Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PLANOS DE AULA
MATEMÁTICA
2º Ano
Semestral
MATEMÁTICA
Desafios em matemática discreta e geometria para os alunos
avançarem em seus conhecimentos matemáticos
Para atingir esses objetivos, optamos por valorizar alguns aspectos, em especial no
que diz respeito às competências que desejamos que os alunos adquiram ao longo do
Ensino Médio, como é o caso da comunicação.
Comunicação em matemática
A matemática é uma ferramenta de aprendizagem importante. À medida que os alunos
identificam relações entre conceitos matemáticos e situações cotidianas e
estabelecem conexões entre a matemática e outros assuntos, eles desenvolvem a
capacidade de usar matemática para ampliar e aplicar seu conhecimento em outras
áreas do conhecimento, bem como ampliam formas de pensar, analisar e tomar
decisões em diferentes situações dentro e fora da escola.
Em cada uma das sequências didáticas que apresentamos nos diferentes bimestres,
temos enfatizado esses aspectos de modo integrado, ora com ênfase mais para um ou
outro, mas contemplando todos no conjunto de vivências propostas.
Neste bimestre, desejamos que você analise alguns aspectos que podem demonstrar
evolução no domínio de habilidades matemáticas que vão além do conteúdo, quais
sejam: a comunicação matemática e a capacidade de resolver problemas.
Fica nossa sugestão para que você saiba em que situações pode observar tais
habilidades em seu aluno: nas atividades realizadas individualmente (escreve com
clareza; é capaz de ler um problema e resolvê-lo; nos trabalhos em grupo e mesmo
nos momentos de socialização com todos os alunos, usa a linguagem e os termos
matemáticos; está mais preocupado em utilizar nomenclatura específica oralmente e
por escrito; dá ou pede explicações oralmente quando necessário, justificando seu
ponto de vista ou suas decisões).
Como propusemos antes, é necessário informar aos alunos que serão avaliados
nesses aspectos, já que as diferentes atividades propostas ao longo deste bimestre
permitem ao professor essas avaliações. E o resultado delas deve ser transmitido a
eles imediatamente, pois a dinâmica de observação permite esse retorno rápido. No
Lembre-se de que sua gestão de aula também é determinante para que os alunos
evoluam nos aspectos que propusemos serem observados. Por isso, pense: Os jogos
têm sido realizados? Os alunos são chamados a justificar suas resoluções estando elas
corretas ou incorretas? Os erros estão sendo analisados? Os alunos podem trabalhar
em pequenos grupos? Você propiciou um ambiente de liberdade de expressão para
seus alunos? Todos os alunos puderam ouvir e falar nas aulas? Como você procurou
envolver aqueles que demonstravam falta de iniciativa?
Em síntese, desejamos deixar claro que a cada ação pedagógica, a cada escolha
metodológica que o professor faz, há uma reação de aprendizagem dos alunos.
Observe isso ao longo do bimestre para fazer a gestão do ensino integrada com a
gestão da aprendizagem de seus alunos.
O que tem a dizer sobre seus alunos para os demais professores da área ou
da escola? Que informações são importantes registrar pensando no próximo
Conselho de Classe?
SMOLE, K. S.; DINIZ, M. I. Matemática Ensino Médio, vol. 2. São Paulo: Saraiva,
2012.
SPRENGER, M. Memória: como ensinar para o aluno lembrar. Porto Alegre: Artmed,
2008.
VILA, Antoni; CALLEJO, María Luz. Matemática para aprender a pensar. Porto Alegre:
Artmed, 2011.
Macrocompetências em foco:
– Autogestão.
– Gestão de processos.
– Colaboração.
– Curiosidade investigativa.
– Resolução de problemas.
– Comunicação.
Metodologias integradoras
As atividades promovem integração entre alunos e educadores e entre eles e a
concepção de ensino da disciplina, com base na aprendizagem colaborativa e na
problematização, conceitos que, por sua vez, favorecem e estimulam oportunidades
de integrar conteúdos de todas as áreas de conhecimento.
Expediente:
Instituto Ayrton Senna: Viviane Senna –Presidente Ana Maia – Diretora da Área de EducaçãoSimone André –
Gerente Executiva Mônica Pellegrini Rita Leite Cynthia Sanches – Gerentes de Projeto Andreza Adami – Analista
de Projetos Bruna de Sousa – Assistente Administrativa
Consultoria em Matemática: Kátia Stocco Smole Maria Ignez Diniz Cristiane Henriques Chica
Pág 10
Medidas de Calcula porcentagens. três vezes
comprimento Resolve mentalmente operações com por semana
MENTAL
Matrizes matrizes. 11
Pág 22
Efetua cálculos de adição, subtração,
multiplicação por um número real e
multiplicação entre matrizes.
Resolve problemas utilizando as operações
com matrizes e a linguagem matricial.
Desenvolvimento
A resolução de problemas em Matemática muitas vezes exige que os alunos selecionem uma
estratégia de cálculo apropriada. Eles podem usar os procedimentos escritos (ou algoritmos)
para operações básicas, medidas e expressões algébricas. Podem ainda usar técnicas para
cálculo ou selecionar estratégias relacionadas ao cálculo mental e à estimativa. Portanto,
desenvolver a capacidade de realizar cálculos mentais e estimar são aspectos importantes da
aprendizagem em Matemática, nesta proposta de Educação Integral.
CM4 e CM5 retomam cálculos com números inteiros e as regras de sinais na multiplicação e na
divisão entre esses números. Ao final, pequenas expressões são propostas em CM5. Observe
se os alunos sabem a ordem das operações e, se for preciso, retome isso com toda a classe.
Os alunos utilizarão operações com números positivos e negativos na atividade MP3 do eixo
Matemática e as Profissões.
AVALIAÇÃO EM PROCESSO
Como nos bimestres anteriores, promova uma roda de conversa para compartilhar com seus
alunos suas observações sobre eles. Solicite que cada um apresente nessa roda uma conquista
feita em termos de calcular mentalmente e faça-os ver os avanços conseguidos.
Novamente, verifique se há alunos que gostariam de fazer mais exercícios; nesse caso,
organize listas adicionais para que as resolvam em horários fora do tempo das aulas.
Desenvolvimento
Etapa 1: Separando sólidos (1 tempo)
O foco inicial desta aula será levar os alunos a relembrarem os dois grupos de sólidos:
poliedros e os corpos redondos, para em seguida trabalharem apenas com os
poliedros e explorarem as pirâmides. Os alunos trabalharão em grupos de quatro e
deverão ter os sólidos montados no bimestre passado. Caso não tenham, dê a eles
novamente os moldes e peça que montem.
Ainda trabalhando com a classificação de sólidos geométricos, proponha que separem
os poliedros em dois grupos, sendo que em um deles devem ficar todos os sólidos que
podem ser apoiados, de modo que apenas um dos vértices fique fora da superfície da
mesa. Eles devem obter a seguinte separação: de um lado os prismas e de outro as
pirâmides. Novamente peça que expliquem como separaram e incentive que falem a
respeito de geometria, lembrando que o desenvolvimento da linguagem geométrica
Diga aos alunos que os sólidos que podem ser apoiados de modo que apenas um dos
vértices fique fora da mesa são conhecidos como pirâmides. A face que fica apoiada
na mesa é a base da pirâmide. As pirâmides podem ser diferenciadas por suas bases.
Assim, se a base for um quadrado, a pirâmide será denominada pirâmide de base
quadrada. Se for um triângulo, dizemos que se trata de uma pirâmide de base
triangular. Peça que observem as faces que estão em volta do vértice que ficou fora da
mesa e digam como elas são. As faces em volta da base são chamadas de faces
laterais. Eles devem perceber que todas as faces laterais são triangulares.
A seguir, peça aos alunos que abram um livro didático, na página que explica a relação
entre o volume do prisma e o da pirâmide, fazendo a leitura coletiva do texto para
fechar a discussão. Voltem à frase que escreveram e ajustem o texto mais uma vez.
Vocês podem resolver juntos dois problemas envolvendo volume da pirâmide.
Estudos orientados
Proponha como trabalho em estudos orientados a realização das atividades que estão
na ficha PC4 do Caderno do Estudante. Planeje com eles um tempo de aula para que
resolvam os problemas e destine o outro tempo para discutir as atividades resolvidas e
tirar dúvidas.
AVALIAÇÃO EM PROCESSO
Etapa 4 (2 aulas)
Quando essa sequência começar, entregue aos alunos uma ficha com até 10
problemas envolvendo cálculo de volume de cilindro e cone. Relembraremos cilindro e
vamos aprofundar estudo dos cones.
Providencie para cada dupla de alunos um pedaço de cartolina, tesoura, régua, papel
filme (um rolo dá para distribuir para a classe) e uma garrafa pet pequena com água.
Ensine aos alunos como construir uma planificação de cone e uma de cilindro
usando régua e compasso. Você pode determinar as medidas desejadas, mas
ainda não exija que as bases e as alturas sejam de mesma medida (para os
cálculos podem usar a calculadora do celular). Para isso, eles podem seguir o
roteiro dado na ficha 10.
Aproveite para determinar com eles elementos importantes do cone: superfície
lateral, altura, geratriz (aproveite para falar de sólido de revolução); raio da
base. Se quiser, pode relembrar os elementos do cilindro também. Peça que
registrem essas informações nos cadernos fazendo desenhos. Oriente os
1
Você pode consultar também a sequência “Um poema e três quebra-cabeças” produzida pela
UNICAMP e disponível em http://m3.ime.unicamp.br/recursos/1156. Se achar o vídeo mais adequado,
pode substituir pelo que sugerimos no corpo da atividade.
Peça que revistam cada objeto construído usando o papel filme e depois que
descubram qual dos dois tem maior volume e quantas vezes um volume é maior do
que o outro. A ideia é que percebam que o volume do cone é equivalente a um terço
do volume do cilindro com mesma altura e mesma área de base. Explore que a relação
é a mesma entre a pirâmide e o prisma, já estudada anteriormente. Peça para os
grupos socializarem as medidas que escolheram e as conclusões que tiraram para o
problema, organizando uma tabela do seguinte tipo:
Os alunos podem produzir um mapa conceitual do que aprenderam e o utilizar em uma prova
com consulta. Sabemos que os mapas de aprendizagem são pessoais e devem revelar de
alguma forma gráfica os temas centrais, os secundários diretamente relacionados aos temas
centrais e, finalmente, os temas periféricos. Eles podem usar o que já sabem de mapas
conceituais em biologia e ainda assistir ao vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=7yUNpAOvew8.
Lembramos que não existem mapas certos ou errados, eles são construções pessoais que
permitem a conscientização de quem o faz sobre suas conquistas e dificuldades, por isso é
importante que os alunos escrevam breves frases posicionando-se sobre cada um dos temas
estudados. Os alunos podem permitir ou não que você leia o que escreveram, e nesse caso
suas observações sobre as aprendizagens deles podem se somar às deles para auxiliá-los a
avançar.
4 tempos
DURAÇÃO
Desenvolvimento
A preocupação com o desenvolvimento de competências cognitivas e socioemocionais
nas aulas de matemática traz algumas implicações para o ensino, entre elas a
consideração de que os conhecimentos mobilizam a aprendizagem a acontecer em
um contexto problematizador. Há uma relação natural entre jogos e resolução de
problemas, que coloca os alunos frente a situações que exigem deles desenvolver
formas de alcançar uma meta, analisar informações, persistir, agir na urgência e tomar
decisões. Além disso, ao utilizarmos jogos nas aulas, criamos um contexto natural de
comunicação que permite ao aluno:
Etapa 1:
Pedir que, seguindo as orientações das regras que estão na ficha CC1 e CC2 e
utilizando os baralhos, joguem para aprender o jogo. É interessante que uma dupla
jogue contra outra dupla. Isso auxilia na análise das cartas, na tomada de decisão,
e a solucionar dúvidas. Circule na sala para acompanhar a turma, esclarecendo
dúvidas se necessário. Ao final da aula, ouça os alunos a respeito do que já
aprenderam e de quais dúvidas ainda têm. Anote aquelas que não conseguir
responder na hora para retomar na próxima etapa. Esse é um bom momento para
decidir se precisa reorganizar os times para jogar na próxima aula.
Conheça as regras:
1. Cada jogador recebe um conjunto de cartas de poliedros, e as cartas das
propriedades são embaralhadas e colocadas no centro da mesa, voltadas para baixo.
3. Os jogadores escolhem um poliedro do cartazete, sem que seu oponente saiba qual
6. Na sua vez, o jogador (dupla) retira uma carta do monte de propriedades e pergunta
a seu oponente se o poliedro escolhido por ele tem aquela propriedade. O oponente
deve responder apenas sim ou não. O jogador deverá excluir os poliedros que não lhe
interessam. Por exemplo, se a carta retirada contiver Algumas faces são triangulares e
a resposta for sim, ficam excluídos todos os poliedros que não contêm nenhuma face
triangular; já se a resposta for não, isso significa que o poliedro escondido não tem
faces triangulares, o que exclui todas as pirâmides, o octaedro e os prismas de base
triangular.
7. Caso o jogador da vez tire um Coringa, deve fazer uma pergunta de sua escolha,
mas que envolva uma propriedade de poliedros.
9. Ganha o jogo o primeiro jogador ou dupla que acertar o nome do poliedro escolhido
por seu oponente.
Joguem novamente, e deixe vinte minutos da aula para explorar algumas perguntas:
Jogue com a turma novamente e, ao final, peça que os quartetos façam uma lista de
quatro aspectos que aprenderam jogando. Deixe que escrevam, peça que cada
quarteto leia. Oriente os grupos para que anotem uma aprendizagem se ela não
estiver na sua lista original. Todos devem ter a lista final no caderno.
AVALIAÇÃO EM PROCESSO
10 tempos.
DURAÇÃO
GESTÃO DA AULA
Observe que esta sequência didática prevê o tempo, o tema, o conteúdo, os
indicadores de avaliação e sugere algumas propostas de problemas e avaliação.
No entanto, o planejamento das ações em cada aula, a seleção do livro didático,
de várias das atividades e da forma de conduzir cada aula estão sob a sua
responsabilidade. Por isso, a gestão da aula e dos tempos de trabalho, bem como
a forma da organização dos alunos, a produção que eles farão serão em grande
parte uma decisão sua. Veja algumas dicas:
Relembre os princípios das metodologias integradoras e da resolução de
problemas norteadores da nossa proposta;
Ter um plano escrito é muito útil para ajudar a memória durante a aula. Você
pode referir-se a diferentes partes da aula, como, por exemplo, para lembrar os
exemplos que pretende usar com a turma toda ou qual página do livro didático
será usada;
Deve estar claro para você o principal propósito da aula, o que os alunos
aprenderão, o que farão, em quanto tempo e como finalizará a aula;
Socialize com os alunos os dados do item anterior a esse, pois compartilhar
esses critérios com os alunos mostra como eles podem alcançar os objetivos
responsabilizando-se pelo sucesso da própria aprendizagem;
Planeje como usará o tempo da aula para que ela seja organizada, envolva ao
máximo os alunos, permita interação com e entre os alunos e leve todos a
atingirem os objetivos propostos;
Para esta sequência você deverá escolher um livro didático na introdução da ideia de
matrizes.
PARTE 1
O que são matrizes (2 tempos)
PARTE 2
Matrizes e resolução de problemas (5 tempos)
PARTE 3
Pensando mais em matrizes (3 tempos)
2
Veja, a respeito desses temas, SMOLE, K. e DINIZ, M. I. Matemática para o Ensino Médio. São Paulo:
Saraiva, 2013.
AVALIAÇÃO EM PROCESSO
Organize com os alunos uma lista das aprendizagens feitas no estudo de matrizes,
destacando os principais conceitos e procedimentos estudados. Peça que em duplas
selecionem em livros didáticos ou criem duas questões relacionadas ao que
estudaram. As questões devem ser entregues a você por e-mail. Faça um banco de
questões com todas as selecionadas ou criadas pelas duplas, revisando para avaliar
o grau de dificuldade, a precisão das questões elaboradas por eles, entre outros
aspectos. Entregue uma cópia aos alunos avisando que você vai elaborar uma prova
com dez questões, sendo seis selecionadas entre essas do banco. A ideia é que se
mobilizem para estudar e resolver as atividades, estudando assim com profundidade
para a prova. Selecione as questões da prova de acordo com os indicadores de
avaliação que apresentamos na tabela no início da OPA e, depois de aplicada e
corrigida por você, avalie com eles os resultados: o que foi bom, o que poderia ser
melhor, como poderiam ter aproveitado melhor as questões do banco etc
MATEMÁTICA
Desafios em matemática discreta, jogos e geometria para que os alunos saibam
cada vez mais matemática
No caso da autoavaliação, é preciso lembrar que ela deve permitir ao professor situar
o aluno no processo de ensino e aprendizagem, dando a ele clareza das ferramentas
que possui e dos pontos em que precisa investir para aprender. Ao mesmo tempo em
que o professor amplia seu olhar sobre esses alunos e pode direcionar o ensino de
modo mais adequado ao perfil de seus alunos, o próprio processo de se avaliar pode
gerar novas aprendizagens, especialmente no âmbito socioemocional. O aluno passa
a se conhecer melhor, ganha consciência de suas forças e fraquezas, pode observar
seus limites e pontos de superação.
No entanto, a avaliação feita pelo aluno exige que a relação entre ele e o professor
seja de confiança recíproca, uma relação de cooperação. O olhar do aluno sobre ele
mesmo não basta. O olhar do professor sobre o aluno também é parcial. É da
combinação desses dois pontos de vista que a avaliação efetiva se realiza.
Isso significa que, em primeiro lugar, o aluno precisa ter clareza de por que ele
deve se avaliar e o que comentar por escrito em relação ao seu desempenho. Os
objetivos do professor e de seu planejamento devem ser conhecidos do aluno, ele
deve saber o que era esperado dele nas atividades sobre as quais recai sua
autoavaliação. Em segundo lugar, depois da autoavaliação, aluno e professor devem
conversar e trocar opiniões complementares sobre os itens descritos no instrumento
avaliativo, ocasião em que a visão do jovem deve ser aperfeiçoada, e eventualmente
redirecionada, pelas observações e registros do professor.
Mesmo quando não é possível um retorno individualizado, cabe ao professor ler o
que seus alunos falam de si mesmos e realizar algum tipo de retorno, por grupo ou no
coletivo da classe, sempre sem exposição de ninguém. É essencial que todos saibam
que você concorda ou discorda de alguma informação trazida por eles, e isso deve ser
feito com bons argumentos e registros consistentes das aulas.
Os alunos esperam o olhar do professor, valorizam suas opiniões e aprendem com
ele ao verificarem que, com profissionalismo e qualificação, há legítimo interesse por
eles como pessoas, pelos seus saberes e percepções, por suas conquistas e pontos
que ainda precisam de maior investimento.
O retorno das autoavaliações é o ponto-chave para que esse instrumento promova
o diálogo professor-aluno e possa desenvolver no estudante a capacidade de reflexão
sobre seu papel, a gestão de seus processos de aprendizagem e sua própria forma de
agir nas aulas.
Propomos uma autoavaliação em resolução de problemas que é um dos focos
centrais do nosso trabalho.
Muitas vezes, pela premência do tempo deixamos de conversar com os jovens a
respeito do que já fazem bem e do que na opinião deles é preciso melhorar. Esse é
um exercício compartilhado que não pode ser deixado de lado na finalização deste
ano, pois ele foi tão especial pela inovação e pelas mudanças no sentido de ensinar e
de aprender matemática.
Se o tempo for o obstáculo, peça apenas que os alunos pensem a respeito de
suas aprendizagens, organize no quadro com eles a lista de tudo que fizeram e do que
se esperava que aprendessem. Incentive que expressem suas opiniões e depois
SMOLE, K. S.; DINIZ, M. I. Matemática Ensino Médio, vol. 2. São Paulo: Saraiva,
2012.
SPRENGER, M. Memória: como ensinar para o aluno lembrar. Porto Alegre: Artmed,
2008.
VILA, Antoni; CALLEJO, María Luz. Matemática para aprender a pensar. Porto Alegre:
Artmed, 2011.
Metodologias integradoras
As atividades promovem integração entre alunos e educadores e entre eles e a
concepção de ensino da disciplina, com base na aprendizagem colaborativa e na
problematização, conceitos que, por sua vez, favorecem e estimulam oportunidades
de integrar conteúdos de todas as áreas de conhecimento.
Atividades
As ações propostas, para as quais prevemos 28 tempos, não contemplam o total das
aulas do bimestre, porque continuamos deixando em média uma aula por quinzena
livre para o professor retomar e realinhar as atividades, atendendo tanto aos ritmos de
aprendizagem de cada aluno e turma, quanto aos acertos necessários no tempo em
função de possíveis feriados e atividades planejadas pela escola ou pela Seeduc-RJ.
Nos quadros que se seguem apresentamos o conjunto de sequências didáticas (SD) e
a síntese das atividades, cuja descrição, mais adiante, traz objetivos e comentários
para o planejamento das aulas.
Embora as propostas estejam alinhadas com o Currículo Mínimo do Rio de Janeiro e a
matriz do SAERJ, neste bimestre optamos por não fazer o trabalho com determinantes
ainda, uma vez que ele será mais interessante e adequado em conjunto com o estudo
de sistemas lineares que será feito no próximo bimestre.
10 minutos Pág 30
Resolve equações de 1º por
SD 1 –CÁLCULO MENTAL
RECURSOS Oito sequências de cálculo para cada aluno, disponíveis nas Fichas
CM 1 a CM 8.
Sessões de 10 minutos duas vezes por semana.
DURAÇÃO
Desenvolvimento
A escolha dos conteúdos desta série do cálculo mental se justifica pelos conteúdos
envolvidos nas atividades do eixo Matemática e as Profissões e pelo fato de o Currículo
de Matemática da Base Comum propor para este bimestre o estudo da geometria, no qual
se solicitam constantemente cálculos rígidos envolvendo o teorema de Pitágoras.
As atividades
AVALIAÇÃO EM PROCESSO
Como nos bimestres anteriores, promova uma roda de conversa para compartilhar com
seus alunos suas observações sobre eles. Solicite que cada um apresente nessa roda
uma conquista feita em termos de calcular mentalmente e faça-os ver os avanços
conseguidos.
Novamente, verifique se há alunos que gostariam de fazer mais exercícios; nesse caso,
organize listas adicionais para que as resolvam em horários fora do tempo das aulas.
Desenvolvimento
Para finalizar o trabalho que temos feito com geometria neste segundo ano,
proporemos aos alunos que, em times, elaborem um jogo com a temática da
geometria. A seguir apresentaremos as etapas previstas para o desenvolvimento da
Oficina de Jogos Geométricos.
A primeira parte desta sequência visa apresentar a proposta da elaboração dos jogos
para os alunos, bem como a auxiliá-los no planejamento das ações envolvidas no
trabalho. É uma etapa importante para que aprendam a se organizar, a planejar o que
desejam fazer, a perceber que a criação parte de conhecimentos que já possuem, mas
os ultrapassa gerando produções novas e originais e, ainda, favorecendo que sejam
protagonistas na aula de matemática.
Qual é a proposta e sua meta final: em times criar um jogo que envolve
geometria, para ser jogado pelas outras turmas de segundo ano.
Retomar jogos que realizaram este ano: peça aos alunos que preparem
um inventário a respeito dos jogos de geometria que já fizeram, para
relembrar como eles são organizados, como são as regras, que
recursos exigem, para quantos jogadores etc.
Além de decidir a forma, os times devem imaginar como farão o jogo em sua forma
física e usar a criatividade, para que seja bem atraente e traga benefícios à
aprendizagem de quem o jogar. Devem pensar em si e em outros que serão usuários
desse produto que está em desenvolvimento. Nada impede que façam um jogo
informatizado se entenderem de programação: um quizz, um jogo de memória ou
outro que desejarem criar.
As regras são a próxima etapa da elaboração. Combine com eles que o jogo deve
prever um vencedor, que precisam ser claras e bem redigidas e prever quantos
jogadores, a forma de vencer e outros aspectos que já devem ter sido levantados
quando inventariaram os jogos. Como eles estudam gêneros textuais em língua
portuguesa, relacione com eles as regras do jogo a um texto de instrução, ou
instrucional. Eles devem lembrar que as regras precisam estar em ordem para que
qualquer pessoa possa jogar sem ajuda do time que elaborou.
Parte 3 (uma aula presencial, tempos de EO decididos pelos times, tempo para jogos
interclasses)
Após os times terem tempo para elaborar seus jogos, uma aula do
bimestre é destinada a que tragam os jogos em versão preliminar
(regras por escrito e materiais necessários) para que os demais times
da sala joguem. A finalidade dessa fase é uma análise crítica do jogo
em elaboração: As regras estão claras? A escrita deixa dúvidas? Há
sugestões para quem elaborou?
AVALIAÇÃO EM PROCESSO
Para esta proposta, nossa sugestão é que não seja atribuída nota. Os times
devem trabalhar pelo empenho, por conseguirem produzir algo que será útil para
outros aprenderem, além da aprendizagem de cada componente do grupo. No
entanto, seria interessante propor uma autoavaliação e a avaliação entre pares
para que pudessem analisar:
Quais sugestões deixaria para outro professor e outros alunos que fossem
realizar esse trabalho?
13 tempos
DURAÇÃO
GESTÃO DA AULA
Para a gestão das atividades propostas nesta sequência didática você pode
seguir as mesmas orientações que demos para matrizes no bimestre anterior.
Faça pequenas paradas ao final da aula para os alunos anotarem
aprendizagens ou dúvidas que serão úteis como atividades iniciais em aulas
seguintes.
A opção feita para explorar sistemas neste bimestre parte da retomada do
conceito de equações, explora problemas diversos e introduz a resolução de
sistemas relembrando os sistemas 2 x 2 e avançando para a resolução de
sistemas 3 x 3 visando ampliar o conhecimento dos alunos em álgebra:
Gestão da aula
1. Garanta que eles compreendam a proposta e que leiam as orientações
para a elaboração dos problemas.
2. Circule na sala e observe os problemas elaborados, analise se há
necessidade de você fazer intervenções para aqueles que ainda não
compreenderam a proposta.
3. Os problemas formulados necessitam ter uma finalidade que no caso
pode ser a troca entre as duplas para resolução. A dupla que recebe
pode comentar, fazer sugestões, resolver e devolver aos autores para
ajustes e conferência.
4. Há outras possibilidades de aprimorar os problemas elaborados pelos
alunos:
AVALIAÇÃO EM PROCESSO
Para este trabalho faremos uma prova individual com consulta a um resumo. A
proposta é que cada um faça seu resumo, pelo menos uma semana antes da
avaliação, para que possam se preparar para a prova, primeiro fazendo uma lista das
ideias centrais que foram estudadas na sequência, depois colocando para cada ideia
uma explicação e até um exemplo se acharem necessário. As anotações devem
caber no máximo em uma folha A4 frente e verso. A proposta é que, no dia
combinado para a avaliação, cada aluno possa utilizar essa síntese para consulta.
5 tempos
DURAÇÃO
Desenvolvimento
3
Todos esses links foram acessados em março de 2016.
AVALIAÇÃO EM PROCESSO
Organize com os alunos uma roda de conversa para encaminhar a autoavaliação que
propusemos no início deste bimestre. A ideia é que os jovens analisem suas
aprendizagens e a própria evolução, bem como que listem aquilo em que podem
melhorar para o 3º ano.