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Português para Agente e Escrivão da PCDF

1.

Português
5.2 Relação de Coordenação e Subordinação entre os termos da oração

5.2 Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração.

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SUMÁRIO
ORAÇÕES COORDENADAS E SUBORDINADAS ..........................................................................3
1. FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO ............................................................................................3
2. ADJUNTO ADNOMINAL X COMPLEMENTO NOMINAL ...................................................3
3. ORAÇÕES COORDENADAS ...............................................................................................4
3.1 ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS....................................................................4
4. ORAÇÕES SUBORDINADAS ..............................................................................................4
4.1 ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS .............................................................5
4.2 ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS ....................................................................6
4.3 ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS ..................................................................6
5. ORAÇÕES REDUZIDAS ......................................................................................................9
5.1 IDENTIFICANDO UMA ORAÇÃO REDUZIDA ..............................................................9
5.2 ORAÇÕES REDUZIDAS DE INFINITIVO ....................................................................10
6. ORAÇÕES REDUZIDAS DE GERÚNDIO ...........................................................................12
7. ORAÇÕES REDUZIDAS DE PARTICÍPIO ...........................................................................12
8. FUNÇÕES SINTÁTICAS DOS PRONOMES RELATIVOS ....................................................13
9. FUNÇÃO SINTÁTICA DOS PRONOMES PESSOAIS ÁTONOS ...........................................14
9.1 FUNÇÕES SINTÁTICAS DOS PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS...............................14
9.2 OS PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS COM FUNÇÃO DE SUJEITO ..........................15

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ORAÇÕES COORDENADAS E SUBORDINADAS


1. FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO

Frase: enunciado com sentido completo, seja longo ou curto. Quando a frase não possuir
verbo, será denominada frase nominal, quando possuir verbo, frase verbal.
Oração: é a frase verbal. Toda oração possui um verbo ou uma locução verbal.
Período: frase constituída por uma ou mais orações com sentido completo. O período pode
ser simples (uma oração) ou composto (duas ou mais orações).

2. ADJUNTO ADNOMINAL X COMPLEMENTO NOMINAL

Adjunto Adnominal X Complemento Nominal

COM ou SEM preposição SEMPRE com preposição

Se liga a SUBSTANTIVOS Só SUBSTANTIVO ABSTRATO,


(concretos ou abstratos) ADJETIVOS e ADVÉRBIOS

O termo é AGENTE O termo é PACIENTE

Se a expressão preposicionada acompanha um adjetivo, nunca poderá ser adjunto


adnominal.
Ela é igual a mãe.
A expressão "a mãe" nunca poderá ser adjunto adnominal, pois qualifica um adjetivo (igual),
assim com certeza é um complemento nominal.
As noites de verão são curtas.
A expressão "de verão" nunca poderá ser complemento nominal. Porque ela se liga ao
substantivo concreto "noites", assim, só pode ser adjunto adnominal.

Adnominal tem sentido de agente, realiza a ação, o complemento nominal tem sentido de
paciente, sofre a ação.
Amor de mãe não tem fim.
A mãe sente o amor (agente), neste caso, é adjunto adnominal.
Amor à mãe não tem fim.
A mãe recebe o amor, neste caso, é complemento nominal.

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3. ORAÇÕES COORDENADAS

As orações são independentes, não precisam de outra para terem sentido completo). As
orações coordenadas podem ser:
• SINDÉTICAS (ligadas por conjunção)
Aproximou-se, mas não falou nada.
• ASSINDÉTICAS (ligadas por pausa sem conjunção)
Ela cantava, ela sorria.

3.1 ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS

1) Aditivas: exprimem ideia de adição, de soma, de acréscimo, de sequência.


e, nem, não só...mas também, nem...nem
2) Adversativas: exprimem contrariedade, oposição, quebra de expectativa, contraste.
mas, porém, todavia, contudo, entretanto, não obstante, só que, no entanto, ainda assim.
➢ Atenção à semântica das conjunções coordenativas
Vivi dançou bem e foi vaiada.
Vivi dançou bem, mas foi vaiada
3) Alternativas: exprimem ideia de alternância de fatos, de escolha, de exclusão.
ou, ora...ora, já...já,seja...seja, quer..quer, talvez...talvez.
4) Conclusivas: exprimem ideia de conclusão ou consequência.
pois (depois do verbo, separada por vírgula), portanto, logo, por isso, assim, então, em
vista disso, por conseguinte.
5) Explicativas: exprimem ideia de explicação, justificativa.
pois (antes do verbo), porque, que, porquanto.

4. ORAÇÕES SUBORDINADAS

No PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO as orações apresentam relação de


dependência entre si. A oração principal só tem sentido completo por meio da oração
subordinada.
As orações subordinadas podem ser SUBSTANTIVAS, ADJETIVAS ou ADVERBIAIS.

Orações Substantivas Orações Adverbiais Orações Adjetivas

- Subjetivas - Causais - Adjetivas


- Objetivas Diretas - Condicionais - Restritivas

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- Objetivas Indiretas - Comparativas


- Completivas Nominais - Conformativas
- Predicativas - Consecutivas
- Apositivas - Finais
- Concessivas
- Temporais
- Proporcionais

4.1 ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

Exercem função sintática de substantivo e aparecem introduzidas pelas conjunções


integrantes "QUE" ou "SE". Troque toda frase apresentada com a conjunção integrante por
“ISSO”.
Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: função de sujeito.
É fundamental que você entenda a matéria.
É fundamental ISSO. (Isso é fundamental.)
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: função de objeto direto.
o A oração principal deverá ter OBRIGATORIAMENTE um verbo VTD ou VTDI!!!
Todos querem que você seja vitorioso.
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: função de objeto indireto.
o A oração principal deverá ter OBRIGATORIAMENTE um verbo VTI ou VTDI!!!
Ana não gosta de que a chamem de baixinha.
Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal: função de complemento nominal
Betinho tinha certeza de que Capitu o traiu.
Oração Subordinada Substantiva Apositiva: função de aposto.
Exijo apenas uma coisa do meu namorado: que me compre flores todos os meses.
Oração Subordinada Substantiva Predicativa: função de predicativo do sujeito
o A oração predicativa, na maioria das vezes, vem após o verbo SER e,
esporadicamente, após o verbo PARECER.
Meu sonho era que ele voltasse logo.
As crianças parecem que são mais sedentárias nos tempos modernos.

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4.2 ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

Exercem função sintática de adjetivo, introduzidas pelos pronomes relativos:


quem, que, quanto, o qual, cujo, como, quando e onde.
A função de adjetivo exercida por essas orações é a de adjunto adnominal

ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA RESTRITIVA

Limita, restringe o sentido do termo antecedente. Não deve ser isolada por vírgulas, em
regra.
A pessoa que lê mais conversa melhor.

ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA EXPLICATIVA

Sempre aparece isolada por vírgulas, travessões ou parênteses. Apenas explica um termo
anterior.
Os homens, que são mortais, agem como se nunca fossem morrer.

4.3 ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

Essa oração subordinadas são denominadas assim por exercerem função própria dos
advérbios, ou seja, de adjuntos adverbiais. São introduzidas pelas conjunções
subordinativas.

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CAUSAL

Expressa causa, motivo ou razão:


porque, pois, já que, pois, visto que, uma vez que, na medida em que, porquanto

A casa incendiou porque esqueceram o gás ligado.


Saiu mais cedo visto que o filho ligou.

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ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONSECUTIVA

Expressa consequência iniciada por uma conjunção subordinativa consecutiva.


tão...que, tal...que, tanto...que, de maneira que, de forma que, a tal ponto...que, de sorte

Os fatos eram tão inusitados que tentou fugir dali.

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONDICIONAL

Expressa condição necessária para a realização ou não de um fato.


se, caso, contanto que, desde que, a menos que, exceto se, salvo se

Se a encontrasse novamente, não a reconheceria.


Tudo o que quiser, desde que estude e passe de ano.

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONCESSIVA

Indica concessão, quebra de expectativa, fato inesperado, contradição.


embora, ainda que, ainda quando, posto que, conquanto, se bem que, mesmo que

Embora ficasse nervosa, sempre se saía bem.


Angélica, posto que muito emocionada, voltou-se para a rua.

Não confundir as conjunções PORQUANTO, que indica causa, com a conjunção


CONQUANTO, que indica concessão. Portanto, são empregadas em situações diferentes de
expressão em uma frase.

ORAÇÃO SUBORDINATIVA ADVERBIAL COMPARATIVA

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Estabelece relação comparativa (ou analogia) com o fato.


como, tal qual, tanto...como, como se, assim como, tanto...quanto.

As ideias chegavam como entrega rápida.


Parecia mais feliz que o habitual.
Chorou tal qual criança que perdeu o doce.

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONFORMATIVA

Estabelece relação de conformidade (maneira, acordo) com o fato apresentado.


como (no sentido de conforme), conforme, segundo, consoante

Ela argumentava segundo as crenças que tinha.


O artista repassa as impressões como lhes chegam à alma.

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL PROPORCIONAL

Exprime relação de proporcionalidade (simultaneidade) com o fato expresso.


à proporção que, à medida que, quanto mais...mais, quanto menos...menos, quanto
maior...maior, quanto menor...menor, quanto pior...pior, quanto melhor...melhor.

A pobreza diminui à medida que o investimento em educação aumenta.


Não gostava da sogra, quanto mais da cunhada.

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL FINAL

Exprime finalidade, intenção em relação ao que é declarado.


a fim de que, para que, porque (com sentido de para que).

É tarde para que reverta o estrago.

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Apertei o ferimento a fim de que parasse de sangrar

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL TEMPORAL

Exprime ideia de tempo.


quando, assim que, antes que, enquanto, cada vez que, agora que, sempre que.

Desaprovou o comportamento do filho assim que soube do ocorrido.


Estarei esperando quando você quiser voltar.

5. ORAÇÕES REDUZIDAS

5.1 IDENTIFICANDO UMA ORAÇÃO REDUZIDA

É possível afirmar que oração reduzida é, em regra, aquela que se apresenta sem conectivo
e com verbo na forma nominal (infinitivo, gerúndio ou particípio).
• aparece sem conectivo (conjunção ou pronome relativo)
• pode ser reescrita com conectivo
• aparece com verbo no infinitivo, gerúndio ou particípio
• pode ser acompanhada por preposição
Ao identificar um verbo na forma nominal (infinitivo, gerúndio ou particípio), tenha atenção
redobrada, pois as chances de haver uma oração reduzida é grande!

Oração Reduzida sem o conectivo:


Maria prometeu passar neste concurso.
Oração Desenvolvida com conectivo:
Maria prometeu que passaria neste concurso.

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5.2 ORAÇÕES REDUZIDAS DE INFINITIVO

SUBORDINADA SUBSTANTIVA SUBJETIVA

Não é adequado gastar todo o salário em compras.


(Gastar todo o salário em compras não é adequado.)
A oração sublinhada tem função de sujeito da oração principal, não possui conectivo e o
verbo está no infinitivo, logo é subjetiva reduzida de infinitivo.

ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA PREDICATIVA

O meu sonho é viajar pelo mundo.


Desenvolvida: O meu sonho é que eu viaje pelo mundo.

ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA COMPLETIVA NOMINAL

Tenho esperança de tirarem boas notas.


Desenvolvida: Tenho esperança de que tirem boas notas.

ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA DIRETA

Desejo convidar a vizinha para jantar.


Desenvolvida: Desejo que a vizinha venha jantar.

ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA INDIRETA

Dar à família más notícias é sempre a pior parte.


Desenvolvida: A pior parte é que dou à família más notícias.

ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA APOSITIVA

Deu a seguinte ordem: fazer o dever de casa.


Desenvolvida: Deu a seguinte ordem: que eu faça o dever de casa.

ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA RESTRITIVA

Foi o único a lembrar do aniversário do professor.

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Desenvolvida: Foi o único que lembrou do aniversário do professor.

ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA EXPLICATIVA

O cão, a ladrar de madrugada, é do síndico.


Desenvolvida: O cão, que ladrou de madrugada, é do síndico.

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CAUSAL

Por estar a chover, assistiremos um filme em casa.


Desenvolvida: Assistiremos um filme em casa, porque está chovendo.

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONCESSIVA

A saber a resposta, perguntou se podia ir.


Desenvolvida: Apesar de que sabia a resposta, perguntou se podia ir.

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONDICIONAL

Sem se esforçar, não chegará a lado nenhum.


Desenvolvida: Caso não se esforce, não chegará a lado nenhum.

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONSECUTIVA

Gritou até ficar sem voz.


Desenvolvida: Gritou até que ficou sem voz.

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL FINAL

Para trabalhar, pega três ônibus.


Desenvolvida: Para que vá trabalhar, pega três ônibus.

ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL TEMPORAL

Por dois anos, viver aqui foi a sua maior alegria.


Desenvolvida: Quando vivia aqui era muito alegre.

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6. ORAÇÕES REDUZIDAS DE GERÚNDIO

SUBORDINADA ADJETIVA

Avistamos crianças comendo doces. (que comiam...)

SUBORDINADA ADVERBIAL CAUSAL

Prevendo uma forte chuva, não saiu de casa. (já prevendo...)

SUBORDINADA ADVERBIAL TEMPORAL

Retornando à sala de aula, encontrei muita bagunça. (ao retornar...)

SUBORDINADA ADVERBIAL CONDICIONAL

Querendo me visitar amanhã, ligue antes. (caso venha...)

SUBORDINADA ADVERBIAL CONCESSIVA

Mesmo treinando diariamente, não atingiu as metas.

COORDENADA ADITIVA

Falou com médico, marcando uma consulta. (falou E marcou...)

7. ORAÇÕES REDUZIDAS DE PARTICÍPIO

SUBORDINADA ADJETIVA

Juliana levou um prato de doce, feito pela mãe. (que a mãe fez.)

Particípio como adjetivos e que funcionam como adjuntos adnominais ou predicativos:

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Temos cinco meninas classificadas. (adjunto adnominal de “meninas”)


Ela viu o caderno rasgado na mesa. (predicativo do objeto "o caderno")

SUBORDINADA ADVERBIAL CAUSAL

Assustada com o assalto, chamou a polícia. (Porque estava assustada...)

SUBORDINADA ADVERBIAL CONCESSIVA

Mesmo muito cansado, aceitou o desafio. (embora muito cansado.)

SUBORDINADA ADVERBIAL CONDICIONAL

Descoberto o segredo, todos entenderão a questão. (Caso descoberto...)

SUBORDINADA ADVERBIAL TEMPORAL

Terminada a apresentação, todos aplaudiram a atriz. (Assim que terminou...)

8. FUNÇÕES SINTÁTICAS DOS PRONOMES RELATIVOS

Os pronomes relativos servem para retomar um termo citado anteriormente, geralmente


o mais próximo. Os pronomes relativos mais usados são: que, quem, onde, cujo.
Ela é a professora que encontrei ontem no mercado.
Sabemos que o “que” retoma professora. Para saber a função do pronome relativo, faça o
seguinte:
• Substitua o pronome relativo pelo termo retomado (professora)
Ela é a professora. Eu encontrei a professora ontem no mercado.
• Analise qual seria a função desse termo na oração iniciada pelo QUE (professora é
objeto direto do verbo “encontrar” – encontrei quem?)
• A função que o termo retoma é a função do QUE
Então a função do QUE (pronome relativo) é de objeto direto da oração que ele inicia.

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O filme a que (nós) assistimos (ao filme) é bom.


Nós (sujeito) assistimos (verbo transitivo indireto) ao filme (objeto indireto). Assim, a
função do QUE é objeto indireto.

Ele é o ator que (o ator) deu a entrevista.


O ator (sujeito) deu (verbo transitivo direto) a entrevista (objeto direto). Assim, a função do
QUE é sujeito.

Finalmente, comprei um livro a que tenho amor (ao livro).


Eu (sujeito) tenho (verbo transitivo direto) amor (objeto direto) ao livro (complemento
nominal). Assim, a função do QUE é complemento nominal.

O shopping em que (nós)comprávamos roupas (no shopping) foi ampliado.


Nós (sujeito) comprávamos (verbo transitivo direto) roupas (objeto direto) no shopping
(adjunto adverbial de lugar). Assim, a função do QUE é adjunto adverbial.

9. FUNÇÃO SINTÁTICA DOS PRONOMES PESSOAIS ÁTONOS

Falei com vocês sobre eles no capítulo de pronomes, mas aqui focaremos nas funções
sintáticas exercidas pelos pronomes oblíquos átonos.

PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS QUE NÃO SÃO ACOMPANHADOS DE PREPOSIÇÃO

Eu (1ª singular) me
Tu (2ª singular) te
Ele (3ª singular) o, a, se, lhe
Nós (1ª plural) nos
Vós (2ª plural) vos
Eles (3ª plural) os, as, se, lhes

9.1 FUNÇÕES SINTÁTICAS DOS PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS


O(s), A(s): ocupam função de OBJETO DIRETO.
Ela vê o rapaz com amor. Ela o (o rapaz) vê com amor. (Objeto Direito)

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Entreguei a carta ao vizinho. Entreguei-a (a carta) ao vizinho.


Muitos problemas atingiram a população neste mês.
Muitos problemas atingiram-na (a população) neste mês.

Os pronomes oblíquos sofrem transformação quando se unem a uma forma verbal


terminada em ditongo nasal (AM, EM, ÕE, ÃO, ÃE): a = na, as = nas, o = no, os = nos.

LHE(s): ocupa a função de OBJETO INDIRETO.


Enviei flores a minha mãe. Enviei-lhe (a minha mãe) flores.
Maria pagará o dinheiro ao amigo. Maria lhe (ao amigo) pagará o dinheiro.

Os pronomes ME, TE, SE, NOS, VOS podem exercer função de objeto direto ou indireto.
Ele não me chamou (quem? “eu”) para a festa. (Objeto Direto)
Conseguir substituir o pronome átono (me, te, nos,...) por pronome tônico com preposição
(a mim, a ti, a nós ...) não torna esse pronome objeto indireto!! Para sabermos o tipo de
complemento, precisamos focar no verbo, na REGÊNCIA VERBAL.
Professor, os alunos não te obedecem (obedecem a quem? ao professor). (Objeto Indireto)

9.2 OS PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS COM FUNÇÃO DE SUJEITO

Para exercer função de sujeito, é preciso a seguinte estrutura: verbo + pronome oblíquo +
verbo no infinitivo ou gerúndio.
Senti-o chegar. (Senti que ele chegou.)
O pronome oblíquo "o" é sujeito do verbo "chegar".
Ela me mandou correr. (Ela mandou que eu corresse.)
O pronome oblíquo "me" é o sujeito do verbo "correr".

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