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Figuras de Linguagem

→ Ex: Nescau — achocolatado em pó.

 Não se encontra um objeto específico.


 A linguagem literária, por não finalidade
necessariamente objetiva, emprega vocábu- → Emprego de termos antagônicos para refor-
los polissêmicos. çar a ideia de oposição e de distanciamento
dos significados.
‼ POLISSEMIA → multiplicidade de sentidos. → Não ocorre apenas entre antônimos.
» Ex: Manga → Ex: Dia/Noite, Céu/Mar, Fogo/Gelo.
‼ DENOTAÇÃO → palavra no sentido literal;
linguagem exata e precisa.
‼ CONOTAÇÃO → contrário do sentido real;
sentido figurado.
→ Emprego de ideias contrárias.
→ Ex: O amor é fogo que arde sem se ver, é fe-
rida que dói e não se sente.
→ Recursos estilísticos que proporcionam aos
→ Ex2: Nunca tenha filhos. Só netos.
textos um caráter de literalidade.
→ Estratégias para conseguir determinado efei-
to no discurso falado ou escrito.
 3 tipos de efeito:
 SEMÂNTICO → sentido. → Atribuição de capacidades dos seres anima-
 FONOLÓGICO → som. dos ou características humanas a animais ou
 SINTÁTICO → disposição das seres inanimados.
palavras no discurso. → Ex: O vento beija meus cabelos.

→ Aproximação de dois termos com a utilização → Emprego do exagero como forma de expres-
de um elemento comparativo. são.
 ELEMENTOS COMPARATIVOS → Co- → Ex: Morrer de rir.
mo, igual a, tal que, da mesma forma,
que nem etc.
→ Ex: Bela como a luz da lua.
→ Emprego de termos para suavizar uma in-
formação, evitando a utilização de outros
que possam agredir ou assustar o receptor
→ Comparação psicológica SEM o elemento da mensagem.
comparativo. → Ex: Bater as botas.
→ Ex: Você é luz.

→ Utilização de palavras que manifestam senti-


→ Utilização de um termo por outro; a parte do contrário do que se pensa.
pelo todo; a marca pelo produto.
→ Ex: “Moça linda bem tratada,/três séculos de → Ex: Pelé = Rei do Futebol.
família,/burra como uma porta: um amor!”
(Mário de Andrade)

→ Ex2: “Marcela amou-me durante quinze me-


→ Troca de um nome curto por uma expressão
ses e onze contos de réis...” (Machado de As-
mais longa que o caracterize.
sis)
 Nomes comuns, não de pessoas.
→ Ex: Leão = Rei da Selva.

→ Repetição de uma mesma palavra ou expres-


são utilizada para traduzir uma ideia de roti-
→ Redundância.
na, mesmice, circularidade, ou retirar a im-
→ Repetição de uma mesma ideia com palavras
portância de algo.
similares.
→ Ex: O que não tem medida, nem nunca terá
→ Ex: Hemorragia de sangue.
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita
→ Ex2: É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol → Repetição de sons consonantais.
É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol → Ex: Vozes veladas, veludosas vozes,
(Tom Jobim) Volúpias dos violões, vozes veladas
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.

→ Expressão ou termo que procura reprodu-


zir/ilustrar o som das coisas ou dos animais.
→ Ex: Boom! → Repetição de fonemas vocálicos.
→ Ex: a onda anda
aonde anda
a onda?

→ Emprego de uma certa expressão metafórica,


com um caráter mais coloquial, que ficou
consagrado na língua para denominar algo
concreto . → Similaridade sonora presente no final ou no
→ Ex: Pé da mesa. interior dos versos.
→ Ex: O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
→ É uma imagem que já está consagrada pela
cultura.
 Representação imagética de algo cria-
do socialmente.
→ Ex: Caveira = símbolo da morte. → Experimentação de sensações de modalida-
des distintas, confluência de sentidos (audi-
ção, tato, visão, paladar, olfato).
→ Ex: “As falas sentidas, que os olhos falavam
Não quero, não posso, não devo contar”.
→ Substituição do nome de uma pessoa por
(Casimiro de Abreu)
uma expressão que permita identificá-la ou
caracterizá-la.
→ Apresentação de uma série de ideias em pro- → Emprego de palavras parônimas, ou seja, que
gressão ascendente ou descendente. possuem sons parecidos, mas significados
→ Ex: Nasceu, Cresceu... diferentes.
→ Ex: Drama/Dama
→ Ex2: No cume daquela serra
Eu plantei uma roseira.
Quanto mais as rosas brotam,
→ Alteração da ordem direta dor termos de
Tanto mais o cume cheira
uma oração.
 “O cume cheira” = “o cu me cheira”.
→ Inversão.
→ Ex: “Ouviram do Ipiranga às margens pláci-
das, de um povo heroico o brado retumban-
te…”

‼ Mestre Yoda.

→ Omissão de algum termo na frase, que pode


ser identificado pelo contexto.
→ Ex: “Na sala, apenas quatro ou cinco convi-
dados.” (Machado de Assis)
 Omissão do verbo “haver”. (Na sala
havia apenas quatro ou cinco convi-
dados)
→ Ex2: “A tarde talvez fosse azul, não houvesse
tantos desejos.” (Carlos Drummond de An-
drade)
 Omissão da conjunção “se”. (A tarde
talvez fosse azul se não houvesse tan-
tos desejos)

→ Omissão das conjunções ou conectivos.


→ Ex: A barca vinha perto, chegou, atracou, en-
tramos.

→ Emprego de vários conectivos.


→ Ex: “Enquanto os homens exercem seus po-
dres poderes / Índios e padres e bichas, ne-
gros e mulheres e adolescentes fazem o car-
naval” (Caetano Veloso)

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