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FIGURAS DE LINGUAGEM
Ex.: Minha boca é como um túmulo.
As figuras de linguagem são formas de Ex.: A menina é como um doce.
expressão utilizadas com o sentido figurado, ou Ex.: Seu sorriso é tal qual um raio de sol numa
seja, em contextos que geram um sentido diferente manhã nublada.
daquele que convencionalmente são empregadas.
Elas valorizam o texto, contribuindo para que ele Metáfora: relação de semelhança não explícita.
fique mais expressivo, original ou para que
consiga transmitir, por meio das palavras, uma
emoção ou sentimento.
As figuras de linguagem possuem quatro
classificações. Elas podem ser:
Metáfora
A catacrese é uma figura de linguagem Ex.: “Marcela amou-me durante quinze meses
utilizada para se referir a algo que não tem um e onze contos de réis...” (Machado de Assis)
nome no idioma. Para isso, usa-se um termo já Ex.: “Parece um anjinho, briga com todos”.
existente, mas em outro contexto, tomando seu
sentido original emprestado para fazer a analogia. Antítese
Ex.: “Eu já falei para não sentar no braço do sofá!” Consiste no emprego de conceitos que se
Ex.: “Cuidado com a boca do fogão!” opõem e que podem ocorrer de maneira
simultânea numa mesma oração. Na antítese, os
Sinestesia conceitos antônimos não se contradizem e estão
relacionados a referentes distintos.
Consiste no recurso que engloba um
conjunto de percepções e sensações interligadas Ex.: “Tristeza não tem fim, felicidade sim!”
aos processos sensoriais provenientes de (Vinícius de Moraes)
diferentes sentidos (visão, audição, olfato, paladar Ex.: “O mito não é nada que é tudo”. (Fernando
e tato). Na sinestesia, a percepção ou sensação de Pessoa)
um sentido é atribuído a outro.
Paradoxo
Ex.: “As falas sentidas, que os olhos falavam.
(Casimiro de Abreu) Consiste no emprego de conceitos opostos
Ex.: “E o pão preserve aquele branco sabor de e contraditórios na representação de uma ideia. No
alvorada”. (Ferreira Gullar) paradoxo, embora os termos pareçam ilógicos, são
perfeitamente aceitáveis no campo da literatura, o
que confere ao autor uma licença poética.
Ex.: “Se lembra quando a gente chegou um dia a Ex.: Ana Rita arrumou-se para o trabalho. Estava
acreditar que tudo era pra sempre, sem saber que atrasada. (“elipse sujeito -ela”)
o pra sempre, sempre acaba” (Cássia Eller). Ex.: Os alunos e as alunas, mãos erguidas contra
Ex.: “Dor, tu és um prazer!” (Castro Alves). os políticos, caminhavam pelas ruas. (elipse da
preposição – “de mãos erguidas”)
Prosopopeia ou personificação
Zeugma
Consiste em atribuir características,
sentimentos e comportamentos próprios de seres Considerada um caso particular de elipse,
humanos a seres irracionais ou inanimados. É uma o zeugma consiste na omissão de palavras
figura muito usada em textos literários, como expressas anteriormente.
fábulas e apólogos.
Ex.: Eu sou professora; minha amiga, advogada.
Ex.: “O cravo brigou com a rosa debaixo de uma Ex.: Desembrulhe essa caixa enquanto eu
sacada...” (cantiga popular). desembrulho a outra.
Ex.: “As pedras andam vagarosamente”.
Pleonasmo
É um recurso sonoro que procura Ex.: “É rir meu riso e derramar meu pranto”.
representar os sons específicos de objetos, animais (Vinícius de Moraes)
ou pessoas a partir de uma percepção aproximada Ex.: “Só Capitu, amparando a viúva, parecia
da realidade. vencer-se a si mesma.” (Machado de Assis).