Você está na página 1de 4

Funções de linguagem

1. Função emotiva ou expressiva-quando a mensagem enviada apresenta o ponto de vista ou


sentimentos. Existe a manifestação do "eu", porém a redação se escreva na terceira pessoa não deixou
de ser a manifestação dos pensamentos do emissor. Tem como foco o emissor, ou seja, a 1ª pessoa.

Características: intervenções, pontuações, adjetivos, agressões verbais (marca de subjectividade. Ex:


poemas, cartas pessoais, entrevistas, depoimentos, diálogos redações.

Função conativa ou apelativa- o foco é no receptor, tende influenciar, persuadir o receptor por meio de
um apelo ou ordem.

Características: vocativos, uso de "tu" e "Você", verbos no imperativo. Ex: propagandas, campanhas,
"Não compre carro hoje!"

Referencial ou denotativa- o foco é o referente (no conteúdo- no contexto/assunto-, dados concretos,


busca informar, transmite informação objectivo, não há envolvimento em quem a produz e a recebe.

Características: ausência da manifestação do sujeito nem opinião, comum em questões com cartazes de
campanhas. Ex: notícia do jornal, discurso científico, previsão de tempo, explicação de conceitos,
receitas

Fática- o foco é no canal (para iniciar, manter ou encerrar a conexão na comunicação). Introdução
(abertura), desenvolvimento (manutenção) e conclusão (fechamento). Ex: falas telefônicas, saudações e
similares, expressões que confirmam se o receptor consegue ouvir ou não.

Metalinguística- foca-se em traduzir o próprio código, explica o código usando o próprio código. Ex:
gramáticas, dicionários, poesia, aula, etc. Ex: oração é todo enunciado com sentido completo. (Para
explicar o que é uma oração, usamos uma oração)

Poética- evidencia a mensagem, não somente a ver com texto poético mas sim ao modo especial ou
diferente de elaborar um código.

Características: foca-se na forma de transmissão da mensagem, a gente se expressa de forma difere do


outro, faz com que o texto fique único. Ex: a crónica, poesia, literatura, expressões cotidianas
metafóricas e propagandas.

Colocação pronominal

É o uso do pronome oblíquo junto ao verbo para substituir o substantivo.

Pronomes oblíquos: me, mi, comigo, te, ti, contigo, se, si, consigo, o(s), a(s), lhe, nós, connosco, vós,
convosco.

Regras de colocação pronominal.

Próclise- pronome antes do verbo


- Quando temos qualquer advérbio ou palavra negativa antes do verbo.

- Quando temos pronomes relativos (que, cujo)

- Quando temos pronome indefinido (todos, ninguém, nenhum, algum)

- Quando temos pronomes demonstrativos

- Quando tiver preposição "em" + verbo no gerúndio com pronome oblíquo junto dele, devido a
preposição"em", o pronome oblíquo vai para antes. Ex: Em se tratando de facilidade, o ele sugeriu
Língua portuguesa.

- Quando tiver conjugação subordinada: vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram.

Ênclise- colocação do pronome antes do verbo

- Quando o verbo iniciar a oração (avisaram-me, escolheu-se...)

- Quando tiver infinitivo pessoal regido de preposição "a". Ex: Naquele instante os dois passaram a
odiar-se.

- Quando o verbo estiver no gerúndio mas sem tiver preposição "em" antes dele. Ex: não quis saber o
que aconteceu, fazendo-se de despreocupada.

- Quando houver vírgula ou pontuação antes do verbo.Ex: Se passar no vestibular em outra cidade,
mudo-me no mesmo instante.

Mesóclise: uso do verbo no meio do verbo.

-Quando tiver o verbo no tempo futuro. Quer seja futuro do presente quer do pretérito. Ex: A prova
realisar-se-á amanhã; Far-lhe-ei uma proposta irrecusável

Figuras de linguagem

Metáfora- compara dois termos ou ideias diferentes sem termos comparativos mas com base em uma
semelhança entre eles. Ex:

- As suas lágrimas eram um rio escorrendo pelo seu rosto

- a casa deles é um hospício

- o seu irmão é um cachorro

- Você é a luz
Comparação- relaciona termos diferentes numa mesma oração para reforçar a mensagem a ser
transmitida. Usa termos comparativos.

Ex: Ela é linda como uma princesa.

Metonímia- substituição de uma palavra por outra, quando existe uma relação de proximidade da
sentidos entre elas. Ex:

- O estádio (ao invés das pessoas) aplaudiu o jogador

Tipo: parte pelo todo

-Precisamos de muitos braços (ao invés de pessoas) para este trabalho.

Tipo: parte pelo todo

- Assistimos a Tarantino (invés de seu filme) hoje

Tipo: autor pela obra

- Bebeu uma garrafa (o suco não a garrafa) de suco e ainda queria mais

Tipo: continente pelo conteúdo

- Vou ao barbeiro (ao invés da barbearia) uma vez por mês

Catacrese- utilização de um termo do seu contexto original para nomear algo que não possui um nome
específico, ou seja, ou que possui um termo mais difícil. A catacrese facilita a comunicação cotidiana
entre as pessoas. Ex:

-Dente de alho, cabeça de prego, céu da boca, pele de tomate...

Sinestesia- sentidos humanos combinados na frase. Audição, visão, olfato, paladar, tato. Ex:

- Lembro-me daquela noite de verão, e do aroma(olfato) doce(paladar) dos seus cabelos.

- Esta chuva com gosto de mato e baunilha.

- O céu envolvia a sensação do azul, deixando-lhe o odeor e a delícia da tarde.

Hipérbole- ideia exagerada ou intensificada de algo ou alguém. Ex: Estou morrendo de fome...

Eufemismo- suaviza ou ameniza as expressões. Ex:

- Depois de meses sofrendo, ele finalmente descansou.

- O política faltou com a verdade naquela entrevista sobre cabo delgado


Personificação (prosopopeia)- atribui características e acções humanas a entes não humanos, como
seres inanimados e animais. Ex:

- "A virtude é preguiçosa e avara, não gasta tempo nem papel; Só o interesse é activo e pródigo."
(Machado de Assis)

- " A lua, a qual a dona de um bordel, pedia a cada estrela friaum brilho de alugue"

Antítese- uso de termos com sentidos opostos no discurso. Ex:

- "Água mole em pedra dura tanto bate até que fura".

- Ele prefere o escuro, eu, o claro

Paradoxo- também usa sentidos sentidos opostos. Porém, enquanto a antítese consiste no mero uso de
termos opostos, o paradoxo cria uma ideia ou pensamento contraditório. Ex:

- Ele sabia ser inocente ou malicioso quando necessário (Antítese)

- Havia uma inocência maliciosa em seu olhar. (Paradoxo)

- Até um cego consegue enxergar isso.

-Ele é tão rico de tão pobre que é.

Você também pode gostar