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PRONOMES DEMONSTRATIVOS

 São uma classe morfológica (substantivo, artigo, pronome ...), não sintática (sujeito, verbo, Adj.
Adverbial,...)
 Função  demonstrar elementos.

Endofórica Relaciona termos dentro do texto

- Anafórica  faz referência a algo já dito anteriormente no texto. Ex: Matei o


presidente. Aquele homem governava com sangue.

- Catafórica  faz referência a algo que ainda será dito no texto. Ex: Nossa meta
é esta: ganhar dinheiro.

Endofórica
(díctica) Relaciona termos de fora do texto para
dentro

Dêitica  localiza alguma coisa no espaço/tempo;


Ex: Ali será amarelo. (faz referência a algo externo, que não está no texto)

 Indicam a relação de um termo com outros no tempo, no espaço, no texto e.

NO TEMPO

Este  momento PRESENTE


- ex: este ano tomarei posse em um cargo público

Esse  PASSADO/FUTURO PRÓXIMO


- ex: esse ano que passou foi bom
- aquele

Aquele  PASSADO/FUTURO MAIS DISTANTE


- ex: o Brasil foi descoberto em 1500. Naquele ano...
NO ESPAÇO

Este  para perto de quem fala


- ex: "este coração é meu" → ☺❤ ☺

Esse  para perto de quem ouve


- ex: "esse coração é meu" → ☺ ❤☺

Aquele  para longe de quem fala e ouve


- ex: "aquele coração é meu" → ☺ ☺ ❤

REFERENCIAL

Este  para o que ainda vai ser dito


- ex: esta é a lista de compras: maçã e banana.
- excepcionalmente pode ser para o que já foi dito
* este e isto  normalmente referem-se a algo que será dito ou apresentado e podem
retomar um termo ou idéia antecedente

Esse  para o que já foi dito


- ex: banana e maçã: essa é a lista de compras.

DISTRIBUTIVAA

Este  para o mais perto no texto


- ex: Maria e João foram à lanchonete. Este pediu hambúrguer. Aquela, batata frita.

Aquele  para o mais longe no texto


- ex: Maria e João foram à lanchonete. Este pediu hambúrguer. Aquela, batata frita.

Se existirem três ou mais pessoas, utiliza-se os numerais.


- ex: João, Maria e Pedro foram à lanchonete. O primeiro pediu hambúrguer; a segunda,
batata frita; o terceiro, refrigerante.
ADVÉRBIOS
Os advérbios qualificam verbos e intensificam o sentido de adjetivos e de outros advérbios.

de lugar de tempo

perto, longe, dentro, aqui, fora, antes, depois, ontem, hoje, amanhã,
ali, lá, atrás sempre, nunca, cedo, tarde

de modo de intensidade

rápido, devagar, bem, mal, muito, pouco, demais, bastante,


outros com o sufixo “-mente”. tanto, tão

de afirmação

sim, decerto, palavras afirmativas com o sufixo -mente (“certamente”, “realmente”, entre
outras). Podem ser: “claro” e “positivo”.

de negação

não, nem. Podem ser: “negativo”, “nenhum”, “nunca”, “jamais”, entre outras.

de dúvida

talvez, quiçá, porventura, e palavras que expressem dúvida acrescidas do sufixo -


mente, como “possivelmente” e “provavelmente”.

Interrogativos (AI)

- AI de lugar: “Onde eles moram?”

- AI de tempo: “Quando poderemos nos ver?”

- AI de modo: “Como você está?”

- AI de causa: “Por que não me pediu ajuda?”


 Grau dos advérbios

Comparativa - Igualdade: tão/tanto + advérbio + quanto.


- Superioridade: mais + advérbio + (do) que.
- Inferioridade: menos + advérbio + (do) que.

OBS: No caso dos advérbios “bem” e “mal”, utilizamos a forma “melhor” ou “pior” de
acordo com o contexto.

- Analítico: quando um advérbio acompanha outro para afetar o


Superlativo seu grau. Ex: Ele faz tudo muito rápido.
- Sintético: o advérbio tem seu grau afetado pelo sufixo que
altera a palavra. Ex: Ele faz tudo rapidíssimo.

Na linguagem coloquial, outras variações de superlativo sintético podem ser encontradas pelo
uso de sufixos ou prefixos.

- Diminutivo: Ele faz tudo “rapidinho”.


- Aumentativo: Ele faz tudo “rapidão”.
- Prefixo: Ele faz tudo “super-rápido”.

No entanto, essas variações ainda devem ser evitadas na linguagem formal.

 Locução adverbial

comumente formada por dois ou mais advérbios ou por um advérbio e uma preposição

de lugar ao redor de, perto de, longe de tempo nunca mais, mais tarde,
de, em cima de, embaixo de de manhã, em breve

de muito mais, muito menos,


de modo ao contrário, em detalhes
intensidade em excesso

com certeza, sem dúvidas, de forma alguma”, “de


de afirmação de negação
de fato jeito nenhum

de quem sabe
dúvida
PREPOSIÇÃO

Toda palavra variável que conecta dois ou mais termos da oração. Em regra, na língua
portuguesa, a palavra que precisa da utilização da preposição é chamada de antecedente ou
regente, já a palavra introduzida é classificada como consequente ou regida.

Sinto falta de você.  antecedente: falta / preposição: de / consequente: você

 Tipos

 Preposições essenciais: funcionam apenas como preposição. Ex: a, ante, até, após, com,
contra, de, desde, em, entre, para, per (por), perante, sem, sob, sobre, trás.

 Preposições acidentais: apresentam uma conjunção com função de preposição, ou ainda,


quando duas ou mais palavras da classe da gramática funcionam como preposição. Ex: mas,
afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, feito, fora, mediante, menos, salvo, segundo,
senão, tirante, visto, etc.

 Locuções prepositivas: consistem em duas ou mais palavras na qual a última tem o valor de
uma preposição. Exemplos: abaixo de, acima de, a fim de, acerca de, além de, ao invés de antes
de, ao lado de, a par de, apesar de, atrás de, a respeito de, através de, de acordo com, debaixo
de, de cima de, dentro de, depois de, diante de, em frente de, em lugar de, em vez de, graças a,
perto de, por causa de, por entre, etc.

 Contração, combinação e crase

As preposições são palavras invariáveis, que não sofrem flexão, isto é, que são alteradas por
conta de gênero, número e grau. Contudo, elas costumam ser expressas de forma contraída ou
combinadas com palavras variáveis (artigos e pronomes), pois indica concordância de gênero e
número com os termos presentes da oração.
A contração acontece, portanto, quando existe variações na estrutura da preposição. Por sua vez,
a combinação ocorre quando não há perda de elementos fonéticos, isto é, quando a preposição
se mantém inalterada. Acompanhe abaixo como essas contrações de preposições acontecem:

 Contração

a+a=à // a + aquele = àquele // de + o = do // de + uma =


duma
de + isto = disto // em + as = nas // em + um = num // em + essa = nessa
por + o = pelo // por + as = pelas

Atenção! Em regra, não se pode contrair a preposição ‘de’ com o artigo que inicia o sujeito de um
verbo. O mesmo vale para o pronome "ele(s)", "ela(s)", caso eles assumam a função de sujeito de
um verbo. Ex: Isso não depende do diretor querer. / Forma culta: Isso não depende de o diretor
querer.

 Combinação

a + o = ao // a + os = aos // a + onde = aonde

 Crase

Toda contração de vogais idênticas formam uma crase. Elas são expressas pelo acento grave “à”.
à = é a contração da preposição ‘a’ com o artigo definido ‘a’
àquilo = é a contração da preposição ‘a’ mais a primeira vogal do pronome ‘aquilo’.

 Valores das preposições

Geralmente, as preposições são usadas na introdução de complementos verbais ou nominais,


locuções adjetivas ou adverbiais, bem como em orações reduzidas. Algumas preposições dão a
ideia de movimento, já outras indicam uma situação.

 Preposições de movimento

• Eu vou a Fortaleza.
• Vou embora de sua casa.

 Preposições de situação

• Tenho pavor de aranhas.


• Estamos sem televisão.

Vale ressaltar que as preposições, sozinhas em um contexto, não possuem um sentido lógico.
Porém, colocadas em uma frase, podem indicar relações distintas. Elas podem estar associadas
com a ideia de espaço e tempo, destino, distância, lugar, origem, etc. Veja nos exemplos abaixo:

Assunto: O workshop vai falar sobre a importância das redes sociais para empreendedores.
Autoria: Esta música de Marisa Monte é linda.
Causa: Estou molhada de suor.
Companhia: Vou com ele.
Conteúdo: Tire da pia a garrafa com água.
Destino: Os padres estão viajando para Feira de Santana.
Distância: A próxima parada para Salvador fica a 13 quilômetros daqui.
Especialidade: Mayanna é formada em jornalismo.
Fim ou finalidade: Comprei estas bolas para decorar a festa de Lucca.
Instrumento: O cirurgião abriu a ferida com bisturi.
Lugar: Eles estiveram em Porto Seguro.
Matéria: Meu sapato é de couro.
Meio: Iremos viajar pelo Brasil de bicicleta.
Oposição: Os alunos lutam contra a corrupção do Brasil.
Origem: Estas roupas vieram da Europa.
Posse: Estes brincos são da minha prima.
Preço: A passagem do cruzeiro fica por seis mil reais.
Tempo: Meu irmão chegará em trinta minutos.
Troca ou substituição: Não leve gato por lebre.
Restrição ou proibição: Este espetáculo é impróprio para menores de dezoito anos.

 Curiosidades

A preposição ‘após’, em alguns casos, pode assumir a função de advérbio, com o sentido de
atrás, depois.
A expressão ‘dês’ é a mesma que ‘desde’, contudo ela acontece com pouca frequência em
autores mais atuais.
A expressão ‘trás’ é usada apenas em locuções adverbiais e prepositivas. Ex: por trás, para trás,
para trás de.
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO

Sintaxe = parte da Gramática que estuda a disposição das palavras em uma frase, e das frases
em um discurso, e a relação lógica entre as frases.

Frase = enunciado que possui sentido completo, podendo ter apenas uma palavra ou várias, com
ou sem verbo. Quando há verbo, a frase é verbal. Se não houver verbo, denomina-se frase nominal
(como no último exemplo).

Oração = frase que tem verbo em sua composição e também que seja dotada de sentido
completo, ou seja, compreensível. Podem ser:

 Oração simples: possuem apenas uma frase. Ex: “Como está chovendo hoje!”
 Oração composta: apresentam duas ou mais frases na mesma oração. Ex: “Está chovendo
muito hoje e não tenho guarda-chuva”.

Período = composto por uma ou mais orações, sempre com sentido completo, basta
contar quantos verbos há na frase. Pode ser simples ou composto:

 Período simples: Vejo você no sábado.


 Período composto: Vejo você no sábado, ou ficarei com muitas saudades.
- coordenação
- subordinação

Análise sintática das orações e períodos

A estrutura de um período é composta pelos termos da oração, ou seja, pelas palavras que dotam
uma frase verbal de sentido. Os termos podem ser:
1
- Complementos verbais
Essenciais (ou - sujeito 2
(objetos diretos e indiretos).
fundamentais) Integrantes
- predicado da oração. - Complementos nominais.
- Agentes da passiva.
3 - Adjuntos adnominais;
Acessórios - Adjuntos adverbiais;
- Apostos.

1
Sujeito = sobre quem diz o resto da oração (nem sempre está no começo da oração).

 Sujeito direto: está no começo da oração.


 Sujeito inverso: se o predicado vir antes do sujeito.
 Sujeito no meio da oração.
 Determinado (simples, composto ou implícito): aquele identificável facilmente pela
concordância verbal.
- simples: apresenta apenas um núcleo ligado ao verbo.
- composto: possui dois núcleos ligados ao verbo.
- implícito (elíptico, subentendido, oculto ou desinencial): não aparece facilmente na oração,
mas a frase é dotada de entendimento.
 Indeterminado: não está visível na oração e não há concordância verbal para determiná-lo.
- pode aparecer com verbo na terceira pessoa do plural.
- pode aparecer com verbo na terceira pessoa do singular, mais pronome “se”.
- pode aparecer com verbo no infinitivo impessoal.
 Orações sem sujeito: as orações são compostas apenas pelo predicado e a mensagem se
concentra no verbo, que é impessoal.
- OBS: podem ter verbos que constituam fenômenos da natureza. Quando os verbos ser,
estar, haver e fazer indicam tempo ou fenômeno meteorológico.

Predicado = restante da oração, isto é, a parte que informa algo sobre o sujeito, sempre com
presença de verbo ou locução verbal.

 Verbais: resultado da ligação entre o sujeito e o verbo, ou entre o verbo e os complementos.


- transitivos: o verbo precisa de complemento para ser entendido.
* direto – o complemento está ligado diretamente a ele, sem preposição.
* indireto – o complemento está ligado ao verbo com preposição.
- intransitivos: Não necessita de complemento, pois é dotado de sentido completo. Poderá
ter um termo para complementar a informação, que pode ser de tempo (quando); de modo
(como); ou de local (onde).
- de ligação: expressam características de estado ao sujeito.
* Estado permanente: Alice é adulta.
* Estado de transição: Rodrigo está desempregado.
* Estado de mutação: Fabiana ficou doente.
* Estado de continuidade: Eduarda continua linda.
* Estado aparente: Tatiana parece bem.

 Nominais: onde o núcleo significativo da oração é um nome (substantivo ou adjetivo). Se


caracteriza pela indicação de estado ou qualidade, e é formado por um verbo de ligação mais o
predicativo do sujeito.
- OBS: o predicativo do sujeito nem sempre é um adjetivo. Ele pode ser: um adjetivo ou
locução adjetiva, substantivo ou palavra substantivada, pronome substantivo, numeral.

 Verbo-nominais: apresenta tanto um verbo quanto um nome como núcleos significativos e o


predicado deve apresentar sempre um predicativo do sujeito, além de uma ação ou atividade do
sujeito mais uma qualidade sua.

2
Complementos Verbais = completam o sentido de verbos.

 Objeto Direto: completa verbos transitivos diretos (não necessitam de preposição para
entendimento).
- Um substantivo ou expressão substantivada.
- Um pronome oblíquo direto.
- Qualquer pronome substantivo.

 Objeto Indireto: complementam verbos transitivos indiretos, necessitando de preposição.

Complementos Nominais = completam o sentido de uma palavra sem ser um verbo. Podem
ser substantivos, adjetivos ou advérbios, sempre acompanhados de preposição

Agentes da Passiva = termos de uma oração que praticam a ação expressa pelo verbo, quando este
está na voz passiva. Costumam ser acompanhados pelas preposições “por” e “de“.
3
Adjunto adverbial = modificam um verbo, adjetivo ou advérbio. São variadas as classificações dos
adjuntos adverbiais (mesma dos advérbios).

 Advérbios (muito, pouco, bastante, longe, ali, ligeiramente).


 Locuções adverbiais (no mar, na varanda, o tempo todo).
 Orações: Quando o leite ferver, desligue (advérbio de tempo).
Adjunto adnominal = especifica o substantivo, com função de adjetivo. Por esse motivo, pode ser
expresso por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, pronomes adjetivos ou numerais adjetivos.

Aposto = se relaciona com o sujeito, caracterizando-o, complementando uma informação já


completa, mas que trará ainda mais dados a ele.

Vocativo = não possui ligação sintática com o sujeito e nem com o predicado. Ele serve para chamar
ou interpelar um ouvinte, se relacionando com a segunda pessoa do discurso.
ORAÇÕES COORDENADAS E SUBORDINADAS

 Período composto por coordenação – Orações Coordenadas (OC)

Período cujas orações que aparecem juntas não dependem uma da outra para fazer sentido, ou
seja, são duas orações coordenadas, unidas em um período.

Assindética - não introduzidas por conjunção.


(OCA)
- ex: Os torcedores gritaram, / sofreram, / vibraram

Sindética (OCS) - introduzidas por conjunção.

- ex: O homem saiu do carro / e entrou na casa.

Aditivas
- expressa ideia de acréscimo ou adição.
- ex: e, nem, não só... mas também, não só... mas ainda.

Adversativas
- expressa ideia de oposição.
- ex: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto.

Conclusivas
- expressa ideia de conclusão de um fato enunciado.
- ex: portanto, por isso, pois, logo.

Alternativas
- estabelece uma relação de alternância ou escolha.
- ex: ou, ou... ou, ora... ora, seja... seja, quer... quer.

Explicativas
- expressa ideia de explicação, de justificativa.
- ex: que, porque, pois, porquanto.

 Período Composto por Subordinação – Orações Subordinadas (OS)

Quando um período é constituído de pelo menos um conjunto de duas orações em que uma delas (a
subordinada) depende sintaticamente da outra (principal).
Adverbiais (OSA)

Exercem a função de adjunto adverbial da oração principal

Causal
- expressam a causa do fato enunciado na oração principal.
- ex: Já que está nevando, ficaremos em casa.

Condicional
- expressam hipóteses ou condição para a ocorrência do que foi enunciado na principal.
- ex: Você fará uma boa prova desde que se esforce.

Concessiva
- expressam ideia ou fato contrário ao da oração principal, sem impedir sua realização.
- ex: Alguns se retiraram da reunião, apesar de não terem terminado a exposição.

Conformativa
- expressam a conformidade de um fato com outro.
- ex: Realizamos nosso projeto conforme as especificações da biblioteca.

Temporal
- acrescentam uma circunstância de tempo ao que foi expresso na oração principal.
- ex: Fico feliz sempre que vou visitar minha mãe.

Final
- expressam a finalidade ou o objetivo do que foi enunciado na oração principal.
- ex: Fui a biblioteca a fim de que tivesse o que ler nas férias.

Consecutiva
- expressam a consequência do que foi enunciado na oração principal.
- ex: Gritei tanto, que fiquei sem voz.

Comparativa
- expressam ideia de comparação com referência à oração principal.
- ex: Maria era mais estudiosa que sua irmã.

Proporcional
- expressam uma ideia que se relaciona proporcionalmente ao que foi enunciado na
principal.
- ex: À medida que o tempo passa, a chuva aumenta.
Substantivas (OSS)

Aquelas que exercem funções sintáticas próprias de substantivos, geralmente são


introduzidas pelas conjunções integrantes que e se.

OSS subjetiva
- exerce a função de sujeito.
- ex: É provável que ela venha jantar.

OSS predicativa
- exerce a função de predicativo do sujeito.
- ex: Meu desejo era que me dessem um presente.

OSS completiva nominal


- exerce a função de complemento nominal.
- ex: Temos necessidade de que nos apoiem.

OSS objetiva direta


- exerce a função de objeto direto.
- ex: Nós desejamos que sua vida seja boa.

OSS objetiva indireta


- exerce a função de objeto indireto.
- ex: Recordo-me de que tu me amavas.

OSS apositiva
- exerce a função de aposto.
- ex: Desejo-te uma coisa: que tenhas muita sorte.
Adjetivas (OSA)

E exercem função de adjetivo. São classificadas em: explicativa e restritiva.

OSA explicativa
- explica o termo antecedente.
- ex: A África, que é o terceiro maior continente, tem um alto índice de pobreza.

OSA restritiva
- restringe a significação de seu antecedente.
- ex: As pessoas que são alegres vivem melhor.
COMPOSIÇÃO DAS PALAVRAS

Ocorre por justaposição e por aglutinação e pode ter ou não o auxílio do hífen.

- ocorre quando os elementos ou palavras estão lado


a lado
Composição por - nenhuma delas é alterada sonora ou
Justaposição ortograficamente

- ex: Arco-íris e Passatempo.

- ocorre quando os elementos ou palavras que formam


as novas palavras unem-se e fazem com que pelo
Composição por menos uma de suas partes perca sua integridade
Aglutinação sonora ou ortográfica.

- ex: Planalto (plano + alto) e Petróleo (pedra + de +


óleo).
EM VEZ DE OU AO INVÉS DE?

 As expressões “em vez de” e “ao invés de” são locuções prepositivas.

Expressão Significado
em vez de no lugar de
EM VEZ DE ao invés de ao contrário de

Indica substituições de modo mais abrangente

É sinônimo de “no lugar de”

Indica geralmente uma comparação

Ex: Decidi comprar café em vez de chá.  Decidi comprar café no lugar de chá.

AO INVÉS DE

Indica o contrário de uma idéia ou situação mais específicas

Pode ser substituído por “ao contrário de” e “pelo contrário”

Indica geralmente uma comparação

Ex: Eu deveria ter me concentrado nos estudos para a prova de hoje ao invés de ter me
distraído vendo vídeos no celular.  Eu deveria ter me concentrado nos estudos para a
prova de hoje ao contrário de ter me distraído vendo vídeos no celular.
ACERCA DE, A CERCA DE OU HÁ CERCA DE?

 As expressões “acerca de”, “a cerca de” e “há cerca de” são homófonas, ou seja, têm o
mesmo som e, por isso, geram dúvidas de ortografia.
FIGURAS DE LINGUAGEM
Dependendo da sua função, elas são classificadas em:

 Figuras de palavras ou semânticas: estão associadas ao significado das palavras.

 Metáforaà comparação de palavras com significados diferentes e cujo conectivo de


comparação fica subentendido na frase.Ex:A vida é (como) uma nuvem que voa.

 Comparaçãoàsão utilizados conectivos de comparação (como, assim, tal qual).Ex:Seus


olhos são como jabuticabas.

 Metonímiaà transposição de significados considerando parte pelo todo, autor pela


obra.Ex:Costumava ler Shakespeare. (Costumava ler as obras de Shakespeare.)

 Catacreseà representa o emprego impróprio de uma palavra por não existir outra mais
específica.Ex:Embarcou há pouco no avião. (Embarcar é colocar-se a bordo de um barco,
mas como não há um termo específico para o avião, embarcar é o utilizado.)
 Sinestesiaà acontece pela associação de sensações por órgãos de sentidos
diferentes.Ex:Com aquele olhos frios, disse que não gostava mais da namorada. (A frieza está
associada ao tato e não à visão.)

 Perífrase (antonomásia)àsubstituição de uma ou mais palavras por outra que a identifique.


Ex:O rugido do rei das selvas (leão) é ouvido a uma distância de 8 quilômetros.

 Figuras de pensamento: trabalham com a combinação de ideias e pensamentos.

 Hipérboleà corresponde ao exagero de uma ideia feito de maneira


intencional.Ex:Quase morri de estudar.
 Eufemismoàutilizado para suavizar o discurso.Ex:Entregou a alma a Deus. (morte)

 Litoteàrepresenta uma forma de suavizar uma ideia. Neste sentido, assemelha-se ao


eufemismo, bem como é a oposição da hipérbole.Ex:— Não é que sejam más companhias…
— disse o filho à mãe. (Pelo discurso, percebemos que apesar de as suas companhias não
serem más, também não são boas.)

 Ironiaà representação do contrário daquilo que se afirma.Ex:É tão inteligente que não acerta
nada.

 Personificação (prosopopeia) à atribuição de qualidades e sentimentos humanos a objetos


ou aos seres irracionais.Ex:O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

 Antíteseàuso de termos que têm sentidos opostos.Ex:Toda guerra finaliza por onde devia ter
começado: a paz.
 Paradoxoàrepresenta o uso de ideias que têm sentidos opostos, não apenas de termos (tal
como no caso da antítese).Ex: Estou cego de amor e vejo o quanto isso é bom. (Como é
possível alguém estar cego e ver?)

 Gradaçãoà apresentação de ideias que progridem de forma crescente (clímax) ou


decrescente (anticlímax).Ex:Inicialmente calma, depois apenas controlada, até o ponto de
total nervosismo. (progressão da tranquilidade até o nervosismo.)

 Apóstrofeà interpelação feita com ênfase.Ex:Ó céus, é preciso chover mais?

 Figuras de sintaxe ou construção: interferem na estrutura gramatical da frase.


 Elipseà omissão de uma palavra que se identifica de forma fácil.Ex:Tomara você me
entenda. (Tomara que você me entenda.)

 Zeugmaà omissão de uma palavra pelo fato de ela já ter sido usada antes.Ex:Fiz a
introdução, ele a conclusão. (Fiz a introdução, ele fez a conclusão.)

 Hipérbatoàalteração da ordem direta da oração.Ex:São como uns anjos os seus alunos. (Os
seus alunos são como uns anjos.)

 Polissíndetoà uso repetido de conectivos (e, ou, nem).Ex: As crianças falavam e cantavam e
riam felizes.
 Assíndetoà representa a omissão de conectivos, sendo o contrário do polissíndeto.Ex:Não
sopra o vento; não gemem as vagas; não murmuram os rios.

 Anacolutoàmudança repentina na estrutura da frase.Ex: Magali, comer é o que ela mais


gosta de fazer. (A estrutura normal da frase é: O que a Magali mais gosta de fazer é comer.)

 Pleonasmoà repetição da palavra ou da ideia contida nela para intensificar o significado.Ex:A


mim me parece que isso está errado. (Parece-me que isto está errado.)
 Silepseà concordância com a ideia que se pretende transmitir, e não com o que está
implícito. Ela é classificada em: silepse de gênero, de número e de pessoa.Ex:Vivemos na
bonita e agitada São Paulo. (silepse de gênero: Vivemos na bonita e agitada cidade de São
Paulo.)
A maioria dos clientes ficaram insatisfeitas com o produto. (silepse de número: A maioria dos
clientes ficou insatisfeita com o produto.)
Todos terminamos os exercícios. (silepse de pessoa: neste caso concordância com nós, em
vez de eles: Todos terminaram os exercícios.)

 Anáforaà repetição de uma ou mais palavras de forma regular.Ex:Se você sair, se


você ficar, se você quiser esperar. Se você “qualquer coisa”, eu estarei aqui sempre para
você.

 Figuras de som ou harmonia: estão associadas à sonoridade das palavras.

 Aliteraçãoà repetição de sons consonantais.Ex:"Chove chuva.Chove sem parar". (Jorge Ben


Jor)

 Paronomásiaà repetição de palavras cujos sons são parecidos.Ex:O cavaleiro,


muito cavalheiro, conquistou a donzela. (cavaleiro = homem que anda a cavalo, cavalheiro =
homem gentil)
 Assonânciaà repetição de sons vocálicos.Ex:"O que o vago e incógnito desejode ser eu
mesmo de meu ser me deu." (Fernando Pessoa)

 Onomatopeiaà inserção de palavras no discurso que imitam sons.Ex:


Não aguento o tic-tac desse relógio.

No primeiro e último quadrinho temos o uso da onomatopeia com "Bum, Bum, Bum" e "Buááá...;
Buááá...". O primeiro expressa o som do tambor, e o segundo, o choro do Cebolinha.
CRASE
(colocar exemplos)

 Preposição A + Artigo definido A = À

 SEMPRE HAVERÁ CRASE

1. Diante de palavras femininas;


2. Indicação do número de horas (exceto se o horário vier precedido das preposições PARA,
DESDE, APÓS, PERANTE, COM e ENTRE);
3. Expressões prepositivas, conjuntivas e adverbiais femininas (exceto as de instrumento);

 CRASE FACULTATIVA

1. Antes do nome próprio feminino;


2. Depois da preposição ATÉ;
3. Antes do pronome possessivo feminino

 NUNCA OCORRE CRASE

1. Não se usa entre palavras repetidas;


2. Quando o A vem antes de uma palavra no plural;
3. Não se usa antes de verbos;
4. Antes de pronome de forma geral (sempre houver a preposição A junto aos pronomes
demonstrativos AQUELE(S), AQUELA(S) e AQUILO, haverá crase).

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