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Introdução

Figuras Semânticas

• Metáfora

• Comparação

• Prosopopéia

• Sinestesia

• Catacrese

• Metonímia

• Perífrase

• Antítese

• Paradoxo

• Eufemismo

• Hipérbole

• Ironia

Metáfora

É o emprego de um termo com significado de outro em vista de uma relação de


semelhança entre ambos. É uma comparação subentendida.

Exemplos:

• "Não sei que nuvem trago neste peito que tudo quanto vejo me entristece..."

•" Sua boca é um cadeado E meu corpo é uma fogueira"

•‘‘Não fique pensando que o povo é nada, carneiro, boiada, débil mental pra lhe
entregar tudo de mão beijada.’’

Comparação

É a aproximação de dois termos entre os quais existe alguma relação de semelhança,


como na metáfora. A comparação, porém, é feita por meio de um conectivo e busca
realçar determinada qualidade do primeiro termo.

Exemplos:
• A chuva caía como lágrimas de um céu entristecido.

• "E há poeta que são artistas E trabalham nos seus versos como carpinteiro nas
tábuas!..."

• Como um grande borrão de fogo sujo O sol posto demora-se nas nuvens que ficam."

Prosopopéia

Também chamada personificação ou animismo, é uma espécie de metáfora que consiste


em atribuir características humanas a outros seres.

Exemplos:

• "Ah! cidade maliciosa de olhos de ressaca que das índias guardou a vontade de andar
nua".

•. Com a passagem da nuvem, a lua se tranquiliza

Sinestesia

É uma espécie de metáfora que consiste na união de impressões sensoriais diferentes.

Exemplos:

• O cheiro doce e verde do capim trazia recordações da fazenda, para onde nunca mais
retornou.

• Um doce abraço indicava que o pai desculpara.

• Dia de luz , festa de sol Um barquinho a deslizar no macio azul do mar...

Catacrese

É o emprego de um termo figurado por falta de um termo próprio para designar


determinadas coisas. É uma metáfora desgastada pelo uso excessivo.

Exemplos:

•. Sentou-se no braço da poltrona para descansar.

• Não me lembro do seu nome, mas ainda vejo as suas eternas maçãs do rosto
avermelhadas.

Metonímia
É a substituição do sentido de uma palavra ou expressão por outro sentido, havendo
entre eles uma reacção lógica. O autor pela obra.

Exemplos:

O autor pela obra: você já leu Camões?

O efeito pela causa: respeite minhas rugas.

O instrumento pela pessoa: Júlio é um bom garfo.

Perífrase

Expressão que designa um ser através de alguma de suas características ou atributos, ou


de um fato que celebrizou. Em termos gerais, perífrase designa qualquer sintagma ou
expressão idiomática (e mais ou menos óbvia ou directa) que substitui outra.

Exemplos:

A Cidade Luz continua atraindo visitantes do mundo todo.

A Cidade Maravilhosa segue cheia de sol.

Antítese

Aproximação de ideias de sentidos opostos.

Exemplos:

Tinha na alma um herói e um covarde.

Paradoxo ou oxímoro

É o emprego de duas ideias antagónicas, que se excluem mutuamente, mas que


aparecem em uma mesma frase.

Exemplos:

“Amor é fogo que arde sem se ver;

É ferida que dói e não se sente

"Estou cego e vejo "

Eufemismo
emprego de palavra ou expressão com objectivo de amenizar alguma verdade triste,
chocante ou desagradável.

Exemplos:

Ele foi desta para melhor.

Hipérbole

Exagero proposital. Estou morrendo de alegria.

Exemplos:

Chorou um rio de lágrimas.

Ironia

Forma intencional de dizer o contrário do que pensamos.

Exemplos:

Ele era fino e educado (comeu como um porco), além de ser gentil (nem disse
obrigado).

FIGURAS FONÉTICAS

• Onomatopeia

• Assonância

• Aliteração

Onomatopeia

Consiste no aproveitamento de palavras cuja pronúncia imita o som ou a voz natural dos
seres. É um recurso fonémico ou melódico.

Exemplo:

"No Tic Tic Tac do meu coração, renascerá..."

Assonância

É a repetição de vogais na mesma frase.

Exemplo:
"Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral"

Aliteração

Repetição de fonemas idênticos ou semelhantes.

Exemplo:

Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando. (Guimarães Rosa)

FIGURAS SINTÁTICAS

1.Elipse 2.Zeugma

3.Polissíndeto 4. Assíndeto

5.Inversão ou Hipérbato 6.Silepse

7.Pleonasmo 8. Anacoluto

9.Anáfora 10.Epístrofe

Elipse

É a omissão de palavra ou expressão que pode ser facilmente subentendida.

Exemplo:

Requer-se seja intimado.

Toda a cidade parada por causa do calor.

Zeugma

é um tipo de elipse. Ocorre zeugma quando duas orações compartilham o termo


omitido, isto é, quando o termo omitido é o mesmo que aparece na oração anterior.

Exemplos:

Na terra dele só havia mato; na minha, só prédios.

Meus primos conheciam todos. Eu, poucos.

Polissíndeto

Repetição de conjunções (síndetos).

Exemplos:
Não sorriu, nem feliz ficou, nem quis me ver, nem se importou com a partida.

E resmunga, e chora, e grita, e pula, e berra.

Assíndeto

Ausência da conjunção entre palavras ou entre orações de um período.

Exemplos:

Nunca tivemos glória, amores, dinheiro, perdão.

Vim, vi, venci.

Inversão ou Hipérbato

É a alteração da ordem directa dos termos ou das próprias orações.

Exemplos:

Aquela pessoa nunca mais quero ver.

Da casa saíram as crianças.

Da igreja estava ele na frente.

Silepse

é a concordância que se faz com a ideia, e não com a palavra expressa. Há três tipos:

De género: Vossa Santidade será homenageado.

De pessoa: os brasileiros somos massacrados.

De número: havia muita gente na rua, corriam desesperadamente.

Pleonasmo

Repetição da mesma ideia com objectivo de realce.

Exemplos:

Ó mar salgado, quanto do teu sal

São lágrimas de Portugal

Anacoluto
É a quebra da estrutura normal da frase a fim de introduzir nova palavra sem ligação
sintáctica com as demais.

Exemplos:

Minha vida, tudo sem importância.

Eu, eles diziam que a culpa era minha.

Anáfora

É também a repetição de palavras, porém no início de frase ou versos.

Exemplos:

Eu quase não saio

Eu quase não tenho amigo

Eu quase não consigo

Epístrofe

Consiste no chamamento ou interpelação a uma pessoa ou coisa que pode ser real ou
imaginária, pode estar presente ou ausente; usada para dar ênfase. Um tipo de
VOCATIVO.

Exemplos:

Ó mar salgado,

quanto do teu sal

são lágrimas de Portugal!


Conclusão
Bibliografia

ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Gramática Metódica da Língua Portuguesa. 44ª


edição. Editora Saraiva. São Paulo. 2001

ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Gramática Metódica da Língua Portuguesa. 44ª


edição. Editora Saraiva. São Paulo. 2001

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