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FIGURAS DE LINGUAGEM

Professor C.D. Vieira

DEFINIÇÃO: “Figura de linguagem é uma forma de expressão que consiste no emprego de palavras em
sentido figurado, isto é, em um sentido diferente daquele em que convencionalmente são empregadas”
(CEREJA&MAGALHÃES, Português. Linguagens. 2012)

A. COMPARAÇÃO: aproxima ou distancia dois ou G. HIPÉRBOLE: trata-se de um exagero.


mais elementos. É obrigatório o uso do termo
comparativo (como, quanto, tanto...quanto, entre Ex.: “Pois há menos peixinhos a nadar no mar / Do
outros). que os beijinhos que darei / Na sua boca” (Vinícius
de Moraes)
Ex.: Ela é como uma flor.
H. EUFEMISMO: substitui-se uma palavra ou
B. METÁFORA: trata-se de uma comparação sem o expressão por outra, para amenizar a informação
elemento comparativo. Diz-se que uma coisa é passada.
outra.
Ex.: Ela está num lugar melhor.
Ex.: Ela é uma flor.
Ex.: Ela não é exatamente uma pessoa
inteligente.
C. METONÍMIA: trata-se da substituição de uma
palavra por outra, por haver uma relação lógica
entre elas. I. IRONIA: consiste em firmar o contrário do que se
Ex.: Estou lendo um Machado de Assis. (ao invés quer dizer. Frequentemente, gera humor.
do livro) Ex.: “Moça linda bem tratada, / Três séculos de
Ex.: O nenê comeu dois pratos (ao invés do família / Burra como uma porta: / Um amor”
alimento) (Mário de Andrade)

Ex.: A um sinal do maestro, os metais iniciaram o


concerto. (ao invés dos instrumentos de metal) J. ASSÍNDETO: emprego de orações coordenadas,
sem o uso de conjunções. O caso mais corriqueiro
é o da retirada da conjunção “e”.
D. ANTÍTESE: Presença de termos opostos,
associados. A associação é logicamente possível. Ex.: Via carros, caminhões, aviões.

Ex.: Ontem chovia, mas hoje faz sol.


K. POLISSÍNDETO: Repetição da conjunção.
Frequentemente, o objetivo é enfatizar.
E. PARADOXO: Presença de termos opostos,
unidos. A associação é logicamente impossível. Ex.: Via carros e caminhões e aviões.

Ex.: Minha alma carrega um sol chuvoso.


L. ANÁFORA: Repetição proposital de palavras no
início de uma frase ou verso.
F. PERSONIFICAÇÃO OU PROSOPOPEIA: Atribuem-
se características humanas para coisas não- Ex.: “O vento varria as folhas,
humanas. O vento varria os frutos,
Ex.: As casas observavam os homens. O vento varria as flores...” (Manuel Bandeira)
T. ZEUGMA: omissão de um termo expresso
M. GRADAÇÃO: Listagem de termos, gerando a anteriormente.
ideia de progressão.
Ex.: Ele sonhava em namorar; ela, em casar.
Ex.: Cada vez mais, comprou carros, casas, tudo!
U. ANACOLUTO: quebra na estrutura normal da
N. CATACRESE: trata-se de uma metáfora que já oração, com a inserção de um termo sem ligação
foi incorporada à língua. sintática com os demais.
Ex.: cauda do piano, menina-dos-olhos, costas da Ex.: “Eu, não me importa a desonra do mundo”
cadeira etc. (Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição).

O. ANTONOMÁSIA OU PERÍFRASE: Substituição de V: SILEPSE: concordância feita com a ideia


um nome por um “apelido”, epíteto. transmitida, e não com os termos da oração.
Ex.: Estou lendo um livro do primeiro realista Ex.: Os brasileiros somos um povo forte.
brasileiro (ao invés de “Machado de Assis”).
W. ALITERAÇÃO: repetição de sons consonantais.
P. SINESTESIA: Mistura de sensações e sentidos.
Ex.: “Vim, vi e venci.”
Ex.: uma cor doce, um canto ardente etc.
X. ASSONÂNCIA: repetição de sons vocálicos.
Q. APÓSTROFE: chamamento de algo ou alguém.
Ex.: A azaleia abria-se.
A morfologia classifica de “vocativo”.
Ex.: Pai nosso, que estais no céu...
Y: ONOMATOPEIA: representação gráfica de um
som.
R. HIPÉRBATO: inversão complexa dos termos da
Ex.: “Plunct-Plact-Zummm
oração.
Não vai a lugar nenhum”
Ex.: “vieram vindo outras pessoas, às duas e às
quatro“ (Machado de Assis, Quincas Borba). (Raul Seixas – O Carimbador Maluco)

S. ELIPSE: Omissão de uma ou mais palavras, Z: PARONOMÁSIA: palavras semelhantes ou iguais


facilmente identificadas. na pronúncia, mas diferentes no sentido.
Ex.: [Eu] Sempre acreditei no amor. Ex.: Comeu a manga e pagou três mangos.

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