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2.

TIPOS DE DISCURSO
Discurso é o meio pelo qual se transmite uma ideia, uma opinião, quer na fala ou na escrita, sendo:
D. direto - transcrição fiel da fala do personagem, com os diálogos retratados SEM a interferência do
narrador, de forma integral.
Travessões, dois pontos, aspas e exclamações são muito comuns durante a reprodução das falas, aliados ao
emprego de alguns verbos de elocução, como: dizer, perguntar, responder, indagar, exclamar, ordenar, etc.
A seguir a estes verbos aparecem os dois pontos, com mudança de linha para iniciar voz da personagem.
Além do travessão, o discurso direto pode ser colocado entre aspas, indicando uma citação ou transcrição.
Ex.:
“O Guaxinim está inquieto, mexe dum lado pra outro. Eis que suspira lá na língua dele - Chente! que vida
dura esta de guaxinim do banhado!”

D. indireto – narrador reproduz as falas por meio das suas próprias palavras, na condição de intermediário,
contando os fatos.
O discurso indireto é sempre feito na 3.ª pessoa, nunca na 1.ª pessoa.
Ex.:
“Elisiário confessou que estava com sono.”

Quadro comparativo, onde são relatadas as mudanças na passagem do discurso direto para o indireto:
Discurso direto Discurso indireto
Uso da primeira pessoa do discurso Terceira pessoa
Emprego do pretérito imperfeito do
Verbo no presente do indicativo
indicativo
Verbo no pretérito perfeito Pretérito mais que perfeito
Futuro do presente Futuro do pretérito
Presente e futuro Pretérito imperfeito
Modo imperativo Pretérito imperfeito do subjuntivo
Frases interrogativas, exclamativas e
Frases declarativas
imperativas
Adjuntos adverbiais: aqui, cá, aí Adjuntos adverbiais: ali, lá
Ontem O dia anterior
Amanhã O dia seguinte
D. indireto livre – as formas direta e indireta fundem-se e narrador insere discretamente a fala ou
pensamento do personagem em sua fala e, embora não participe da história, confunde a sua voz com a dele.
Fala do personagem é narrada na 1.ª pessoa (voz própria) e discurso do narrador se encontra na 3.ª pessoa.
Não é introduzido por verbos de elocução, nem sinais de pontuação ou conjunções.
Exs.:
“D. Aurora sacudiu a cabeça e afastou o juízo temerário. Para que estar catando defeitos no próximo? Eram
todos irmãos. Irmãos.”
“Então Paula corria, corria o mais que podia para tentar resolver a situação. Logo a mim, logo a mim isso
tinha que acontecer!”

3. SIGNIFICADO DAS PALAVRAS:


a) Denotação: sentido verdadeiro e literal da palavra. Ex.: com um soco quebrei o espelho;

b) Conotação: sentido figurado da palavra. Ex.: meu pai é meu espelho;

c) Sinônimo: palavras com significado igual ou semelhante. Ex.: alegria e felicidade, baleia e mamífero;

d) Antônimo: palavras contrárias, opostas. Ex.: alegria e tristeza, amor e ódio;

e) Homônimos: mesma grafia ou pronuncia, com significados diferentes. Ex.: sede - beber e sede –
espaço;
Homônimos homógrafos: mesma grafia, pronuncia e significados diferentes. Ex.: sede - beber e sede
– espaço;
Homônimos homófonos: mesmo som, grafia e significado diverso. Ex.: sessão (tempo), seção
(departamento), cessão (ceder);
Homônimo perfeito: mesma grafia e pronuncia, com significado diferente: paciente (adjetivo e
substantivo);
f) Parônimo: palavras parecidas na grafia e pronuncia. Ex.: tráfego e tráfico;

g) Polissemia: palavra igual, mesma classe gramatical, significado diverso. Ex.: substantivo tênis (sapato,
esporte);

4. AMBIGUIDADE
Ambiguidade - quando palavra (ou grupo) possui mais de um significado, dando um ou mais sentidos à
oração, impossibilitando uma clara leitura do que está sendo dito.
É aquilo que apresenta indecisão, imprecisão, incerteza, indeterminação.
Ex.: Estarei te esperando na frente do banco que há na praça. (assento ou instituição?)

Ambiguidade estrutural – é provocada por causa da posição das palavras em um enunciado.


Ex.: “O celular se tornou um grande aliado do homem, mas esse nem sempre realize todas as suas tarefas”.
As palavras “esse” e “suas” podem se referir tanto ao celular, quanto ao homem.

Ambiguidade lexical - uma palavra assume dois ou mais significados, como acontece na polissemia.
Ex.: “O rapaz pediu um prato ao garçom”.
A palavra “prato” pode se referir ao objeto ou à um tipo de refeição.

5. PRESSUPOSTOS E SUBENTENDIDOS
Pressupostos - informações que estão no texto de forma implícita, assim o enunciado depende dessa
pressuposição para que faça sentido.
É possível identificá-los através de marcas linguísticas, como:
• Verbos que indicam fim/continuidade: começar, continuar, parar, deixar, acabar, (...).
• Advérbios: felizmente, finalmente, ainda, depois, antes, (...).
• Pronome que introduz as orações subordinadas adjetivas: que
• Locuções circunstanciais: depois que, antes que, desde que, (...).
Exs:
a) Alunos que estudam de noite possuem melhor rendimento.
-Pressuposição: Há alunos que estudam no período da manhã.
b) Pedro finalmente parou de fumar.
-Pressuposição: Demorou para Pedro parar de fumar/ Pedro fumava antes.

Subentendidos - são informações que não aparecem no texto e que, segundo o contexto, levam o leitor a
possuir certas afirmações, dentro de sua interpretação.
Não possem marcadores linguísticos que facilitam o seu entendimento, sendo de livre dedução a partir do
meio em que as orações estão inseridas e, justamente por isso, podem não ser verdadeiras.
Exs.:
a) Não se esqueça de trancar a porta ao sair.
-Subentendido: É perigoso deixar a porta aberta.
b) Cássio está exausto de dirigir caminhão.
-Subentendido: Talvez porque o salário é pequeno, as costas dele ficam doloridas ou é muito cansativo.
c) A bolsa da senhora está pesada? (pergunta um jovem rapaz)
-Subentendido: o rapaz está se oferecendo para carregar a bolsa.

6. FIGURAS DE LINGUAGEM
As figuras de linguagem são recursos que tornam mais expressivas as mensagens. Subdividem-se em:
Figuras de som:
a) onomatopeia: consiste na reprodução de um som ou ruído natural.
Ex.: “Não se ouvia mais o plic-plic-plic da agulha no pano.”

b) aliteração: é a repetição ordenada de mesmos sons consonantais.


Ex.: “Esperando, parada, pregada na pedra do porto.”

c) assonância: consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos.


Ex.: “Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral.”

d) paronomásia: consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de significados distintos.


Ex.: “Eu que passo, penso e peço.”
Figuras de pensamento:
a) antítese: é a aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem no sentido.
“Os jardins têm vida e morte.”
“Dormir e acordar está difícil.”

b) paradoxo: é uma figura de pensamento baseada na contradição, podendo apresentar uma expressão
absurda e aparentemente sem nexo, mas expõe uma ideia fundamentada na verdade.
“Ele não passa de um pobre homem rico”.
“Estou dormindo acordado.”

b) ironia: é um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se efeito crítico ou humorístico.


“A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”

c) eufemismo: substitui uma expressão por outra menos brusca, para suavizar afirmação desagradável.
“Ele enriqueceu por meios ilícitos.” (em vez de ele roubou)

d) hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática.


“Estou morrendo de sede.” (em vez de estou com muita sede)

e) prosopopeia ou personificação: atribuí a seres inanimados predicativos próprios de seres animados.


“O jardim olhava as crianças sem dizer nada.”

f) gradação ou clímax: apresenta ideias em progressão ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax)


“Um coração chagado de desejos. Latejando, batendo, restrugindo.”

g) apóstrofe: consiste na “invocação” de algo ou alguém para manifestar sentido ao contexto.


“Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus!”
“Meu Deus! Que susto!”

Figuras de palavras:
a) metáfora: emprega termo com significado diferente do habitual, com base na similaridade entre o sentido
próprio e o sentido figurado, atribuindo a eles o mesmo sentido.
É uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.
“Meu pensamento é um rio subterrâneo.”

b) metonímia: substitui palavra por outra próxima, numa transposição de significado, numa relação lógica.
É utilizada também para evitar a repetição de palavras em um texto.
“Não tinha teto em que se abrigasse.” (teto em lugar de casa)
“Os meus braços precisam dos teus”
“Eu adoro ler Maurício de Souza”

c) catacrese: quando atribuímos um “nome” a algo sem nome específico, fazendo referência a outras coisas e
objetos e, devido ao uso contínuo, não mais se percebe que está sendo empregado em sentido figurado.
“O ‘pé da mesa’ estava quebrado.”
“O ‘céu da boca’ está machucado.”
“A ‘asa da xícara’ está arranhada.”

d) antonomásia ou perífrase: consiste em substituir um nome por uma expressão que o identifique com
facilidade:
“...os quatro rapazes de Liverpool.” (em vez de os Beatles)

e) sinestesia: trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.
“A luz crua da madrugada invadia meu quarto.”

Figuras de construção:
a) elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
“Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (omissão de havia)

b) zeugma: consiste na elipse de um termo que já apareceu antes.


“Ele prefere cinema; eu, teatro.” (omissão de prefiro)
c) pleonasmo: consiste numa redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.
Trata-se da repetição de palavras que tem o mesmo significado, em uma mesma oração..
“E rir meu riso e derramar meu pranto.”

c1) pleonasmo vicioso: é indesejável e consiste na repetição desnecessária de uma ideia.


“O pai ordenou que a menina entrasse para dentro imediatamente.”

d) polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do período.


“...e planta, e colhe, e mata, e vive, e morre...”

e) inversão ou hipérbato: consiste na mudança da ordem natural dos termos na frase.


“São como cristais suas lágrimas.”
“Batia acelerado meu coração.”
“De tudo ficou um pouco. Do meu medo. Do teu asco.”

f) silepse: concordância se faz com a ideia subentendida, que está implícita e não com o que vem expresso.
Pode ser:
• De gênero
“Vossa Excelência está preocupado.” (concorda com a pessoa representada pelo pronome)
• De número
“Os Lusíadas glorificou nossa literatura.” (livro ou obra)
• De pessoa
“Os brasileiros somos bastante otimistas.” (verbo não está concordando com o sujeito expresso ‘os
brasileiros’, mas sim com o sujeito subentendido ‘nós’ (os brasileiros)).

g) anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase, porque se inicia uma determinada construção
sintática e depois se opta por outra.
“A vida, não sei realmente se ela vale alguma coisa.”

h) anáfora: consiste na repetição de uma mesma palavra no início de orações, períodos ou versos.
“Tudo é silêncio, tudo calma, tudo mudez.”
“ Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.”

7. FONÉTICA
1. Fonema: unidade sonora capaz de estabelecer distinção entre as palavras de uma língua.

2. Letra: representação gráfica do fonema.

3. Comparações entre fonemas e letras


3.1. Uma palavra pode apresentar o mesmo número de fonemas e letras.
Exs.: bar, sofá, banana.

3.2. O número de fonemas de uma palavra pode ser menor do que o número de letras.
Exs.: horário, arroz, assassino, aquecer.

3.3. O número de fonemas de uma palavra pode ser maior do que o número de letras.
Exs.: tóxico, fixo.

3.4. O mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra.
Exs.: 'Z' - azar, azul; 'S' - caso, base ; 'X' - exame, êxodo.

3.5. A mesma letra pode representar mais de um fonema:


Fonema “zê” → exame, exato
Fonema “chê” → enxurrada, xis
Fonema “sê” → aproximar, máximo
Fonema “ks” → sexo, fixo
4. Dígrafo
4.1. Dígrafos consonantais – é o encontro de duas letras representando um só fonema:
Exs.: CH → chapa
LH → colher
NH → bolinha
RR → marra
SS → assado
QU → queijo
GU → aguerrido
SC → acrescentar
SÇ → desça
XC → excelente

4.2. Dígrafos vocálicos: letras M e N não representam consoantes e só indicam que vogal anterior é nasal.
Exs.: AM – AN → amplitude, canto
EM – EN → sempre, mente
IM, IN → limpo, minto
OM – ON → sombra, conta
UM – UN → tumba, fundo
Obs.: AM e EM – em final de palavras NÃO são dígrafos.
Exs.: também, estudem, cantam.

5. Encontros consonantais: é o agrupamento de consoantes sem vogal intermediária.


Exs.: livro, problema, ritmo, absoluto, cooptar, advogado.

6. Ditongo: encontro de duas vogais na mesma sílaba e pronunciadas numa só emissão de voz.
Classificação:
Ditongo Crescente: semivogal (SV) + vogal (V) na mesma sílaba.
Exs.: Pás-coa, lin-gui-ça, goe-la, sé-rie.

Ditongo Decrescente: vogal (V) + semivogal (SV) na mesma sílaba.


Exs.: dei-xa, ou-ro, cai-xa, céu.

Ditongo Oral: duas vogais na mesma sílaba, sendo pronunciadas exclusivamente pela boca.
Exs.: gló-ria, rai-va, pai, dói.

Ditongo Nasal: duas vogais (nasais) ao serem pronunciadas deixam os sons passarem pelo nariz.
Exs.: mãe, pão, câim-bra, cam-pe-ões.

7. Hiato: as vogais se encontram em sílabas diferentes, embora estejam em sequência.


Exs.: hiato (hi-a-to)
país (pa-ís)
noel (no-el)
dia (di-a)
ideia (i-dei-a)
te liga nisso!
sai X saí

8. Tritongo: encontro de 3 vogais, formado por SEMIVOGAL + VOGAL + SEMIVOGAL.


No caso dos tritongos nasais, considera-se a existência de uma semivogal 'I', nasalizada, em sílabas como:
"guem" (/guein/) e "quem" (/quein/).
Exs.: Uruguai, enxaguou, saguão, enxáguem.
te liga nisso!
“Feio” e “veia”
8. ORTOGRAFIA
Ç
a) nas palavras derivadas de vocábulos terminados em to, tor, tivo;
Exs.: erudito = erudição, setor = seção, intuitivo = intuição.

b) nos substantivos formados pela posposição ção ao tema de um verbo (ao tirar desinência de infinitivo ‘r’).
Exs.: educar - r + ção = educação, repartir - r + ção = repartição.

c) na palavra original sem ‘s’.


Exs.: conjunção, provém de conjunto.

d) nos substantivos derivados do verbo ‘ter’.


Exs.: manter = manutenção, reter = retenção, deter = detenção, conter = contenção.

c) nos verbos que derivam de substantivo terminado em ‘ce’.


Exs.: alcance = alcançar, lance = lançar.

S
a) nas palavras derivadas de verbos terminados em ‘nder’ e ‘ndir’
Exs.: pretender = pretensão, fundir = fusão.

b) nas palavras derivadas de verbos terminados em ‘erter’, ‘ertir’ e ‘ergir’.


Exs.: perverter = perversão, divertir = diversão, imergir = imersão.

c) nas palavras derivadas de verbos terminados em ‘pelir’ ‘correr’.


Exs.: expelir = expulsão, impelir = impulso; concorrer = concurso, discorrer = discurso.

d) nas palavras terminadas em ‘oso’ e ‘osa’, com exceção de gozo.


Exs.: gostosa, glamorosa, horroroso.

e) nas palavras terminadas em ‘ase’, ‘ese’, ‘ise’ e ‘ose’, com exceção de gaze e deslize.
Exs.: fase, crase, tese, osmose.

f) nas palavras femininas terminadas em ‘isa’.


Exs.: poetisa, profetisa, Heloísa, Marisa.

g) na conjugação dos verbos ‘pôr’, ‘querer’ e ‘usar’.


Exs.: eu pus; ele quis; nós usamos.

Ç ou S?
a) após ditongo, usamos ‘Ç’ quando houver som de ‘S’; e usaremos ‘S’ quando houver som de ‘Z’.
Exs.: eleição, traição, Neusa, coisa.

S ou Z?
a) usamos ‘S’ nas palavras terminadas em ‘ês’ e ‘esa’ que indiquem nacionalidade, títulos ou nomes próprios.
Exs.: português, marquês, duquesa, Inês, Teresa.

b) usamos ‘Z’ n os substantivos abstratos terminados em ‘ez’ e ‘eza’, decorrentes de adjetivos.


Exs.: embriaguez, limpeza, lucidez, nobreza, acidez, pobreza.

c) usamos ‘S’ nos verbos terminados em ‘isar’, quando a palavra primitiva possuir o ‘s’.
Exs: análise = analisar, pesquisa = pesquisar, paralisia = paralisar.

d) usamos o ‘Z’ nos verbos terminados em ‘izar’, quando palavra primitiva não possuir ‘s’.
Exs.: economia = economizar, terror = aterrorizar, frágil = fragilizar

→ Cuidado: catequese = catequizar, síntese = sintetizar, hipnose = hipnotizar, batismo = batizar.

e) usamos ‘S’ nos diminutivos terminados em ‘sinho’ e ‘sito’, na palavra primitiva que possuir ‘s’ no fim radical.
Exs.: casinha, asinha, portuguesinho, camponesinha, Teresinha, Inesita.
f) usamos ‘Z’ nos diminutivos terminados em ‘zinho’ e ‘zito’, se palavra primitiva não possuir ‘s’ no fim radical.
Exs.: mulherzinha, arvorezinha, alemãozinho, aviãozinho, pincelzinho, corzinha.

SS
a) nas palavras derivadas de verbos terminados em ‘ceder’.
Exs.: anteceder = antecessor, exceder = excesso, conceder = concessão.

b) nas palavras derivadas de verbos terminados em ‘primir'.


Exs.: imprimir = impressão, comprimir = compressa, deprimir = depressivo.

c) nas palavras derivadas de verbos terminados em ‘gredir’.


Exs.: agredir = agressão, progredir = progresso, transgredir = transgressor.

d) nas palavras derivadas de verbos terminados em ‘meter’.


Exs.: comprometer = compromisso, intrometer = intromissão, prometer = promessa, remeter = remessa.

Ç, S ou SS.
Nos verbos terminados em -tir, teremos:
a) usamos ‘Ç’, se apenas retirarmos a desinência de infinitivo ‘r’.
Ex.: curtir - r = curtição.

b) usamos ‘S’, quando retiramos a terminação ‘tir’ e última letra for consoante.
Ex.: divertir - tir = diversão.

c) usamos ‘SS’ quando retiramos a terminação ‘tir’ e última letra for vogal.
Ex.: discutir - tir = discussão.

J
a) nas palavras derivadas dos verbos terminados em ‘jar’.
Exs.: trajar = traje, trajei; encorajar = encorajem; viajar = que eles viajem.

b) nas palavras derivadas de vocábulos terminados em ‘ja’.


Exs.: loja = lojista, gorja = gorjeta, canja = canjica.

c) nas palavras de origem tupi, africana ou popular.


Exs.: jeca, jiboia, jiló, pajé.

G
a) nas palavras terminadas em ‘ágio’, ‘égio’, ‘ígio’, ‘ógio’, ‘úgio’.
Exs.: pedágio, colégio, sacrilégio, prestígio, relógio, refúgio.

b) nas palavras terminadas em ‘gem’, exceto pajem, lambujem e conjugação dos verbos terminados em ‘jar’.
Exs.: a viagem, a coragem, a personagem, a vernissagem, a ferrugem, a penugem. (que eles viajem)

X
a) nas palavras iniciadas por ‘mex’, exceto mecha.
Exs.: mexilhão, mexer, mexerica, México, mexerico, mexido.

b) nas palavras iniciadas por ‘enx’, exceto derivadas de vocábulos iniciados por ‘ch’ e da palavra enchova.
Exs.: enxada, enxerto, enxerido, enxurrada.
Exceção: cheio = encher, enchente; charco = encharcar; chiqueiro = enchiqueirar.

c) após ditongo, com exceção de recauchutar e guache.


Exs.: ameixa, deixar, queixa, feixe, peixe, gueixa.

UIR e OER
Verbos com final ‘uir’ e ‘oer’, na 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do Indicativo são escritos com ‘I’.
Exs.: tu possuis; ele possui; tu constróis; ele constrói; tu móis; ele mói; tu róis; ele rói.

UAR e OAR
Verbos terminados em ‘uar’ e ‘oar’ terão todas as pessoas do Presente do Subjuntivo escritas com ‘E’.
Ex.: Que eu efetue; Que tu efetues; Que ele atenue; Que nós atenuemos; Que vós entoeis; Que eles entoem.
USO DOS PORQUES
1.Por que: em início de frase interrogativa. Testa trocando ‘por qual motivo’;
2.Por quê: fim de frase interrogativa, sem acompanhamento de artigo.
3.Porque: conjunção explicativa, resposta, explicação. Exs.: Porque não quis; Fui embora porque quis;
4.Porquê: equivale a substantivo, acompanhado de artigo ou adjunto adnominal (numeral, pronome, adjetivo),
podendo substituir por ‘motivo’. Exs.: Foste embora sem explicar o porquê; O meu porquê não te diz respeito.

HÍFEN
Regra Geral – letras iguais são separadas por hífen e letras diferentes juntas, observadas peculiaridades que
seguem:

A letra ‘h’ não deve aparecer encostada em prefixos.


Ex.: pré-história, sub-hepático, super-homem;

Quanto às letras ‘r’ e ‘s’:


-Se o prefixo terminar em vogal a consoante deve ser repetida.
Ex.: minissaia, megassaia, contrarregra, suprarrenal, ultrassonografia, sub-reino, ab-rogar, sob-roda;
-Quando se encontrarem separa, permanece a regra geral das letras iguais.
Ex.: super-requintado, super-realista, inter-resistente;

Entre letras iguais separamos e entre letras diferentes juntamos.


Ex.: anti-inflamatório, supra-auricular, sub-bibliotecário, superintendente, extraoficial, neoliberalismo,
semicírculo;

Após os prefixos ‘ex’, ‘sota’, ‘sota’, ‘vice’, ‘vizo’.


Ex.: ex-diretor, sota-piloto, vice-presidente, vizo-rei;

Depois de pós, pré e pró, quando tiverem acento e som forte.


Ex.: pós-tônico, pré-escolar, pró-labore;

Depois de ‘pan’ e ‘circum’, quando juntos de vogais.


Ex.: pan-americano, circum-escola;

NÃO usamos hífen em ‘CO’, ‘RE’ e ‘PRE’, quando não tiverem acento.
Ex.: coobrigar, cooperação, reedição, relembrar, preestabelecer, prever;

ALFABETO
Com o novo acordo ortográfico, o alfabeto brasileiro ganhou as letras W, K e Y, ficando com 26 letras.
São usadas:
a) nos símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);
b) nas palavras e nomes estrangeiros (e derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang;
c) em nomes próprios e derivados: Darwin, darwinismo;
d) em nomes próprios de lugares originários de outras línguas e derivados: Kuwait, kuwaitiano.

9. ACENTUAÇÃO
Sílaba tônica é a mais forte a átona é a mais fraca.
Oxítonas: última sílaba tônica acentuada, terminadas em – a (s), e(s), o(s), êm (s), ém (s), éns, ditongo
aberto, inclusive seguidas de lo (s), la (s).
Não acentuamos as oxítonas terminadas em ‘i’ ou ‘u’, exceto quanto hiato.
Ex.: jacaré, Amapá, cipó, corrói, chapéu, compô-los, baú;

Paroxítonas: penúltima sílaba tônica, terminadas em – r, x, n, l (rouxinol), os, um, uns, on, ons, i (s), e
ditongo crescente (SV+V).
Ex.: mártir, fácil, bíceps, álbum, prótons, táxi, água, série, calvície.

Proparoxítonas: antepenúltima sílaba tônica, todas são acentuadas.


Ex.: médico, tímpano, matemática.

Hiato tônico: I e U. Ex.: saúde, caíste, caído.


NOVAS REGRAS DE ACENTUAÇÃO
Trema – usado apenas em palavras estrangeiras e nomes próprios, caindo nos termos de origem ou
‘aportuguesados’;

Acento Diferencial – permanece nas palavras pôde (passado), pôr (verbo) e nos verbos ter e vir na 3ª pessoa
do plural, inclusive seus derivados (conter, manter, deter,reter, intervir, sobrevir, etc.);
Obs.: o acento diferencial não é mais usado para diferenciar as palavras: para, pela, polo, pera.

Acento agudo - acentua os ditongos abertos ‘ei’ e ‘oi’ quando estiverem na última sílaba. Ex.: véu, beleléu,
comeu, dói;
Obs.: o acento agudo não é mais usado no ditongo aberto ‘ei’ e ‘oi’ quando aparece na penúltima
sílaba.
Ex.: jiboia, joia, ideia, assembleia, heroico;

Não acentuamos mais o hiato tônico ‘i’ e ‘u’ quando:


-palavras paroxítonas precedidas de ditongo. Ex.: baiuca, bainha; (ditongo = encontro vocálico)
-seguido de nh. Ex.: rainha, moinho;
-seguidos de m, r, l. Ex.: ruim, cair, Raul;
-verbos dos grupos ‘gue’, ‘gui’, ‘que’, ‘qui’. Ex.: averiguo/averíguo, enxague/enxágue, arguem;

Acento circunflexo – não se acentuam mais as vogais dobradas ‘ee’ e ‘oo’. Ex.: creem, releem, voo, enjoo;

10. CLASSES GRAMATICAIS


1. Substantivo: nomeia coisas ou seres.
a) Próprio: singulariza objeto, em letra maiúscula. Ex.: Ana, Michigan, Deus. Todos abstratos exceto
Deus;
Comum: nomeia seres de uma mesma espécie. Ex.: cadeira, porta, calor, cerveja;
b) Simples: formado por um radical. Ex.: porta, estuda;
Composto: formado por 2 ou mais radicais: Ex.: guarda-chuva, girassol;
c) Concreto: posso tocar e ver. Ex.: porta, abelha, livraria, Deus;
Abstrato: não toco nem vejo. Ex.: vento, fome, sono, amor;
d) Primitivo: não deriva de outra palavra. Ex.: lápis, livro, flor.
Derivado: derivado do primitivo. Ex.: lapiseira, livraria, floricultura;
e) Coletivo. Ex.: matilha, enxame, boiada, constelação;
Exs.: caderno – comum, simples, concreto, primitivo; Rio-Grande – próprio, composto, abstrato,
primitivo;

GÊNERO DOS SUBSTANTIVOS


1. Artigos: definem ou indefinem substantivos.
a) Definidos – o, a, os, as; Ex.: O rapaz perdeu a caneta;
b) Indefinidos – um, uma, uns, umas; Ex.: O rapaz perdeu uma caneta;
Obs.: ele transforma qualquer palavra em substantivo. O correr do atleta era devagar;

2. Adjetivos: qualifica os substantivos. Ex.: Casa amarela;


2.1. Locução adjetiva: qualifica, porém duas palavras equivalem a uma. Ex.: materno (de mãe);
escolar (da escola); citadino (da cidade); noturno (da noite).
Obs.: Se não consigo substituir é complemento nominal. Todos os dias, eu saio do serviço de noite.

3. Numerais: quantificam os substantivos, sendo:


a) Cardinal: um, dois, três;
b) Ordinal: primeiro, segundo;
c) Fracionário: metade, meio, um terço;
d) Multiplicativo: dobro, triplo;
Ex.: Com o dinheiro comprei apenas uma casa; Tenho uma casa espaçosa; Comprei uma casa espaçosa
– artigo;
PRONOMES - eles acompanham ou substituem os substantivos.
1. Pessoais:
a) Reto: são os conjugadores verbais – eu, tu, eles, nós, vós, eles. Ex.: Eu sai, tu saíste;
b) Oblíquo: substitui palavra e complementa verbo, sendo eles:
me, mim, comigo, te, ti contigo, se, si consigo, o, a, lhe;
nós, conosco, vós, convosco, se, si, consigo, os, as, lhes;
Ex.: Pedro vendeu a casa antiga – artigo; Otávio resolveu compra-lá; Ele a comprou em um Leilão;
O pronome substitui a palavra casa antiga.

2. De tratamento: Vossa Senhoria, Vossa Excelência, Você (formalidade);


3. Possessivos: meu, minha, seu, sua, teu, tua, dele, dela, nosso, nossa;
4. Demonstrativos: aquele, aquela, aquilo, essa (+ próximo), esse, isso, esta (+distante), este, isto;
5. Indefinidos: tudo, todos, nenhum, algum, alguém, ninguém, nada;
6. Interrogativos: introduzem pergunta – que, quem, onde, quando, quanto, como;
7. Relativos: retoma termo do texto – quem, quem, onde, a qual, o qual, cujo (sempre posse);
Exemplos:
a) Que dia é hoje? [interrogativo]
b) O rapaz que te indiquei é ótimo profissional. [que – relativo] [te – oblíquo]
c) Nada te abala nessa vida. [pronome indefinido]
d) A casa onde moro é espaçosa. [relativo] ‘Onde’ sempre ideia de localização.
e) O rapaz de quem te falei foi demitido. [relativo] Não ‘do qual’, pois quem fala, fala de alguém.
f) O professor, cujo pai é médico, foi internado ontem.

VERBOS - indicam ação, estado, fenômeno, informações características (ser, estar, permanecer).
Possuem ligação direta com o sujeito, exceto impessoais.
Conjugações: 1ª ‘AR’; 2ª ‘ER’ (OR); 3ª ‘IR’;

Formas Nominais:
a) Infinitivo: ar, er, ir. Ex.: cantar, comer, dormir;
b) Gerúndio: indica processo – ando, endo, indo. Ex.: andando, comendo, dormindo;
c) Particípio: locução verbal - ado, ido. Cantado, comido. =|= [pão dormido – função adjetiva do
substantivo]
Ex.: Cláudio havia dormido pouco aquela noite.
 Locução verbal: dois ou mais verbos equivalem a um. O verbo principal concentra ação principal.
Ex.: Vou procurar entender teus motivos. [vou, procurar – verbo auxiliar] [entender – verbo principal]

Modos Verbais:
a) Indicativo: certeza, afirmação, objetividade; Ex.: Aprovarei no concurso;
b) Subjuntivo: incerteza, possibilidade, subjetividade. Ex.: Se eu aprovasse; Se eu aprovar;
c) Imperativo: ordem, pedido. Ex.: Aprove no Concurso.

TEMPOS VERBAIS
Do Indicativo:
1. Pretérito perfeito: ação concluída. Ex.: Oscar estudou; O medicamento não fez efeito;
2. Pretérito imperfeito: ação inacabada. Ex.: Pedro corria todas as manhãs; Pedro estudava;
3. Pretérito mais que perfeito: passado do passado, distante. Ex.: Antes de sair de casa, verificará o fogão;
4. Presente: momento em que se fala. Ex.: Os fins justificam os meios; O medicamento faz efeito imediato;
5. Futuro do Presente: acontecerá. Ex.: Os alunos aprovarão no concurso; Viajarei na próxima semana;
6. Futuro do Pretérito: aconteceria. Ex.: Oscar estudaria para as provas finais; O medicamento certamente
faria efeito;

Do subjuntivo:
1. Pretérito Imperfeito: conjunção condicional [SE]. Ex.: Se Pedro estudasse aprovaria;
2. Presente [QUE]. Ex.: Que eu estude para aprovar; Que você estude para aprovar;
3. Futuro do Presente [QUANDO, SE]. Ex.: Quando eu estudar; Se eu estudar;

Do Imperativo: formalidade – você; informal – tu;


1. Afirmativo: tu canta, você cante; tu parte; você parta.
Macete: inverter -> come tu, coma você;
2. Negativo: não cantes tu; não cante você.
Macete: que + tu/você + não = que tu não cantes, que você não cante;
Obs.: Possíveis combinações de modos e tempos verbais:
a. Se o medicamento fizesse efeito, João trabalharia melhor;
Pretérito imperfeito do subjuntivo + Futuro do presente do indicativo
b. O professor exige, que eu estude mais.
Presente do Indicativo + Presente do subjuntivo
c. Quando Carlos voltar, farei uma belíssima festa; Se Carlos estudar, aprovará nos testes finais;
Futuro do presente do subjuntivo + futuro do indicativo

VOZES VERBAIS
Sujeito agente: é quem executa a ação.
Sujeito paciente: é quem sofre ação;

Voz ativa: sujeito executa ação;


Ex.: [Os estudantes] descobriram [o gabarito da prova].
agente voz ativa paciente

Voz passiva: sujeito sofre a ação, podendo ser:


1. Analítica: com locução verbal.
Ex.: [O gabarito da prova] foi descoberto [pelos alunos].
paciente locução verbal agente da passiva, regido da preposição ‘pelos’

2. Sintética.
Ex.: Descobriu-se [o gabarito da prova].
Partícula apassivadora ‘se’; sujeito paciente.

Voz Reflexiva: sujeito executa e sofre ação.


Ex.: [Carlos] feriu-se com a faca.
S. agente e paciente; ‘se’ reflexiva recíproca.
Ex.02. [Os vizinhos] cumprimentaram-se cordialmente.
S. agente e paciente; ‘se’ reflexiva recíproca.

Exemplos:
1. [A justiça] proíbe [a venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos].
Agente, voz ativa; Paciente.
Passando para a voz passiva analítica:
[A venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos] é proibida [pela justiça].
Paciente locução verbal Agente da passiva, regido da preposição ‘pela’
Passando para a voz passiva sintética:
Proíbe-se [a venda de bebidas alcoólicas para menores de 2018].
Partícula apassivadora ‘se’; sujeito paciente.

2. [O artista e seu melhor amigo] produziam [lindas obras].


Agente, voz ativa; Paciente.
-Passando para a voz passiva analítica:
[Lindas obras] eram produzidas [pelo artista e seu melhor amigo].
Paciente locução verbal Agente da passiva, regido da preposição ‘pelo’
-Passando para a voz passiva sintética:
Produziam-se [lindas obras].
Partícula apassivadora ‘se’; sujeito paciente.
Obs.: na transformação, observar sempre o tempo verbal.
TRANSITIVIDADE VERBAL (?)
1.Verbo Intransitivo: não há trânsito, não necessitando de complemento, pois funciona sozinho.
Ex.: Os agentes simplesmente saíram. V.I.
Ex. 02. Carlos morreu [V.I] ontem. Obs.: ‘ontem’ é advérbio de tempo não complemento.

2.Verbo Transitivo: necessita de complemento.


a) VT Direto: sem preposição, objeto após o verbo.
Ex.: Os irmãos fundaram [lindas escolas de arte]. Obs.: o ‘de’ não complementa o verbo.
VTD O. Direto
b) VT Indireto: com preposição entre verbo e seu complemento.
Ex.: Conversamos sobre [a atual situação política].
VTI preposição O. Indireto
c) VT Direto e Indireto: verbo que exige dois complementos.
Contei [a verdade] [ao delegado].
VTDI artigo, obj. direto preposição, obj. indireto
Observações:
-Contei a verdade... o ocorrido - VTD pede objeto direto.
-Contei ao delegado – VTI pede objeto indireto.

3.Verbo de Ligação: une sujeito a um predicativo do sujeito (característica) e não representa ação.
Principais: ser, estar, permanecer, ficar, continuar, parecer, tornar-se, ‘andar’, etc. Exs.:
-[O réu] permaneceu [calado].
V. ligação
-João anda tristemente – ação, V.I.
-João [anda triste] - verbo de ligação, estado do sujeito.

Outros Exemplos:
-Os fins justificam [os meios].
V.T.D.
-Devolvi [o livro de matemática]. Obs.: ‘de’ não complementa verbo, mas caracteriza livro.
VTD
-Devolvi [o livro] [para meu colega].
VTDI O.D O.I.
-Devolvi o livro... a caneta - VTD pede objeto direto. [O QUE]
-Devolvi para meu colega – VTI pede objeto indireto. [A QUEM]

-O professor discutiu [com o melhor aluno].


VTI preposição
-Os rapazes [continuaram violentos].
V. ligação (sem ação)
Macete: tentar substituir verbo por ser ou estar, para identificar verbo de ligação.

-João explicou o conteúdo. VID


-João explicou o conteúdo ao aluno. VIDI
-João dançou. VI
-João dançou [tango]. VTD
-João dançou [com Maria]. VTI
-João dançou [tango] [com Maria]. VTDI, OD, OI.
-João ficou cansado. V. ligação.
-O Secretário de Saúde permitiu [novas buscas de vacinas]. VTD
-As crianças apenas sorriram. VI
ADVÉRBIOS: apresentam circunstâncias do verbo, adjetivo e outro advérbio.
Pedro dormiu muito - advérbio.
Pedro é muito inteligente – intensifica adjetivo.
Pedro estudou muito lentamente – advérbio de intensidade.

Classificação:
 Negação: não. Ex.: Os políticos não respeitam o povo.
 Afirmação: sim, certamente, realmente, efetivamente. Ex.: certamente o candidato faria uma boa
prova.
 Dúvida: talvez, provavelmente, possivelmente. Talvez os policiais prendam o bandido.
Obs.: os quatro casos respondem perguntas diretas.
 Modo: bem,mal, alegremente, lentamente, tristemente. Ex.: Fábio fez a prova calmamente.
 Intensidade (quanto): muito, pouco, demais, bastante. Ex.: Conversamos muito sobre as provas finais.
 Tempo (quando): ontem, hoje, já, antes, depois. Ex.: Falaremos amanhã sobre o clima brasileiro.
 Lugar (onde): aqui, ali, lá, dentro, fora, perto, longe. Ex.: Oscar mora longe da cidade.

Locução adverbial: mesma função formada por duas palavras.


Ex.: Com certeza irei a Reunião - locução adverbial de afirmação; (= ao advérbio certamente)
Ex.: Com calma - locução adverbial de modo; (= ao advérbio calmamente)

PREPOSIÇÕES: unem palavras com atribuição de novos significados.


 “a, ante, perante, sob, sobre, ‘de’, para, com, sem, até, contra.”
Exs.: Bolo de chocolate (bolo+chocolate);
Telefonar para João;
Inter contra Grêmio.

CONJUNÇÕES: unem palavras e orações com atribuição direta de significado.


Exs.: Estudei Português e Matemática para a prova – 1 oração, união de palavras.
Conversei com meus colegas e fui embora – 2 orações, união de orações.

Conjunções Coordenativas: ideia de independência, apenas organizando ideias.


 Aditivas: acréscimo, adição - e, nem, mas também, bem como, como também;
 Adversativas: quebra de expectativa, oposição – mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto;
 Alternativas: alternância ou exclusão – ou, ou; ora, ora; já, já; quer, quer;
Ex.: Quer decore, quer estude, fica nervoso na hora da prova.
 Conclusivas: conclusão – logo, portanto, por isso, assim então, pois (depois do verbo);
 Explicativas – que, porque, porquanto, pois (antes do verbo);
Ex.: Vamos rápido que tá chovendo. (redução do porque)

Conjunções Subordinativas: ideia de dependência.


 Integrantes - que, se;
 Causais: explicação – porque, como, visto que, já que, uma vez que, dado que, sendo que;
 Consecutivas: consequência – de maneira que, que (relacionada a palavra de caráter intensivo: tão,
tal, tanto);
 Concessivas: quebra de expectativa, oposição – embora, mesmo que, ainda que, por mais que, se
bem que;
 Condicionais - se, caso, contanto que, a menos que, salvo se, sem que;
 Comparativas – como, tal qual, mais que, menos que, quanto;
 Conformativas – conforme, consoante, segundo, como, assim como;
 Temporais: quando, enquanto, logo que, sempre que, depois que, desde que, assim que;
 Proporcionais: quanto mais, quanto menos, tanto mais, à medida que, à proporção que;
 Finais: objetivo, finalidade - para que, a fim de que, que (=para que);
 Pedro pede que eu faça exercícios de Português – subordinativa integrante, une orações;
 Se o conhecesse, não o condenarias – subordinativa condicional;
 Fui à entrevista e almocei com meus familiares - coordenativa aditiva;
 Cantei, fui aplaudido e fui embora – coordenativa aditiva;
 Estudei muito e não fui aprovado – coordenativa adversativa ‘mas’;
 Vanessa fez um bom trabalho, será, pois promovida - coordenativa conclusiva (portanto);
 Vanessa foi promovida, pois fez um bom trabalho – coordenativa explicativa (porque);
 Embora tenha estudado, não fui bem no teste – subordinativa concessivas;
 Estudei muito, mas não fui bem no teste – coordenativa adversativa;
 Como estava doente, não fui trabalhar – subordinativa causal;
 A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro – subordinativa comparativa;
 Assinei os documentos como combinamos – subordinativa conformativa;

INTERJEIÇÃO: é uma palavra frase, transmite emoções.


 ‘Ah!’, ‘oh!’, ‘uau!’, ‘poxa!’, ‘olá!’, ‘bah!’, ‘oba!’, ‘cuidado!’, ‘viva!’, ‘cuidado!’.

11. FUNÇÕES SINTÁTICAS – termos essenciais, integrantes e acessórios.


 TERMOS ESSENCIAIS:
1.Sujeito: é de quem se fala, ele conjuga o verbo (=/= do complemento verbal), podendo ser:
• Simples – um só núcleo.
Ex.: [O prédio novo da cidade] foi inaugurado.
núcleo
• Composto – dois ou mais núcleos.
Ex.: [Os donos da Empresa e os funcionários] entraram em acordo.
Núcleo núcleo
• Oculto (elíptico ou desinencial) – recuperação pela desinência verbal.
Exs.: Selecionaremos novos candidatos. O Nós
Fizeste os exercícios de língua portuguesa? O Tu
• Indeterminado – tudo é predicado.
3a pessoa do singular (ele), + 'se' (índice de indeterminação do sujeito)
3a pessoa do plural (eles);
Exs.: Vende-se esta casa; Roubaram meu talão de cheques.
=/= Os ladrões invadiram minha casa. Roubaram meu talão de cheques. O Eles
• Oração sem sujeito: sujeito inexistente, verbo impessoal, sendo:
-fenômenos da natureza;
-ser/estar = tempo/clima;
-fazer = tempo;
-haver = tempo/existir;
Exs.: Trovejou nesta madrugada – fenômeno;
Está calor hoje – clima;
Hoje são vinte e nove de janeiro – tempo;
Faz anos de minha formatura – tempo;
Há manifestantes aqui – existir; (=/= Existem manifestantes aqui – existir é pessoal)
Há dias de meu casamento;

2.Predicado: é o que se fala do sujeito.


• Verbal: representa ação do sujeito.
Exs.: Os candidatos [realizaram a prova].
Manuel [comprou as apostilas do curso].
• Nominal: apresentam estado, mudança estado, informações características do sujeito (predicativo).
ATENÇÃO: não representa ação, são os verbos de ligação – ser, estar, permanecer, etc.
Ex.: Pedro [ continuou calado].
PN P. Sujeito
• Verbo Nominal: ação + predicativo do sujeito.
Exs.: João [chegou cansado]. (João chegou. + João estava cansado.)
ação PS-PVN
O aluno [chegou alegre]. Caracteriza sujeito.
PVN
=/= O aluno [chegou alegremente]. Advérbio de modo, caracteriza verbo.
ação PV
Patricia, [surpresa, abriu o pacote de presente].
PS-PVN ação
[Nervoso,] aquele Ministro [respondeu às perguntas do repórter].
PS-PVN ação
=/= Aquele ministro, [respondeu ironicamente ao relator]. Advérbio modo, caracteriza verbo.
PV (advérbio modo)
 TERMOS INTEGRANTES:
1.Objetos Verbais: complementam o verbo de acordo com a transitividade
• Objeto Direto: complementa o verbo sem preposição. Ex.: Confirmamos [o gabarito do concurso].
VT o. Direto
• Objeto Indireto: complementa o verbo com preposição. Ex.: Conversamos [sobre política].
VTI o. Indireto
Devolvi [as chaves] [ao dono].
VTDI o. direto o. indireto

2.Complemento Nominal: completa a ideia de nomes sempre com preposição – substantivo, adjetivo ou
advérbio.
Exs.: Fumar é prejudicial / ao homem.
Pedro tem medo / de surpresas.
João tem necessidade [de ajuda].
João necessita [de ajuda]. (=|=, objeto indireto do verbo necessitar).

3.Agente da Passiva: é o agente da ação verbal dentro da voz passiva.


Ex.: O crime foi descoberto pelo delegado.
A. Passiva
[O Delegado] descobriu [o crime.] (=|=)
Agente voz ativa paciente

➔ TERMOS ACESSÓRIOS (se retirados, não fazem falta):


1. Adjunto Adnominal - acompanha núcleos substantivos, sendo: artigo, numeral, pronome, adjetivo,
locução adjetiva.
Ex.: [Os melhores funcionários] receberão [um excelente aumento].
Sujeito núcleo O. Direto núcleo
Funcionário + receberão + aumento – é o essencial;
Os, melhores, um, excelente – é o adjunto adnominal.
→ Dica: sempre encontrar sujeito + verbo + objeto.

Ex.: [Aqueles três rapazes da Empresa] entregaram [os meus instrumentos de trabalho].
Sujeito núcleo OD núcleo
Rapazes + entregaram + instrumentos.
Aqueles, três, da, Empresa, os, meus, de, trabalho - é o adjunto adnominal.
Lembrando: Sujeito simples, predicado verbal, verbo transitivo direto.

2. Adjunto Adverbial - acompanham os verbos, sendo: advérbios ou locuções adverbiais.


Ex.: Ontem no curso, a professora conversou muito sobre função sintática.
AAtempo AAlugar AAintensidade

3. Aposto: informação extra sobre o sujeito ou objeto. Existe o tradicional entre “,” e o enumerativo após “:”.
Ex.: O internacional, [campeão do Mundo da da Fifa], passou por maus momentos em 2017.
Compramos três coisas: [frutas, verduras e doces].
O autor [Machado de Assis] publicou obras incríveis – aposto especificativo.

Vocativo: termo independente (não acessório), sempre entre vírgulas, utilizado para chamar, evocar algo ou
alguém.
Ex.: Professora, o que veremos hoje.
Oh, verdes mares, levem-me daqui.
12. PERÍODO COMPOSTO
1.COORDENAÇÃO: relação de independência.
1.1. Oração coordenada assindética: sem conjunção;

1.2. Oração coordenada sindética: com conjunção, sendo:


a) OCS Aditiva: ideia de acréscimo, adição – e, nem (=e não), mas também;
Ex.: Conversamos muito / e fizemos muitos relatórios.
OCA OCS Aditiva
b) OCS Adversativa: ideia de quebra de expectativa, oposição – mas, porém, contudo, entretanto, todavia;
Ex.: Fizemos o projeto / mas não fomos aprovados.
OCA OCS Adversativa
c) OCS Alternativa: ideia de alternância ou exclusão – ‘ou, ou’, ‘ora, ora’, ‘quer, quer’.
Ex.: Deves assumir teus erros / ou poderás ser punido. Ora chora, /ora ri.
OCA OCS alternativa OCS alt. OCS alt.
d) OCS Conclusiva: ideia de conclusão – logo, portanto, pois (depois do verbo);
Ex.: Concluímos o trabalho, / então podemos ir embora. Concluímos o trabalho, /podemos, pois, ir embora.
OCA OCS conclusiva OCA OCS conclusiva
e) OCS Explicativa: porque, pois, que;
Ex.: Saímos mais cedo, / por que estávamos com problemas. Vamos embora, / que a chuva começou.
OCA OCS explicativa OCA OCS explicativa

ORAÇÕES SUBORDINADAS: relação de dependência, sentido.


Oração principal é sem conjunção e oração subordinada apresenta conjunção.

ORAÇÕES SUBSTANTIVAS: equivalem a substantivos e completam ideia da oração principal, podendo ser:
a) OSS Subjetiva: equivale ao sujeito. Ex. É preciso [que Lurdes faça os exercícios.]
OP OSS subjetiva
Macetes: -verbo de ligação aparece em 98% dos casos na oração principal;
-trocar oração subordinada por um substantivo (batata, laranja). Ex.: é preciso batata.
Ex.02. : Era necessário [que o aluno viesse]. Convém [que você compareça].
OP OSS subjetiva OP OSS subjetiva

b) OSS Predicativa: equivale ao predicado. Ex.: A verdade era [que eu precisava de aula].
OP OSS predicativa
Ex. 02. : O combinado era [que só os vermelhos viessem].
OP OSS predicativa
Macete: verbo de ligação no final da OP em 100% dos casos.

c) OSS Objetiva Direta: equivale ao objeto direto, completando verbo da oração principal sem preposição.
Exs.: O aluno quer [que a aula comece]. Perguntei [se estava cedo demais].
OP OSS objetiva direta OP OSS objetiva direta

d) OSS Objetiva Indireta: equivale ao objeto indireto, completando verbo da oração principal com
preposição.
Exs.: Aqueles rapazes precisam [de quem lhes ajude].
OP

e) OSS Completiva Nominal: equivale ao complemento nominal, completando nomes da oração principal
com preposição.
Ex.: O aluno tem receio [de que a aula seja sábado].
(nome) OSS completiva nominal (completa receio)

Exs.: O rapaz tem necessidade [de que lhe ajudem]. (=|=) O rapaz necessita [de que lhe ajudem].
(nome) OSS CN (verbo) OSS OI

f) OSS Apositiva: equivale ao aposto. Ex.: Gostaria de uma coisa: [que o concurso chegasse logo].
OP OSS apositiva
ORAÇÕES ADJETIVAS: adjetiva e retoma termos da OP, com presença de pronome obliquo, podendo ser:
a) OSA Explicativas: generalização.
Ex.: Os funcionários/, que fizeram greve,/ serão demitidos – todos que fizeram greve serão demitidos.
b) OSA Restritivas: sem vírgulas.
Ex.: Os funcionários / que fizeram greve / serão demitidos – somente os que fizeram.
Outros exemplos:
Escrevi para meu irmão/, que mora em Portugal. Escrevi para meu irmão / que mora em Portugal.
OSA explicativa OSA restritiva
Meu namorado/, que mora em POA/, vem me visitar. Meu namorado/ que mora em POA / vem me visitar.
OSA explicativa OSA restritiva

ORAÇÕES ADVERBIAIS: equivalem a advérbios que circunstanciam as ações da oração principal.


a) OSA Causal: ideia de causa, explicação – porque, visto que, como;
Ex.: Visto que estava doente/, não fui trabalhar.
OSA causal OP
b) OSA Consecutiva: ideia de consequência, resultado – que, de maneira que;
Ex.: Gritou tanto/ que ficou sem voz. É feio /que dói.
OP OSA consecutiva OP OSAC
c) OSA Concessiva: quebra de expectativa, oposição – mesmo que, ainda que, embora;
Ex.: Embora estivesse cansado, / foi trabalhar.
OSA consecutiva OP
d) OSA Comparativa: comparação – como, mais que, menos que;
Ex.: Os rapazes agiram / como verdadeiros animais.
OP OSA comparativa
e) OSA Condicional: ideia de condição – se, sem que, caso;
Ex.: Se chegares cedo, / liga para mim.
OSA condicional OP
f) OSA Conformativa: ideia de conformidade – conforme, segundo, como.
Ex.: Assina os documentos, conforme combinamos. Como diz o povo, / tristezas não pagam dívidas.
OP OSA conformativa OSA conformativa OP
g) OSA Proporcional: ideia de proporção – quanto mais, à medida que;
Ex.: À medida que trabalha,/ percebe o valor do dinheiro.
OSA proporcional OP
h) OSA Temporal: ideia de tempo – quando, assim que, logo que.
Ex.: Assim que terminamos o conteúdo,/ fomos embora.
OSA temporal OP
i) OSA Final: ideia de finalidade, objetivo – para que, afim de que.
Ex.: Gritei /a fim de que me ouvissem melhor.
OP OSA final

FUNÇÕES DO “QUE”:
1.Conjunção Explicativa: motivo (o. coordenadas). Ex.: Faça silêncio / que a prova começou.

2.Conjunção Consecutiva: consequência (OSA consecutiva).


Ex.: Escrevi tanto / que fiquei com dor nas mãos.

3.Pronome interrogativo: introduz perguntas diretas. Ex.: Que dia é hoje?

4.Conjunção Integrante: une (OS substantivas). Ex.: Perguntamos /[que conteúdo viria depois.]
O. Direto
5.Pronome Relativo: retoma termo (OS adjetivas). Ex.: O rapaz <- que indiquei é muito competente.

FUNÇÕES DO “SE”:
1.Conjunção Condicional (OSA condicionais). Ex.: Se me emprestares o livro/, eu faço os exercícios.
Condição OP
2.Índice de indeterminação do sujeito.
Ex.: Precisa-se de funcionários. (sujeito indeterminado – alguém, não sei quem)

3.Partícula apassivadora (voz analítica sintética). Ex.: Encontrou-se [a solução.]


Sujeito
4.Pronome Oblíquo: conjugador. Ex.: Fez-se de louco perante a situação.
13. CONCORDÂNCIA
Nominal: relação de nomes (núcleos) com seus termos referentes.
Flexão de gênero e número.
a) 2 núcleos substantivos (=gênero) + 1 adjetivo posposto.
Ex. Médico e enfermeiro estrangeiro – o último. Médico e enfermeiro estrangeiros – os dois.

b) 2 núcleos substantivos (gênero =|=) + 1 adjetivo posposto.


Ex.: Médico e enfermeira estrangeira. Médico e enfermeira estrangeiros – plural masculino universal.

c) 1 adjetivo anteposto + 2 núcleos substantivos (concorda com mais próximo.


Ex.: Teve bom destino e sorte. Teve boa sorte e destino

d) 2 adjetivos + 1 substantivo.
Ex.: A língua chinesa e a alemã. As línguas chinesas e alemã.

e) É bom, é proibido, é necessário.


Ex.: É proibido entrada de animais – sem artigo. É proibida a entrada de animais – especifica substantivo.

f) menos não existe.

g) MEIO: -advérbio é invariável. Ex.: Carolina chegou meio chateada. (substituir por muito)
-numeral é variável. Ex.: Comemos meia pizza no jantar. (não substitui por muito)

h) BASTANTE:-advérbio é invariável. Ex.: As atletas chegaram bastante cansadas. (substituir por muito)
-pronome indefinido é variável. Ex.: Compramos bastantes frutas. (não substitui por muito)

i) Mesmo, quite, obrigado, incluso, anexo – concordam com núcleo.


Exs.: A menina disse: - muito obrigada!
Eles mesmos fizeram as malas.
Pagamos nossas dívidas, estamos quites.
A tarifa está inclusa no seu documento.
A ficha está anexa ao documento.
Em anexo está a ficha de cobrança

Verbal: relação dos verbos e seus termos referentes. Ligação do verbo com núcleo do sujeito.
Flexão de número e pessoa : -Singular: eu, tu, ele;
-Plural: nós, vós, eles.
a) Concordância por substituição. Exs.: Carlos e Ana compraram um carro. Carlos.
Ana e eu compramos um carro.

b) Substantivos coletivos (o grupo). Ex.: A boiada fugiu na madrugada.

c) Expressões partitivas – a maioria de, parte de, etc.


Ex.: A maioria dos artistas assinou /assinaram o documento. (concorda com maioria ou artistas)

d) Expressões quantitativas – cerca de, mais de, menos de, etc.


Ex.: Cerca de | mil pessoas assinaram o documento.
(não necessita)

Verbos impessoais
a) SER: datas e horas. Ex.: São quatorze horas. (+ de uma hora)
Hoje é dia quatorze de dezembro. (1 dia)

b) HAVER: sentido de tempo e existir – sempre é invariável, 3ª pessoa do singular.


Ex.: Havia meses de minha formatura.
Havia muitos manifestantes aqui. (=|= Existiam muitos manifestantes aqui.)

c) FAZER: no sentido de tempo é impessoal. Ex.: Faz meses do meu aniversario.


14. REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL

REGÊNCIA VERBAL: relação entre os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e objetos
indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais).

a) Verbos intransitivos - não exigem complemento, pois fazem sentido completo por si só.
Podem ser acompanhados por adjuntos adverbiais, um termo acessório que modifica um verbo, um adjetivo
ou um advérbio, indicando uma circunstância (tempo, lugar, modo, intensidade).
O termo acessório, pode ser retirado da frase sem alterar sua estrutura sintática.
Exemplos:
1. Choveu muito ontem.
↓ ↓
verbo impessoal adjunto adverbial de intensidade e de tempo

2. Chegamos no voo das onze horas.


↓ ↓
verbo intransitivo adjunto adverbial de meio e de tempo

b) verbos transitivos - precisam de um complemento, pois não possuem sentido quando sozinhos.
Transitivos diretos são acompanhados por objeto direto e NÃO exigem preposição para relação de regência.
Exemplos:
1. Quero bolo!
↓ ↓
verbo transitivo direto objeto direto

2. Amo aquele rapaz.


↓ ↓
verbo transitivo direto objeto direto

Macete: perguntar “quero o quê/quero quem? Amo o quê/amo quem?”. As respostas serão os objetos diretos.

Transitivos indiretos são acompanhados de objetos indiretos COM preposição para o estabelecer regência.
Exemplos:
1. preposição 'de' + artigo 'a' = da

Gostamos da prova.
↓ ↓
verbo transitivo indireto objeto indireto

2. preposição + artigo = às

Respondi às questões.
↓ ↓
verbo transitivo indireto objeto indireto

Macete: perguntar “gostaram de quê/gostaram de quem? Respondeu a quê/respondeu a quem?”.


Ao fazer a pergunta com o uso de uma preposição, o objeto responderá também com uma preposição.

c) Verbos transitivos diretos e indiretos - são acompanhados de um objeto direto e um objeto indireto.
Exemplos:
1. a (preposição) + os = aos
Agradeço aos ouvintes a audiência.
↓ ↓ ↓
verbo transitivo direto e indireto Objeto indireto objeto direto ('a' é artigo)
→ Quem agradece, agradece a alguém algo.

2. preposição + artigo = à
Entreguei a flor à professora.
↓ ↓ ↓
verbo transitivo direto e indireto Objeto direto objeto indireto
REGÊNCIA NOMINAL: é a relação entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por
esse nome, sempre COM preposição.
Exemplos:
Substantivos: Admiração a/por;
Devoção a/ para/ com/ por;
Medo de;
Respeito a/ com/ para com/ por.

Adjetivos: Necessário a;
Acostumado a/com;
Nocivo a;
Agradável a;
Equivalente a.

Advérbios: Longe de/ Perto de.


Obs.: advérbios terminados em ‘mente’ tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados:
Exs.: Paralela a; paralelamente a.
Relativa a; relativamente ª

15. CRASE

A A
+ = À
artigo definido preposição

Regra GERAL: antes de palavras femininas. Ex.: Fumar é prejudicial (a+a) à saúde.

1. Aquele, aquela, aquilo.


Exs.: entrega o livro àquela menina; Devolve a chave àquele rapaz.

2. Verbo IR. “Vou a, volto da, crase há. Ex.: Vou à Bahia; Vou à França.
Vou a, volto de, crase pra que?” Ex.: Vou a Brasília.

Obs.: Roma: se especificar (adjunto adnominal) há crase.


Ex.: Vou à Roma dos padres e bispos.

3. Antes de expressões Femininas.


Ex.: À noite gosto de ver as estrelas; Fábio está à beira da loucura; À medida que estudo, aprendo mais.

4. Indicação do modo de como algo é – “a moda de”. Ex.: Bife à milanesa; Bigode à Hitler.

5. CASA: -específica usa crase. Ex.: Vou a casa de Paulo; Volto da casa de Paulo.
-genérica não usa crase. Ex.: Vou a casa; Volto de casa.

6. HORAS: quando puder substituir por ‘ao meio-dia’ há crase.


Exs.: Irei ao teatro às quinze horas. Ficarei até as nove e vinte. (precedida da preposição até)

Crase PROIBIDA.
1. Antes de palavras masculinas. Ex.: Fui a cavalo; Dirigi-me a Eduardo.

2. Antes de verbo. Ex.: A criança começou a chorar; A Empresa começou a lucrar com aquela papelada.

3. Antes de pronomes em geral. Ex.: Otávio devolveu a carta a ela. (=|=) Otávio devolveu a carta à menina.
Exceção: antes de pronome relativo.

4. Antes de artigo indefinido. Ex.: Dirigi-me a uma Empresa distante.

4. Entre palavras repetidas ou mesmo campo semântico.


Exs.: Ficamos cara a cara; Trabalho de segunda a segunda.

Crase FACULTATIVA: antes de nome próprio.


16. PONTUAÇÃO
1. Ponto (.)
a) Indicar o final de uma frase declarativa:
Acho que Pedro está gostando de você.

b) Separar períodos:
Ela vai estudar mais tempo. Ainda é cedo.

c) Abreviar palavras:
Ex.: V. Ex.ª (Vossa excelência)

2. Dois-pontos (:)
a) Iniciar fala de personagens:
Ela gritou:
– Vá embora!

b) Anteceder apostos, enumerações ou sequência de palavras que explicam ou resumem ideias anteriores:
Esse é o problema dessa geração: tem liberdade, mas não tem responsabilidade.
Anote meu número de telefone: 863820847.

c) Anteceder citação direta:


É como disse Platão: “De todos os animais selvagens, o homem jovem é o mais difícil de domar.”

3. Reticências (...)
a) Indicar dúvidas ou hesitação:
Sabe... preciso confessar uma coisa: naquela viagem gastei todas as minhas economias.

b) Interromper uma frase incompleta sintaticamente:


Talvez se você pedisse com jeitinho...

c) Concluir uma frase gramaticalmente incompleta com a intenção de estender a reflexão:


Pedofilia, assassinatos, pessoas sem teto, escândalos ligados à corrupção... assim caminha a humanidade.

d) Suprimir palavras em uma transcrição:


“O Cristo não pediu muita coisa. (...) Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros.” (Chico Xavier)

4. Parênteses ( )
a) Isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo, datas, substituir a vírgula ou o travessão:
Rosa Luxemburgo nasceu em Zamosc (1871).
Numa linda tarde primaveril (meu caçula era um bebê nessa época), ele veio nos visitar pela última vez.

5. Ponto de exclamação (!)


a) Após vocativo:
Juliana, bom dia!

b) Final de frases imperativas:


Fuja!

c) Após interjeição:
Ufa! Graças a Deus!

d) Após palavras ou frases de caráter emotivo, expressivo:


Que lástima!

6. Ponto de interrogação (?)


a) Em perguntas diretas:
Quando você chegou?

b) Às vezes, pode ser utilizada junto com o ponto de exclamação para enfatizar o enunciado:
Não acredito, é sério?!
7. Vírgula (,)
Marca pausas no enunciado, indicando que os termos separados não formam uma unidade sintática. Casos:
a) Separar o vocativo:
Marília, vá à padaria comprar pães para o lanche.

b) Separar apostos:
Camila, minha filha caçula, presenteou-me com este relógio.

c) Separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado:


Os políticos, muitas vezes, visam somente os próprios interesses.

d) Separar elementos de uma enumeração:


Meus bolos prediletos são os de chocolate, coco, doce de leite e nata com morangos.

e) Isolar expressões explicativas:


Faça um bolo de chocolate, ou melhor, de chocolate e morangos.

f) Separar conjunções intercaladas:


Os deputados não explicaram, porém, o porquê de tantas faltas.

g) Separar o complemento pleonástico antecipado:


Havia no rosto dela ódio, uma ira, uma raiva que não possuía justificativa.

h) Isolar o nome do lugar na indicação de datas:


São Paulo, 10 de Dezembro de 2016.

i) Separar termos coordenados assindéticos*: (*não introduzidas por conjunção)


Vim, vi, venci. (Júlio César)

j) Marcar a omissão de um termo:


Maria gosta de praticar esportes, e eu, de comer. (omissão do verbo gostar)

→ Antes da conjunção, como nos casos abaixo:


k) Quando as orações coordenadas possuem sujeitos diferentes:
Os políticos estão cada vez mais ricos, e seus eleitores, cada vez mais pobres.

l) Quando a conjunção “e” repete-se com o objetivo de enfatizar alguma ideia (polissíndeto):
Eu alerto, e brigo, e repito, e faço de tudo para ela perceber que está errada, porém nunca me escuta.

m) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” assume valores distintos que não retratam sentido de adição
(adversidade, consequência, por):

Teve febre a noite toda, e ainda está muito fraca.

→ Entre orações:
n) Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas:
Amélia, que não se parece em nada com a Amélia da canção, não suportou seu jeito grosseiro e mandão.

o) Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, exceto as iniciadas pela conjunção “e”:
Pediu muito, mas não conseguiu convencer-lhe.

p) Para separar orações subordinadas adverbiais, principalmente se estiverem antepostas à oração principal:
A casa, tão cara que ela desistiu da compra, hoje está entregue às baratas.

q) Para separar as orações intercaladas:


Ficou doente, creio eu, por conta da chuva de ontem.

r) Para separar as orações substantivas antepostas à principal:


Quando me formarei, ainda não sei.
8. Ponto e vírgula (;)
a) separa os itens de uma sequência de outros itens:
Para preparar o bolo vamos precisar dos seguintes ingredientes:
1 xícara de farinha de trigo;
4 ovos;
1 xícara de leite;
1 xícara de açúcar;
1 colher de fermento.

b) separar orações coordenadas muito extensas ou nas quais já se tenha utilizado a vírgula:
“O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciadamente vultuoso, o
que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde moço se foi
transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto tenso." (O Visconde de
Inhomerim - Visconde de Taunay)

9. Travessão (—)
a) Iniciar a fala de um personagem no discurso direto:
Então ela disse:
— Gostaria que fosse possível fazer a viagem antes de Outubro.

b) Indicar mudança do interlocutor nos diálogos:


— Querido, você já lavou a louça?
— Sim, já comecei a secar, inclusive.

c) Unir palavras que indicam itinerários:


O descaso do poder público com relação à rodovia Belém—Brasília é decepcionante.

d) Substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas:


Dizem que Elvis — o rei do rock — na verdade, detestava atuar.

10. Aspas (“”)


a) Isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões,
neologismos, arcaísmos e expressões populares:
Exs.: A aula do professor foi “irada”. / Ele me pediu um “feedback” da resposta do cliente.

b) Indicar uma citação direta:


“Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e refiz a
mala.” (O prazer de viajar - Eça de Queirós)
Obs.: para utilizar aspas dentro de uma sentença onde ela já esteja presente, usa-se a marcação simples (').
17. COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAIS
COERÊNCIA: estabelece a lógica interna de um texto e cria uma linha de pensamento que possa ser
seguida e compreendida.
Aspectos essenciais:
-clareza, simplicidade, objetividade e concisão;
-estruturação de uma ideia principal e de ideias secundárias;
-criação de uma linha de raciocínio e pensamento lógico;
-entrelaçamento de ideias e harmonia entre fatos;
-transmissão de informação relevante com ênfases nas partes mais importantes;
-informação suficiente sobre o assunto;
-demonstrar domínio total do assunto;
-construção de um todo significativo.

Deve se evitar:
-palavras desnecessárias;
-repetição de palavras;
-redundância de ideias;
-contradição de fatos;
-existência de fatos isolados;
-utilização de frases muito extensas;
-uso de frases feitas, clichês, jargões, estrangeirismos;
-uso de outros elementos que empobreçam o discurso.

COESÃO: cria uma sequência harmoniosa entre os diversos momentos do texto.


a) Coesão referencial - são utilizados elementos, como pronomes e expressões adverbiais, que evitam a
repetição de elementos já mencionados no texto aquando de nova referência.
Exs.: Você viu minha irmã? Ela disse que vinha para aqui.
Essa mochila é minha. Onde está a sua? / Já arrumei todas as minhas gavetas, menos aquela

b) Coesão sequencial – é a coesão por conjunção, com conectivos que dão continuidade aos assuntos e
estabelecem relação com aquilo já afirmado, como por conseguinte, embora, logo, com o fim de, caso, etc.
Exs.: Perante aquela situação, foi fácil tomar uma decisão.
Isto posto, continuaremos realizando nosso trabalho.

c) Coesão lexical – utiliza recursos coesivos que permitem manutenção do tema sem repetições vocabulares.
Exs.: Um cientista estava próximo da descoberta. Os restantes investigadores aguardavam as conclusões.
A savana estava repleta de leões e leoas. Esses magníficos mamíferos selvagens.
Ainda estou cozinhando o arroz. Quando acabar de o fazer, poderemos almoçar.
→ Recursos coesivos lexicais:
-Sinonímia: utilização de sinônimos. Ex.: convencer e persuadir;
-Hiperonímia (+) e hiponímia (-): uso de substantivos específicos e genéricos. Ex.: mamífero e leão;
-Repetição: palavras repetidas para destacar ou reforçar ideia. Ex.: enormes esforços, enormes desilusões;
-Nominalização: uso de substantivos, verbos e adjetivos relacionados. Ex.: felicidade, felicitar e feliz;
-Substitutos universais: termos que substituem outros, como pronomes, numerais e alguns verbos (fazer).

d) Coesão por elipse - é feita a omissão de elementos já mencionados, se facilmente identificáveis.


Exs.: Minha mãe está na feira. Foi comprar frutas e verduras.
Mariana e Paula são melhores amigas. Querem viajar juntas.

e) Coesão por substituição - retoma termos já referidos, havendo uma ‘nova definição’, sem correspondência
total ao primeiro termo.
Exs.: Meu pai pediu bolo de chocolate, eu pedi um de limão.
Para a festa, ela comprou um vestido novo. Eu vou comprar também.

Outros recursos que contribuem para a coesão textual:


-correta ordenação das palavras no período;
-correto uso de desinências nominais (marcas de gênero e número);
-correto uso de desinências verbais (flexão em número, pessoa, modo e tempo);
-correta utilização de preposições e conjunções.
18. PARALELISMO SINTÁTICO E SEMÂNTICO.
PARALELISMO SINTÁTICO: sequência de estruturas (termos, orações) semelhantes ou com igual valor
sintático.
Essa estrutura com simetria sintática confere clareza, objetividade e precisão ao discurso.
Exemplos:
Sem - Eu pedi para ele vir cedo e que trouxesse guardanapos.
Com - Eu pedi que ele viesse cedo e que trouxesse guardanapos.

Sem - O professor sempre foi disponível, compreensivo e teve paciência.


Com - O professor sempre foi disponível, compreensivo e paciente.

Sem - O atleta brasileiro vencedor da maratona foi seguido pelo atleta argentino e do atleta uruguaio.
Com - O atleta brasileiro vencedor da maratona foi seguido pelo atleta argentino e pelo atleta uruguaio.

Sem - Após o incêndio, eles vieram com coragem mas querendo justiça.
Com - Após o incêndio, eles vieram com coragem mas quiseram justiça.

Sem - Ela não só é professora, como também vende perfumes.


Com - Ela não só é professora, como também vendedora de perfumes.

Sem - A preservação do meio ambiente representa não só um dever de cidadania e é para que o planeta
sobreviva.
Com - A preservação do meio ambiente representa não só um dever de cidadania, mas também a
sobrevivência do planeta.

Sem - Minha avó sempre foi simples, humilde e trabalhou muito.


Com - Minha avó sempre foi simples, humilde e trabalhadora.

Estruturas de paralelismo sintático mais comuns:


• Por um lado... por outro...
• Não... nem...
• Tanto... quanto...
• Primeiro... segundo...
• Seja... seja...
• Quer... quer...
• Ora... ora...
• Ou... ou...
• Quanto mais... mais...
• Quanto menos... menos...
• Não só... mas também...
• Isto é...
• Ou seja…

PARALELISMO SEMÂNTICO: sequência harmoniosa e simétrica entre as ideias presentes na frase, havendo
correspondência de sentido (afinidade) entre os termos, podendo ser comparados.
Exemplos SEM paralelismo semântico:
Vou comprar um vestido novo para a festa e pão.
Meu primo é muito simpático, cumprimenta todos com alegria e é alto.
Alice gosta de ginástica, de patinação e de doce de leite.
Marcos gosta de chocolate e de jogar futebol.
A irmã revisou a matéria com Pedro.

Exemplos COM paralelismo semântico:


Vou comprar um vestido novo para a festa e umas sandálias douradas.
Meu primo é muito simpático, cumprimenta todos com alegria e ajuda quem pode.
Alice gosta de ginástica, de patinação e de natação.
Marcos gosta de chocolate e de pipoca.
A irmã revisou a matéria com o irmão. / Alice revisou a matéria com Pedro.

Outros exemplos COM paralelismo semântico:


A cozinheira pediu que o ajudante fosse ao supermercado.
A Heloísa pediu que o Mateus fosse ao supermercado.
PARALELISMO MORFOLÓGICO: quando as palavras da oração pertencem a mesma classe gramatical.
Sem - Proibido caçar e animais.
Com - Proibido caçar. Proibido animais. / Proibido caçar e entrar com animais.

PARALELISMO RÍTMICO: quando a frase é construída sob um ritmo harmonioso e constante, de mesma
classe gramatical. A oração tem a mesma cadência ou número de sílabas, frequente na música e literatura.
Sem - Vi o pássaro cantar, o pinto piar e a vaca.
Com - Vi o pássaro cantar, o pinto piar e a vaca mugir.
MORFOLOGIA
Vocábulos: dedo, dedinho, dedão, dedal -> ‘ded’ é o radical e ‘a’ é a vogal temática, que não designa gênero.
Afixos: morfemas inseridos como prefixo ou sufixo, antes ou após um radical. Ex.: feliz -> infelicidade

Desinências:
1. Nominais: gênero e número
garotas -> ‘a’ é desinência de gênero e ‘s’ de número plural. No singular existe 0 desinência de No.

2. Verbal: de número e pessoa:1ª ,2ª, 3ª do singular ou 1ª ,2ª, 3ª do plural;


De tempo – presente, passado, futuro – e de modo – indicativo (certeza) e subjuntivo (incerteza).
Cantavamos -> ‘va’ é desinência de tempo e modo, sendo pretérito do indicativo
‘mos’ é desinência de número e pessoa, sendo a 1ª pessoa do plural
Cantasses -> ‘sse’ é desinência de tempo e modo, sendo pretérito do subjuntivo
‘s’ é desinência de número e pessoa, sendo a 1ª pessoa do singular

FORMAÇÃO DE PALAVRAS
1. Derivação: um radical formando novos vocábulos com presença de afixos. Ex.: Leal:
a) Prefixal: desleal;
b) Sufixal: lealdade;
c) Prefixal e sufixal: deslealdade – ao tirar prefixo ou sufixo mantêm-se gramatical.
d) Parassíntese: engavetar – retirando o prefixo ou sufixo fica agramatical.
e) Regressiva: ao retirar morfema do verbo primitivo muda classe gramatical e sentido. Ex.: abalar -> abalo
f) Imprópria: mesma estrutura com classe gramatical diferente. Ex.: O jantar está ótimo -> Vamos jantar.

2. Composição: dois radicais formam novas palavras, por:


a) Justaposição: união de dois radicais sem perder critério fonético: Ex.: pisca-pisca, girassol;
b) Aglutinação: união de dois radicais com a perda de critério fonológico. Ex.: aguardente, planalto, pernalta.

Diferenças:
Frase – todo o enunciado com sentido.
Nominal: sem verbo. Ex.: Socorro! Bom dia!
Verbal: com verbo. Ex.: Antônio perguntou sobre o crime.
Crime sobre Antônio perguntou. – frase sem sentido.

Oração: toda a frase com verbo. Ex.: As crianças necessitam de proteção.


ATENÇÃO: toda a oração é uma frase, mas nem toda a frase é uma oração.

Período - é o conjunto de orações.


Simples: uma oração. Ex.: O rapaz cometeu um grande erro.
Composto: duas ou mais orações. Ex.: O rapaz cometeu um grande erro, arrependeu-se e foi punido.
(loc. Verbal)

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