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GRAMÁ TICA

FORMAÇÃ O DE PALAVRAS

Irregulares

Amálgama: junção de partes de duas ou mais palavras. Ex. Informática, informação + automática

Acrónimo: junção de letras ou silabas iniciais de um grupo de palavras, que se pronuncia como uma
palavra só. Ex. Sociedade Independente de Comunicação – SIC

Empréstimo: processo de transferência de uma palavra de uma língua para outra. Ex. sandwich, leggings

Extensão semântica: processo através do qual uma palavra existente adquire um novo significado. Ex.
Janela e rato (informática)

Onomatopeia: palavra criada por imitação de um som natural. Ex. miau!

Sigla: palavra formada pelas iniciais de outras palavras, pronunciada de acordo com a designação de cada
letra. Ex. Rádio Televisão Portuguesa – RTP

Truncação: criação de palavra a partir do apagamento de parte da palavra que deriva. Ex. Fotografia - foto

Regulares

Derivação: Afixal

Prefixação: adição de um prefixo antes de uma forma base. Ex. Ante+ braço= antebraço

Sufixação: adição de um sufixo depois de uma forma base. Ex. Caldeira+ ão= caldeirão

Prefixação e Sufixação: adição simultânea, não obrigatória, de um prefixo e de um sufixo a uma forma
base. Ex. In+sensato+ez= insensatez

Parassíntese: adição simultânea e obrigatória de um prefixo e sufixo a uma forma base, sem os dois, a
palavra não tem sentido. Ex. En+ruga+ado= enrugado

Derivação: Não-Afixal

Derivação não-afixal: formação de nomes a partir de verbos no infinito, substituindo-se as terminações. Ex.
Err (ar) - erro

Conversão ou derivação imprópria: uma mesma palavra pode pertencer a classes ou subclasses de palavras
diferentes. Ex. Silva (nome próprio); silva (nome comum); andar (verbo); o andar (nome)

Composição

Por associação de palavras: Ex. Passatempo, fim-de-semana, terça-feira

Por associação de radicais: Ex. Fot (o)grafia, carn(í)voro, astr(o)fot(o)metria

Por associação de radicais e palavras: Ex. Afr(o)-lus(o)-americano

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FUNÇÕ ES SINTÁ TICAS

Sujeito:

 Simples – O onzeneiro tentou escapar


 Composto – O onzeneiro e o fidalgo encontraram a barca
 Subentendido – Entrou na barca do diabo (subentende-se que foi o onzeneiro que entrou na barca)
 Indeterminado – Diz-se muita coisa (alguém diz)

Predicado: verbo e seus complementos e modificadores – O Onzeneiro lamentou os bens deixados em


terra.

Complemento direto: substituição pelo pronome pessoal “os, as, o, a”, perguntas “o quê/quem?” – O
Onzeneiro trazia um bolsão

Complemento indireto: A substituição pelo pronome pessoal “lhes”, pergunta “a quem?” – O Diabo irá dar
pancada ao Onzeneiro e ao Fidalgo

Complemento oblíquo: não pode ser substituído pelo pronome “lhes”, não pode ser eliminado da frase, é
mais coscuvilheiro, tem sempre um verbo atrás, faz todas as perguntas. – O Onzeneiro entrou na barca do
Diabo

Complemento agente da passiva: corresponde ao sujeito da frase ativa e é introduzida pela proposição
“por” ou “pela” e faz a pergunta “Por quem?” – O Auto da Barca do Inferno é considerada por muitos uma
excelente peça teatral

Predicativo do sujeito: surge com o verbo copulativo como: ser, estar, parecer, permanecer, ficar,
continuar, tornar-se, revelar-se – A peça é hilariante

Predicativo do complemento direto: função sintática desempenhada pelo constituinte selecionado por um
verbo transitivo (achar, apelidar, cognominar, considerar, denominar, eleger, nomear, proclamar, reputar)
predicativo que predica algo acerca do complemento direto. – O João considera a Maria uma ótima
professora

Modificador restritivo do nome: Oração adjetiva relativa restritiva e oração adverbial final. Pode se retirar
da frase - A aluna que chegou é nova.

Modificador apositivo do nome: Oração adjetiva relativa explicativas. Pode se retirar da frase, está entre
vírgulas - Eça de Queirós, um ator consagrado, é lido nas escolas

Modificador do grupo verbal: Pode-se retirar, mas acrescenta informação, noção de tempo, modo, causa,
lugar finalidade. Orações temporais, causais e finais - Todos trabalharam bem.

Modificador da frase: transmite a opinião do falante ou remete para uma área do saber. Orações
concessiva e condicional – Nem sempre os gladiadores alcançam a liberdade, apesar de lutarem com
perícia.

Complemento do nome: É exigido pelo nome, completando o seu sentido. Pode ser introduzido por “de,
da, do” – A Leonor ficou fascinada com a obra de Fernando Pessoa

Complemento do adjetivo: É exigido por um adjetivo completando o seu sentido. É iniciado por preposição.
– A Leonor é capaz de subir montanhas ingremes.

Vocativo: utilizado no chamamento ou invocação de alguém – Ana, venha cá!


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ORAÇÕ ES

Orações coordenadas

 Copulativa
o Sindética (e, nem...nem)
o Assindética (,)
 Adversativa (mas, porém)
 Conclusiva (portanto, logo)
 Disjuntiva (ou, ora...ora)
 Explicativa (pois, porquanto)

Orações subordinadas

Adverbiais (5C+1T+1F)

 Comparativa (como, que) – ex. O Parvo acusou algumas personagens como o Anjo já o tinha feito.
Não tem função sintática.
 Consecutiva (que, de forma que, tão...que) – ex. O Judeu queria tanto entrar na barca do Diabo que
estava disposta a pagar. Não tem função sintática.
 Condicional (se, caso, desde que) – ex. Se o Diabo quisesse o Judeu na sua barca, teria agido de
forma diferente.
 Concessiva (embora, conquanto, apesar de que) – ex. Embora o Judeu quisesse entrar na barca
infernal, o Diabo não o deixou embarcar.
 Causal (como, que, porque) - ex. O Parvo acusou o Judeu porque este pecou na Quaresma.
 Temporal (quando, logo) – ex. O Judeu falou com o Diabo quando chegou ao cais.
 Final (para) – ex. O Diabo acusa as personagens para que estas tenham consciência dos seus
pecados.
Substantiva

 Relativas: o pronome relativo não tem antecedente (quem, onde) - ex. A palavra aparecia onde
havia um conflito.
 Completivas: complemento direto ou sujeito (que, se) – ex. O Silvestre disse que os homens de
enxada eram mal pagos.

Adjetivas

 Relativas restritivas (que, quem, o qual...) – modificador restritivo do nome


 Relativas explicativas (que, quem, o qual...) – modificador apositivo do nome (,)

Estas recorrem:

 Que – pronome relativo; Onde – advérbio relativo; Cuja – determinante relativo; Quanto –
quantificador relativo

As orações subordinadas podem ser finitas, se o verbo se encontra conjugado num tempo finito:

 Indicativo – são os simples eu estudo, tu estudas, nós estamos


 Conjuntivo – com os S, andasse
 Condicional – verbos acabados em – ria, estudaria.

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As orações subordinadas podem ser não-finitas, se o verbo se encontra conjugado numa forma não-finita
(quando existem dois verbos costuma ser não-finita):

 Infinitivo – verbos que acabam em – ar, -er, -ir, pedir – não finito infinitivo
 Particípio – verbos que acabam em – ando, estudando – não finita gerundiva
 Gerúndio – verbos que acabam em – ado, amado – não finita participativa

FUNÇÕ ES SINTÁ TICAS DO “QUE”

Sujeito

Ex. “Nem paixões que levantam a voz”

O “que” refere-se a paixões. “Que” – Elas (paixões)

Elas levantam a voz

Complemento Direto

Ex. As atitudes, que tomaste, foram mesmo incorretas”

Sujeito subentendido “tu” entre o “que” e “tomaste”

DÊ IXIS

Deíticos pessoais

Pronomes pessoais: eu, tu, nós, vós, me, mim comigo, connosco, convosco

Determinantes possessivos: meu, teu, seu, nosso, vosso

Formas verbais: digo, dizemos, dizes, dizei

Vocativos e formas de tratamento: Sr. Carlos.

Deíticos Temporais

Advérbios com valor temporal: agora, hoje, amanhã, ontem

Tempos verbais: digo, disse, direi

Léxico: recente, antigo, na atualidade

Deíticos espaciais

Advérbios locativos: aqui, cá, lá, ali, aí

Determinantes e pronomes demonstrativos: este, esse, aquele, isto, isso, aquilo

Verbos que indicam proximidade ou afastamento: sair, ir, partir, chegar.

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SEMÂ NTICA

Valor temporal

Formas de expressão do tempo (localização temporal)


 Flexão verbal: Fui ao japão.
 Verbos auxiliares (ir, haver de): hei-de ir ao Japão. (futuro)
 Advérbios ou expressões de tempo: Ontem fui a uma agência de viagens.
 Orações temporais: Quando tiver oportunidade.

Relações de ordem cronológica


 Simultaneidade: Quando era jovem, viajei muito com os meus pais.
 Anterioridade: Quando entrei no avião, a bagagem já tinha sido despachada.
 Posterioridade: Preparei as malas no dia 24, mas só viajaria no dia 26.
Valor aspetual

Valor perfetivo: a ação apresenta-se como terminada. Ex. Já li o livro.

Valor imperfetivo: a ação apresenta-se como não terminada. Ex. Estou a ler um livro.

Situação genérica: a ação apresenta-se como verdadeira em qualquer situação. Se pessoas qualificadas
dizem também é verdade. Ex. Os livros são fonte de conhecimento.

Situação habitual: A ação apresenta-se como habitual. Ex. Leio sempre à noite.

Situação interativa: A ação apresenta-se como repetitiva, ocorrendo com regularidade. Ex. Ultimamente,
tenho ido para a escola a pé.

Valor Modal

Modalidade epistémica

O enunciador pretende exprimir a certeza ou a probabilidade sobre o conteúdo enunciado. Ex. Tenho a
certeza de que o Artur precisa de companhia. É provável que o Artur precise de companhia.

Modalidade deôntica

O enunciador pretende agir sobre o destinatário, exprimindo uma obrigação ou uma permissão ou uma
proibição. Ex. Fica aqui! Tens de ficar aqui mais tempo.

Modalidade apreciativa

O enunciador exprime uma opinião sobre o conteúdo de um enunciado. Ex. Felizmente vieste visitar-me!

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COERÊ NCIA E COESÃ O TEXTUAL

Coerência textual: tem como características a progressão temática e a continuidade de sentido. Para que
um texto seja coerente, deve obedecer a três princípios:

 Relevância (as informações apresentadas encontram-se relacionadas entre si); não contradição
(não se apresentam informações logicamente incompatíveis); não tautologia (não se apresentam
informações redundantes).
Coesão textual: A coesão textual é garantida por meio da coesão gramatical e da coesão lexical.

Coesão Lexical

 Reiteração/Repetição: Ex. Vieira...Vieira...Vieira


 Substituição:
o Semelhança - Sinonímia: relação de equivalência de significado entre duas ou mais palavras
– bonito e lindo
o Oposição - Antonímia: relação semântica de oposição entre duas ou mais palavras – dia e
noite
o Hierarquia – hiperonímia: flor & hiponímia: rosa, cravo, orquídea
o Inclusão (todo-parte) – holonímia: bicicleta & meronímia: selim, quadro, rodas

Coesão Gramatical

 Coesão frásica: assegurada pela concordância (sujeito-verbo, nome-adjetivo). Ex. Eu e a Marta


encontrámos o Luís à porta do café.
 Coesão interfrásica: assegurada pelos processos de coordenação e de subordinação e pelo uso de
conectores discursivos. Ex. “E, mas, ou, porque, logo que, embora…”.
 Coesão temporal: processo que assegura a ordenação dos enunciados segundo uma ordem lógica
temporal. Exemplo: em primeiro/ em segundo/ chegou … viu/ recebe…compra/ agora – chega etc.
 Coesão referencial: processo que assegura que certas expressões linguísticas estabelecem relações
de correferência entre si. Exemplo: num texto temos o referente textual A Cristina pode ser
retornado como criança/ela/esta menina/a/lhe estabelecendo-se deste modo, uma cadeia de
referência responsável também pela coesão textual. Concretiza-se com recurso a:
o Anáfora: 1º vem o nome “Mariana...ela”
o Catáfora: 1º o referente “Via-a na rua, porém, a Mariana não me reconheceu”
o Elipse: sujeito subentendido

INTERTEXTUALIDADE

Conjunto de relações, explícitas ou implícitas, que um texto estabelece com outros textos.

 Alusão: referência explícita ou implícita a um texto, baseada na reformulação.


 Citação: reprodução, sem alterações, de um texto, identificando o autor e a obra.
 Paráfrase: reprodução das ideias de um texto por palavras próprias, identificando o autor e a obra.
 Pastiche: imitação do estilo de um texto, sob um regime lúdico.
 Paródia: transformação de um texto com intenção irónica ou cómica.
 Plágio: cópia fraudulenta, sem identificação do autor e da obra copiada.
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EVOLUÇÃ O FONOLÓ GICA

Fenómeno de Inserção de unidades fónicas/acrescentamento (+)

PEP

 Prótese (no início da palavra) – spiritu/espírito


 Epêntese (no interior da palavra) – creo/creio
 Paragoge (no final da palavra) – ante / antes

Fenómeno de Supressão de unidades fónicas / Queda (-)


ASA

 Aférese (no início da palavra) – acumen/gume


 Síncope (no interior da palavra) – malu/mau
 Apócope (no final da palavra) – legale/legal

Fenómeno de alteração (por transformação ou deslocação de unidades fónicas) /Rotação

 Metátese (deslocação de segmentos ou sílabas dentro da palavra) – semper/sempre


 Assimilação (mudança de uma unidade por influência de outra que lhe está próxima e da qual aquela
se aproxima)
1. Progressiva – maltu/muito
2. Regressiva – ipsu/isso
 Dissimilação (duas unidades fónicas iguais, tornam-se diferentes) – rotundu/rodondo/redondo
 Sonorização (uma consoante surda torna-se sonora) – lacu/lago
 Vocalização (alteração de consoante para vogal) – lacte/leite
 Palatalização (evolução de uma unidade ou sequencia) (passagem de li/ni/cl – lh/nh/ch) – filiu/filho
 Contração
1. Crase (fusão de duas vogais numa só) – pede/pee/pé
2. Sinérese (uma sequência de duas vogais dá lugar a um ditongo por semivocalização de uma
delas) – lege/lee/lei
 Redução vocálica (enfraquecimento de uma vogal em posição átona) – sono/soninho

CLASSE E SUBCLASSES DE PALAVRAS

Verbo

 Intransitivo: não exige complementos. Ex: O Luís caiu


 Transitivo direto: exige complemento direto. Ex: O Rui comeu um bolo
 Transitivo indireto: exige complemento indireto e/ou obliquo. Ex: O Marco telefonou aos colegas (a
quem? – aos colegas), A Joana gosta de pêssego (a Joana gosta do que? – de pêssego)
 Transitivo direito e indireto e/ou obliquo: O António escreveu uma carta ao amigo (o António
escreveu o que? – uma carta, a quem? – ao amigo), A Ana colocou uma caneta no estojo (a Ana
colocou o que? – uma caneta, no estojo (não se pode tirar pois não a frase não faria sentido).
 Auxiliar: antecede o verbo principal
 Copulativo
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Adjetivo

 Numeral: último, terceira


 Qualificativo: pobre, boa

Determinante

 Artigo definido: o, a, os, as


 Artigo indefinido: um, uma, uns, umas
 Numerais cardinais: um, dois, três
 Numerais ordinais: primeiro, segundo, terceiro
 Interrogativo: qual, quanto

Advérbio

 Lugar: aqui, ali, longe, perto


 Tempo: hoje, ontem, amanhã
 Afirmação: sim, decerto, certamente, sem dúvida
 Quantidade e grau: muito, pouco, bastante
 Modo: assim, bem, mal
 Negação: não, nunca, jamais
 Dúvida: talvez, porventura, possivelmente
 Exclusão: apenas, exceto, só
 Inclusão: até, mesmo, também
 Designação: eis
 Conectivo: porém, contudo, todavia
 Interrogativo: onde? Como?
 Relativo: onde, como

Pronome

 Pessoal: eu, tu, ele, nós, vós


 Possessivo: meu, minha, meus, minhas
 Demonstrativo: este, essa, esta, esse
 Indefinido: algum, nenhum, outro
 Interrogativo: qual, quais, quanto
 Relativo: que, quem, onde

ATOS DE FALA

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Os Atos de Fala estão relacionados com a intenção comunicativa de quem fala. Podem ser:

 Diretos: traduzem enunciados totalmente explícitos e que orientam, de forma evidente, o


interlocutor para o objetivo pretendido pelo locutor. Ex. Estou cansada e vou dormir. Podia fechar a
janela, por favor?
 Indiretos: traduzem enunciados que não revelam de forma literal, ou seja, explícita, a intenção
comunicativa do locutor ao proferir o enunciado, sendo através do contexto que se identifica a
intenção comunicativa do locutor. Ex. Está tanto frio! (por exemplo o aluno não pede
explicitamente à professora para fechar a janela).

Os atos de fala podem ainda ser:

 Ato locutório: consiste na emissão de enunciados, ou seja, no próprio ato de falar


 Ato perlocutório: consiste no efeito produzido pela emissão de enunciados – influenciar, irritar,
emocionar, seduzir, persuadir.
 Ato ilocutório: consiste no objetivo que se pretende alcançar com a emissão de determinados
enunciados - exprimir ordens, dar conselhos, constatar um facto, fazer uma promessa - ou seja, na
intenção comunicativa do locutor, através de diferentes marcas linguísticas.
o Atos ilocutórios assertivos: ao dizer um enunciado este tem de ser verdadeiro:
 Asserções: Admito que dizes a verdade. Creio que há aqui um engano.
 Descrições: A noite estava estrelada e em redor tudo era silêncio.
 Constatações: Está bom tempo.
o Atos ilocutórios declarativos: o locutor ocupe determinada posição social e esta seja
reconhecida pelo interlocutor:
 Nomeações: A Engenheira Maria Sousa será a nova CEO da empresa. (palavras
proferidas pelo Presidente do Conselho de Administração da empresa).
 Condenações: Declaro o réu inocente do crime de que é acusado. (palavras
proferidas pelo juiz).
 Demissões: Está despedido! (palavras ditas pelo patrão ao seu subordinado).
o Atos ilocutórios diretivos: Traduzem a intenção do locutor perante o seu interlocutor,
levando-o a agir, a concretizar algo, podendo assumir a forma de:
 Ordens: Não estragues a planta!
 Pedidos: Compra o último número da revista, por favor,
 Conselhos: É melhor que estudes essa matéria
 Sugestões: Não queres ir ao teatro hoje?

REPRODUÇÃO DO DISCURSO NO DISCURSO

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Discurso Direto: Reprodução textual de uma mensagem anteriormente produzida, sendo essa reprodução
precedida de verbos declarativos, interrogativos, de opinião, de expressão de sentimentos, de interação
ou, ainda, com valor conotativo. O discurso direto assinala-se graficamente por dois pontos, parágrafo e
travessão. Ex.: "Carlos abotoou o colarinho do pequeno, e disse: - Não é absolutamente nada, minha
senhora.

Discurso Indireto: Relato de uma mensagem, introduzida por um verbo normalmente declarativo ou
interrogativo ao qual se segue uma oração subordinada completiva ou uma oração não finita infinitiva. Ex.:
"Carlos lamentava também que uma existência de solteirões lhes impedisse, a ele e ao avô, de receberem
senhoras.

Discurso Indireto Livre: Relato de uma mensagem em que se mantêm as marcas do discurso indireto e do
discurso direto, mas com omissão do verbo declarativo e da conjunção introdutória da oração subordinada
completiva. Ex.: "Perdera a corrida por uma pouca-vergonha! O protesto ali era um arrocho! Porque o que
havia naquele hipódromo era compadrice e ladroeira!".

RECURSOS EXPRESSIVOS

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Adjetivação: caracterização por meio de adjetivos

Alegoria: Expressão de uma ideia abstrata através da sua materialização Ex. O diabo (concreto) representa
o mal (abstrato).

Aliteração: consiste na repetição sucessiva de sons consonânticos.

Anáfora: repetição de uma palavra ou expressão (pode ser no início dos versos).

Anástrofe: inversão da ordem direta dos elementos da frase. Ex. Longas são as estradas da Galileia.

Antítese: contraste provocado pela aproximação de palavras ou ideias opostas.

Apóstrofe: consiste na interpelação de algo ou de alguém, real ou fictício. Ex. Ó peixes.

Assonância: repetição intencional do mesmo som vocálico, que confere musicalidade ao verso. Ex. Alma
penada/Condenada/ á vida/ não para de viver.

Comparação: confronto entre 2 termos semelhantes, por meio de 1 termo comparativo.

Enumeração: evocação sucessiva de vários elementos em contacto.

Eufemismo: atenuação ou minimização de ideias desagradáveis, empregando palavras ou termos mais


suavizados.

Gradação: consiste na disposição em cadeia dos termos de enumeração ou série, segundo uma ordem
progressiva - que pode ser de natureza ascendente ou descendente.

Hipálage: atribuição de uma característica a algo ou alguém que verdadeiramente pertence a outra pessoa.

Hipérbato: alteração da ordem comum das palavras. Ex. Calma tenho eu tido (eu tenho tido calma)

Hipérbole: reforço de uma ideia pelo emprego do exagero.

Interrogação retórica: interrogação que visa reforçar, sentimentos, e não uma resposta formal.

Ironia: dissimulação do que se pensa, usando uma expressão contrária.

Metáfora: figura de linguagem que produz sentidos figurados por meio de comparações.

Metonímia: figura de linguagem que produz sentidos figurados por meio de comparações. Ex. Belém
mantêm-se na expectativa = o Presidente da república.

Onomatopeia: processo que consiste na adaptação e formação de palavras para representarem sons. Ex:
“tilintar”, “pim!”

Perífrase: utilização de muitas palavras para se exprimir o que poderia ser dito por menos.

Personificação: atribuições de seres animados a seres inanimados.

Pleonasmo: repetição da mesma ideia. Ex. Pera subir acima.

Sinédoque: referência do todo pela parte.

Sinestesia: relação de planos sensoriais diferentes.

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