inca e atualmente o destino turístico mais visitado do
Peru.

(Fonte: https://escola.britannica.com.br/artigo/%C3%ADndio-ou-nativo-americano/482011)

- POVOS INDÍGENAS DO BRASIL

“A primeira classificação dos povos indígenas nativos do Brasil estabeleceu quatro


grupos, ou nações, considerando os idiomas falados: os tupis-guaranis, os jês ou
tapuias, os aruaques ou maipurés e os caraíbas ou caribes. Calcula-se que
aproximadamente 5 milhões de índios viviam no Brasil quando os portugueses
chegaram.

Os portugueses tiveram mais contato com os tupis-guaranis, que viviam no litoral. Por
algum tempo, o interior do vasto território brasileiro permaneceu inexplorado. Até o

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século XX existiam povos indígenas que nunca haviam tido contato com o homem
branco.

Os tupis-guaranis viviam em aldeias populosas, que tinham de 500 a 750 habitantes.


Praticavam a caça, a pesca e a coleta de raízes e frutos, além da agricultura.

O Brasil tem cerca de 220 povos indígenas, de diferentes grupos étnicos. São cerca
de 180 as línguas faladas por eles. No Brasil, no dia 19 de abril se comemora o Dia do
Índio.

É importante a influência dos índios na cultura brasileira. O idioma português falado no


Brasil incorporou muitas palavras indígenas. A forte expressão artística dos diversos
povos, com domínio do uso da cor, é uma riqueza valorizada pelos brasileiros. Na
culinária, a mandioca, a pipoca, o mingau, a tapioca, o pirão e o beiju são de origem
indígena. Nos cuidados com a higiene e a saúde, os brasileiros aprenderam com os
índios o hábito do banho diário e o uso de remédios naturais em forma de chás,
xaropes e compressas. “Na música, nos cantos, no uso da rede, no artesanato e em
muitas outras coisas, a cultura brasileira mostra sinais da presença indígena.”

(Fonte: https://escola.britannica.com.br/artigo/%C3%ADndio-ou-nativo-americano/482011)

https://noticias.r7.com/prisma/nosso-mundo/brasil-e-lider-disparado-no-genocidio-de-
indios-na-america-latina-24042018

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5. Aula 4 – Racismo, preconceito e xenofobia.

De que maneira estes três conceitos se cruzam e são relevantes para os estudos
contidos nesta Orientação de Estudos?

RACISMO
PRECONCEITO
“Preconceito e discriminação
direcionados a quem possui “Ato de julgar algo ou alguém
uma raça ou etnia diferente, antes de conhecer o objeto de
geralmente se refere à juízo.”
segregação racial.”

XENOFOBIA

“Tipo de preconceito contra


quem nasceu em um lugar
diferente do seu.
Normalmente, ela está
associada ao racismo e se
expressa, por vezes, por meio
da intolerância religiosa ou dos
preconceitos acerca do local
de origem da vítima.”

Então, após conhecermos as grandes civilizações do Oriente Médio e das


Américas, você deve ter percebido que ao longo do processo histórico muitos destes
povos foram desconsiderados como protagonistas da História das grandes
civilizações, sendo por vezes, discriminados, especialmente os povos africanos e
indígenas, ou melhor dizendo, povos originários.

A chamada civilização europeia desconsiderou os saberes e fazeres destes


povos por acha-los “inferiores”, por não reconhecerem o quanto de sabedoria e
conhecimento avançado tecnologicamente estes povos tinham domínio.

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Você lembra do filme Pantera Negra (2018) estreado pelo ator negro
(Wakanda)?

Pantera Negra - sinopse

Wakanda é um país fictício localizado na África subsariana presente nas histórias


em quadrinhos publicadas pela Marvel Comics, e em outras mídias baseadas
nestes. É o mais proeminente dos vários países africanos fictícios do Universo
Marvel e o lar do super-herói Pantera Negra. Wakanda aparece pela primeira vez
em Fantastic Four #52 de julho de 1966, e foi criado por Stan Lee e Jack Kirby.

Existem várias teorias para o nome Wakanda. O nome pode ser inspirado numa
divindade Siouan chamada Wakanda, Wakonda, ou Waconda, Povos nativos dos
Estados Unidos das Grandes Planícies, ou Wakandas, uma tribo africana fictícia do
romance “The Man-Eater” de Edgar Rice Burroughs (criador de Tarzan), escrito em
1915, mas publicado postumamente em 1957, ou da tribo queniana Cambas ou
Kamba, que em sua língua nativa, a língua quicamba, também são chamados
Akamba ou Wakamba, ou da palavra “kanda”, que significa família em kikongo,
idioma falado em Angola, República do Congo e Gabão.

Neste filme de ficção científica, um dos principais objetivos, era mostrar ao


mundo o quanto de riquezas, materiais e intelectuais, existem no continente africano
que são ignoradas, rechaçadas, ou ainda, tratadas de forma preconceituosa.

Este tipo de pensamento é decorrente dos processos de domínios econômicos,


políticos e sociais engendrados pelos povos dominadores, como Portugal e Espanha,
que ao “descobrirem” as Américas e se utilizarem da mão de obra africana de forma

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compulsória criaram formas mentais e materiais de opressão fundamentadas nos
conceitos de racismo, preconceito e xenofobia, que ainda são latentes nos dias atuais.

É preciso, estar em alerta sobre esta condição de superioridade e de


descrédito para com as culturas dos povos africanos e indígenas e seus descendentes
que têm feito com que muitos jovens, crianças e adultos venham sendo assassinados.

A sociedade precisa refletir e reconhecer o protagonismo e contribuições


culturais destes povos para a formação de nosso país e de nossa população. E você o
que pensa a respeito desta situação:

6. Aula 5 – ATIVIDADES

Elabore um quadro comparativo entre as civilizações do antigo Egito, da


Mesopotâmia indicando cinco características em comum entre estas sociedades.

EGITO MESOPOTÂMIA

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Faça uma pesquisa sobre a relevância dos povos originários (indígenas) na


formação para a população brasileira

8 - RESUMO

De que maneira você entende que o racismo e o preconceito podem gerar


xenofobia entre os povos?

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9. INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

BEARD, M. & HENDERSON, J. Antiguidade Clássica: uma brevíssima Introdução. Rio


de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998.

BOULOS JUNIOR, Alfredo. História: Sociedade e Cidadania. São Paulo: FTD, 2009.
p.90-125. 6° ano.

BEZERRA, Holien Gonçalves. Ensino de História: conteúdos e conceitos básicos. In:


KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. 5
ed. São Paulo: Contexto, 2008.

CARDOSO, Ciro Flamarion & VAIFAS, Ronaldo (org.). Novos domínios da história. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2012.

CARDOSO, Ciro F. O Egito antigo. São Paulo: Brasiliense, 1996.

LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: Editora da Unicamp, 1996.

SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de conceitos históricos.


São Paulo: Contexto, 2005.

SILVA, Alberto da Costa e. A enxada e a lança: a África antes dos portugueses. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1996.

THOMPSON, Edward. Tempo, disciplina do trabalho e capitalismo industrial. In:


Costumes em Comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo:
Companhia das Letras, 1998. p.267-304.

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