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TIPOS DE LINGUAGEM

CONOTAÇÃO
Figuras de linguagem

Professora: Rúbia Almeida


FIGURAS DE LINGUAGEM

1- FIGURAS DE PALAVRAS (metáfora,


comparação etc)
2- FIGURAS DE SOM (aliteração, assonância etc)
3- FIGURAS DE PENSAMENTO (Eufemismo,
hipérbole etc)
4 - FIGURAS DE CONSTRUÇÃO (elipse, zeugma
etc)
Metáfora
Emprego de palavras fora do seu sentido normal, por
analogia. É um tipo de comparação implícita, sem termo
comparativo.

Ex: A Amazônia é o pulmão do mundo.


Comparação ou símile
A comparação, ou símile,
ocorre com a aproximação de
elementos de domínios
significativos diferentes, sendo
construída por meio de um
articulador comparativo, por
exemplo: “como”, “tal qual”,
“feito”, “assim como” etc.

Ex: Ele é como um anjo.


ALEGORIA
• Imagem consagrada pela cultura;
representação metafórica que se repete ao
longo de um texto.

Ex.:
• Alegoria da morte
• Alegoria da justiça
Catacrese
Há catacrese quando recorremos a uma palavra
para representar o sentido de algo que
normalmente não possui um correspondente na
língua.
• Braço do rio
• Orelha do livro
• Embarcar no trem
• Tomar um ônibus.
Metonímia:
Substituição de um nome por outro em virtude de haver
entre eles associação de significado.

Ex: Ler Jorge Amado (autor pela obra - livro) / Ir ao


barbeiro (o possuidor pelo possuído, ou vice-versa -
barbearia) / Bebi dois copos de leite (continente pelo
conteúdo - leite) / Ser o Cristo da turma. (indivíduo pala
classe - culpado) / Seus braços mataram o rival (parte pelo
todo - corpo) / O brasileiro é malandro (sing. pelo plural -
brasileiros) / Brilham os cristais (matéria pela obra -
copos).
Hipérbole:
Exagero de uma ideia com finalidade expressiva.

Ex: Estou morrendo de sede


(com muita sede). /
Ela é louca pelos filhos
(gosta muito dos filhos).
Eufemismo:
É a figura pela qual o enunciador procura suavizar o
conteúdo da mensagem; trata-se de uma forma de polidez.

Ex.: Você faltou com


a verdade!
Antítese:
Aproximação de termos ou frases que se opõem pelo
sentido.

Ex: "Neste momento todos os


bares estão repletos de homens
vazios." (Vinícius de Moraes)
Paradoxo ou oximoro:
São ideias contraditórias num só pensamento.

Ex: "dor que desatina sem doer"


(Camões)
Prosopopeia,
personificação, animismo:
É a atribuição de qualidades e sentimentos humanos a
seres irracionais e inanimados.

Ex.: "A lua, (...) Pedia a cada estrela fria / Um brilho de aluguel ..."
(João Bosco / Aldir Blanc)
PLEONASMO
Sinestesia:
Interpenetração sensorial, fundindo-se dois sentidos ou
mais (olfato, visão, audição, gustação e tato).
Ironia:
Utilização de termo com sentido oposto ao original,
obtendo-se, assim, valor irônico.
EX.: O ministro foi sutil como uma jamanta.
Gradação:
Apresentação de ideias em progressão ascendente
(clímax) ou descendente (anticlímax)
ANTONOMÁSIA
Substituição do nome de uma pessoa por uma
expressão que permita identificá-la ou
caracterizá-la. Ex:
• Boca do Inferno
• Rei do futebol
• Dama do teatro
• Pai da avião
• O águia de Haia
• O poeta dos escravos
PERÍFRASE/CIRCUNLÓQUIO
• Troca de um nome curto por uma extensão
mais longa que o caracterize. Não se refere a
nomes de pessoas. Ex.:
• A última flor do Lácio
• O berço das civilizações
• O astro rei
• O rei da selva
• A cidade luz
• A cidade maravilhosa
ELIPSE

Palavras subentendidas no contexto ou na


desinência verbal.

Tenho duas filhas, um filho e amo todos da


mesma maneira.
(Nesse exemplo, as desinências verbais de tenho
e amo permitem-nos a identificação do sujeito
em elipse "eu".)
ZEUGMA
Omissão de um termo já mencionado a fim de
evitar a repetição.

“Nossos bosques têm mais vida


Nossa vida, mais amores.”

A livraria era ampla e bonita, as estantes


simples.
ASSÍNDETO
É uma figura caracterizada pela ausência, pela
omissão das conjunções coordenativas,
resultando no uso de orações coordenadas
assindéticas.
Confere sensação de movimento,
dinamicidade (enumeração de ações, por
exemplo.)
“Tens casa, tens roupa, tens amor, tens família.”
"Vim, vi, venci." (Júlio César)
POLISSÍNDETO
É uma figura caracterizada pela repetição
enfática dos conectivos.
"Falta-lhe o solo aos pés: recua e corre, vacila
e grita, luta e ensanguenta, e rola, e tomba, e
se espedaça, e morre."
(Olavo Bilac)

"Deus criou o sol e a lua e as estrelas. E fez o


homem e deu-lhe inteligência e fê-lo chefe da
natureza."
ALITERAÇÃO
Repetição de um fonema
consonantal.
ASSONÂNCIA
Repetição de um fonema vocálico.
“Essa desmesura de paixão, é loucura do
coração.” (Djavan): repetição do ditongo “ão”.
ANÁFORA

Repetição de um termo no início de cada verso


ou de cada frase.
ONOMATOPEIA
Palavras que reproduzem sons da natureza, de
animais ou de objetos.
PARONOMÁSIA

Emprego de palavras parecidas na grafia e/ou


no som, mas diferentes ou opostas no sentido.
Muito usada em trocadilhos.
Ex.
Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
APÓSTROFE
Construção em frase ou verso que funciona
como vocativo.

“Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas


de Portugal.”

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