O documento descreve o personagem Jeca Tatu, criado por Monteiro Lobato para representar os trabalhadores rurais pobres do Brasil. Jeca Tatu simbolizava o atraso e a indigência das populações rurais, abandonadas pelos poderes públicos. O documento também discute como a obra de Lobato influenciou o movimento sanitarista no Brasil na década de 1920, denunciando a precariedade da saúde rural.
O documento descreve o personagem Jeca Tatu, criado por Monteiro Lobato para representar os trabalhadores rurais pobres do Brasil. Jeca Tatu simbolizava o atraso e a indigência das populações rurais, abandonadas pelos poderes públicos. O documento também discute como a obra de Lobato influenciou o movimento sanitarista no Brasil na década de 1920, denunciando a precariedade da saúde rural.
O documento descreve o personagem Jeca Tatu, criado por Monteiro Lobato para representar os trabalhadores rurais pobres do Brasil. Jeca Tatu simbolizava o atraso e a indigência das populações rurais, abandonadas pelos poderes públicos. O documento também discute como a obra de Lobato influenciou o movimento sanitarista no Brasil na década de 1920, denunciando a precariedade da saúde rural.
Jeca Tatu um personagem criado por Monteiro Lobato em sua obra Urups, que contm 14 histrias baseadas no trabalhador rural paulista. Simboliza a situao do caboclo brasileiro, abandonado pelos poderes pblicos s doenas, seu atraso e indigncia. 1
"Jeca Tatu no assim, ele est assim". A frase de Monteiro Lobato, sobre um dos seus mais populares personagens, refere sua obra para alm das histrias infantis e incomoda a elite intelectual da poca, acostumada a uma viso romntica do homem do campo. Jeca Tatu, um caipira de barba rala e calcanhares rachados porque no gostava de usar sapatos, era pobre, ignorante e avesso aos hbitos de higieneurbanos. Morava na regio do Vale do Paraba (SP), distinta por seu atraso. 1
O personagem Jeca Tatu e a anlise dele feita por Monteiro Lobato conto Urups e no artigo "Velha Praga" de Monteiro Lobato, assim explicado pelo folclorista Cornlio Pires, quando analisa o caipira caboclo: 2
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Coitado do meu patrcio!, (o caipira caboclo), Apesar dos governos os outros caipiras se vo endireitando custa do prprio esforo, ignorantes de noes de higiene S ele, o caboclo, ficou mumbava, sujo e ruim! Ele no tem culpa Ele nada sabe. Foi um desses indivduos que Monteiro Lobato estudou, criando o Jeca Tatu, erradamente dado como representante do caipira em geral!
Movimento sanitarista O trabalho do escritor voltado para vrias questes sociais, dentre elas a sade pblica no pas, repercute na poltica e na campanha sanitarista da dcada de 1920, denunciando a precariedade da sade das populaes rurais, com impacto na redefinio das atribuies do governo no campo da sade. 3
Num primeiro momento, em artigos publicados no jornal O Estado de So Paulo, (1914), Lobato pensa o caboclo como uma praga nacional: funesto parasita da terra () homem baldio, inadaptvel civilizao (), responsabilizando-o pelos problemas da agricultura. 1
A histria do Jeca Tatu relaciona-se com a de Lobato. Segundo seus bigrafos, em 1911, ele herda do av a fazenda Buquira, no Vale do Paraba (SP), tornando-se fazendeiro. Desentende-se com empregados e cria uma figura desqualificada do caipira, tomando o caipira caboclo como prottipo do caipira, considerando-o preguioso demais para promover melhorias no seu modus vivendi. 3
Em 1912, os cientistas Belisrio Pena e Artur Neiva investigam a fauna e a flora de regies brasileiras e investigam, alm da flora e da fauna, a condio sanitria da populao rural do Brasil. As informaes, publicadas em Relatrio Mdico-Cientfico (1916) pelo Instituto Oswaldo Cruz, promove campanhas em favor do saneamento, estimula a criao da Liga Pr-Saneamento do Brasil" (1918). Monteiro Lobato aderiu campanha com o seu personagem Jeca Tatu. 4
No bojo das campanhas sanitaristas, Monteiro Lobato modifica sua anlise do problema: Pobre Jeca. Como s bonito no romance e feio na realidade., transformando-o num novo smbolo de brasilidade. No por acaso, em 1924, foi criado o personagem radiofnico Jeca Tatuzinho, que ensinava noes de higiene e saneamento s crianas. 5