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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

Regas Internacionais de Nomenclatura

Nome do estudante: Apadre Achira Código: 91230402

Pemba, Agosto de 2023


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

Curso de Licenciatura em Ensino Biologia

Regas Internacionais de Nomenclatura

Trabalho de carácter avaliativo, a


ser submetido na Coordenação do
Curso de Licenciatura em Ensino
de Biologia da UnISCED.

Tutor: Ernesto José Adelino

Nome do estudante: Apadre Achira Código: 91230402

Pemba, Agosto de 2023


Índice

Introdução..............................................................................................................................4

1. Regras internacionais de Nomenclatura.............................................................................5

1.1. A nomenclatura biológica...............................................................................................5

1.2. Classificação das Regras internacionais de nomenclatura..............................................5

1.3. Lei da homonímia...........................................................................................................5

1.4. Lei da prioridade ou sinonímia......................................................................................5

Conclusão...............................................................................................................................8
Introdução

A Zoologia é uma disciplina dentro do campo da Biologia Comparada (ciência da


diversidade). A biologia comparada tem três elementos: 1) a descrição dos organismos, suas
similaridades e diferenças; 2) a história dos organismos no tempo e 3) a história da
distribuição espacial dos organismos no tempo.

As regras internacionais de nomenclatura na zoologia são estabelecidas pela Comissão


Internacional de Nomenclatura Zoológica (ICZN, na sigla em inglês). Essas regras são
essenciais para padronizar a nomenclatura dos animais em todo o mundo e garantir que haja
um sistema claro e consistente de nomenclatura.

Objectivo geral

 Familiarizar com as Regras Internacionais de Nomenclatura.

Objectivos específicos

 Identificar Regras internacionais de nomenclatura zoológica;


 Descrever as regras internacionais de nomenclatura zoológica;
 Exemplificar as regras de nomenclatura.

Metodologia do trabalho

Quanto a metodologia usada na realização do presente trabalho foi a consulta de referências


bibliográficas e não só, também foi útil a internet, que consistiu na leitura e interpretação de
dados, os respectivos autores estão citados dentro do trabalho e nas referências bibliográficas.
O trabalho apresenta a seguinte estrutura ꓽ introdução onde contem o tema do trabalho,
objectivos do trabalho, metodologias em seguida vem o desenvolvimento onde vem
abordados os conteúdos essenciais do tema em estudo, a conclusão que contem a síntese em
relação ao tema e por fim a referência bibliográfica onde contem as obras usadas na
elaboração do trabalho.
1. Regras internacionais de Nomenclatura

1.1. A nomenclatura biológica

As regras de nomenclatura são um conjunto de normas e recomendações, que governam a


criação dos nomes científicos. Visam à estabilidade dos nomes científicos. Nesta ótica, é
recomendado que: 1) um determinado tipo de organismo tenha somente um nome correto; 2)
dois tipos diferentes de organismos não possuam o mesmo nome. As exceções são sempre
propostas ao Comitê de Nomenclatura Zoológica.

1.2. Classificação das Regras internacionais de nomenclatura

Nomes científicos são latinos ou latinizados. Em decorrência disso, os nomes científicos


nunca são acentuados. Como exemplo, os cnidários formam o Filo Cnidaria.

1.3. Lei da homonímia

Dois Gêneros diferentes não podem ter o mesmo nome. Esta norma é estendida aos táxons
superiores, isto é, táxons das categorias de Família, Ordem etc. Da mesma forma duas
espécies do mesmo gênero também não podem ter o mesmo nome. No entanto, como os
nomes das espécies são binomiais, espécies pertencentes a Gêneros diferentes podem ter o
mesmo nome específico, pois não será uma homonímia.

Como exemplo, podemos citar: Aspidosiphon brasiliensis (uma espécie de verme marinho do
Filo Sipuncula), Megacephala brasiliensis e Hoplopyga brasiliensis (duas espécies de insetos
coleópteros).

1.4. Lei da prioridade ou sinonímia

Segundo Martins (1983) esta lei assevera que “dentre todos os nomes propostos para um
mesmo táxon” (denominados sinônimos) “o mais antigo é que tem validade” (sinônimo
Sênior). Os demais nomes são considerados sinônimos juniores e não serão nomes válidos.
Assim, se uma espécie for descrita, em dois momentos diferentes, com nomes diferentes o
nome que terá validade será o mais antigo.

O princípio da prioridade estabelece que o primeiro nome validamente publicado para uma
espécie é o nome prioritário. Ou seja, o primeiro nome a ser introduzido de acordo com as
regras é o nome oficial.
Exemplo: A espécie Homo sapiens foi descrita por Carl Linnaeus e é o nome prioritário para
os seres humanos.

Exemplo: em 1865 Quatrefages descreveu uma espécie de verme marinho como


Aspidosiphon laevis; em 1952 Cordero & Mello-Leitão descreveram, sem se darem conta, a
mesma espécie como Aspidosiphon brasiliensis. Quando ficou demonstrado que esses dois
nomes se tratavam da mesma espécie, Aspidosiphon laevis Quatrefages, 1865 passou a ser o
nome válido para esta espécie e Aspidosiphon brasiliensis Cordero & MelloLeitão, 1952 seu
sinônimo júnior.

1.5. Unicidade

Cada nome científico deve ser único, não podendo haver dois nomes diferentes para a mesma
espécie.

Exemplo: O nome científico dos cães domésticos é Canis lupus familiaris, diferenciando-os
dos lobos e outros membros do gênero Canis.

1.6. Binomial

O nome científico de um animal consiste em dois nomes, o gênero (com inicial maiúscula) e
o epíteto específico (escrito em minúsculas).

Exemplo: O leão é conhecido como Panthera leo, onde Panthera é o gênero e leo é o epíteto
específico.

1.7. Publicação válida

Para que um nome seja válido, deve ser publicado em uma obra científica acessível publicada
de acordo com as regras do ICZN.

Exemplo: A publicação do nome Araneus diadematus por Carl Clerck em 1757 foi o nome
válidamente publicado para a aranha-jardineira.

1.8. Sucessões taxonômicas

Quando uma espécie é transferida de um gênero para outro, é necessário seguir as regras de
sucessão taxonômica para manter a continuidade da nomenclatura.
Exemplo: A espécie Equus caballus, conhecida como cavalo, foi transferida para o gênero
Equus a partir do gênero original Equus ferus.

Essas são apenas algumas das regras mais reconhecidas e importantes da Nomenclatura
Zoológica, que ajudam a garantir uma base sólida para a classificação e nomeação adequada
dos animais.
Conclusão

Chegado a esta parte concludente, as regras internacionais de nomenclatura são um conjunto


de diretrizes utilizadas para padronizar a nomenclatura de substâncias químicas e facilitar a
comunicação entre cientistas em todo o mundo.

É importante ressaltar que as sucessões taxionómicas são um processo contínuo e dinâmico.


A medida que surgem novas informações e técnicas de estudo, a classificação dos organismos
pode ser ajustada para reflectir uma compreensão mais precisa de suas relações evolutivas.

Um exemplo marcante de sucessão taxionómica foi a reclassificação do grupo das aves.


Antigamente, as aves eram consideradas um grupo distinto das outras criaturas aladas, como
os morcegos. No entanto, estudos moleculares revelaram que as aves têm uma relação mais
próxima com os répteis do que com os mamíferos. Com base nessas novas descobertas, a
classificação foi revisada e as aves foram agrupadas com os répteis no caldo dos
arquossauros.
Referencia bibliográfica

AMORIM, D. de S. (1994) Elementos básicos de sistemática filogenética. São Paulo:


Sociedade Brasileira de Entomologia.

MARTINS, U. R. (1983) A nomenclatura zoológica. In: N. PAPAVERO (Organazador),


Fundamentos Práticos de taconomia zoológica: coleções bibliografia, nomenclatura. Belém:
Museu Paraense Emílio Goeldi / CNPq / SBZ.

SIMPSON, G. G. (1971). Principios de taxonomia animal. Lisboa: Fun-dacao Calouste


Gulbenkian.

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