Universidade Católica de

Moçambique
Faculdade de Ciências de Saúde

Técnicas de Expressão em Língua

Portuguesa

A FRASE
SIMPLES: A
ESTRUTURA DA
FRASE: Docentes: Geraldo vunguire e Sarai Ernesto
O que é a Frase?
De acordo com Celso Cunha,(2002) a frase é “um
enunciado de sentido completo, a unidade mínima
de comunicação.”
Ou ainda,

A frase (ou período) é uma sequência coerente e

coesa de palavras, as quais obedecem a uma
estrutura formal (Sujeito + Verbo + Objecto) e
transmitem um sentido autónomo e relativamente
completo para a comunicação.

Docentes: Geraldo vunguire e Sarai Ernesto

Será que qualquer oração é uma
frase ?
A acepção alargada de frase distancia-se da
acepção de oração (no contexto gramatical), pois
que esta rejeita os enunciados e as expressões,
pelo facto de que essas, por natureza, não
possuem autonomia semântica e adquirem valor
somente quando enquadradas no respetivo
contexto de produção.
Portanto, assume-se que uma frase coincide com
uma oração (mono - oracional) quando essa frase
transmite um sentido autónomo e completo.

Docentes: Geraldo vunguire e Sarai Ernesto

 Os constituintes da frase
A frase comporta constituintes mediatos e imediatos.
Constituintes imediatos
─ Sintagma Nominal (SN): tem como núcleo o nome ou
seu equivalente, aos quais se podem agregar um
determinante, um sintagma adjectival (com a função de
atributo) e um sintagma nominal secundário (com a função
de aposto). Como constituinte imediato, O SN pode
desempenhar as funções de sujeito ou vocativo.
─ Sintagma Verbal (SV): tem como núcleo o verbo, ao
qual se podem agregar os sintagmas adjetival, nominal,
adverbial ou preposicional. Como constituinte imediato,
desempenha as funções de predicado ou predicativo do
sujeito.

Docentes: Geraldo vunguire e Sarai Ernesto

 Os constituintes da frase
Constituintes mediatos
─ Sintagma Adjectival (SADJ): é formado por um
adjectivo ou equivalente, ao qual se pode juntar um
especificador de grau e um sintagma preposicional. Pode
desempenhar as funções de atributo, aposto, predicativo ou
complemento circunstancial (Ex.: Ela almoça sussurrando.
─ c.c.modo).
─ Sintagma adverbial (SADV): é formado por um
advérbio ou equivalente, ao qual se pode juntar um outro
advérbio. Pode desempenhar as funções de conector
interfrásico (Ex.: Estou feliz pela vitória, de contrário, seria
um traidor da equipa.), complemento circunstancial, díctico
(Ex.: Aqui vende-se recarga da Mcel.) ou especificador de
grau (Ex.: Estás bastante atraente.).
Docentes: Geraldo vunguire e Sarai Ernesto
cont
─ Sintagma preposicional (SPREP): é formado por uma
preposição (que pode estar expressa ou subentendida)
seguida de um sintagma nominal (Ex.: Ela contou-me [↔
a mim] um segredo.; [No/ ]domingo estarei de folga.), um
infinitivo (Ex.: Meus amigos, vivo para amar!) ou uma
oração adverbial (Ex.: O vento sopra para anunciar a
tempestade.).
Pode desempenhar as funções de complemento indirecto
(Ex.: Eu gosto de goiabas. ─ Verbo prepositivo), agente
da passiva (Ex.: Sou um filho querido do meu pai. /Sou
querido pelo meu pai.), complemento circunstancial,
complemento determinativo (Ex.: O velho adora cachaça
de papaias.) ou complemento locativo (Ex.: Eles vão ao
mercado.).

Docentes: Geraldo vunguire e Sarai Ernesto

Cont.

─ Sintagma Interjectivo (SINTERJ): que se encontra

em frases exclamativas. Ocorre independente de
qualquer outro sintagma (Ex.: Ui!) ou integrado noutro
sintagma (Ex.: Peço a tua compreensão, por favor!). O
SINTERJ pode desempenhar as funções expressiva,
imitativa, apelativa e fática.

Docentes: Geraldo vunguire e Sarai Ernesto

ESTRUTURA DO SN

Docentes: Geraldo vunguire e Sarai Ernesto

ESTRUTURA DO SV

Docentes: Geraldo vunguire e Sarai Ernesto

 A ORDEM DOS CONSTITUINTES

Para CAMPOS e XAVIER ( 1991 ) o sujeito precede o predicado – SN SV - ,

relativamente a ordem de constituintes, equivale a dizer que o SN (S) precede SV
(V), também o verbo precede o objeto direto – V od – e este último precede o
objeto indireto – V od oi – e os circunstanciais ( Cs ) encontram-se a constituintes
do SV – V od oi Cs.

Exemplo:
[ SN O César ] [ SV [ V ofereceu ] [ SN uma flor ] [ SP à Justina ] ] [SP no Natal ]
sujeito verbo objeto direto obj. indireto circunstancial

Docentes: Geraldo vunguire e Sarai Ernesto

Espécies de Frases
─ Frase simples ou mono - oracional
É aquela que apresenta apenas um verbo conjugado,
transmitindo, por conseguinte, uma só ideia. Ex.: Ele
almoçou tarde.

─ Frase complexa ou pluri - oracional

É aquela que apresenta dois ou mais verbos conjugados,
transmitindo, por conseguinte, várias ideias. Ex.: Entrei
tarde no jogo, mas marquei golos, apesar de termos
perdido a partida.

Docentes: Geraldo vunguire e Sarai Ernesto

Cont.
─ Frase mista
É uma frase complexa por coordenação e subordinação
simultaneamente. Ex.: O Castro é inteligete, todavia é
consumidor de drogas por isso reprovou.
─ Frase elíptica ou nominal
É aquela que, pelo contexto, admite a omissão de
sintagmas sem, entretanto, perigar a compreensão da
mensagem que veicula. Tais são os casos de placas de
alerta, títulos, rótulos e etiquetas. Trata-se de uma
construção que ultimamente tem dominado a esfera
jornalística, técnica e científica, pois que permite uma maior
objetividade, brevidade e concisão. Ex.1: Trabalhos na
estrada; Ex.2: “Terra Sonâmbula”; Ex.3: [Quem entornou o
molho?] ─ José.

Docentes: Geraldo vunguire e Sarai Ernesto

Cont.

─ Frase mátemática
É aquela que se constrói com recurso a símbolos
específicos. É mais frequente no discurso científico e
técnico. Ex.: A≠B.
─ Frase poética
É aquela que se constrói com recurso a artífios
poéticos. É polissémica e, por conseguinte, rica em
mensagens. Ex.: Não consigo ver o que ela sente por
mim.

Docentes: Geraldo vunguire e Sarai Ernesto

Aprender é uma arte,
ensinar é uma virtude.

Docentes: Geraldo vunguire e Sarai