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COLÉGIO DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO TENENTE RÊGO BARROS

DIRETOR: CHRISTIANO PINTO MARÇAL-CEL. INT


PROFESSORA: 1T NANDRA/1T VANESSA KELI
ALUNO (A):______________________________________________
SÉRIE: 1º ANO/ MÉDIO TURMA: BELÉM, ___/____/___
LÍNGUA PORTUGUESA
CONTEÚDO: FIGURAS DE LINGUAGEM

FIGURAS DE LINGUAGEM
Ex.: Minha boca é como um túmulo.
As figuras de linguagem são formas de Ex.: A menina é como um doce.
expressão utilizadas com o sentido figurado, ou Ex.: Seu sorriso é tal qual um raio de sol numa
seja, em contextos que geram um sentido diferente manhã nublada.
daquele que convencionalmente são empregadas.
Elas valorizam o texto, contribuindo para que ele Metáfora: relação de semelhança não explícita.
fique mais expressivo, original ou para que
consiga transmitir, por meio das palavras, uma
emoção ou sentimento.
As figuras de linguagem possuem quatro
classificações. Elas podem ser:

1) Figuras de palavras: esse diz respeito ao


significado das palavras;
2) Figuras de pensamento: envolve a
combinação de pensamentos;
3) Figuras de sintaxe: modificam a estrutura
gramatical da frase;
4) Figuras de som: diz respeito a sonoridade
dos termos. Comparação: relação de semelhança
estabelecida por conectivos.
• FIGURAS DE PALAVRAS

As figuras de palavras estão associadas ao


significado das palavras. Elas caracterizam-se por
apresentar uma substituição ou transposição do
sentido real da palavra para assumir um sentido
figurado construído dentro de um contexto. A
substituição de uma palavra por outra pode
acontecer por uma relação muito próxima
(contiguidade) ou por uma comparação/analogia
(similaridade). Têm-se como exemplos:

Metáfora

Consiste em usar uma palavra ou Fonte: instagram.com/academiadotexto. Acesso em:


expressão em lugar da outra em razão de algumas 16/08/2023.
semelhanças (analogia) conceituais. É recurso que
está associado ao emprego da palavra fora do seu Observe:
sentido normal. Metáfora: relação de semelhança não explícita.
Comparação: relação de semelhança estabelecida
Ex.: O tempo é uma cadeira ao sol, e nada por conectivos.
mais. (Carlos Drummond de Andrade)
Ex.: Meu pensamento é um rio subterrâneo. Metonímia
(Fernando Pessoa)
Consiste na substituição de um termo pelo
Comparação outro em virtude de uma relação de proximidade
ou continuidade. Essa relação é qualitativa e pode
Analogia explícita entre dois termos, a ser realizada dos seguintes modos:
principal diferença entre a comparação e a
metáfora, que é outro tipo de relação de
semelhança, é que a comparação se estabelece
com o uso de conectivos.
A parte pelo todo: • FIGURAS DE PENSAMENTO
Ex.: O brasileiro trabalha muito para garantir o
pão aos filhos (O brasileiro trabalha muito para Hipérbole
garantir alimento aos filhos).
Consiste no uso de expressões
O autor pela obra: intencionalmente exageradas para dar maior
Ex.: Os leitores de Machado de Assis são cultos ênfase à mensagem expressa pelo emissor.
(Os leitores da obra de Machado de Assis são
cultos) Ex.: “Amor da minha vida, daqui até a
eternidade
O continente pelo conteúdo: Ex.: Nossos destinos foram traçados na
Ex.: A menina bebeu a jarra de suco inteira (A maternidade”. (Cazuza)
menina bebeu todo o suco da jarra). Ex.: “Vou caçar mais um milhão de vagalumes
por aí”. (Pollo)
A marca pelo produto:
Ex.: Minha filha pediu uma Melissa de aniversário Eufemismo
(Minha filha pediu uma sandália de aniversário).
Consiste no emprego de uma palavra ou
Singular pelo plural: expressão que serve para amenizar/ suavizar uma
Ex.: O cidadão deve cumprir seus deveres legais informação desagradável ou fatídica. É um
(Os cidadãos devem cumprir seus deveres legais). recurso essencial para validar a polidez nas
relações sociais.
O concreto pelo abstrato:
Ex.: A juventude está cada vez mais ansiosa (Os Ex.: “Suzanna é uma mulher desprovida de
jovens estão cada vez mais ansiosos). beleza. [feia]
Ex.: “Aquele pobre homem entregou a alma a
A causa pelo efeito: Deus” [morreu]
Ex.: Comprei a casa com o meu suor (Comprei a
casa com o meu trabalho). Ironia

O inventor pelo invento: Consiste em expressar ideias,


Ex.: Diego comprou um Picasso no museu pensamentos e julgamentos com o sentido
(Diego comprou uma obra de Picasso no museu). contrário do que se diz. A ironia tem como
objetivo satirizar uma situação desagradável ou
Catacrese depreciar alguém pelo seu comportamento.

A catacrese é uma figura de linguagem Ex.: “Marcela amou-me durante quinze meses
utilizada para se referir a algo que não tem um e onze contos de réis...” (Machado de Assis)
nome no idioma. Para isso, usa-se um termo já Ex.: “Parece um anjinho, briga com todos”.
existente, mas em outro contexto, tomando seu
sentido original emprestado para fazer a analogia. Antítese

Ex.: “Eu já falei para não sentar no braço do sofá!” Consiste no emprego de conceitos que se
Ex.: “Cuidado com a boca do fogão!” opõem e que podem ocorrer de maneira
simultânea numa mesma oração. Na antítese, os
Sinestesia conceitos antônimos não se contradizem e estão
relacionados a referentes distintos.
Consiste no recurso que engloba um
conjunto de percepções e sensações interligadas Ex.: “Tristeza não tem fim, felicidade sim!”
aos processos sensoriais provenientes de (Vinícius de Moraes)
diferentes sentidos (visão, audição, olfato, paladar Ex.: “O mito não é nada que é tudo”. (Fernando
e tato). Na sinestesia, a percepção ou sensação de Pessoa)
um sentido é atribuído a outro.
Paradoxo
Ex.: “As falas sentidas, que os olhos falavam.
(Casimiro de Abreu) Consiste no emprego de conceitos opostos
Ex.: “E o pão preserve aquele branco sabor de e contraditórios na representação de uma ideia. No
alvorada”. (Ferreira Gullar) paradoxo, embora os termos pareçam ilógicos, são
perfeitamente aceitáveis no campo da literatura, o
que confere ao autor uma licença poética.
Ex.: “Se lembra quando a gente chegou um dia a Ex.: Ana Rita arrumou-se para o trabalho. Estava
acreditar que tudo era pra sempre, sem saber que atrasada. (“elipse sujeito -ela”)
o pra sempre, sempre acaba” (Cássia Eller). Ex.: Os alunos e as alunas, mãos erguidas contra
Ex.: “Dor, tu és um prazer!” (Castro Alves). os políticos, caminhavam pelas ruas. (elipse da
preposição – “de mãos erguidas”)
Prosopopeia ou personificação
Zeugma
Consiste em atribuir características,
sentimentos e comportamentos próprios de seres Considerada um caso particular de elipse,
humanos a seres irracionais ou inanimados. É uma o zeugma consiste na omissão de palavras
figura muito usada em textos literários, como expressas anteriormente.
fábulas e apólogos.
Ex.: Eu sou professora; minha amiga, advogada.
Ex.: “O cravo brigou com a rosa debaixo de uma Ex.: Desembrulhe essa caixa enquanto eu
sacada...” (cantiga popular). desembrulho a outra.
Ex.: “As pedras andam vagarosamente”.
Pleonasmo

• FIGURAS DE SOM Consiste na repetição de termos ou ideias


com o objetivo de realçá-las, tornando-as mais
Onomatopeia expressivas.

É um recurso sonoro que procura Ex.: “É rir meu riso e derramar meu pranto”.
representar os sons específicos de objetos, animais (Vinícius de Moraes)
ou pessoas a partir de uma percepção aproximada Ex.: “Só Capitu, amparando a viúva, parecia
da realidade. vencer-se a si mesma.” (Machado de Assis).

Ex.: “O tic tac do relógio me deixava mais Anáfora


angustiado na prova”.
Ex.: “Psiiiiiu! – Falou o professor no momento da Consiste na repetição de palavras ou
reunião”. expressões no início da oração. Esse tipo de
recurso é muito comum em textos estruturados em
Aliteração versos consecutivos (poemas, músicas, entre
outros). O propósito é valorizar a mensagem por
É um recurso sonoro que consiste na meio da ênfase ao elemento repetido.
repetição de sons consonantais para intensificar a
rima e o ritmo. Ex.: “É o pau, é a pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
Ex.: “Chove chuva choverando” (Oswald de É um caco de vidro, é a vida, é o sol
Andrade) É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol.” (Tom
Ex.: “Se desmorono ou se edifico, se permaneço Jobim)
ou me desfaço, — não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo. (Cecília Meireles) Ex.: “Quando não tinha nada eu quis
Quando tudo era ausência, esperei
• FIGURAS DE SINTAXE Quando tive frio, tremi
Quando tive coragem, liguei”. (Daniela Mercury)
Consiste em uma modificação da estrutura
da oração (ou parte dela) por meio da omissão, Se liga!
inversão ou repetição de termos. Nesse caso, essas Existe o pleonasmo literário, que é um
alterações ocorrem para conferir mais recurso estilístico aceitável e muito explorado na
expressividade ao enunciado. literatura e na música. O problema é quando o
pleonasmo se torna vicioso. Expressões como
Elipse “fatos reais”, “subir para cima”, “ganhar de
graça”, “cego dos olhos” e outros constituem um
Utilizada para omitir termos numa oração vício de linguagem. A repetição da ideia torna-
que não foram mencionados anteriormente e que se, portanto, desnecessária, pois não traz
podem ser facilmente identificados pelo nenhum reforço à ideia apresentada.
interlocutor. Essa omissão pode ser percebida por
indícios gramaticais ou dentro do próprio BONS ESTUDOS!
contexto.

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