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PORTUGUÊS

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

 Prosa: não se sujeita a ritmos regulares; organização em linha corrida.


 Poema: forma de versos; linha melódica ou efeitos sonoros.

NESSA X NESTA
NESSA:
A pessoa ou objeto referido está situado espacialmente longe da pessoa que fala e próximo da pessoa a
quem se fala.
ex.: Procure o papel nessa gaveta aí.
Deverá também ser usado para indicar algo no tempo passado em relação à pessoa que fala ou que já
foi mencionado no discurso.
NESTA:
Quando a pessoa ou objeto referido está situado espacialmente próximo da pessoa que fala.
ex.: Procure o papel nesta gaveta aqui.
Deverá também ser usado para indicar algo no tempo presente em relação à pessoa que fala ou que
ainda vai ser mencionado no discurso.

TIPOLOGIA E GÊNEROS TEXTUAIS

Tipos textuais:
 Narrativo:
 Personagens;
 Verbos nocionais (cantar, correr, beijar...);
 Tempo: tipicamente passado;
 Quem conta a história é o narrador;
 Discurso direto: o narrador narra exatamente igual o personagem falou. Ex.: O Amanuense
Belmiro disse ao colega: – Estou farto de tanta burocracia.
 Discurso indireto: o narrador fala com suas próprias palavras. Ex.: O Amanuense Belmiro disse ao
colega que estava farto de tanta burocracia.
 Descritivo
 Expositivo
 Argumentativo
 Instrucional ou injuntivo
 Dialogal

Gêneros textuais: ex.: biografia, conto, e-mail etc.

Crônica = texto voltado ao comentário de assuntos atuais, rotineiros, de forma bem-humorada ou


crítica.
TEXTO INSTRUCIONAL X TEXTO INJUNTIVO
Texto instrucional: indica procedimentos a serem adotados para consecução de um determinado fim.
Ex.: Uma vez aberta a caixa, conserve-se na geladeira, sendo aconselhável o consumo nos 3 ou 4 dias
seguintes.
Texto injuntivo: explicação de um método com a intenção de concretizar uma ação.
Ex.: Economize para que, nas próximas férias, possa realizar aquele passeio dos seus sonhos pela
Europa.

SINONÍMIA, ANTONÍMIA, HOMONÍMIA, PARONÍMIA, POLISSEMIA

 Sinonímia: duas palavras possuem significados iguais ou semelhantes. Ex.: salário -> vencimento.
 Antonímia: significados contrários. Ex.: metódico -> desordenado.
 Homonímia/paronímia: palavras com pronúncia ou grafia parecidas ou iguais, mas com significados
diferentes. Ex.: colher (pode ser substantivo ou verbo).
 Polissemia: uma mesma palavra apresenta vários significados. Ex.: ponto -> ponto de ônibus, pontos
na prova.

Hiperônimo - são palavras de sentido genérico. Ex.: grupos historicamente vulneráveis.


Hipônimo - são palavras de sentido específico. Ex.: mulheres, homossexuais e travestis.

FIGURAS E VÍCIOS DE LINGUAGEM

 Antítese / paradoxo: CONTRADIÇÃO INTERNA; dois pensamentos de sentido contrário na mesma


frase. Ex.: Com luz no olhar e trevas no peito.
(FGV – TJRO – 2021) Eu adoro passear sozinho; meu amigo João também, por isso podemos passear
juntos.
 Catacrese: supre a falta de uma palavra específica para determinada coisa. Ex.: Braços de poltrona.
 Disfemismo: usa expressão depreciativa ao invés de uma neutra. Ex.: Ficar puto de raiva.
 Hipérbole: exagero. Ex.: Morrer de medo.
 Metáfora: usa uma palavra que é usada para designar outra coisa. Ex.: O suspeito resolveu quebrar o
silêncio.
Metáfora explícita: quando tem conectivo de comparação (como, tal qual...), ex. A vida vem em
ondas como o mar.
 Metonímia: uso de uma palavra fora do seu contexto normal. Ex.: O marido relata ter bebido apenas
dois copos de leite.
 Sinestesia: cruzamento de sensações. Ex.: O cheiro áspero da terra.
 Barbarismo: uso de formas vocabulares contrárias a norma culta. Ex.: Menas palavras.
 Cacofonia: repetição de sons. Ex.: Vou-me já.
 Pleonasmo: redundância. Ex.: Subir pra cima.
 Perífrase: substituição de um nome por uma expressão que identifica a coisa ou pessoa, salientando
suas qualidades ou um fato notável pelo qual ela é conhecida.
(FUMARC – CEMIG – 2018) “pais da modernidade” é uma perífrase, que faz referência as pessoas que
foram precursoras da modernidade.
Hipérbato: inversão na ordem sintática dos termos de uma oração.
Aliteração: repetição de fonemas consonantais. Ex.: Ó vento vento saudoso. / Chove chuva, chove
sem parar. Assonância: repetição de sons vocálicos.
Prosopopeia = personificação

MORFOLOGIA

1. ÁREA DOS NOMES:


Substantivo (regente):
• Adjetivo (regido);
• Locução adjetiva (regido);
• Artigo (regido);
• Pronome adjetivo (regido);
• Numeral adjetivo (regido).

2. ÁREA DOS VERBOS:


Verbo (regente):
• Advérbio (regido) – ainda pode se referir a um adjetivo, verbo ou a outro advérbio;
• Locução adverbial (regido).

3. ÁREA DOS CONECTIVOS:


• Preposição (conectivo nominal);
• Conjunção (conectivo oracional).

Derivação imprópria: uso da palavra em classe diferente da que pertence. Ex.: rápido = adjetivo / O
professor saiu rápido. (advérbio)

PRONOME SUBSTANTIVO – substitui o substantivo


PRONOME ADJETIVO – refere-se ao substantivo

Ex.: Minha esposa chegou.


Esposa – substantivo / minha – pronome adjetivo

O professor tem muito dinheiro.


Dinheiro = substantivo / muito = pronome adjetivo

O professor fala claro. (advérbio)


O professor fala muito claro. (muito = advérbio / claro = advérbio) – não é locução adverbial
O professor fez um texto muito claro. (texto = substantivo / muito = advérbio / claro = adjetivo – pois se
refere ao substantivo)

As locuções tem que ser precedidas por preposição e não podem vir separadas por vírgula do termo a
que se referem.
O professor encontrou o aluno no shopping. (loc. Adverbial)
 Quando tiver verbo na expressão, será oração, ex.:
O professor encontrou o aluno quando esteve no shopping. (ora. Subord. adverbial temporal)

Quando eles voltam sedentos.


Voltam – verbo / sedentos – adjetivo (se refere a “eles”)

Ontem comprei bastantes livros.


Livros – subst. / bastantes – pron. adj.
Os livros são bastante complexos.
Complexos – adj. (se refere ao subst. livro) / bastante – advérbio

Toda banca é todo confusa.


Toda – pron. adj. / banca – subst. / todo – advérbio / confusa – adj.
Obs.: Por causa da concordância eufônica pode flexionar o todo. (Toda banca é toda confusa.)

NUMERAL SUBSTANTIVO – substitui o substantivo


NUMERAL ADJETIVO – refere-se ao substantivo

Adjetivo de relação: são nomes qualificadores derivados de substantivo, vêm depois do substantivo e
não admitem grau de intensidade (vinho muito português)
Vinho português (adjetivo) – Portugal (substantivo relacionado)
Ex.: As jabuticabas são frutas brasileiras.

ARTIGO
 Em regra acompanha substantivo expresso.

SINTAXE
Termos relacionados a verbos:
- objeto direto
- objeto indireto
- adjunto adverbial
- agente da passiva

Termos relacionados a nomes:


- adjunto adnominal
- complemento nominal
- aposto
- predicativo

Transitividade:
VTD = objeto direto (não há preposição obrigatória).
VTI = objeto indireto (há preposição obrigatória).
VTDI = objeto direto + objeto indireto.
VL = predicativo do sujeito dando ideia de estado ou característica. Ex.: Ainda chego a doutor. (ainda =
advérbio -> adjunto adverbial / chego = VL / a doutor = pred. do sujeito)
 Ser, estar, permanecer, ficar, tornar-se, andar, parecer, virar, continuar, viver.
VI + nada: Ex.: O deputado saiu.
VI + adjunto adverbial: Ex.: O deputado saiu do plenário. (do plenário: locução adverbial. Adjunto
Adverbial de lugar)
VI + predicativo do sujeito: Ex.: O deputado saiu confuso. (confuso: adjetivo. Predicativo do sujeito)

OBJETO DIRETO
Objeto direto preposicionado: o verbo não pede preposição, mas mesmo assim eu uso para a frase ter o
sentido que eu quero. Ex.: Bebi do vinho. (bebi não pede prep., mas eu coloquei pra entender que eu
bebi uma parte do vinho).
Obs.: Quando se referir a divindades, é obrigatório o uso da preposição no objeto direto
preposicionado.
Ex.: Amar a Deus.

Obs.: Pode existir preposição no sujeito, mas não no núcleo do sujeito.

Adjunto adnominal: caracteriza substantivo concreto ou abstrato, com ou sem preposição.


Complemento nominal: completa o sentido de um adjetivo, advérbio ou substantivo abstrato com
preposição.
Relação com substantivo abstrato (em caso de ser com preposição):
Pode ser: adjunto adnominal ou complemento nominal
Obs.: Quando o substantivo é abstrato ele deriva de verbo; ex.: amor -> deriva do verbo amar.

Substantivo abstrato com preposição:


 Será adjunto adnominal caso o termo preposicionado seja possuidor do termo regente ou agente da
ação (relação subjetiva: função de sujeito | agente).
 Será complemento nominal se o termo que completa o nome for o alvo da ação (relação objetiva:
função de objeto | paciente).
Aposto

Aposto explicativo:
- Refere-se a nome;
- Expressão de natureza substantiva;
- Identidade semântica;
- Característica única.

Sujeito e predicado
- Tudo o que não é sujeito é predicado.
Classificação do predicado:
PV – o núcleo é o verbo significativo
PN – o núcleo é o predicativo (VL)
PVN – verbo significativo + predicativo

Verbo significativo: VTD / VTI / VTDI / VI


Verbo copulativo: VL

Obs.: Tem que ter cuidado para não confundir objeto direto com predicado do objeto:
Acusei o diretor de injusto. (acusei – VTD / o diretor – OD / de injusto – POD / de injusto está
qualificando o diretor, então não pode ser objeto direto; o verbo admite substituição lexical: Acusei-o de
injusto, então não pode ser adjunto adnominal).

Paguei o almoço ao aluno. (paguei – VTDI / o almoço – OD / ao aluno – OI)

PERÍODO COMPOSTO

Período composto por subordinação

 Exerce uma função sintática em relação à outra

Orações subordinadas substantivas – equivale a um substantivo.


Ex.: Desejo / que meus alunos sejam aprovados.
Desejo – VTD – oração principal / que meus alunos sejam aprovados – OD – oração subordinada
substantiva objetiva direta

Oração principal + oração subordinada  não tem vírgula

QUE = conjunção integrante


 Não possui função sintática;
 Substitui por isso.
Ex.: Os deputados perguntaram se a votação seria cancelada. (os deputados perguntaram isso)

Oração subordinada substantiva subjetiva desenvolvida


 Exerce função de sujeito
Ex.: Convém que vocês estudem.

Oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo


 Exerce função de sujeito
+
 Não há conjunção
 Verbo está no infinitivo
Ex.: Convém estudar.

Oração subordinada substantiva apositiva


 É igual uma oração adjetiva explicativa. A única diferença é que o “QUE”, nesse caso, vai exercer
função de conjunção integrante.
Ex.: Faço apenas um pedido, que você reveja seus conceitos.

Obs.: Existem construções que o PR “que” é antecedido por pronome demonstrativo:

Orações subordinadas adjetivas


→ São iniciadas por pronomes relativos: que, o qual, cujo, onde…
Ex.: A unidade de saúde onde atendo foi assaltada ontem.
- Explicativa emprega vírgula; restritiva não.

- Nesse caso, observa a dependência sintática por conta do adjunto adnominal.


 A oração subordinada adjetiva explicativa se assemelha ao aposto explicativo, por isso as vírgulas,
porém se diferente pela existência de verbo na oração, o que não ocorre no aposto.

QUE = pronome relativo:


1. Oração subordinada adjetiva
2. Retoma o termo antecedente
3. Possui função sintática
O QUAL
 Concorda com o antecedente e pode substituir o “que” nas orações subordinadas adjetivas.
 Por questões estilísticas, é preferível usar o “que”.

Casos em que é preferível usar “o qual”:


 Quando o pronome estiver precedido de preposição com duas ou mais sílabas.
Ex.: Esta é uma questão contra a qual a população pobre não reage.
 Quando o “que” promover ambiguidade.

MUITO IMPORTANTE!!!
Caso esteja diante de uma questão da FGV com duas alternativas corretas e com um pronome relativo
“que” substituindo “o qual”, sem preposição, escolha outra alternativa:
E para protegê-los, o Estatuto do Idoso, que completou 15 anos...  essa alternativa falava que o “que”
poderia ser substituído por “o qual”, e a alternativa estava errada.
CUJO = retoma o antecedente e estabelece relação com o consequente
1. Só ocorre em orações subordinadas adjetivas;
2. Em regra, exerce função sintática de adjunto adnominal;
3. Dá ideia de posse;
4. Pode vir precedido de preposição;
5. Não admite posposição de artigo;
6. Concorda com o consequente;
7. Tem que existir nome antes e depois do “cujo”.

Orações subordinadas adverbiais

Principais conjunções e locuções subordinativas adverbiais:


1 – Causais: porque, como (porque), pois, pois que, por isso que, já que, uma vez que, visto que, visto
como, que, porquanto, na medida em que.
2 – Concessivas: fato contrário a ação principal, mas incapaz de impedi-la. Embora, conquanto, bem
que, se bem que, posto, posto que, sem que, apesar de que, nem que, por menos que, por mais que,
nem que, ainda que, em que pese, quando mesmo.
3 – Condicionais: se, caso, contanto que, salvo se, sem que, dado que, desde que, a menos que, a não
ser que.
4 – Temporais: quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que,
todas as vezes que, cada vez que, que (desde que), primeiro que, enquanto.
5 – Consecutivas: consequência do que foi declarado na oração anterior. Que, de forma que, de modo
que, de sorte que, tanto que.
6 – Comparativas: que, do que (depois de mais, menos, maior, menor, melhor e pior), qual (depois de
tal), quanto (depois de tanto), como, assim como, bem como, como se, que nem.
7 – Conformativas: conforme, como (conforme), segundo, consoante.
8 – Proporcionais: à medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais...mais, quanto
mais...tanto mais, quanto mais...menos, quanto mais...tanto menos.
9 – Finais: para que (a fim de que, que, porque).

Não existe “à medida em que”.

Período composto por coordenação

 Independe sintaticamente da principal.

Orações coordenadas assindéticas – não há conjunção


Ex.: Cumprimentei a turma, escrevi no quadro, expliquei a matéria.
- Posso substituir a vírgula por “;” e “.”

Orações coordenadas sindéticas

Aditivas:
 Em regra, não se emprega vírgula nas aditivas com sujeitos idênticos; contudo pode-se utilizá-la
como recurso estilístico.

 Nas aditivas com sujeitos diferentes, a vírgula é em regra facultativa.


Ex.: As estradas da Grã-Bretanha tinham sido construídas pelos romanos, e os sulcos foram escavados
por carruagens romanas.
 Quando a ausência da vírgula gerar ambiguidade, a vírgula se torna obrigatória.

Adversativas:
 Quebra de expectativa; oposição/contraste; ressalva.
Ex.: A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.
- Sempre olhar o contexto, porque pode ter orações aditivas com a conjunção “mas” e orações
adversativas com a conjunção “e”.

Conjunções: mas, porém, entretanto, no entanto, contudo, não obstante, senão, todavia.

ATENÇÃO!
O “mas” é a única adversativa que não se isola com vírgula.
- As riquezas multiplicam os amigos; mas, ao pobre, o seu próprio amigo o deixa. Nesse caso, a vírgula
não está isolando o “mas”, e sim “ao pobre”.
O “mas” também não pode ser deslocado. Ex.: Meras palavras, mas, levam a penúria. Deveria ser 
Meras palavras, porém, levam a penúria.

ADVERSATIVAS X CONCESSIVAS
 Adversativas = verbo no indicativo
Ex.: O PIB cresce, mas não inclui.
 Concessivas desenvolvidas = verbo no subjuntivo
Ex.: Embora o PIB cresça, ele não inclui.

Conclusivas
Conjunções: logo, portanto, então, assim, por isso, por conseguinte, pois (posposta ao verbo), de modo
que, em vista disso.

Explicativas
Conjunções: porque, que, pois, porquanto.

Alternativas
Conjunções: ora (a única conjunção que pode aparecer apenas na última oração), ora...ora, já...já,
quer...quer, seja...seja.

Oração justaposta  Existe nas orações causais e explicativas, quando não há conectivo.
Ex.: Sorria: você está sendo filmado.

ONDE x AONDE
 Onde = lugar (em)
Onde você esteve ontem? | Quem esteve, esteve em algum lugar
 Quando for pronome relativo, pode ser substituído por “em que” ou “no qual”
 Aonde = locomoção (a)
Aonde elas vão? | Quem vai, vai a algum lugar
 Donde (de)
Donde você veio? | Quem vem, vem de algum lugar

VOZES VERBAIS

Voz Ativa: em regra, o sujeito pratica a ação.


Voz Passiva: o sujeito sofre a ação.
Voz Reflexiva: o sujeito pratica e sofre a ação.

Observações da voz passiva: Voz passiva ocorre com VTD, mas não tem OD.

Características da voz passiva analítica:


1. A voz passiva analítica é formada pelos verbos auxiliares ser ou estar + particípio.
2. Geralmente, virá com agente da passiva expresso.

Características da voz passiva sintética (ou pronominal):


1. Pronome apassivador “se”.
2. Geralmente, virá sem agente da passiva.

Transposição de Voz Verbal

Obs.: O agente da passiva é regido pelas preposições por ou de.


Não confundir com objeto direto reflexivo:
Ex.: Bolsonaro se vê em situação favorável. (Bolsonaro = sujeito – por aí já vê que não pode ser PA e IIS /
se = OD reflexivo / vê = VTD)

Não confundir também com verbo pronominal (verbo que só pode ser conjugado com o pronome)
Ex.: O professor se arrependeu de tudo. (O professor = sujeito / se = parte integrante do verbo /
arrependeu = VTI / de tudo = OI)

PONTUAÇÃO

Período simples:
Ordem direta:
SUJEITO + (não) VERBO + (não) COMPLEMENTO VERBAL + (facultativa) ADJUNTO ADVERBIAL

* Na ordem direta, mesmo que o AA tenha mais que 3 termos, a vírgula é facultativa.

* Nesse caso, as vírgulas serão


obrigatórias, podendo ser substituídas por travessões ou parênteses.

 Termos coordenados são separados por vírgula, mas também podem ser separados por ponto e
vírgula, sobretudo quando um dos elementos já estiver separado por vírgula.

 No zeugma verbal, a vírgula não é obrigatória, mas é recomendada.

 Nas orações aditivas com sujeitos diferentes, a vírgula é recomendada. Seu uso só será obrigatório
se sua ausência promover ambiguidade. Quando as orações trouxerem o mesmo sujeito, não haverá
necessidade da vírgula; todavia, podemos empregá-la como um recurso estilístico.
 Pode usar travessão e vírgula juntos desde que exista acúmulo de motivos.

Os travessões foram colocados na frase por conta do aposto; já a vírgula, por conta do adjunto adverbial
que está no início.

 Não usa vírgula quando o adjunto adverbial deslocado estiver seguido de expressão expletiva.
Ex.: Na literatura de ficção é que a falta de caráter dos brasileiros se revelou escandalosamente.
Na literatura de ficção – AA / é que – termo expletivo
Obs.: partícula expletiva é sempre no singular “é... que...”

REGÊNCIA

REGÊNCIA VERBAL

Verbos de dupla regência (pode ser usado com ou sem preposição):


- RENUNCIAR
- ASSISTIR
 No sentido de estar presente, ver, presenciar, pede preposição “a”. Ex.: Ontem, assistimos ao
jogo do Palmeiras.
 No sentido de ajudar, das assistência pode ser VTD ou VTI. Ex.: O professor assiste os alunos em
suas dificuldades. / O professor assiste aos alunos em suas dificuldades.
- ATENDER (no sentido de dar assistência)
- ASPIRAR
 No sentido de respirar é VTD. Ex.: Os moradores de áreas rurais aspiram um ar puro.
 No sentido de desejar é VTI (prep. “a”). Ex.: Os alunos aspiram a um cargo público.
- CHAMAR
 No sentido de convocar é VTD. Ex.: O Lula chamou o ministro para conversar.
 No sentido de dar nome, tanto faz:
o Chamei o político de honesto.
o Chamei ao político de honesto.
o Chamei o político honesto.
o Chamei ao político honesto.
o Chamei-o de honesto.
o Chamei-lhe de honesto.
- LEMBRAR, ESQUECER, RECORDAR, ADMIRAR
 Sem pronome = VTD. Ex.: Os envolvidos não lembraram o detalhe do crime.
 Com pronome = VTI. Ex.: Os envolvidos não se lembraram do detalhe do crime.
 Obs.: o pronome tem que estar na mesma pessoa do verbo.
- INFORMAR, COMUNICAR, AVISAR, NOTIFICAR, ACONSELHAR, ALERTAR, CERTIFICAR, CIENTIFICAR  1
OD + 1 OI
 Aviso alguém de algo.
 Aviso algo a alguém.

Observações:
- PREFERIR  não pode ser usado com “mais... do que...”. Ex. certo: Prefiro estudar a trabalhar.
- CHEGAR  quem chega, chega a algum lugar; e não em algum lugar. Ex.: Chegue a casa às 10h.
- DIGNOU-SE  só preposição “de” ou nenhuma preposição. Não pode usar “em”.
- MORAR / RESIDIR  preposição na = em + a
- IMPLICAR  no sentido de acarretar é VTD; não usa “em”. Ex.: O não pagamento implica multa.
- PAGAR, PERDOAR, AGRADECER  para coisa = objeto direto / para pessoa = objeto indireto. Ex.: É
necessário pagar as contas vencidas aos colaboradores. / Perdoei os erros aos alunos.
- CONVIDAR  VTD

Sujeito preposicionado = é errado colocar, antes de infinitivo, a contração de “preposição + artigo” ou


de “preposição + pronome substantivo”.
Ex. errado: Está na hora do Congresso estabelecer novas medidas.
Ex. certo: Está na hora de o Congresso estabelecer novas medidas.

Pronomes oblíquos átonos na regência como complemento verbal:


a, as, o, os = objeto direto
lhe, lhes = objeto indireto
me, te, se, nos, vos, se = objeto direto ou objeto indireto
REGÊNCIA NOMINAL

 Quem pede o complemento é um nome (substantivo, adjetivo...)


Ex.: Os empresários estão ávidos de lucros.

CRASE

Regra n. 1 – o regente pede preposição e o regido admite artigo

a + a(s) = à(s)
Ex.: O deputado referiu-se à proposta.
- Quem se refere, se refere a alguma coisa.
- A proposta é bela.

O deputado referiu-se a ela. X errado


- A ela é bela. (não dá, então a ela não admite artigo)
Obs.: O mesmo ocorre com palavras verbos, palavras no masculino, plural etc., porque além de tudo, o
artigo tem que concordar com o substantivo.

IMPORTANTE!
Antes de pronome possessivo adjetivo (pronome que acompanha substantivo expresso), o uso é
facultativo.
Ex.: Agradeci à minha aluna. / Agradeci a minha aluna.
Proibido: Encontrei a minha aluna. (encontrar não pede preposição, então nesse caso não pode usar a
crase).
Obrigatório: Agradeci às minhas alunas. (agradecer exige prep. e minhas admite artigo “as”, então nesse
caso vai ser obrigatório).

Regra n. 2

Paralelismo

Ex.: Direito ao trabalho e à remuneração. / Direito a trabalho e a remuneração.

 A preposição pode vir expressa no primeiro termo e omitida nos demais.


Ex.: Assistência para mães e crianças.

Horas:
Ex.: de forma correta:
das 12h às 20 horas
de 8h a 10h
Não existe “s” na abreviação de horas (8hs -> ERRADO)

Regra n. 3 – fusão da preposição com o “a” do demonstrativo

a + aquela(s) = àquela(s)

Ex.: Agradeci àquela aluna.


“Agradecer” requer prep. e “aquela” não admite artigo “a”. Contudo, deve haver crase, porque há uma
fusão entre a preposição “a” e “aquela”.
Regra n. 4

Usa crase nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas femininas:

Ex. de locuções adverbiais:


Cheguei à noite.
Coma à vontade.
Vendo à vista.
Às vezes estudo.

Ex. de locuções prepositivas:


À procura da felicidade.
À beira de um ataque.

Ex. de locuções conjuntivas:


À medida que malho, fico forte.

NUNCA USA CRASE EM LOCUÇÃO COM PALAVRAS REPETIDAS.


Ex.: ponta a ponta

O curso de inglês hoje será entre as 13h e às 15h.


O curso de inglês hoje será entre as 13h e (entre) as 15h.  para manter o paralelismo sintático,
subentende-se o “entre”, por isso não precisa de crase.

CONCORDÂNCIA

Concordância verbal

Regra n. 1  o verbo concorda em número e pessoa com o sujeito, precisamente com o núcleo.

Considerações importantes:

 Coletivo partitivo: Ex.: A maioria dos ministros votará/votarão a favor.

 Porcentagens antepostas (sem artigo e sem pronome): Ex.: 30% do parlamento estão envolvidos/está
envolvido.
Obs.: Quando não for porcentagem anteposta, só vai para o plural acima de 2%.

Regra n. 2  sujeito composto anteposto: o verbo vai para o plural.


Ex.: A maior produtividade e o menor uso de defensivos agrícolas estão no campo dos benefícios dos
transgênicos.

Considerações importantes:
 Núcleos com aproximação semântica: Ex.: Medo e temor ronda/rondam a economia do país.

 Núcleos no infinitivo (sem artigo) = somente no singular. Ex.: Trabalhar e estudar faz bem.
Obs.: Se tiver artigo, ficam no plural  O trabalhar e o estudar fazem...
Obs. 2: Se estiver no infinitivo, sem artigo, mas forem ideias opostas, também ficam no plural  Sorrir e
chorar fazem bem.

Regra n. 2  sujeito composto posposto: o verbo vai para o plural ou concorda com o núcleo mais
próximo.

Ex.: No campo dos benefícios dos transgênicos, está/estão a maior produtividade e o menor uso de
defensivos agrícolas.

Concordância nominal:
Com as expressões "o mais", "o menos", "o melhor", "o pior", "o maior" e "o menor", o termo
"possível" deve concordar com o ARTIGO.
Ex.: Ela tomou decisões o mais sensatas possível.

Casos especiais:
Sujeito oracional (sujeito com verbo)  verbo no singular. Ex.: Cabe às editoras zelar pela boa
qualidade da literatura de cordel.

PA e IIS
PA
Ex.: Revelam-se, no cancioneiro de Caetano Veloso, qualidades artísticas dignas de figurarem entre as
obras nas quais se empenham nossos maiores poetas.

Ex.: Aqui, ousadamente, varriam-se/varria-se de um golpe o sentimentalismo, o moralismo superficial, a


fictícia unidade da pessoa humana, as frases piegas, o receio de chocar preconceitos, a concepção do
predomínio do amor sobre todas as outras paixões.

ISS (sempre no singular, porque não tem sujeito pra estabelecer concordância)
Precisa-se de professores.

Verbos impessoais  3ª pessoa do singular

Haver no sentido de existir: Ex.: O fato de haver/existirem muitos poemas de cordel não significa que a
maioria dos brasileiros tenham dado por sua real importância.

Faz dois dias que não estudo.

Verbo “ter” no sentido de existir é impessoal e não pode ser usado no lugar de “haver” ou “existir”, ex.:
Tem Há coisas que só a Philco faz pra você.
Nas locuções verbais flexiona o verbo auxiliar  Ex.: Podem existir problemas na legislação.
Obs.: Se o verbo principal for impessoal, essa impessoalidade se aplica ao auxiliar.

Que (pronome relativo)  Sendo sintaticamente sujeito o pronome relativo “que”, o verbo concordará
com o antecedente imediato.
Ex.: Transferidas para escolas maiores, crianças que até então só conheciam giz e quadro-negro.
Obs.: Existem construções que permitem mais de uma concordância, ex.: A transição para a estabilidade
foi ainda dificultada pelos impactos da crise mexicana de 19945, que levaram/levou o Banco Central a
adotar medidas excepcionais de controle monetário e esfriamento da economia.

Verbo “parecer” + infinitivo  pode ser plural ou singular


Ex.: Os efeitos da borda não parecem ser/parece serem importantes.

Orações reduzidas de infinitivo


Ex.: Os eleitores foram à Câmara para protestar/protestarem.

Sujeito coletivo  quando o sujeito é um vocábulo coletivo no singular, o verbo ficará geralmente no
singular.
Ex.: O povo se reuniu na praça.

MODOS VERBAIS

Modo subjuntivo = modo das orações subordinadas


PRONOMES

Pronome pessoal do caso reto  REGRA: só pode exercer função de sujeito (eu, tu, ele, nós, vós, eles)
Ex.: Eles compactuaram com ações ilícitas.

Ex. errado: Encontrei ele no shopping. (aqui o “ele” está fazendo função de OD, então não pode)
O correto seria: Encontrei-o no shopping. / Encontrei a ele no shopping.

Eu e tu x mim e ti
Eu e tu  somente função de sujeito. Ex.: Trarei a prova para tu resolveres. (“tu” é sujeito de
“resolveres”)
Mim e ti  nunca função de sujeito. Ex.: Contra mim ninguém tem argumentos.

IMPORTANTE = Antes de verbo no infinitivo não usa “mim”. Porém, quando exercer função de
complemento nominal estará certo. Para saber se é complemento nominal, colocar na ordem direta.
Ex.: É fácil para mim passar no concurso. / Passar no concurso é fácil para mim.
É = VL
Fácil = predicativo do sujeito
Para mim = CN
Passar no concurso = sujeito oracional

Colocação pronominal:

Fatores de atração (próclise)


- Advérbio;
- Palavra negativa;
- Pronome relativo (por exemplo, “que”);
- Conjunção subordinativa (por exemplo, “quando, porque”);
- Pronome indefinido;
- Pronome demonstrativo;
- Pronome interrogativo;
- Em + gerúndio;
- Frases interrogativas, exclamativas e optativas;
- Verbo monossilábico, ex. Eu me dou conta (e não, eu dou-me conta).

 Quando não tiver fator atrativo, pode usar próclise ou ênclise.

Mesóclise
 Verbos no futuro do presente e futuro do pretérito.
Ex.: A cerimônia realizar-se-á amanhã. 
Também pode usar próclise = A cerimônia se realizará amanhã. 

 O uso da mesóclise só será obrigatório se houver fator que proíba a próclise.


 Se houver fator de atração, a próclise prevalece. Ex.: Amanhã se realizará a missa. (amanhã é
advérbio)

Ênclise
 Nunca acontece com verbos no futuro. Ex.: a cerimônia realizará-se amanhã. ERRADO

Colocação pronominal nas locuções verbais: [FUMARC cobra muito!]


INFINITIVO ou GERÚNDIO:
 Sem fator de atração = qualquer lugar. Ex.: O Claiton ___ tem de ___ construir ___.
 Com fator de atração = nas extremidades. Ex.: O Claiton não ___ tem de construir ___.
FUMARC – GCM – 2018 “Escrever certo deveria ser princípio fundamental para quem gosta
de se comunicar.” / “Escrever certo deveria ser princípio fundamental para quem gosta de comunicar-
se.”
PARTICÍPIO: usa a mesma regra, porém não existe ênclise no particípio. Após ADO e IDO, nada será
metido!

Obs.:
 Com verbos no infinitivo invariável e solto, pode-se empregar a próclise ou a ênclise, independente
de fator de atração. Ex.: Para não fitá-la, deixei cair os olhos.
o, a, os, as (e variações) = objeto direto
lhe, lhes = objeto indireto
me, te, se, vos, nos = objeto direto ou objeto indireto

ASPECTOS ORTOGRÁFICOS

 Os termos "milhar" e "milhão" (bilhão, trilhão, etc.) são MASCULINOS. 


Ex.: Os milhares de obras escritas são o bendito clorofórmio da mente.
O artigo precisa concordar com "milhares", e não com "obras".

Sujeito com um milhão, um bilhão... + termo especificador no plural:


 Sujeito antes do verbo = verbo no singular ou plural.
 Sujeito depois do verbo = verbo no singular.
Ex.: Chegou um milhão de doses de vacina. | Um milhão de doses chegou/chegaram.

EMPREGO DOS PORQUÊS

Quê = final de frase


 Quando estiver no final de frase. Ex.: Ela tem orgulho de quê?
 Quando vier precedido de um determinante que o esteja substantivando. Ex.: Ela tem um quê de
desespero.

Por que = pelo qual


 Quando puder ser substituído por “pelo qual” e suas derivações. Ex.: A cidade por que (pela
qual) passamos não é beneficiada pelo programa.
 Pronome relativo “que” precedido da preposição “por”  pode subtender ou quando estiver
expresso sentido de motivo, razão. Ex.: Você não me falou por que não estudou.
 Frases interrogativas.

Porque = pois
 Ex.: Estude, porque (pois) você precisa.
 Frases explicativas  ex. Porque não estava satisfeito com o filho, suspendeu a mesada.

Porquê = motivo
 É uma palavra substantivada; equivale a motivo, razão. Geralmente virá acompanhado de um
determinante. Ex.: Qual é o porquê de tanta tristeza?

Senão x se não
SENÃO = caso contrário, mas sim, exceto, mas também, falha/defeito. Ex.: Estude, senão você será
reprovado.
SE NÃO = caso não  denota alternativa, condição, incerteza. Ex.: A fé, se não tiver obras, por si só está
morta.
ACERCA DE = sobre, a respeito de. Ex.: Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais
ignorantes.
CERCA DE = aproximadamente, perto de. Ex.: A turma ficou reduzida a cerca de trinta alunos.
HÁ CERCA DE = faz. Ex.: Maria foi aprovada há cerca de três anos.

Em princípio = em tese. Ex. Em princípio, todo blogueiro deveria primar pelo respeito ao leitor.
A princípio = no começo, inicialmente. Ex.: A princípio, os estudantes estavam resistentes.

Aferir = conferir, avaliar


Auferir = obter (lucro)

Ao invés de = ao contrário de. Ex.: Ao invés de reclamar, estude.


Em vez de = em lugar de (indica troca, substituição). Ex.: Em vez de ficar pensando nele, pense em mim.

Desapercebido = despreparado, desprevenido. Ex. No ano passado, houve poucos concursos: o


Governo estava desapercebido de recursos.

Descriminar = inocentar, retirar a qualificação de crime. Ex.: Alguns parlamentares lutam para
descriminar o uso da maconha.
Discriminar = distinguir. Ex.: Eu discriminei todos os itens que são importantes.

Em estruturas comparativas pode usar “que” ou “do que”. Ex.: Na sala de aula, existiam mais mulheres
que/do que homens.

Dispensa = isenção de uma obrigação. Ex.: Dispensa do serviço militar.


Despensa = onde se guarda alimentos.

Eminente = importante
Iminente = prestes a acontecer

Estada = usa para pessoas. Ex.: Minha estada em Paris foi inesquecível.
Estadia = usa para coisas. Ex.: A estadia no aeroporto foi cara. (o carro ficou no aeroporto).

Fazer que x fazer com que


Fazer que = no sentido de simular. Ex.: O ladrão fez que estava morto.
No sentido de forçar alguém a algo tanto faz. Ex.: O professor fez com que/ fez que os alunos
entendessem a questão.

Grama como unidade de medida é masculino. Ex.: Comprei duzentos gramas de queijo.

Há = tempo passado
Não pode usar há + atrás. Ex.: Eu nasci há 10 mil anos atrás. Está errado. Usa um ou outro.
A = tempo futuro
Ex.: Estou a cinco horas de João Pessoa.
Incipiente = iniciante
Insipiente = ignorante, insensato

Infligir = aplicar pena


Infringir = transgredir

Na época = à época  as duas estão corretas

Protocolar = protocolizar

Preito = homenagem, manifestação de respeito e gratidão


Pleito = disputa

Tampouco = também não. Ex.: Não gostava do aroma de rosas, tampouco de mulheres boazinhas.
Tão pouco = muito pouco

Vultuoso = refere-se a uma pessoa que está com a face e os lábios vermelhos e inchados, com os olhos
salientes.
Vultoso = algo cheio, volumoso e importante.

- Não se inicia frase com algarismos; tem que ser por extenso. Ex.: Trezentos e cinquenta (e não 350)
passageiros chegaram de avião.

Não existe somenas. O certo é somenos.

HÍFEN

H pede hífen – ex. super-homem


Exceção: sub-humano / subumano

Opostos se atraem – ex. autoescola, intermunicipal.


Iguais se repelem – ex. sub-bibliotecário, micro-ondas, micro-ônibus.
Exceção:
coo- aglutina sempre – ex. cooperação

Vogal + consoante (exceto R e S) – tudo junto – ex. autopeça


Vogal + R ou S = repete a consoante – ex. minissaia

Hífen obrigatório:
sub + R– ex. sub-raça
Prefixo terminado em M ou N – ex. pan-americano
Vice, ex, recém, além, sem, aquém, pré, pró, pós.
Bem – ex. bem-estar
Mal + vogal, H ou L – ex. mal-estar, mal-humorado, mal-limpo, malcheiroso.

Entre duas palavras USA HÍFEN


Se tiver:
 Sílaba tônica própria;
 Unidade de significado;
 Ausência de conectivo.
Ex. sexta-feira, criado-mudo, manda-chuva...
Obs.: quando a palavra é composta por justaposição e não dá noção de duas coisas diferentes, não terá
hífen, ex. girassol, paraquedas.

Animais, frutas e plantas têm hífen – ex. beija-flor

NÃO TEM HÍFEN:


Não ou quase – ex. quase crime, não cumprimento.
Palavras com preposição – ex. água de coco, pão de ló...
Exceção:
 Água-de-colônia, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, gota-d’água.
 Espécies botânicas: ex. cravo-da-índia.
 Animais: gato-do-mato.

PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS

Radical = elemento primitivo e irredutível


Vogal temática = palavra que se agrega ao radical para receber uma terminação
Tema = radical + vogal temática
Terra – terremoto – terreiro – terraço

Afixos:
 Prefixo = vem antes do radical
 Sufixo = depois do radical

Desinências
Servem para indicar:
1. O gênero e o número dos substantivos, dos adjetivos e de certos pronomes;
 Meninas
 Menin – radical
 a – desinência de gênero
 s – desinência de número
2. O número e a pessoa dos verbos;
 Cantávamos
 Cant – radical (tema)
 a – vogal temática (tema)
 va – desinência modo-temporal (pretérito imperfeito do indicativo)
 mos – desinência número-pessoal (1ª pessoa do plural)

Derivação:
Derivação prefixal: infeliz – desleal – prever
Derivação sufixal: lealdade – felizmente – dentista
Derivação sufixal e prefixal: – acréscimo não simultâneo de um prefixo e um sufixo  tem sentido só
com um ou outro. Deslealdade – infelizmente
Derivação parassintética: acréscimo simultâneo de um prefixo e um sufixo; se tirar um ou outro, a
palavra fica sem sentido. Anoitecer – desanimado
Derivação regressiva: formação de substantivos denotadores de ação, por meio de um processo de
redução verbal. Ex.: Abalar (verbo)  abalo / dançar  dança
Derivação imprópria/conversão: mudança de classe da palavra sem modificação da forma. Ex.: Meu
sofrer é proporcional aos seus nãos. (o verbo “sofrer” se tornou substantivo)

Composição: união de 2 ou + radicais, ou de 2 ou + palavras. A palavra composta representa uma ideia


única e autônoma, geralmente dissociada das expressas pelos seus termos.
Ex.: criado-mudo, pé-de-galinha
Aglutinação: há perda de elementos fonéticos entre as palavras que se unem. Ex.: pedra + óleo =
petróleo
Justaposição: não há prejuízo fonético. Ex.: beija + flor = beija-flor

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Acentua:
Monossílabos tônicos terminados em a, e, o, seguidos ou não de s.
Ex.; pá, má, gás...

Oxítonos abertos terminados em a, e, o. Ex.: sofá, babá...


Oxítonos fechados terminados em e, o. Ex.: você, judô...
Todos seguidos ou não de s.

Obs.: Os monossílabos estão incluídos dentro da mesma regra dos oxítonos.

Hiato i, u seguido ou não de s quando precedido de vogal.


Ex.: saúde, açaí...
Não acentua se vierem depois de ditongo. Ex.: feiura, bocaiuva. Nesse caso, só acentua se for oxítona,
ex. Piauí.

em, ens de oxítonos compostos por mais de uma sílaba. Ex.: armazém, parabéns.
Oxítonos terminados nos ditongos éi, ói, éu. Ex.: papéis, céu...
Nesse caso, se for paroxítona não acentua. Ex.: assembleia, geleia.

Paroxítonos terminados em i, is, us. Ex.: júri, tênis.

Paroxítonos terminados em l, n, r, x, os, um, uns. Ex.: repórter, hífen...

CONCEITOS QUE SÓ A FGV COBRA

Termo dêitico:
- Os elementos de coesão podem ser:
 Endofóricos
o Anafóricos: retomar o referente. Ex.: Corrupção: esse é o maior problema do Brasil.
o Catafóricos: antecipam o referente. Ex.: O maior problema do Brasil é este: corrupção.
 Exofóricos = dêiticos  o referente não está no texto, e sim no contexto. Ex.: Revistas de
consultórios que trazem informações que não são mais atuais. Os termos que fazem referências a datas
passadas são dêiticos, pois é preciso saber qual semana a revista foi editada para identificar qual a data
ela faz referência.

Preposição que é fruto da regência do termo anterior:


Se o termo anterior exige preposição, estamos diante de:
 Objeto indireto
 Complemento nominal – se relaciona a adjetivo, advérbio ou substantivo abstrato com
preposição quando for paciente.
Nominalização de oração e transformação de oração reduzida para oração desenvolvida:

A oração reduzida não tem conector e o verbo não está flexionado, pois está no infinitivo.

Adjetivo de relação
 Tem valor semântico objetivo = não indica opinião/juízo de valor;
 Deriva de substantivo;
 Vem depois do substantivo;
 Não varia em grau = não pode ser intensificado.

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