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1902-1922

Pré-Modernismo
Índice
Contexto Histórico

Projeto Literário

Principais Autores e Obras

Título da apresentação 2
Contexto Histórico
Primeiros anos da República no
Brasil. Nordeste flagelado pela seca
e sacudido pela guerra de Canudos.
No Norte, a borracha traz riqueza
para uma região até então isolada e
desconhecida. A riqueza de São
Paulo é proveniente do café.
Imigrantes começam a chegar, com
costumes e culturas diferentes.

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Projeto Literário
• Desejo de mostrar o Brasil real aos brasileiros (abordagem das desigualdades
sociais, colocando em evidência um Brasil miserável e marginalizado, um
Brasil não oficial, que as promessas de modernização do governo
republicano tentavam encobrir);
• Crítica à realidade social e econômica;
• Linguagem mais próxima do texto jornalístico.

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Autores e Obras
Euclides da Cunha
O pioneiro entre os pré-modernistas na aproximação entra a literatura e a história.
escritor para o jornal A Província de São Paulo, que mais tarde se tornaria o ainda
em circulação O Estado de S. Paulo.
Sua grande contribuição literária foi a obra Os sertões, publicada pela primeira vez
em 1902.
A obra apresenta características de texto literário porque capta, em suas descrições, a
sinceridade da alma simples e leal do sertanejo, analisa as características do solo do
sertão nordestino, registra em detalhes as lutas entre as tropas oficiais e os revoltosos.
Apresenta o ser humano como produto do meio em que vive.

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É um pomar vastíssimo, sem dono. Depois tudo isto se acaba. Voltam
os dias torturantes; a atmosfera asfixiadora; o empedramento do solo;

"
a nudez da flora; e nas ocasiões em que os estios se ligam sem a
intermitência das chuvas -o espasmo assombrador da seca." "O
sertanejo é, antes de tudo, um forte.
Euclides da Cunha – Os Sertões
Lima Barreto
De origem humilde, foi jornalista e também funcionário público. Sua vida pessoal
foi tumultuada e atormentada pelas dificuldades em ser mestiço, pobre e produzir
literatura no meio intelectual fluminense.
Será responsável por compor um retrato de partes dos centros urbanos ignorados pela
elite cultural do país: os subúrbios cariocas. Dá assim voz a uma parcela da
população que havia sido ignorada pelos principais escritores românticos e realistas.
Os romances, contos e crônicas compõem um painel em que se desenham de forma
mais clara os verdadeiros mecanismos de relacionamento social típicos do Brasil no
início do século XX.

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Principais Obras
- Recordação do Escrivão Isaías Caminha: primeiro romance publicado por
Lima Barreto, denúncia do preconceito. Caráter autobiográfico: assim como
Isaías, Lima Barreto sofre preconceito por ser mulato e, também como ele,
conseguiu relativo sucesso com a carreira jornalística.
- Clara dos Anjos: romance inacabado, preconceito racial retorna, enfocando
agora uma moça que é seduzida por um tipo suburbano, Cassi Jones.
Constatação da impossibilidade de vencer uma sociedade acostumada a
determinar o valor de uma pessoa pela cor de sua pele.

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Principais Obras
- Triste Fim de Policarpo Quaresma: o mais lido e conhecido romance de
Lima Barreto. Através de Policarpo, Lima Barreto tematiza o embate entre o
real e o ideal. O patriotismo é um ideal. A personagem assume ares de
visionário, louco, por não pensar em si, por não se interessar por sua carreira
ou tentar obter qualquer tipo de vantagem pessoa. Seu único objetivo é o
engrandecimento do Brasil. O “triste fim” de Policarpo é a perda de todos os
ideais, quando percebe que dedicou sua vida a uma causa inútil. A desilusão
final de Policarpo é a desilusão do autor.

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Desde os dezoito anos, que o tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a tolice de
estudar inutilidades. Que lhe importavam os rios? Eram grandes? Pois que fossem…
Em que lhe contribuiria para a felicidade saber o nome dos heróis do Brasil? Em

"
nada… O importante é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não. Lembrou-se das suas
cousas de tupi, do folclore, das suas tentativas agrícolas… Restava disso tudo em sua
alma uma satisfação? Nenhuma! Nenhuma!

Lima Barreto – O Triste Fim de Policarpo Quaresma


Monteiro Lobato
Lobato tinha uma postura nacionalista, conservadora, polemista e pouco
receptiva às propostas modernistas da Semana de 1922. É dele o personagem
Jeca Tatu, uma representação regionalista do brasileiro caboclo do interior
paulista, ligado à terra, um expoente das camadas mais baixas da cultura
agrícola nacional.
O aspecto literário mais importante da obra de Monteiro Lobato é a sua
preocupação em denunciar alguns dos problemas que marcavam a vida das
pessoas no interior.

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Principais Obras
- Urupês: um dos mais famosos contos de Monteiro Lobato. É nele que dá forma
à figura do Jeca Tatu. Desmistifica uma tradição que se inaugura com José de
Alencar: a ideia de que a mestiçagem do índio com o branco gerava uma nação
forte, símbolo do país. Lobato acredita no contrário: a mistura de raças gera um
tipo fraco, preguiçoso e passivo. Nasce, assim, Jeca Tatu, apelidado de Urupê
(uma espécie de fungo parasita), cuja caracterização gerou inúmeras críticas.
- O Sítio do Picapau Amarelo: nessa história, Lobato aproveita para transmitir
às crianças os valores morais, conhecimentos sobre nosso país, nossas
tradições, etc.

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Seu grande cuidado é espremer todas as consequências da lei do menor esforço –
e nisto vai longe.
Começa na morada. Sua casa de sapé e lama faz sorrir aos bichos que moram em

"
toca e gargalhar ao joão-de-barro. Pura biboca de bosquimano. Mobília, nenhuma. A
cama é uma espipada esteira de peri posta sobre o chão batido

Monteiro Lobato – Urupês


Augusto dos Anjos
Viveu publicando artigos em jornais da Paraíba e lecionando Língua Portuguesa e Literatura,
não só em seu estado natal, como também no Rio de Janeiro, para onde se mudou em 1910.
Publicou apenas um volume de poesias durante sua breve vida, intitulado Eu (1912).
Constituiu sua poesia através de uma fusão de influências simbolista (gosto pelas imagens
fortes e a preocupação com a construção formal dos poemas), parnasianista(preferência pelos
sonetos) e naturalista (uso de termos científicos).
Divagações metafísicas e a expressão de uma angústia existencial são as características mais
fortes da poesia de Augusto dos Anjos. O sofrimento nasce da desilusão provocada pela
impossibilidade de contar com a solidariedade humana.

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O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Augusto dos Anjos – Versos Íntimos "


Professora Giovanna
Obrigada
Literatura

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