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ARTIGO

Palavras variais em gênero e numero


FLEXÕES DEFINIDOS INDEFINIDOS
Singular masculino o um
Singular feminino a uma
Plural masculino os uns
Plural feminino as umas

Vem antes dos substantivos, determinando-os um inseminando-os:


A escola O filho
Uma escola Um filho

Ex: Eu adotei um gato (a pessoa que estou falando não sabe que adotei um
gato)
Ex: Eu adotei o gato (a pessoa que está ouvindo sabe que eu adotei o gato)
Ex: Laura comprou um carro (um carro qualquer)
Ex: Laura comprou o carro (o super carro)

SUBSTANTIVO
Substantivo é a classe de palavras usada para dar nome aos seres, objetos,
fenômenos, lugares, qualidades, ações, dentre outros. Exemplo: menino, João,
Portugal, caneta, ventania, coragem, corrida, ansiedade.
Os substantivos podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino),
número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo).
São variáveis em gênero (aluna/aluno), número (livro/livros) e grau
(carrão/carrinho).
 Substantivo concreto: geralmente designam pessoas reais, animais,
plantas, coisas, lugares, seres fantásticos.
Ex: Cantora, gato, flor, mesa, Brasil
Pessoas, animais, insetos, Maria, irmão, professora, gato, pernilongo,
plantas: coelho...
Mesa, São Paulo, Livro, computador, escola,
Coisas, lugares:
Brasil..
Seres fantásticos: Fadas, bruxos, Deus, Diabo, anjo...
Substantivo abstratos: palavras com que se nomeia uma ação, qualidade,
estado ou sentimento dos seres sem os quais não poderia existir.
Ex: Corrida, timidez, morte, saudades, alegria, beleza
Abstrato derivado de ação: Corrida (correr), brincadeira(brincar), saída (sair),
beijo (beijar)
Abstrato derivado de Tristeza (triste), emoção (emocionado)
estado:
Abstrato derivado de Largura (largo), rapidez (rapido), gentiliza (gentil),
qualidade: beleza (belo).

 Comuns: nomeiam seres e grupos de seres da mesma espécie, que


tem característica em comum, mas não tratados como indivíduos. Eles
dão nome a seres de forma genérica.
Ex: Casa, desenho, computador, pessoa, gente, país
 Próprio: nomeiam seres específicos, de determinada espécie (nomes
de pessoas, cidades, estado). Os substantivos são próprios quando eles
dão nome a seres de forma particular. Eles são escritos com letra
maiúscula.
Ex: Pedro, São Paulo, Minas Gerais

 Simples: são formados por apenas um radical.


Ex: Flor, chuva, couve, casa, carro, camiseta
 Composto: apresentam mais de um radical
Ex: Beija-flor, couve-flor, guarda-chuva, passatempo

 Primitivo: não são formados a partir de outras palavras da língua. São


aqueles que não derivam de outras palavras.
Ex: amor, pedra, casa
 Derivados: são formados a partir de outras palavras da língua. São
aquelas palavras que derivam de outras.
Ex: amoroso (derivado de amor), pedreiro, casarão ou caseiro (derivado de
casa), chuvarada (derivado de chuva)
 Coletivos: designam um conjunto ou uma coleção de elementos
considerados em sua totalidade. São aqueles que se referem a um conjunto
de seres.
Ex: Flora (conjunto de plantas), álbum (conjunto de fotos), colmeia
(conjunto de abelhas), folhagem (conjunto de folha), Cardume (conjunto de
peixe)

O correr (substantivo) da vida embrulha tudo


Só não vale correr (verbo)
A corrida (substantivo) foi muito disputada
A viagem foi muito corrida (adjetivo, característica)

PREPOSIÇÃO
São palavras que conectam os termos de um enunciado, de modo que o
segundo termo complementa o sentido do primeiro.
As preposições: a, ante, após, até, com, contra, desde, de, em, entre, para,
perante, por, sem, sobre, sob
PREPOSIÇÃO
Vou a Campinas
Brinco de Ouro
Café com Leite
Ficou em Casa
Vamos por ali

Combinação: preposição + artigo, ex: fomos ao teatro (“a” preposição e “o”


artigo). Preposição + adverbio, ex: aonde você vai? (“A” preposição “onde”
adverbio)
Para: finalidade
Em: lugar
De: meio
Às: tempo
Com: instrumento
Com: modo
Com: companhia

PRONOMES
Palavra que está em função do substantivo podendo substitui-lo (retomar ou
referir-se) direta ou indiretamente.
 Pronome pessoal do caso reto: tem função de sujeito.
Eu Nós
Tu Vós
Ele Eles

 Pronome pessoal do caso oblíquo: Tem função de objeto de um


verbo.
Me Te Se Nos Vos Se
Mim Ti Si Conosco Convosco Si
Consigo Contigo Consigo Consigo
O Os
A As
Lhe Lhes

Obs: não pode usar 2 pronomes do caso reto ou 2 pronomes do caso oblíquo
em uma so oração. Tem que ter um de cada em cada oração seguido de
preposição (entre, sempre, perante). Ex: tudo está bem entre mim e ele.
Preposição Correto
Entre Entre mim e ele
Entre ele e mim
Entre mim e ti
Sem Sem você e mim
Sem elas e ti
Perante Perante mim e vós
Sobre Sobre mim e vós
De De alguns e mim
 Pronome de tratamento
Você Tratamento familiar
Vossa alteza Príncipes, princesas, duques
Vossa eminencia Cardeais
Vossa excelência Altas autoridades
Vossa magnificência Reitores de universidades
Vossa majestade Reis, imperadores
Vossa meritíssima Juízes de direito
Vossa reverendíssima Sacerdotes
Vossa senhoria Altas autoridades
Vossa santidade papa

PRONOME: POSSESSIVO E DEMONSTRATIVO


 Possessivo
Meu Teu Seu Nosso Vosso
Minha Tua Sua Nossa Vossa
Meus Teus Seus Nossos Vossos
Minhas Tuas Suas Nossas vossas
Ex: Tu foste ver teu amigo (“Teu “segunda pessoa)
Você foi ver o seu amigo (“sua” terceira pessoa)

 Demonstrativo
Este(singular)/ Estes Esse/ Esses Aquele/ Aqueles
Esta/ Estas (plural) Essa/ Essas Aquela/ Aquelas
Isto Isso Aquilo
Tempo:
 Presente: Este.
Ex: Esta (tempo do presente) aula é divertida
 Passado ou futuro próximo: Esse.
Ex: Essa (passado não distante) semana que passou eu fiz mais um ano de
vida
 Passado ou futuro distante: Aquele.
Ex: Naquela (passado distante) época, em que meu pai tinha 15 anos, as
coisas eram diferentes.
Posicionamento espacial:
 Em posse: este
Ex: esta caneta é minha
 Em posse do interlocutor: Esse
Ex: Essa caneta é sua
 Não está na posse dos interlocutores (pode estar em uma mesa, no
chão etc): Aquele
Ex: Aquela caneta é sua?
Dentro da frase:
Ex: Esta vida (substantivo) está cada vez mais divertida
Ex: A vida que me deram é maravilhosa. Essa não perderei jamais.
Ex: João e Carlos são muito amigos; este (próximo) é padeiro, aquele (longe),
mecânico.

PRONOMES: INDEFINIDOS, INTERROGATIVOS E RELATIVOS


 Indefinido: pode mudar o sentido de uma oração.
Ex: Algum homem (substantivo) pode me ajudar? / Homem (substantivo) algum
pode me ajudar
VARIÁVEIS INVARIÁVEIS
Algum, alguma, alguns, algumas (referem-se a coisas)
Nenhum, nenhuma Algo
Nenhuns, nenhumas Tudo
Todo, toda, todos, todas
Outro, outra, outros, outras Nada
Muito, muita, muitos, muitas
(Referem-se a pessoas)
Pouco, pouca, poucos, poucas Quem
Certo, certa, certos, certas Alguém
Vario, varia, vários, varias Outrem
Quanto, quanta, quantos,
quantas
Qualquer, quaisquer (referem-se a coisas e pessoas)
Cada
Qual, quais Que
Um, uma, uns, umas

 Interrogativos: são aqueles que utilizamos nas construções de


perguntas diretas ou indiretas: que, quem, qual, quanto.
Ex: Que foi feito daquela mesa?
Ex: Que animal é aquele?
Ex: O que foi feito daquela mesa?
Ex: O que é que foi feito daquela mesa?
Ex: Quem revelou o crime?
Ex: Diga-me quem disse tal coisa.
Ex: Qual dos filmes você prefere?
Ex: Não sei qual filme prefiro.
Ex: Qual dos filmes você prefere?
Ex: Não sei qual dos filmes prefiro.
Ex: Quantos irmãos você tem?
Ex: Diga-me quantos irmãos você tem.

 Relativo: retomam um substantivo mencionado anteriormente na frase.


Eles podem ser variáveis ou invariáveis e podem estar acompanhados
ou não por uma preposição.
Que
Quem
Onde (Lugar)
Quando
O qual, os quais
Cujo, cujos (usado apenas em relação de pose)
Cuja, cujas (usado apenas em relação de pose)

Ex: Tenho (posse) vários amigos cujas idades vão de 16 a 8 anos. (não pode
colocar artigo “a” depois de cujas, fica errado. Cujas já é o suficiente).
Ex: Onde você mora?
Ex: São pessoas com que (m) simpatizo (pode trocar por ‘’o qual’’ assim sabe
usar o com que(m), ou se referir a alguém (alunos, pessoas etc).

ADJETIVO
Palavra responsável em caracterizar um outro termo. Pode caracterizar um
substantivo ou pronome.
Ex: Os meninos arteiros quebraram o vaso (“arteiros” característica dos
meninos).

A posição do adjetivo junto ao termo pode mudar o seu sentido


Ex: O jogador grande recebeu uma falta (“grande” característica)
O grande jogador recebeu uma falta (“grande” está ligado a status)

ADVÉRBIO
Traz circunstancias a ação do verbo, ou seja, indicam as circunstâncias me que
ocorre a ação expressa pelo verbo.
Ex: Ontem (adverbio de tempo) fui(verbo) á casa (locação adverbial de lugar, é
locução poque tem duas palavras) do João.
Ex: Todos correram (verbo) muito (adverbio de intensidade) durante a
maratona
Ex: Cheguei (verbo) em casa (lugar) á noite (tempo) tranquilamente (modo)
 O gato fugiu ontem (adverbio)
 O gato fugiu á noite (locução adverbial, locução porque tem duas
palavras “á noite”)
 O gato fugiu (verbo) quando (adverbio) anoiteceu (verbo) (oração
adverbial, pois tem um verbo depois do adverbio).

Cuidado! Precisamos analisar o contexto para sabermos se é um adjetivo ou


um adverbio.
 Ele é rapido/Ela é rápida = Adjetivo
 Ele corre rapido/Ela corre rapido = Adverbio (não muda por causa do
pronome, por isso está no masculino “rapido”, muda por causa do
verbo).

Adverbio de: Exemplo


Tempo Agora, amanhã, cedo, hoje, ontem, á noite
Lugar Aqui, ali, abaixo, acima, cá, lá, à esquerda, em casa, etc.
Bem, mal, depressa, devagar, tranquilamente, às pressas, em
Modo
silencio, abusadamente.
Intensidade Muito, pouco, bastante, demais, mais, menos, meio
Dúvida Talvez, acaso, porventura
Afirmação Sim, certamente, realmente, com certeza
Negação Não, de modo algum, de jeito nenhum

VERBOS
Verbo é a palavra responsável em expressar ação, estado e fenômenos da
natureza.
Sou (“ser” Estado) feliz agora
Não, não vá(ação) embora, não
Chove (ex: ventar, nevar etc. fenômeno) chuva

Flexões do verbo
PESSOA / NÚMERO
1° pessoa Eu estudo 1° pessoa Nós estudamos
Singular 2° pessoa Tu estudas Plural 2° pessoa Vós estudais
3° pessoa Ele estuda 3° pessoa Eles estudam

1° conjugação - Ar 2° conjugação - Er 3° Conjugação - Ir


Errar Sofrer Sorrir
Chorar Ver Trair
Olhar Desfazer
Falar Refazer
Calar
Esperar
Amar

Formas nominais do verbo


INFINITIVO GERÚNDIO PARTICIPIO
Errar Errando Errado
Chorar Chorando Chorado
Falar Falando Falado
Calar Calando Calado
Esperar Esperando Esperado
Amar Amando Amado

 Vou ler esse livro nas férias


 Estou lendo um livro otimo
 Eu nunca tinha lido nada dessa autora

Modos verbais
 Indicativo - fatos, certezas. Exemplo: Discursa muito bem.
 Subjuntivo - desejos, possibilidades, dúvidas. Exemplo: Talvez discurse
bem esta noite.
 Imperativo - ordens, conselhos, pedidos. Exemplo: Discurse como ele!
INDICATIVO
Presente Momento da fala; Estudo
Fatos habituais;
Verdade incontestáveis;
Pretérito perfeito Já aconteceu Estudei
Pretérito imperfeito Aconteceu repetidas vezes; Estudava
Um tempo de duração indeterminado;
Pretérito mais-que- Fato que ocorreu no passado, anterior a outro Estudara (tinha estudado)
perfeito fato também no passado
Futuro do presente Ainda acontecera Estudarei (vou estudar)
Futuro do pretérito Ação que era esperada no passado, desde que Estudaria
algo acontecesse

OUTROS EXEMPLOS SOBRE INDICATIVO:


 Preterito perfeito: passado pontual
Ex: eu viajei nas férias
Ex: Minha mãe fez um belo perfeito
 Pretérito imperfeito: Passado duradouro, algo que acontece com frequência.
Ex: Eu viajava nas férias
Ex: Minha mãe fazia um bolo delicioso
 Pretérito mais-que-perfeito: Passado anterior a outro passado
Ex: Antes de começar a trabalhar, eu nunca viajara nas férias. (tinha
viajado/havia viajado).
Ex: Minha mãe, jamais fizera um bolo, passou a cozinhar para fora. (tinha feito/
havia feito)

SUBJUNTIVO
Presente Expressa um desejo ou um acontecimento Tomara que faça sol no feriado.
provável (que...)
Pretérito imperfeito Expressa um fato que poderia ter acontecido Se ele se informasse mais, não
com uma certa condição falaria tantas bobagens. (se...)
Futuro Expressa um fato que pode se realizar Quando eu estiver pronta, te aviso.
(quando...)

 Presente: conjugar com “que”. (que eu estude), (que tu estudes), (que ele
estude)
 Pretérito imperfeito: conjugar com “ser”. (se eu estudasse), (se tu
estudasses), (se ele estudasse)
 Futuro: conjuga com “quando”. (quando eu estudar), (quando tu estudares),
(quando ele estudar).

IMPERATIVO
Afirmativo Orienta alguém a fazer algo Compre/Compra
Negativo Orienta alguém a não fazer algo Não compre/Não compra
TRANSITIVIDADE VERBAL

Verbos intransitivos: Não tem/não precisa de complemento (objeto), não tem


adverbio.
EXEMPLOS
As flores morreram (verbo intransitivo)
O avião caiu (verbo intransitivo)
As mensagens não chegaram (verbo intransitivo)
O carro quebrou (verbo intransitivo)
Os bifes queimaram (verbo intransitivo)

Verbos transitivos direto: precisam de complemento (objeto direto)


Ex: (verb.Trans.direto) Queremos alunos criativos (objeto direto). Para saber
se é verbo transitivo direto, precisa perguntar para o verbo, nesse caso na
palavra “queremos” queremos o que? Dai vem o objeto direto respondendo
“alunos criativos”
EXEMPLOS
Atriz denuncia (denunciar o que?) cineasta francês
Sobreviventes de desabamento temem (temem o que?) novo desastre
Veja (ver o que?) as fotos do casamento real
Empresas tem (tem o que?) dificuldade para contratar profissionais
Baixe (baixa o que?) filmes gratuitamente

Verbo transitivo indireto: precisam de complemento com preposição (objeto


indireto)
Preposições: de, a, com, em, para, por, ante, após, até, contra, desde, entre,
perante, sem, sobre, sob.
Ex: (verbo transitivo indireto) Precisamos de (preposição) alunos criativos.
(objeto indireto)
EXEMPLOS
Bancos investem (investem em que?) em tecnologia
Jovens falam sobre bullying
Assista a series online
Estou pesando em você
Verbo transitivos diretos e indiretos: precisam de dois complementos, um
com preposição e outro sem (objeto indireto e objeto direto).
Ex: (verb. Trans. dir. ind, entregar o que?) Entreguem os documentos
(obj.dir) para a secretaria (obj. ind)
Ex: (verb. Trans. dir. ind. Dar o que?) Dê conselhos (obj.dir) para a sua irmã
(obj. ind)

RESUMO/EXEMPLOS
Minha mãe deu uma boneca à minha irmã.
Sujeito: minha mãe
Predicado: deu uma boneca à minha irmã
Verbo transitivo direto e indireto: deu (deu o que?)
Objeto direto: (não tem preposição) uma boneca
Objeto indireto: à (preposição) minha irmã
Ele não vai emprestar o carro a você.
Sujeito: ele
Predicado: não vai emprestar o carro a você
Verbo transitivo direto e indireto: vai emprestar
Objeto direto: o carro
Objeto indireto: a você
Você devolveu o livro à professora?
Sujeito: você
Predicado: devolveu o livro à professora
Verbo transitivo direto e indireto: devolveu
Objeto direto: o livro
Objeto indireto: à professora
Devolvi o livro para a bibliotecária ontem pela manhã
Verbo transitivo direto e indireto: Devolvi (devolveu o que?)
Objeto direto: o bolo
Objeto indireto: para a bibliotecária
Adjuntos adverbiais de tempo: ontem pela manhã

VOZES VERBAIS OU VOZES DO VERBO


As vozes verbais, ou vozes do verbo, são a forma como os verbos se
apresentam na oração a fim de determinar se o sujeito pratica ou recebe a
ação. Elas podem ser de três tipos: ativa, passiva ou reflexiva.
Voz ativa Sujeito é o agente da ação. Ex: Vi a professora.
Voz passiva Sujeito sofre a ação. Ex: A professora foi vista.
Voz reflexiva Sujeito pratica e sofre a ação. Ex: Vi-me ao espelho.

Voz ativa: Na voz ativa o sujeito é agente, ou seja, o sujeito pratica a ação.
Exemplos:
- (suj) Bia tomou (verbo de ação) o café da manhã logo cedo. (objeto direto)
- Aspiramos (verbo de ação) a casa toda (objeto indireto).
- Já fiz o trabalho. (objeto direto)
Voz passiva: Na voz passiva o sujeito recebe a ação. (A voz passiva pode ser
analítica ou sintética).
Analítica: Sujeito + verbo ser/estar/ficar/entre/foi + particípio ( verbo que
expressa o resultado da ação (cantado, vendido, partido) + agente passiva
(sujeito da oração)
Ex: A casa de praia foi alugada (particípio) por ela (sujeito da oração)
Ex: O café da manhã foi tomado (particípio) por Bia logo cedo. (sujeito da
oração)

Sintética: constrói-se com o verbo na 3° pessoa singular ou plural, seguido de


pronome apassivador “se”.
Verbo (3° pessoa – plural ou singular) + se (pronome)
Ex: Alugou-se a casa de praia
Ex: Aspirou-se a casa toda.
Ex: Tomou-se o café da manhã logo cedo.
Voz reflexiva: O sujeito pratica e recebe a ação ao mesmo tempo. Sujeito,
verbo + pronome oblíquo (me, te, se, nos, vos), que serve de objeto direto ou,
por vezes, de objeto indireto, e representa a mesma pessoa que o sujeito.
Ex: (suj)Noslen (verbo)cortou-se(pronome) (ação do sujeito cai sobre ele
mesmo).
Ex: Atropelou-se em suas próprias palavras.
Ex: Olhei-me ao espelho.

Voz reciproca: quando tem sujeito plural ou composto. Isso acontece quando
o verbo reflexivo indica reciprocidade, ou seja, quando dois ou mais sujeitos
praticam e sofrem a ação.
Ex: (sujeito plural) As crianças machucaram-se (elas podem machucar uma
as outras).
Ex: (sujeito composto) Noslem e Diego abraçaram-se (relação mutua)
RESUMO/EXEMPLOS
Exemplo na voz ativa: Aspiramos a casa toda.
Sujeito da ativa: Nós (oculto)
Verbo: Aspiramos (transitivo direto)
Objeto direto: a casa toda.
Exemplo na voz ativa: Precisa-se de vendedores.
Sujeito: sujeito indeterminado (alguém precisa, mas não sei quem)
Verbo: precisa-se
Objeto indireto: de vendedores
Exemplo na voz passiva: A casa toda foi aspirada por nós.
Sujeito: A casa toda
Verbo auxiliar: foi
Verbo principal: aspirada
Agente da passiva: por nós.
Exemplo na voz ativa: Contratam-se vendedores.
Objeto direto: contratam-se (o que estão contratando?)
Sujeito: vendedores

SUJEITO E PREDICADO
 Sujeito: é o termo sobre o qual se d´uma informação e o termo com o
qual o verbo concorda.
 Predicado: é o termo da oração que traz informação sobre o sujeito.
(Sujeito) Os meninos sujaram(verbo) as roupas (predicado)
(Sujeito) As roupas estão(verbo) sujas (predicado)

Tipos de sujeito:
a. Simples: Apresenta apenas um núcleo. Ex: O meu cachorro come
(verbo) bem.
b. Composto: Apresenta mais de um núcleo. Ex: O meu cachorro e o
meu gato comem(verbo) bem.
c. Expresso: Aparece explicitamente no enunciado. Ex: Nós contamos
(verbo) a história para ela.
d. Oculto: Não aparece explicitamente no enunciado. É um sujeito
identificável, mas que fica subentendido pelo contexto. Ex: Contamos a
história para ela. (quem contou a história? Nós contamos), sendo assim
sujeito oculto.
Ex: comi o bolo (quem comeu o bolo? Eu)
e. Indeterminado: Não é identificável nem indicado no enunciado, não
sendo possível saber quem é esse sujeito. Ocorre na 3ª pessoa do
plural ou na 3ª pessoa do singular acompanhada do pronome “se” com
função de índice de indeterminação do sujeito. Ex: Contaram a história
para ela. Ex: Precisa-se de auxiliares de escritório.
f. Agente: Realiza a ação do verbo. Ex: Vitor e Ana viram (verbo) tudo o
que aconteceu.
g. Paciente: sofre a ação do verbo. Ex: Vitor e Ana foram vistos (verbo)
no evento.
h. Agente e paciente: Realiza e sofre ao mesmo tempo a ação do verbo.
Ex: Vitor e Ana se viram (verbo) no evento

Oração sem sujeito: O predicado da oração sem sujeito apresenta verbos


impessoais, ou seja, verbos que não apresentam sujeito, como os verbos
haver, fazer e os que indicam fenômenos da natureza.
Ex: Nevou bastante em Santiago.
Ex: Há muita gente nessa sala.
Ex: Chove como nunca!
NÃO TER SUJEITO, o que significa que a informação transmitida pelo
predicado não é atribuída ao sujeito. O PREDICADO APRESENTA VERBOS
IMPESSOAIS. Os principais verbos impessoais são: haver (com o sentido de
existir, acontecer ou indicando ideia de tempo), fazer (indicando ideia de
tempo) e os que indicam fenômenos da natureza.
Os verbos impessoais apenas são conjugados na 3.ª pessoa do singular (há,
havia, houve, faz, fazia).

Tipos de Predicado:
a. Predicado nominal: é o predicado que usa verbo de ligação.
Classificado como nominal quando seu núcleo é um nome (substantivo,
adjetivo, pronome), unido ao sujeito por meio de um verbo de ligação.
Depois do verbo de ligação tem um adjetivo (característica). Sem verbo
de ligação não é predicado nominal. Sujeito + Verbo + predicado
nominal (adjetivo)
Ex: (sujeito) Noslen é (verbo “ser”) rechonchudo (predicado nominal)
Ex: (sujeito) Nós ficamos (verbo) espantados! (predicado)
Ex: (sujeito) Meus animais de estimação pareciam (verbo) calmos.
(predicado)
b. Predicado verbal: é o predicado que uso um verbo significativo (ação e
fenômeno da natureza).
Sujeito + verbo significativo (ação e fenômenos da natureza) + predicado
verbal).
Ex: (sujeito) aqueles meninos brincavam (verbo de ação) de esconde-
esconde (predicado)
c. Predicado verbo-nominal: é o predicado que uso um verbo de ação
mais uma característica do sujeito ou objeto.
Ex: (Sujeito) Noslem pulou (v.ação) feliz (característica do sujeito) na
cama-elástica (predicado verbo-nominal)

USO DE CRASE
Não ocorre crase Exemplos
Depois de palavras masculinas Não vendemos a prazo
Entre palavras repetidas Cara a cara, dia a dia, sol a sol
Antes de artigo indefinido Vou pedir a uma amiga
a + plural Não vou a festas desse tipo
Depois de pronomes indefinidos Ela não pertence a ninguém
Depois de verbo Começou a chover
Antes de nomes de cidades Fui a São Paulo
Hora não determinada O restaurante fica a duas horas daqui

Para ter crase tem que ter preposição (“a” de ligação) + artigo (“a” em função
do substantivo, ou seja, Preposição A + artigo A). Se tiver um verbo ou palavra
que exige da preposição A e depois tem um substantivo feminino, vai haver
crase que precisa.
Dica: Substitua a palavra depois da qual aparece o “a(s)” por um termo
masculino. Se o “a(s)” se transformar em “ao(s)”, existe crase.
Ex: João voltou a cidade natal/ João voltou ao país natal = João voltou à
cidade natal (se der para trocar o a(s) pelo o ao(s), então tem crase “à”)
Ex: Os documentos foram apresentados à juíza/ Os documentos formam
apresentados ao juiz.
Dica: Quem vai a, volta da, crase há/ quem vai a, volta de, crase pra quê?
Ex: Vou á França, volto da França
Ex: Vou a Paris, volto de Paris
Dica: Tente trocar por PARA A, se for possível, tem crase.
Ex: Vou para a França/ vou para Paris
Ex: Ela entregou chave á moradora (para a moradora)

Atenção
Foi à França/ Foi para a França (coloca “para” (preposição + artigo “a”),
assim tem crase).
Fui a São Paulo/ Fui para São Paulo (tem a preposição, mas não tem o artigo
“a” para ligar com a preposição).

OCORRE CRASE EXEMPLO


Quando há junção de preposição A + Pedi o livro à professora (pedi ao
artigo A. professor)
Depois de nomes de lugares que Vou à Bahia nas férias. (volto da Bahia)
admitem o artigo A
Antes da palavra “distancia” quando Fiquei à distância de dez metros (preciso
especificada da distância de dez metros)
Pronome demonstrativo “aquele” Não assisti àquele filme (assisti a +
aquele)
Indicação de horas Saio às 18h.
Expressão “à moda de” Bife à milanesa/ ela pintou um quadro á
Picasso
Locuções adverbiais femininas Sairemos á noite. /Os alunos saíram às
(tempo, modo e lugar) pressas. /vire à esquerda.
“à medida que”, “à proporção que” Ficamos melhores á medida que
envelhecemos.

USO CORRETO DOS PORQUÊS


Na língua portuguesa, existem 4 tipos de porquês (por que, porque, por quê e
porquê) que são empregados da seguinte forma:
Por que: utilizado em perguntas. Exemplo: Por que não voltamos para a casa?
Porque: utilizado em respostas. Exemplo: Porque agora não temos tempo.
Por quê: utilizado no fim das frases. Exemplo: Você não gosta dessa matéria,
por quê?
Porquê: possui o valor de substantivo e indica o motivo, a razão. Exemplo:
Gostaria de saber o porquê dele não falar mais comigo.

“Por que” separado e sem acento é usado no início das frases interrogativas
diretas ou no meio, no caso de frases interrogativas indiretas.
Assim, utilizamos o "por que" em perguntas ou como pronome relativo, com o
sentido de "por qual e "pelo qual".
Por que ele não voltou mais? (pergunta direta)
Por que isto é tão caro?
Queria saber por que você não me telefonou ontem.
(pergunta indireta)
Quando usado no meio das frases, "por que" tem a função de pronome relativo.
Pode ser substituído por "por qual e "pelo qual".
Ex: A razão por que sobra sempre para mim, eu não sei. (A razão pela qual
sobra sempre para mim, eu não sei, pergunta indireta)
Ex: O local por que passei é muito bonito. (O local por qual passei é muito
bonito. Pergunta indireta)
Ex: Quero saber por que o céu é azul (Pergunta indireta)

"Porque", escrito junto e sem acento, é utilizado em respostas. Ele exerce a


função de uma conjunção subordinativa causal ou coordenativa explicativa e de
ligação da oração.
Pode ser substituído por “pois”, ou pelas expressões “para que” e “uma vez
que”.
Não fui à escola ontem porque fiquei doente.
Leve o casaco porque está frio.
Não preciso de mais exemplos porque já entendi.

"Por quê", escrito separado e com acento circunflexo, é usado no fim das
frases (com ponto de interrogação, de exclamação ou com ponto final).
O almoço não foi servido por quê?
Andar a pé, por quê?
Não sei por quê!

"Porquê", escrito junto e com acento circunflexo, possui o valor de substantivo


na frase e significa “motivo” ou “razão”.
“Porquê” vira o substantivo da oração. Pode ser substituído por “motivo”, vem
acompanhado do artigo “o” ou “um”.

Não foi explicado o porquê (substantivo) de tanto barulho na noite de ontem.


Queria entender o porquê (pode substituir pela a palavra “motivo”) de isto
estar acontecendo.
Você pode me explicar o porquê de tanta gente complicar algo fácil?

USO CORRETO DO MAU E MAL


Mau: tem sentido de ruim
 É um adjetivo (característica)
 Refere-se a um substantivo
 É variável: tem feminino (má), masculino (mau), singular (mau) e plural
(maus).
 Antônimo de bom, ou seja, contraio de bom.
Eu fiz um mau (substituí por “bom”) uso do meu tempo livre
Os garotos foram maus (adjetivo, está caracterizando os garotos) com o gatinho
Esse é um mau (ou bom) investimento
Essa é uma má (adjetivo) gestão

Mal: Pode ser substantivo (que causa prejuízo, dano), adverbio (pode ser
substituída pela a palavra “erradamente”) e conjunção (pode ser substituída
pela a frase “logo que”).
 Sendo adverbio ou conjunção, é invariável (não tem feminino, e não tem
plural), apenas singular.
 É o contrario de bem.
Vive desejando o mal (pode substituir pelo “bem”) dos outros. (mal é
substantivo)
Isso são os males da idade. (substantivo)
Você tem comido muito mal (ou bem). Adverbio
Os jovens escrevem mal. Advérbio (pois o mal não tem plural)
Mal chegou em casa, já saiu de novo. Conjunção

USO CORRETO: NENHUM OU NEM UM?


As expressões “nenhum” e “nem um” existem na língua portuguesa e são
sinônimas, mas com significados ligeiramente diferentes.
Nenhum: é um pronome indefinido, significando aquilo que é inexistente,
aquilo que é inexistente, que não há.
 O pronome “nenhum” pode ser substituído por outros pronomes para
passar a ideia oposta, como “algum” e “todo”.
Ex: Nenhum comentário deveria ser ignorado/ Todo comentário deveria ser
ignorado.
 Quando indica a inexistência de um ser, pode ser substituído por
“ninguém”.
Ex: Nenhum convidado chegou ainda? / Ninguém chegou ainda?"

Nem um: composta do advérbio de negação “nem” e do numeral “um”, reforça


a inexistência de um ser ou de uma coisa, então é ela mais usada para reforçar
a negação do numeral “um”.
 A expressão “nem um” pode ser acompanhada de outras palavras que
reforcem essa relação, como “nem mesmo um”, “nem um sequer”.

INTERJEIÇÃO
A interjeição é a palavra que expressa emoção ou uma sensação e é sempre
acompanhada de um ponto de exclamação (!). Esta é uma das dez classes de
palavras (ou classes gramaticais).
As interjeições são consideradas “palavras-frases”, porque representam frases-
resumidas, que podem ser formadas
 por sons vocálicos: Ah! Oh! Ai!
 por palavras: Droga! Psiu! Puxa!
 por um grupo de palavras, nesse caso, chamadas de locuções
interjetivas: Meu Deus! Ora bolas!
EXEMPLOS E TIPOS DE INTERJEIÇÃO
Admiração: Ah! Uau!

Advertência: Cuidado! Olhe!, Atenção!, Fogo!, Olha lá!, Alto lá!, Calma!,
Devagar!, Sentido!, Alerta!, Vê bem!, Volta aqui!
Afugentamento: Fora!, Toca!, Xô!, Xô pra lá!, Passa!, Sai!, Roda!, Arreda!, Rua!,
Cai fora!, Vaza!
Agradecimento: Graças a Deus!, Obrigado!, Agradecido!, Muito obrigada!,
Valeu!, Valeu a pena!
Alegria: Ah!, Eh! Oh!, Oba!, Eba!, Viva!, Olá!, Olé! Eta!, Eita!, Eia!, Uhu!,
Que bom!
Alívio fa!, Uf!, Arre!, Ah!, Eh!, Puxa!, Ainda bem!, Nossa senhora!

Apelo: Socorro!, Ei!, Ô!, Oh!, Alô!, Psiu!, Olá!, Eh!, Psit!, Misericórdia!

Aplauso: Muito bem!, Bem!, Bravo!, Bis!, É isso aí!, Isso!, Parabéns!,
Boa!, Apoiado!, Ótimo!, Viva!, Fiufiu!, Hup!, Hurra!
Chamamento: Alô!, Olá!, Hei!, Psiu!, Ô!, Oi!, Psiu!, Psit!, Ó!

Concordância: Claro!, Certo!, Sem dúvida!, Ótimo!, Então!, Sim!, Pois não!,
Tá!, Hã-hã!
Contrariedade: Droga!, Porcaria!, Credo!

Desculpa: Perdão!, Opa!, Desculpa!, Desculpe!, Foi mal!

Desejo: Oxalá!, Tomara!, Quisera!, Queira Deus!, Quem me dera!

Despedida: Adeus!, Até logo!, Tchau!, Até amanhã!

Dor: Ai!, Ui!, Ah!, Oh!, Meu Deus!, Ai de mim!

Dúvida: Hum?!, Hem?!, Hã?!, Ué!, Epa!

Medo: Oh!, Credo!, Cruzes!, Ui!, Ai!, Uh!, Barbaridade!, Socorro!,


Francamente!, Que medo!, Jesus!, Jesus Maria e José!
Satisfação: Viva!, Oba!, Boa!, Bem!, Bom!, Upa!, Ah!

Saudação: Alô!, Oi!, Olá!, Adeus!, Tchau!, Salve!, Ave!, Viva!

Silêncio: Psiu!, Shh!, Silêncio!, Basta!, Chega!, Calado!, Quieto!, Bico


fechado!

Exemplos de frases com interjeição:


 Cuidado! Parece que ouvi um barulho.
 Caramba! Viu o preço daquela camiseta?
 Nossa! Pensava que não tinha ninguém em casa.
 Ufa! Chegamos.

Locução interjetiva: Locução interjetiva é o conjunto de duas ou mais


palavras que desempenham o papel da interjeição.
 Ai de mim!
 Puxa vida!
 Virgem Santa!
 Valha-me Deus!
 Cruz Credo!
 Quem me dera!

RELAÇÕES SEMÂNTICAS ENTRE AS PALAVRAS


O uso das palavras em um contexto comunicativo pode criar diferentes
relações de sentido entre elas. São os casos de sinonímia, antonímia,
hiperonímia e hiponímia.
Sinonímia – relação que ocorre quando diferentes palavras e expressões
possuem um sentido semelhante, ou seja, são sinônimas.
Sinal – sinaleira – semáforo – farol
Pela branca – pele alva
Casa – moradia – lar – abrigo

Antonímia – relação que ocorre quando diferentes palavras e expressões


possuem sentidos opostos, ou seja, são antônimas.
leal – desleal
bonito – feio
limpo – sujo
claro – escuro
Hiperonímia: é relação que ocorre quando uma palavra possui um sentido
que engloba um conjunto de outras palavras com sentido mais específico.
Essas palavras que possuem um sentido mais estrito são seus hiponômios.
Insetos: Borboletas, mosca, mosquito
Esporte: Natação, futebol, voleibol
Sentimentos: Triste, felicidade, ódio

ESTRUTURA DE PALAVRAS
Estudo voltado para cada palavra
 Como as palavras se estruturam
 Como as palavras se formam
 Como as palavras se classificam
Estrutura das palavras – partes que compõem uma palavra: Radical, afixo
(prefixos e sufixos) e desinências
 Radical: Elemento básico que contém o significado da palavra
Amor/amar (“Am” é o radical, pois esse “Am” vai ser conservado em outras
palavras)
Ferro/Ferrugem Floricultura/ Florista Perfume/Perfumado
 Prefixo: Partícula que vem antes do radical
Desamor ou (prefixo)infeliz(radical)

 Sufixo: Partícula que vem depois do radical


(radical) Amoroso (sufixo)

 Desinência: Flexão das palavras variáveis. São classificadas em


desinências verbais (quando indicam as flexões de número, pessoa,
modo e tempo dos verbos) e desinências nominais (quando indicam as
flexões de gênero (masculino e feminino) e de número (singular e plural)
dos nomes, por exemplo:

Desinência nominal de número: menina – meninas Amo – Amamos


Desinência nominal de gênero: garoto – garota Gato – Gata
Desinência verbal: como (desinência número pessoal do verbo "comer" que indica a
1.ª pessoa do singular do presente do indicativo - eu como)

 Vogal temática: Vogal que aprece após o radical. Nos verbos, temos
três tipos de vogais temáticas segundo as conjugações verbais:
a é a vogal temática dos verbos da 1ª conjugação, por exemplo: amar, cantar,
sonhar
e é a vogal temática dos verbos da 2ª conjugação, por exemplo: vender, comer,
correr
i é a vogal temática dos verbos da 3ª conjugação, por exemplo: sorrir, partir, abrir

Amamos a: vogal temática Mos: (desinência) Am: radical


Amar ar: vogal temática

FORMAÇÃO DE PALAVRAS
As palavras podem ser primitivas ou derivadas
 Primitivas: não se formam a partir de outra palavra. A partir delas
outras palavras são formadas.
Pedra Chuva Mar
 Derivadas: formam-se a partir de outras palavras, acrescentando ao
seu radial prefixo ou sufixo.
Pedreiro Chuvoso Maresia
Pedraria Chuvisco Mareado
Empedrar Chuvarada Marinho

Há dois processos de formação de palavras.

 Justaposição
COMPOSIÇÃO  Aglutinação
 Hibridismo
 Prefixal
 Sufixal e sufixal
DERIVAÇÃO  Parassintética
 Regressiva
 Impropria

1. Composição: União de dois ou mais radicais


a. Justaposição: As palavras não sofrem alterações fonológicas (quando
fala a palavra sai o som de todas as palavras)
Pontapé
Bate-papo
Passatempo
Girassol

b. Aglutinação: As palavras sofrem alterações fonológicas


Fidalgo (filho de algo)
Planalto (plano alto)
Embora (em boa hora)
Cabisbaixo (cabeça baixa)
Boquiaberto
c. Hibridismo: Junção de radicais de linguais distintas
Burocracia (francês + grego)
Televisão (grego + Latim)

2. Derivação: Forma palavras a partir de um so radical


a. Prefixal: acrescenta-se um prefixo ao radical
Infeliz (in + feliz)
Anormal (a + normal)
Desligar (des + ligar)
Vice-presidente (vice + presidente)

b. Sufixal: acrescenta-se um sufixo ao radical

Dentista (dente + ista)


Passageiro (passagem + eiro)
Rapidamente (rapido + mente)
Idealizar (ideal + izar)

c. Prefixal e sufixal: acrescenta-se um prefixo e um sufixo ao radical, de


maneira independente (a palavra pode existir sem um ou outro).
Infelizmente/ infeliz/ felizmente (in + feliz + mente)
Anormalidade (a + normal + idade
Desligamento (des + ligar + mento)

d. Parassintética: acrescenta-se um prefixo e um sufixo ao radical, de


maneira dependente (não se pode tirar um sem tirar o outro).
Enterrar (en + terra + ar)
Emagrecer (e + magro + cer)
Esfriar (es + frio + ar)

e. Regressiva: Substantivo abstrato, indicando ação, formados a partir de


verbos.
Compra – Comprar
Corte – Cortar
Choro (substantivo) – Chorar (verbo)
Mergulho – Mergulhar
Salto – Saltar
Canto – Cantar

f. Impropria: Mudança de classe gramatical de uma palavra, sem que


sofra alteração em sua forma.

SÍLABA TÔNICA
CLASSIFICAÇÃO SÍLABA TÔNICA
Oxítona Última silaba mais forte
Paroxítona Penúltima silaba mais forte
proparoxítona Antepenúltima silaba mais forte

Classificação Sílaba tônica Exemplos


Oxítona última Sofá, café, mulher, civil.
Paroxítona penúltima Fácil, caráter, sorte, caderno
Proparoxítona antepenúltima Tímido, máximo, óculos, termômetro

Computador – oxítona
Caneta – paroxítona
Vidro – paroxítona
Triângulo – proparoxítona
Cimento – paroxítona
Pêssego – proparoxítona
Canil – oxítona
Quente – paroxítona

DIVISÃO SILÁBICA
É um fonema ou um grupo de fonemas pronunciados em um só emissão de
voz.
A base da silaba é a vogal; sem ela não há silaba.
Ex: Bí – ceps (não deixa o “ps” sozinho, tem que ter pelo menos uma vogal)
 Monossílabas: possuem apenas uma silaba. Ex: flor, mãe, meu, só,
chá
 Dissílabas: possuem duas silabas. Ex: i-ra, ca-fé, sofá, trans-por
 Trissílabas: possuem três silabas. Ex: ci-ne-ma, pró-xi-mo, pers-pi-caz
 Polissílabas: possuem quatro ou mais silabas.
Ex: a-ve-ni-da, li-te-ra-tu-ra.

FIGURAS DE LINGUAGEM

COMPARAÇÃO: dois elementos são comparados por meio de uma expressão


comparativa (como, que nem, quanto, tal qual, feito, igual a etc...)
Ex: quero ficar no teu corpo feito tatuagem
Ex: Eu te quero só pra mim, como as ondas são do mar

Na tirinha acima, o amor é comparado a uma flor e a um motor. Neste caso foi
utilizado o conectivo "como": "o amor é como uma flor" e "o amor é como o
motor do carro".
METÁFORA: dois elementos são equiparados a partir de uma relação de
semelhança.
Ex: Você é luz, é raio, estrela e luar, manhã de sol, meu iáiá ioiô
(você é luz (falando que você é luz, metáfora), você é como luz (isso é
comparação da pessoa com a luz.)
Ex: Preste atenção, o mundo é um moinho. (semelhança, confirmando que o
mundo é um moinho).

Na tirinha acima, "uma caravana de rosas vagando num deserto inefável" é


uma metáfora do amor.

METONÍMIA: emprega-se um tempo no lugar do outro, em uma relação logia


de sentido. Acontece quando há substituição logica de uma palavra por outra
semelhante, mas mantendo uma relação de proximidade entre o sentido de um
termo e o sentido do termo que o substitui.
A parte pelo todo:
Ex: E se o caso for de ir á praia, eu levo essa casa numa sacola (o eu lírico
vai levar coisa importantes que tem na casa para ir na praia)
Obra do autor:
Ex: lemos machado de Assis (você não leu a pessoa, leu o livro que ele
escreveu, obra do autor)
Ex: Costumava ler Shakespeare. (Costumava ler as obras de Shakespeare.)
A marca pelo produto (trocando a marca pelo o produto ou o produto pela
a marca): fala coca cola, no lugar de refrigerante, ou vai comorar água
sanitária, mas pedi Qboa em vez de água sanitária)
Ex: vamos no supermercado comprar Qboa (não, você vai comprar água
sanitária)
Ex: Não apontei o lápis com gilete (gilete é marca, deveria ser lâmina de
barbear)

Na tirinha acima, uma parte (cabeças de gado) tem o significado do todo (boi).

PROSOPOPEIA/ PERSONIFICAÇÃO: atribui características ou ações


humanas a seres não humanos. A atribuição de qualidades e sentimentos
humanos a objetos ou aos seres irracionais.
Ex: O jardim olhava as crianças sem dizer nada. (olhar é algo humano, jardim
não tem olhos)
Ex: A bomba atômica é triste, coisa mais triste não há (humanos tem
sentimentos, bomba não tem)

A personificação é expressa na última parte do quadrinho, onde o Zé Lelé


afirma que o espelho está lhe olhando. Assim, utilizou-se uma característica
dos seres vivos (olhar) em um ser inanimado (o espelho).

ANTÍTESE: Aproximação de palavras ou ideias opostas. Uso de termos que


têm sentidos opostos.
Ex: Toda guerra finaliza por onde devia ter começado: a paz.
Ex: Ando devagar porque já tive pressa
Ex: Levo esse sorriso porque já chorei demais
Na tirinha acima, há várias antíteses, ou seja, termos que têm sentidos
opostos: positivo, negativo; mal, bem; paz e guerra.
PARADOXO: Aproximação de ideais inconciliáveis. Representa o uso de ideias
que têm sentidos opostos, não apenas de termos (tal como no caso da
antítese).
Ex: Estou cego de amor e vejo o quanto isso é bom. (Como é possível alguém
estar cego e ver?)
Ex: E amando com todo ódio (como amar uma pessoa com ódio)
Ex: Depois de te perder, te encontro (se perdem e se encontram ao mesmo
tempo).

HIPÉRBOLE: Consiste no exagero de uma ideia ou expressão. Corresponde


ao exagero de uma ideia feito de maneira intencional.
Ex: Quase morri de estudar.
Ex: Eu corro mais rápido do que um carro (Há hipérbole no exagero ao se
afirmar que a velocidade da pessoa é maior do que a de um carro)
Ex: Faz um ano que ele está se arrumando e não fica pronto (Há hipérbole no
exagero ao se afirmar que a pessoa passou um ano apenas se arrumando)
Na tirinha acima, a expressão "morrendo de inveja" é uma hipérbole.

EUFEMISMO: Amenizar, torna mais suave uma ideia ou expressão


Ex: Entregou a alma a Deus. (Nesta frase está sendo informada a morte de
alguém.)
Ex: Ele passou desta para a melhor. (No lugar de: ele morreu)
Ex: A filha dele trabalha na vida. (No lugar de: a filha dele trabalha na
prostituição.)

Na charge acima, "produtora de biografias orais não autorizadas" foi uma forma
delicada de dizer que a mulher é, na verdade, uma fofoqueira.
GRADAÇÃO: Colocam-se palavras ou expressões seguidas, de modo a
intensificar a ideia que se quer destacar, em ordem crescente ou decrescente.
Ex: O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu-se
Ex: Ninguém deve aproximar-se da jaula, o felino poderá enfurecer-se,
quebrar as grades, despedaçar meio mundo.

IRONIA: emprega-se uma palavra ou expressão com sentido oposto do que se


quer dizer. É a representação do contrário daquilo que se afirma.
Ex: É tão inteligente que não acerta nada.
Ex: Puxa, que bom que o elevador quebrou! Agora só teremos que subir 12
lances de escada, são bem poucos. (Certamente, a pessoa não está feliz por
ter que subir 12 lances de escada.)
Ex: Que bonito, hein! Que cena mais linda! Será que eu estou atrapalhando o
casalzinho aí?! (As exclamações irônicas cantadas por Naiara Azevedo ao
flagrar a traição do marido fizeram sucesso na abertura da música sertaneja 50
reais.)

Nota-se o uso da ironia na charge acima. O personagem está zangado com


alguém, a quem ele chama de "inteligente" de maneira irônica.

ALITERAÇÃO: repetição de sons consonantais.


Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem de quem não tem
vintém
Pedro pedreiro fica assim pensando.
Chove chuva.
Chove sem parar".

E vãos embolar ladeira abaixo


Acho que a chuva ajuda a gente se ver
Venha, veja, deixa, beija, seja
O que Deus quiser

ASSONÂNCIA: Repetição de vogais.


E vãos embolar ladeira abaixo
Acho que a chuva ajuda a gente se ver
Venha, veja, deixa, beija, seja
O que Deus quiser

A minha alma está armada e apontada


Para a cara do sossego!
Pois paz sem voz, paz sem voz
Não é paz, é medo!

ANÁFORA: repetição de palavras ou expressões no começo dos verbos


Eu sou a luz das estrelas
Eu sou a cor do luar
Eu sou as coisas da vida
Eu sou o medo de amar
Se você sair, se você ficar, se você
quiser esperar. Se você “qualquer
coisa”, eu estarei aqui sempre para
você.

ASSÍNDETO: ausência de conjunções entre as orações, as orações não


sentindo com as outras
Tive outro, tive gado, tive fazendas
Hoje sou funcionária publico
E vamos embolar ladeira abaixo
Acho que a chuva ajuda a gente se ver
Venha, veja, deixa, beija, seja
O que Deus quiser.
Não sopra o vento; não gemem as
vagas; não murmuram os rios.

POLISSÍNDETO: repetição de conjunções (classe de palavras que servem de


ligação entre elementos) entre as orações. O uso repetido de conectivos (e, ou,
nem).
Ex: As crianças falavam e cantavam e riam felizes.
A charge acima é um exemplo de polissíndeto, porque o conectivo "se for" está
sendo repetido muitas vezes ("se for eleitor", "se for deputado", "se for
assessor).

TIPOS DE TEXTO
Narração / Narrar
Dissertação/ Dissertar/ Argumentar

Texto Narrativo: A marca fundamental do texto narrativo é a existência de um


enredo, no qual são desenvolvidas as ações das personagens, marcadas pelo
tempo e pelo espaço. Por exemplo conto, fábula, romance, novela, crônica.
Os textos narrativos possuem uma estrutura básica:
 Apresentação: trata-se da introdução do texto, onde são apresentadas
algumas de suas principais características como o tempo, o espaço e as
personagem que fazem parte da trama.
 Desenvolvimento: designa a maior parte do texto, onde são
desenvolvidas as ações das personagens numa sequência de
acontecimentos.
 Clímax: representa a parte mais emocionante, surpreendente e tensa da
narrativa.
 Desfecho: é a parte final da trama, determinada pelo arremate de toda a
história. Nela, é revelada o destino das personagens.
Texto Descritivo: O texto descritivo é um tipo de texto que apresenta a
descrição de algo, seja de uma pessoa, um objeto, um local, etc. Assim, ele
expõe apreciações, impressões e observações de algo indicando os aspectos,
as características, os detalhes singulares e os pormenores.
De forma geral, os textos descritivos seguem a estrutura básica:
 Introdução: apresentação sobre o que (ou quem) será descrito.
 Desenvolvimento: realização da descrição (objetiva ou subjetiva) de
algo.
 Conclusão: término da descrição.

Alguns exemplos de textos descritivos:


 Diário
 Relatos
 Biografia
 Notícia
 Cardápio
 Carta

Texto Dissertativo: O texto dissertativo busca defender uma ideia e, logo, é


baseado na argumentação e no desenvolvimento de um tema. Geralmente, os
textos dissertativos-argumentativos, além de serem opinativos, buscam
persuadir o leitor.
A estrutura dos textos dissertativos é dividida em três partes fundamentais:
 Introdução: também chamada de tese, essa é uma pequena parte do
texto que apresenta a ideia, o tema ou assunto principal que será
dissertado.
 Desenvolvimento: também chamada de antítese (ou anti tese), é a
maior parte do texto em que é apresentado os argumentos contra e a
favor sobre o tema.
 Conclusão: também chamada de nova tese, essa parte sugere uma
nova ideia, que pode ser uma solução sobre o tema exposto.

Os textos dissertativos são classificados de duas maneiras:


 Dissertativo-expositivo: foco na exposição de alguma ideia, fato, tema
ou assunto. Nesse caso, não há a intenção de persuadir o leitor.
 Dissertativo-argumentativo: a persuasão é o principal ponto dessa
categoria de textos dissertativos. Assim, o uso de argumentações e
contra argumentações são fundamentais.

Alguns exemplos de textos dissertativos:


 Resenha
 Artigo
 Ensaio
 Monografia
 Editorial

VOCATIVO
Vocativos são termos isolados da oração que cumprem função de chamar a
atenção do interlocutor ou colocá-lo em evidência no discurso. Por estarem
isolados no enunciado, não exercem função de sujeito e nem de predicado,
aparecendo separados do restante da oração por alguma pontuação, que
normalmente é a vírgula.
 Os vocativos costumam aparecer isolados da oração por uma vírgula. É
comum que estejam no início do enunciado.
EXEMPLOS
Amiga, você sabe que horas são?
Pessoal, venha ver isso!
Carlos e Letícia, já mandei pararem de conversar durante a aula!
Já mandei pararem de conversar durante a aula, Carlos e Letícia!

 Em casos mais específicos, o aposto pode aparecer no meio da oração,


entrecortando-a.
Ex: Você sabe, amiga, que horas são?

USO DO HÍFEN
Regras de uso do hífen alteradas no último acordo ortográfico
Caso errado correto
Retirada do hífen em palavras compostas se o Auto-conhecimento Autoconhecimento
primeiro elemento terminar com vogal
diferente da que inicia o segundo elemento.
Retirada do hífen em palavras compostas se o Anti-derrapante Antiderrapante
primeiro elemento terminar com vogal e o
segundo elemento iniciar com consoante
(exceto R e S).
Retirada do hífen em palavras compostas se o Semi-reta Semirreta
primeiro elemento terminar com vogal e o Auto-suficiente Autossuficiente
segundo elemento iniciar com R ou S,
dobrando essa consoante.
Inclusão de hífen em palavras compostas se o Microondas Micro-ondas
primeiro elemento terminar com a mesma
letra inicial do segundo elemento.
Retirada do hífen em palavras compostas em Pára-quedas Paraquedas
que já se perdeu a noção de formação por
composição.
Retirada do hífen em locuções que não dia-a-dia dia a dia
tenham forma consagrada pelo uso com
hífen.
Obrigatoriedade do hífen após os prefixos Sem terra Sem-terra
além-, aquém-, ex-, pós-, pré-, pró-, recém- e
sem-.

ONOMATOPEIA
é uma figura de linguagem que trabalha a sonoridade. Por isso, também é
classificada como uma figura de som. Ela é usada para tentar simular sons e
ruídos não associados à fala humana.
 Onomatopeia de relógio: tic-tac ou tique-taque
 Onomatopeia de bater na porta: toc-toc
 Onomatopeia de choro ou pessoa triste: sniff sniff
 Onomatopeia de choro: buááá
 Onomatopeia de espirro: atchim
 Onomatopeia de grito de felicidade ou adrenalina: uhuuu
 Onomatopeia de dor: aaai
 Onomatopeia de tosse: cof-cof
 Onomatopeia de tédio: aff
 Onomatopeia de raiva: grrr
 Onomatopeia de pessoa ou animal dormindo: Zzzz
 Onomatopeia de batimentos cardíacos: tum-tum

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