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Pré-Modernismo
Índice
Contexto Histórico
Projeto Literário
Título da apresentação 2
Contexto Histórico
Primeiros anos da República no
Brasil. Nordeste flagelado pela seca
e sacudido pela guerra de Canudos.
No Norte, a borracha traz riqueza
para uma região até então isolada e
desconhecida. A riqueza de São
Paulo é proveniente do café.
Imigrantes começam a chegar, com
costumes e culturas diferentes.
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Projeto Literário
• Desejo de mostrar o Brasil real aos brasileiros (abordagem das desigualdades
sociais, colocando em evidência um Brasil miserável e marginalizado, um
Brasil não oficial, que as promessas de modernização do governo
republicano tentavam encobrir);
• Crítica à realidade social e econômica;
• Linguagem mais próxima do texto jornalístico.
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Autores e Obras
Euclides da Cunha
O pioneiro entre os pré-modernistas na aproximação entra a literatura e a história.
escritor para o jornal A Província de São Paulo, que mais tarde se tornaria o ainda
em circulação O Estado de S. Paulo.
Sua grande contribuição literária foi a obra Os sertões, publicada pela primeira vez
em 1902.
A obra apresenta características de texto literário porque capta, em suas descrições, a
sinceridade da alma simples e leal do sertanejo, analisa as características do solo do
sertão nordestino, registra em detalhes as lutas entre as tropas oficiais e os revoltosos.
Apresenta o ser humano como produto do meio em que vive.
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“
É um pomar vastíssimo, sem dono. Depois tudo isto se acaba. Voltam
os dias torturantes; a atmosfera asfixiadora; o empedramento do solo;
"
a nudez da flora; e nas ocasiões em que os estios se ligam sem a
intermitência das chuvas -o espasmo assombrador da seca." "O
sertanejo é, antes de tudo, um forte.
Euclides da Cunha – Os Sertões
Lima Barreto
De origem humilde, foi jornalista e também funcionário público. Sua vida pessoal
foi tumultuada e atormentada pelas dificuldades em ser mestiço, pobre e produzir
literatura no meio intelectual fluminense.
Será responsável por compor um retrato de partes dos centros urbanos ignorados pela
elite cultural do país: os subúrbios cariocas. Dá assim voz a uma parcela da
população que havia sido ignorada pelos principais escritores românticos e realistas.
Os romances, contos e crônicas compõem um painel em que se desenham de forma
mais clara os verdadeiros mecanismos de relacionamento social típicos do Brasil no
início do século XX.
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Principais Obras
- Recordação do Escrivão Isaías Caminha: primeiro romance publicado por
Lima Barreto, denúncia do preconceito. Caráter autobiográfico: assim como
Isaías, Lima Barreto sofre preconceito por ser mulato e, também como ele,
conseguiu relativo sucesso com a carreira jornalística.
- Clara dos Anjos: romance inacabado, preconceito racial retorna, enfocando
agora uma moça que é seduzida por um tipo suburbano, Cassi Jones.
Constatação da impossibilidade de vencer uma sociedade acostumada a
determinar o valor de uma pessoa pela cor de sua pele.
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Principais Obras
- Triste Fim de Policarpo Quaresma: o mais lido e conhecido romance de
Lima Barreto. Através de Policarpo, Lima Barreto tematiza o embate entre o
real e o ideal. O patriotismo é um ideal. A personagem assume ares de
visionário, louco, por não pensar em si, por não se interessar por sua carreira
ou tentar obter qualquer tipo de vantagem pessoa. Seu único objetivo é o
engrandecimento do Brasil. O “triste fim” de Policarpo é a perda de todos os
ideais, quando percebe que dedicou sua vida a uma causa inútil. A desilusão
final de Policarpo é a desilusão do autor.
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Desde os dezoito anos, que o tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a tolice de
estudar inutilidades. Que lhe importavam os rios? Eram grandes? Pois que fossem…
Em que lhe contribuiria para a felicidade saber o nome dos heróis do Brasil? Em
"
nada… O importante é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não. Lembrou-se das suas
cousas de tupi, do folclore, das suas tentativas agrícolas… Restava disso tudo em sua
alma uma satisfação? Nenhuma! Nenhuma!
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Principais Obras
- Urupês: um dos mais famosos contos de Monteiro Lobato. É nele que dá forma
à figura do Jeca Tatu. Desmistifica uma tradição que se inaugura com José de
Alencar: a ideia de que a mestiçagem do índio com o branco gerava uma nação
forte, símbolo do país. Lobato acredita no contrário: a mistura de raças gera um
tipo fraco, preguiçoso e passivo. Nasce, assim, Jeca Tatu, apelidado de Urupê
(uma espécie de fungo parasita), cuja caracterização gerou inúmeras críticas.
- O Sítio do Picapau Amarelo: nessa história, Lobato aproveita para transmitir
às crianças os valores morais, conhecimentos sobre nosso país, nossas
tradições, etc.
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“
Seu grande cuidado é espremer todas as consequências da lei do menor esforço –
e nisto vai longe.
Começa na morada. Sua casa de sapé e lama faz sorrir aos bichos que moram em
"
toca e gargalhar ao joão-de-barro. Pura biboca de bosquimano. Mobília, nenhuma. A
cama é uma espipada esteira de peri posta sobre o chão batido
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“
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.