Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FONOLOGIA
Fonema: nome de cada som produzido na língua (unidade mínima sonora que uma
palavra apresenta).
CONCEITOS FONOLÓGICOS
1. ENCONTRO CONSONANTAL:
PRATO
(Há um encontro consonantal e é possível perceber que essas consoantes aparecem
na mesma sílaba, portanto, nós poderíamos dizer que esse é um encontro
consonantal vocal perfeito.)
PASTA
1
(As consoantes não ficam na mesma sílaba. Não deixam de ser um encontro
consonantal, mas nesse caso é encontro consonantal imperfeito).
BÍ | CEPS
TUNGS | TÊ | NIO
2. ENCONTRO VOCÁLICO:
É o encontro entre duas ou mais vogais pronunciadas em uma mesma palavra (pode
acontecer na mesma sílaba ou em sílabas diferentes). Existem 3 tipos: hiato, ditongo,
tritongo.
2.1 – HIATO:
SA | Í |DA
BA | Ú
RU | IM
CA | A | TIN | GA
2.2 – DITONGO:
FA | MÍ | LIA
I – semivogal;
A – vogal.
(Ditongo crescente)
A | MÁ | VEIS
E – vogal;
I – semivogal.
(Ditongo – decrescente)
PÁS | COA
2
O – semivogal;
A – Vogal.
(Ditongo crescente)
AN | ZÓIS
O – vogal;
I – semivogal.
(Ditongo – decrescente)
OBS: Toda vez que tiver ditongo haverá uma vogal e uma semivogal. O “I” e o “U”
quando aparecem em ditongos são, na maioria das vezes, semivogais.
OBS2: análise de escala de timbre. Nessa escala de timbre quem estiver mais alto
será vogal e a outra será rebaixada a semivogal.
A > O > E> I/U (entre o “U” e o “I” será vogal que aparecer primeiro).
3
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Fonologia (parte 2)
(A gente pronuncia um “i” depois desse “e”. Então significa que se for analisada a
pronúncia dessa sequência de “EM”, haverá a percepção de mais um fonema que
corresponde ao som da vogal “i”)
O “m”, “n” e o “~” na língua portuguesa serve para nasalar som de certas vogais de
encontros vocálicos. Então quando dizemos “armazém, também, ninguém, amém”
temos um ditongo decrescente que sai por via nasal que sai na pronúncia e não na
escrita.
Para ser encontro vocálico as vogais tem que ser pronunciadas. E para ser tritongo
essas 3 vogais que são pronunciadas devem aparecer na mesma sílaba se elas não
aparecerem não formam tritongo.
1
QUEIJO
(Esse “u” não é pronunciado e não pode ser contado como parte desse encontro
vocálico. O encontro vocálico é o encontro entre vogais pronunciadas que pode ficar
dentro da mesma sílaba ou não, mas as vogais tem que ser pronunciadas dentro do
encontro vocálico bem como as consoantes tem que ser pronunciadas dentro do
encontro consonantal). A palavra QUEIJO é considerada um ditongo entre o “EI”.
PEÃO
(Essas três vogais embora sejam pronunciadas na palavra não ficam na mesma
sílaba. Então mais uma vez temos uma palavra que não preenche todos os critérios
para que pudéssemos dizer que há um tritongo. O que ela apresenta é a sequência de
outros dois encontros vocálicos. Entre o “e” e o “a” = hiato. “ÃO” = ditongo).
PARAGUAI
CH - CHAVE
LH - MILHO
NH - NINHO
RR - CARRO
SS - PASSO
SC - CRESCER
SÇ - CRESÇA
2
XS - EXSUDAR
XC – EXCEÇÃO
*QU - QUILO
*GU – GUILHOTINA
(*) Apenas quando o “u” não for pronunciado.
OBS:
SE O U NÃO FOR PRONUNCIADO, FORMA DÍGRAFO COM A LETRA ANTERIOR.
SE O U FOR PRONUNCIADO, FORMA DITONGO COM A LETRA POSTERIOR. Ex.:
equino.
CAM - PO
CAN – TO
OBS: embora um seja grafado com a letra “m” e outro com a letra “n” eles produzem
exatamente o mesmo som que corresponde o “ã”.
OBS2: Toda vez que o “am” e o “an” estiverem seguidos de 1 sílaba iniciada por uma
consoante eles não farão o papel consonantal para os quais em tese eles foram
criados. Duas letras que produzem um som “am” = ã e “an” = ã.
AM – AN
EM – EN
IM – IN
OM – ON
UM – UN
CAMPO - CANTO
LENTE - EMPATIA
IMPOSTO - INCRÍVEL
POMBA - PONTO
UMBIGO – SUNGA
3
5. DÍFONOS: OCORREM QUANDO A LETRA X É PRONUNCIADA COMO /CS/.
Dois sons representados por uma letra (x)
TÁXI
TÓXICO
OXIGÊNIO
4
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Acentuação tônica; acentuação gráfica
ACENTUAÇÃO TÔNICA
É aquela que avalia a posição da sílaba tônica da palavra, ou seja, avalia qual é a
sílaba forte (aquela que é pronunciada com peso maior).
Quando você diz que vai analisar a tonicidade de uma palavra é a mesma coisa de
você estar dizendo que há ali uma avaliação da sílaba prosódica. Isso significa que
estamos avaliando se a palavra tem a última, a penúltima ou antepenúltima sílaba
forte (sílaba tônica).
Quando se diz que a palavra é monossílaba significa que ela tem uma sílaba só, isso
aí diz respeito ao número de sílabas que a palavra representa e não necessariamente
a possibilidade dessas sílabas serem pronunciadas com timbre forte ou fraco.
Além da palavra poder ser considerada uma monossílaba, ela pode ser considerada
uma dissílaba quando ela apresenta 2 sílabas. Pode ser considerada também
1
trissílaba (3 sílabas) ou polissílaba (aquela que apresenta quatro ou mais sílabas).
Se você quer avaliar a sílaba tônica, o acento tônico, a tonicidade, acento prosódico
você vai ver se essa monossílaba é átona ou tônica. Quando se fala em monossílaba
átona ou tônica, está se referindo não só a quantidade de sílabas que a palavra
apresenta, mas você diz se essa palavra é pronunciada com timbre forte
(monossílabas tônicas) ou com timbre fraco (monossílabas átonas).
MONOSSÍLABAS ÁTONAS
2
Isso acontece, por exemplo, com os artigos. São palavras de uma sílaba só que
servem para produzir uma ideia de definição ou indeterminação em relação ao
substantivo (se elas exercem um papel em relação a um substantivo, sozinhas elas
não vão fazer nada. Isso porque elas não têm independência sintática e nem
independência semântica).
Além das preposições também tem as conjunções que são palavras que servem para
ligar uma oração a outra oração. Na maioria das vezes é isso que faz a conjunção,
então assim como as preposições, as conjunções também são elementos de ligação
só que as preposições ligam uma palavra a outra e as conjunções ligam uma oração a
outra oração estabelecendo uma relação de sentido entre elas.
Ex.: Eu quero uma vaga E irei conquistá-la (esse E aparece como conjunção aditiva
ligando essas duas orações).
Os pronomes oblíquos átonos, por outro lado, são estruturas monossilábicas que
exercem alguma função sintática em relação a um verbo ou então em relação a um
nome.
3
MONOSSÍLABAS TÔNICAS
São essas palavras de uma sílaba só que são pronunciadas com o timbre mais forte.
Essas palavras pertencem a classes gramaticais mais autônomas, como substantivos,
adjetivos, advérbios e verbos.
OXÍTONAS
4
PAROXÍTONA
PROPAROXÍTONA
5
vão possuir acentos gráficos.
OBS3: as oxítonas são aquelas que têm acento tônico na última sílaba, mas nem
todas elas têm acentos gráficos. Assim como nas paroxítonas que apresentam
tonicidade na penúltima sílaba, mas nem sempre terá acento gráfico.
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
REGRAS GERAIS
6
MONOSSÍLABAS TÔNICAS
OBS: lembrando que esse “más” se refere ao adjetivo maldosas (ex.: aquela menina é
má, aquelas meninas são más) Más no sentido de maldosa é monossílaba tônica
terminada em “a” seguida de “s” por isso tem acento gráfico.
Mas se for dito: “estou cansada, MAS vou estudar” tem um “mas” que indica oposição,
tem o mesmo sentido de porém e que é classificado como conjunção (serve para ligar
orações estabelecendo uma relação de oposição entre os sentidos expressos por
elas).
Portanto, esse mas com sentido de porém por ser uma conjunção de uma sílaba só é
monossílaba átona, então mesmo terminando em “a” seguido de “s” não vai ter acento
nunca (porque monossílaba átona não tem acento nem tônico nem gráfico).
Ele estudou E vai passar – esse “E” aí é uma conjunção aditiva que liga orações então
não tem acento tônico é uma monossílaba átona e não vai ter acento gráfico. Por outro
lado, quando diz “eu sou, tu és e ele é” é um “É” que pertence à classe gramatical dos
verbos que é uma classe gramatical de palavras independentes. Por isso, o “É” aqui já
tem acento gráfico porque é monossílaba tônica pertence a classe dos verbos
(monossílaba tônica terminada em “E” tem acento gráfico).
Lu e Ju não têm acento! Não tem exceção para nome próprio, isso aí é mito
7
gramatical. Isso porque a monossílaba tônica terminada com “U” não tem acento
gráfico.
OXÍTONA
ATENÇÃO!
Pá e Pará NÃO são acentuadas graficamente pelo mesmo motivo que pará, não é
utilizada a mesma regra. Para a maioria das bancas organizadoras de concurso e para
o entendimento da maioria dos gramáticos, PÁ é acentuada por ser monossílaba
tônica terminada em “a”, “PARÁ” é acentuada por ser oxítona terminada em “A”.
Embora a terminação seja a mesma, não significa que seja a mesma regra!
OBS: quando tivermos verbos derivados de “TER” e “VIR”, como reter, conter, provir,
convir, intervir nós vamos observar a 3ª pessoa. A 3ª pessoa desses verbos no
presente são oxítonas terminadas por “EM” – Ex.: ele contém, ele intervém, ele retém
– oxítonas terminadas com “EM” são acentuadas graficamente.
Também será necessário fazer uma avaliação do tipo de acento que deverá ser
utilizado (agudo ou circunflexo). Quem vai determinar isso é a flexão do sujeito a que
8
esses verbos se referem. Se o sujeito estiver no singular (representado pela 3ª pessoa
do singular) deve-se optar pelo acento agudo, se o sujeito estiver no plural
(representado pela 3ª pessoa do plural) nós vamos substituir o agudo pelo circunflexo.
9
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Acentuação gráfica
PAROXÍTONA
Também são acentuadas as palavras terminadas por à ou Ãns (ex.: ímã, órfã,
órgão). Palavras terminadas em PS (ex.: bíceps, tríceps, fórceps). Algumas
paroxítonas terminadas em ONS também são acentuadas (ex.: prótons, próton,
elétrons, elétron, nêutron, nêutrons).
1
acentuação dela estando ou não seguida de “S”.
(!!) A palavra família(s) podem ter o final separado em ditongo ou o final em hiato!
OBS: Deve ser acentuado nas paroxítonas aquilo que não foi acentuado nas oxítonas.
A regra das oxítonas, na verdade, é o contrário da regra das paroxítonas. Aquilo que
se acentua nas oxítonas é o que não será acentuado nas paroxítonas.
REGRAS PARTICULARES
1. “CREDELEVÊ”
2. DITONGOS ABERTOS OI, EI, EU
3. REGRA DO HIATO
4. ACENTO DIFERENCIAL
Crê, dê, lê, vê continuam sendo acentuadas graficamente porque são acentuadas com
base na regra geral das monossílabas tônicas terminadas por A, E, O seguidas ou não
de S (não há nenhuma consideração especial).
Esses vocábulos no plural não são mais monossílabas tônicas e sim paroxítona
terminadas por EM. Como dito anteriormente, a regra de acentuação das paroxítonas
é contrária a das oxítonas, portanto em tese essas palavras não deveriam ser
acentuadas graficamente porque isso vai de encontro com a regra geral.
Então, o novo acordo ortográfico entendendo isso, resolveu tirar todos os acentos
3
circunflexos que apareciam nas flexões desses verbos que apareciam na 3ª pessoa do
plural. Portanto, será grafado sem o acento: CREEM, DEEM, LEEM, VEEM.
OI, EI, EU – são ditongos porque são duas vogais (sequências vocálicas) que se
encontram em uma palavra, são pronunciadas e ficam na mesma sílaba. São ditongos
abertos porque são pronunciados com a cavidade oral mais aberta.
4
As letras I e U são acentuadas graficamente quando forma hiato com a vogal anterior
aparecem na sílaba tônica seguidas ou não de “s”.
Ex.: saúde, saíste, Luís (diferente de Luiz que não possui acento gráfico), juiz
(diferente de juíza e juízes que são acentuadas).
Ruim (é uma dissílaba que tem a última sílaba tônica – o I até forma hiato com a vogal
anterior, até está na sílaba tônica, mas não está sozinha e nem seguida de “s” – por
isso que não tem acento).
Traidor (o i não está na sílaba tônica, apesar de estar sozinho e formar hiato – não é
acentuado pois o critério da sílaba tônica não foi atendido). A exceção acontece com
palavras em que essas letras aparecem seguidas de NH, como rainha, bainha,
ventoinha, campainha (não recebem acento gráfico).
5
Existia uma regra na língua portuguesa que servia para estabelecer distinção entre
palavras que eram escritas de maneira igual. Então, o acento era usado para distinguir
palavras grafadas da mesma maneira. Com o novo acordo ortográfico a maioria
desses assentos deixaram de existir, alguns casos, no entanto, foram mantidos.
6
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Morfologia: estrutura das palavras
Uma palavra da nossa língua pode ser dividida em letras, em sílabas e morfemas.
Morfemas são partes mínimas de significação de uma palavra (vão dizer origem
daquela palavra, qual sua raiz, sua essência, outras vão dizer se aquelas palavras
estão no feminino/masculino, singular/plural, se sofreu uma flexão de tempo, modo,
número ou pessoa).
MORFOLOGIA
1. Radical
2. Afixos
3. Desinências
4. Vogal Temática
5. Tema
6. Letra de Ligação
Governador
1
Governo
Governabilidade
Governante
2. Afixos: estruturas colocadas antes e/ou depois dos radicais para a formação de
novas palavras. Palavras essas que podem ter sentidos diferentes e participar de
classes gramaticais diferentes dessa que seria a primária.
infeliz
desleal
felizmente
lealdade
OBS: se diz feliz tem um adjetivo, mas se diz felizmente tem um advérbio formado a
partir da anexação desse sufixo. Mesma coisa acontece com a palavra leal. Leal é um
2
adjetivo, a partir do momento que se usa o sufixo “dade”, deixa de ter um adjetivo
(qualidade) e passa a ter um substantivo (nome de alguma coisa).
a) Nominais:
MENINO
(MENIN – RADICAL; O – DESINÊNCIA DE GÊNERO MASCULINO).
MENINOS
(MENIN – RADICAL; OS – DESINÊNCIA DE GÊNERO + NÚMERO).
MENINA
(MENIN – RADICAL; O – DESINÊNCIA DE GÊNERO FEMININO).
3
MENINAS
(MENIN – RADICAL; O – DESINÊNCIA DE GÊNERO + NÚMERO).
b) Verbais:
GOVERNÁ |VA| MOS
(VA - pretérito perfeito do indicativo – desinência modo temporal; MO –
está concordando com a primeira pessoa do plural – nós – desinência
número pessoal).
ESTABELEC |Ê|SSE|MOS
DEFINÍ|RA|MOS
4
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Morfologia: estrutura das palavras e principais processos de formação das
palavras
OBS: verbos que terminam por “AR” como amar, falar e andar são considerados
verbos de primeira conjugação. Verbos terminados em “ER” como beber, vender e
fazer são verbos de segunda conjugação. E verbos terminados em “IR” são
considerados verbos de terceira conjugação.
ESTABELEC |Ê|SSE|MOS
DEFINÍ|RA|MOS
b) Em nomes com as vogais átonas finais -a, -e, -o (não podem estar nas sílabas
tônicas das palavras).
MESA
(Não existe meSO, logo não é uma desinência de gênero. A sílaba
1
tônica de mesa não é a última, essa vogal “A” ai no final é átono não
está na sílaba tônica, então essa vogal vai ser classificada como vogal
temática).
TRIBO
TRISTE
OBS: Se a palavra terminar com vogal tônica? Cipó, Pará, café. Nesse caso, essas
palavras não tem vogal temática. As palavras que terminam com consoante como bar,
mar, por exemplo, também não vão apresentar a vogal temática a não ser que ela
apareça para marcar que essas palavras foram flexionadas no plural.
BAR - BARES
MÊS - MESES
PAZ – PAZES
OBS: para fazer uma ligação desse radical e a desinência vai fazer o uso da vogal
temática. Nas palavras terminadas em consoante quando estão no singular não há
presença de vogais temáticas, mas quando elas estão flexionadas no plural, a vogal
temática passa a aparecer de acordo com a maioria dos gramáticos.
GOVERN | Á | VAMOS
ESTABELEC | Ê |SSEMOS
DEFIN | Í |RAMOS
GASÔMETRO
CAFEICULTURA
CHALEIRA
2
PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS
Estuda os possíveis processos de formação que podem originar palavras da
Língua Portuguesa.
1. PROCESSOS DE DERIVAÇÃO
DESELEGANTE
INFELIZ
ELEGANTEMENTE
FELIZMENTE
1. PROCESSOS DE DERIVAÇÃO
DESELEGANTEMENTE
INFELIZMENTE
ANOITECER
ENVERGONHAR
ENDEUSADO
DESALMADO
OBS: Quando não se identifica palavras que existam só com o prefixo ou só com o
sufixo, para que aquelas palavras pudessem existir os dois precisaram ser colocados
ao mesmo tempo.
3
Tenho medo de fantasma (substantivo).
Aquele é um funcionário fantasma (adjetivo – aqui passa a atribuir uma qualidade ao
funcionário).
OBS: não consiste no acréscimo de morfemas, mas consiste na redução. Aqui o que
acontece é o processo contrário aquele que seria original de formação de uma palavra
da nossa língua.
BUSCAR – BUSCA
RESGATAR – RESGATE
PESCAR – PESCA
VENDER – VENDA
2. PROCESSOS DE COMPOSIÇÃO
PONTAPÉ
PÉ DE MOLEQUE
OBS: pode se apresentar dentro de uma mesma palavra, podem se apresentar por
meio de uma expressão (com ou sem hífen).
PLANALTO
LOBISOMEM
4
C) Composição por hibridismo (quando esses radicais são provenientes de línguas
diferentes).
AUTOMÓVEL
TELEVISÃO
3. EMPRÉSTIMOS LINGUÍSTICOS
“e-mail”
“status”
“shopping”
“pizza”
“show”
4. NEOLOGISMOS
Podem ser novas palavras formadas na língua ou produção de novos sentidos para
palavras já existentes (neologismo semântico).
“trolar”
“xisnovar”
“arara” (No sentido de que a pessoa está brava.) → neologismo
semântico.
5. ABREVIAÇÃO OU REDUÇÃO
Quando passa a usar a forma reduzida da palavra com tanta frequência que ela passa
a ser incorporada a nossa língua (tornando-se uma nova palavra).
MOTO (MOTOcicleta)
FOTO (FOTOgrafia)
PORNÔ (PORNOgráfico)
PNEU (PNEUmático)
CINEMA (CINEMAtografia)
5
CINE (CINEma)
6. ONOMATOPEIAS
Palavras que são formadas a partir dos sons e ruídos dos animais, objetos.
TIQUE-TAQUE
COAXAR
ZUM-ZUM
PIAR
PINGUE-PONGUE
XIXI
BLÁ-BLÁ
7. SIGLONIMIZAÇÃO
• Se forem formadas com até três letras ou se cada letra for pronunciada
separadamente, deverão ser grafadas com maiúsculas.
6
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Morfologia: diferenças entre morfologia, fonologia, sintaxe e semântica.
GRAMÁTICA
Fonologia
Morfologia
A morfologia também analisa a palavra de acordo com a classe gramatical a que ela
pertence (10 classes).
1
Sintaxe
Aqui vai se estudar a palavra, porém não vai ser vista de forma isolada. A sintaxe
estuda a relação que aquela palavra estabelece com as outras dentro da oração.
Ex.: Choveu
Tem frase porque transmite sentido. Tem oração porque tem um conjunto de palavras
organizadas em torno do verbo. É composta de apenas uma oração porque tem um
conjunto de palavras organizadas em torno de um verbo e por isso é período simples.
Nessa frase aqui continua tendo uma oração organizada em torno do verbo quero, só
que dessa vez o que tem também é uma oração organizada em torno da locução “irei
conquistar” – expressão que equivale a um verbo (locução verbal). Tem uma frase e
duas orações. Essa frase aqui é período composto (porque tem uma frase composta
com 2 orações). Período composto é formado por 2 ou mais orações.
Análise morfológica:
Análise sintática:
Ex.1: Choveu
- Oração sem sujeito porque quando o verbo indica fenômenos da natureza e é
utilizado no sentido real (literal ou denotativo) dizemos que a oração fica sendo
considerada uma oração cujo o sujeito é inexistente.
Choveu = predicado = verbo intransitivo.
Semântica
É a relação externa que é estabelecida entre uma oração inteira e outra oração inteira
(período composto).
4
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Morfologia: classes gramaticais variáveis e invariáveis; relação dos substantivos
e determinantes.
Semântica (continuação)
OBS: No caso específico da classe gramatical dos verbos, ainda temos outros tipos de
flexão. O verbo pode ser flexionado em relação ao modo.
A maioria dos modos apresentam outro tipo de flexão que é a temporal. Dentro do
1
indicativo, por exemplo, nós temos: presente, passado, futuro e algumas subdivisões.
Dentro do subjuntivo nós temos também: presente, passado e futuro. Só no imperativo
que a gente não tem subdivisão temporal.
E, além disso, os verbos podem apresentar a flexão de voz que pode ser ativa,
passiva, pode ser reflexiva ou recíproca.
OBS: Existem algumas palavras da nossa língua, algumas classes gramaticais que
apresentam palavras que não sofrem nenhum tipo de flexão (não vão para o feminino,
plural, não sofre flexão de tempo, nem de modo, nem de voz).
4
1. Substantivos: dão nomes a seres, estados, sentimentos, ações, fenômenos, etc.
DETERMINADOS
A maioria dos substantivos admitem artigo, então mesmo que ele não esteja com
artigo tenta colocar um artigo feminino ou masculino. O substantivo vai ser feminino ou
masculino – de acordo com a língua tradicional. Ex.: luz. A luz; Amor. O amor; Pesca.
A pesca; (...).
4. Artigos: em geral, podem ser usados para definir ou produzir uma ideia de
indefinição em relação ao substantivo. DETERMINANTES
Ex.2: Você não é um candidato, você é o candidato para esse cargo – significa que eu
quero te destacar em relação aos demais. Então, o artigo também serve para
destacar/enaltecer uma unidade em relação aos demais.
Também é possível utilizar o artigo até para produzir uma ideia de generalização. Ex.:
O brasileiro gosta de futebol. Aqui não está se falando apenas de um brasileiro, mas
do povo brasileiro de modo geral.
5
Então, a possibilidade de se usar o artigo e os sentidos produzidos pelos artigos vai
depender muito da maneira como ele é empregado.
- Meninas = substantivo;
- As = é um artigo que determina o substantivo produzindo uma ideia de definição.
- Duas = numeral que determina o substantivo produzindo uma ideia de quantificação.
- Bonitas = adjetivo que determina o substantivo produzindo a função de qualificador
desse substantivo.
6
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Advérbios
ADVÉRBIOS
Nós temos na língua portuguesa 10 classes gramaticais que se dividem em grupo dos
variáveis e grupo dos invariáveis. Ser variável significa que a palavra vai poder sofrer
algum tipo de flexão (ir para o feminino, plural, sofrer flexão de pessoa, de modo, de
tempo e de voz). Também tem aquelas palavras que não sofrem flexão e, portanto,
pertecem ao grupo dos invariáveis.
Os advérbios:
- Se referem a adjetivos, advérbios ou verbos;
- Não se referem a subtantivos;
- Não concordam com o termo a que se refere (porque são invariáveis);
- E toda vez que estão modificando algum tipo de palavra dentro das orações e
expressam determinadas circunstâncias que podem ser de tempo, lugar, modo,
intensidade, afirmação, negação e dúvida.
1
Eu estou muito animada.
- Eu = pronome;
- estou = verbo;
- muito - consegue intensificar a ideia da palavra animada; se refere a palavra animada
produzindo a função de intensificador = ADVÉRBIO DE INTENSIDADE.
- animada = adjetivo.
Eu ando devagar.
2
OBS: A única diferença em relação ao primeiro exemplo é que agora o muito passa a
intensificar a ideia de um outro advérbio.
OBS: Se tiver uma palavra que serve para exercer essas funções adverbiais tendo
como característica a invariabilidade, servindo para expressar noções de intensidade,
de modo, afirmação, negação, dúvida, de lugar e de tempo essas palavras são
advérbios. Mas se tiver expressões que exercem essas mesmas circunstâncias, vai
mudar a nomenclatura de advérbios para locucções adverbiais.
OBS2: Existem circunstâncias que não conseguem ser expressas por meio de 1
advérbio, essas circunstâncias só conseguem ser expressas por meio de uma locução
adverbial (locução de causa, de companhia, fim, meio, instrumento).
3
OBS: é interessante observar que as locuções adverbiais de causa comumente
aparecem associadas a noções hiperbólicas (aquelas relacionadas ao exagero de
expressão). Ex.: Quase morri de susto (por causa do susto).
2) Existe uma regra especial de crase que diz que a palavra a distância só vai receber
acento grave se ela estiver com alguma especificação. Se eu estiver a distância não
vou utilizar o acento grave, mas se tiver à distância de 2 metros de você aí passa a
utilizar o acento grave (embora não haja consenso entre os gramáticos, a posição
majoritária das bancas organizadoras de concurso e a maioria dos gramáticos diz que
a distância vai ser utilizado o acento grave apenas quando estiver com especificação).
4
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Advérbios: uso do onde e dos porquês.
ADVÉRBIOS (continuação)
Existem palavras que ora podem ser adjetivos e ora podem ser advérbios.Quando
forem adjetivos vão se referir a substantivos ou outros termos equivalentes e vão
concordar com esse termo a que se refere em relação ao número e gênero.
Quando aquela mesma palavra, por outro lado, não estiver se referindo a um
substantivo e sim a um adjetivo, um advérbio, a uma oração inteira ou a um verbo e
estiver expressando algumas das circunstâncias aqui já estudadas aí vamos dizer que
essas palavras são um advérbio (sendo advérbio não vai poder sofrer flexão).
CUIDADO!
O homem é alto.
- Aqui se utiliza o alto para atribuir uma qualidade ao homem.
- O homem = substantivo.
- Alto = adjetivo (que está no masculino e no singular para concordar com o
substantivo “homem” – substantivo a que ele se refere).
Ex.: As mulheres são altas, A mulher é alta, Os homens são altos.
ADVÉRBIOS INTERROGATIVOS
(ONDE / QUANDO / COMO / POR QUÊ)
1
As perguntas DIRETAS são aquelas que são feitas diretamente ao nosso interlocutor
e são finalizadas com o ponto de interrogação (?). Já as interrogativas INDIRETAS
são aquelas frases que terminam com o ponto final, mas deixam no ar a dúvida. Na
maioria das vezes são iniciadas por construções como: “Gostaria de”, “Queria/quero
saber se”, “Não sei se”.
Lugar, tempo, modo e causa são circunstâncias expressas por advérbios, por isso que
essas palavras são chamadas de advérbios interrogativos.
Ex.: Como você fez isso? – pergunta direta iniciada pelo como.
Não sei como você fez isso. – pergunta indireta termina com o ponto final, mas
deixa no ar a dúvida.
ONDE X AONDE
Estar indica movimento? NÃO! É algo parado. Quem estar estar EM. Mesma coisa
para o verbo morar que também indica algo parado. Quem mora mora EM. Por isso,
nesses verbos vai se utilizar o ONDE.
Onde você mora? (direta – com um verbo que indica estaticidade que não é
2
construído com a preposição a).
Quero saber onde você mora. (indireta).
Aonde você vai? – (direta – ir indica MOVIMENTO – quem vai vai a).
Quero saber aonde você vai. (indireta).
O PORQUÊS.
- Continua fazendo parte de uma pergunta direta, mas como passou para o final da
oração passou a ser grafado com acento circunflexo. Se ele estivesse no final de uma
oração ou estivesse isolado em uma frase ele receberia o acento gráfico da mesma
maneira.
- Independentemente da pergunta ser direta ou indireta esse por que continua sendo
separado. Embora a pergunta não seja direta, a frase continua sendo interrogativa e
por que continua sendo um advérbio interrogativo. E aqui nessa frase como está no
meio da frase não vai receber acento gráfico.
OBS: Outra estratégia é tentar encaixar o “motivo” depois do por que, toda vez que
você consegue encaixar o “motivo” você separa o por que.
O “porque” da resposta é escrito junto porque normalmente quando se vai dar uma
resposta se quer expressar uma noção de causa ou então dar explicação acerca
3
daquilo que foi perguntado. Na língua portuguesa dentro do universo do período
composto, nós temos orações que podem ser coordenadas explicativas ou
subordinadas causais. O fato é que tanto uma como outra pode ser introduzida por
esse “porque”.
OBS: a estratégia é que esse “porque” é sinônimo de “pois”. Se der para substituir eu
já sei que aquele porque não é um advérbio interrogativo e sim uma conjunção (como
uma conjunção deve ser escrito junto e sem acento gráfico).
OBS: Como identificá-lo – substituindo PELO QUAL, PELA QUAL, PELOS QUAIS,
PELAS QUAIS (dependendo do gênero/número da palavra retomada).
5
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Pronomes (funções e tipos): possessivos, indefinidos.
PRONOMES
São palavras variáveis que podem ser que podem ser flexionadas, em geral, em
relação ao gênero (feminino/masculino), ao número (singular/plural) e também em
relação à pessoa do discurso (sendo primeira aquela que fala, a segunda com quem
se fala e a terceira de quem ou do que se fala).
O pronome quando permite que se faça a substituição de uma palavra, além dele
colaborar para articulação do texto, ele também consegue evitar a repetição de alguns
termos. Isso faz com que a linguagem fique mais rica.
1
Em relação à função:
MACETE!
PRONOMES
Em relação ao tipo:
- possessivos;
- demonstrativos;
- interrogativos;
- indefinidos;
- pessoais;
- relativos.
PRONOMES POSSESSIVOS
2
Geralmente não são cobrados em provas!!!!
OBS: vossa excelência é utilizado quando estiver diante de uma autoridade (falando
com ela). Agora, se estiver falando na 3ª pessoa falando da autoridade aí se utiliza a
sua excelência.
PRONOMES INDEFINIDOS
Pronomes indefinidos são palavras que, como o próprio nome sugere, servem para
produzir uma ideia indefinida (imprecisa/vaga) a respeito de algo ou alguém. Em
certos casos, os pronomes indefinidos conseguem dar ideia de generalização.
E ainda, existem alguns pronomes que não sofrem flexão (não vão para o feminino,
não vão para o plural). Se apresentam de forma invariável.
3
Cuidado com BASTANTE!
Eu fiz o bastante.
5
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Pronomes demonstrativos.
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Servem para situar uma pessoa, um objeto dentro de um espaço, pode servir também
para situar/precisar um acontecimento dentro do tempo e pode servir também para
situar uma informação dentro do contexto.
Quando o pronome se referir a uma palavra que está dentro do texto ou então se
referir a uma ideia ou uma frase dentro do texto, significa que a função está sendo
exercida ali dentro. Aqui o pronome passa a exercer a função ENDOFÓRICA.
FUNÇÃO EXOFÓRICA
1. Espaço
OBS: Deve-se usar como referência aquilo que entende como a representatividade
das pessoas que fazem parte de um discurso.
1
Eu (primeira pessoa do singular) – sou eu quem falo – vou usar os pronomes de
primeira pessoa quando eu quiser situar o objeto pelo de mim. Ex.: ESTA caneta é
muito eficiente.
Ex.2: ESSA sua tela aí está embaçada. Está falando com você, então significa que
você é representante da segunda pessoa do discurso (é a pessoa com quem eu falo).
Utiliza o ESSA para situar o objeto perto de você (receptor/interlocutor da mensagem).
Ex.3: AQUELA avenida é movimentada. Significa que aquela avenida não está perto
nem de mim nem de você, está distante de todos os participantes do discurso.
c) 3ª pessoa: indica tudo que está afastado de quem “fala” e de quem “ouve”.
Amigo, que é aquilo no mar?
2. Tempo
Em relação ao tempo funciona assim: vou fazer o uso da primeira pessoa para me
referir ao tempo presente ou algo que esteja bem próximo do presente. Ex.: Neste ano
você será aprovado.
2
Já os pronomes demonstrativos de 3ª pessoa são utilizados para fazer referência a um
passado mais remoto (mais vago). Ex.: Naquele tempo, disse Jesus a seus apóstolos.
Nesse fim de semana fui a um casamento lindo, mas, nesse domingo, não vou sair,
uma vez que preciso me dedicar aos estudos.
FUNÇÃO ENDOFÓRICA
Quando se usa uma palavra para apresentar uma ideia que ainda vou desenvolver
significa dizer que houve o uso da função catafórica.
Ex.: Eu aprendi a matéria de pronomes, ela é bem interessante. Ela quem? A matéria
de pronome. Então ELA foi utilizado para retomar alguma ideia que já tinha sido
desenvolvida.
Ex.2: Eu só quero uma coisa: que vocês passem. O coisa que é uma palavra genérica
serviu para apresentar aquilo que eu ainda ia desenvolver. Quero uma coisa. Que
3
coisa? Que vocês passem. Coisa exerceu a função de catáfora.
MACETE
Anterior = Anáfora
3. Contexto
ESTE – vai servir de catáfora. Vai apresentar o que ainda vai ser descrito.
a) Este / Esse
ESTE(S) / ESTA(S) / ISTO: têm função de catáfora, ou seja, apresentam o que ainda
será descrito.
b) Este / Aquele
ESTE – vai retomar o que está mais próximo, ou seja, o que foi citado por último.
AQUELE – vai retomar o que está mais distante, ou seja, aquele que foi citado
primeiro.
4
AQUELE(S), AQUELA(S), AQUILO: são usados conjuntamente com ESTE(S) /
ESTA(S) / ISTO em referência a dois termos (duas pessoas ou duas coisas): este (e
variações) para o segundo termo expresso; aquele (e variações) para o primeiro termo
expresso:
José e João estão estudando para concursos. Este almeja vaga em Minas; aquele, no
Rio Grande do Sul.
ATENÇÃO! Ex.: Eu não sei O que eu faço. Eu não sei AQUILO que eu faço. O
trocado por aquilo é pronome demonstrativo! Nesse caso a classe gramatical do O não
é artigo, mas sim pronome demonstrativo.
OBS: Tal e semelhante vão sempre ter função anafórica e vão servir para retormar
alguma coisa que já foi citada.
6
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Pronomes relativos (parte 1)
PRONOMES RELATIVOS
Ex.: Aquele é o livro. Eu li o livro. – aqui há uma fragmentação do contéudo. Aqui tem
duas orações distribuídas em duas frases, além disso é possível perceber a repetição
da palavra livro.
Ex2.: Aquele é o livro que eu li. – Quando se conecta essas duas informações dentro
de uma única frase contribuí para que o texto fique mais coeso e articulado.
Esse QUE é o pronome relativo que conectou as duas orações e ao mesmo tempo ele
retomou a ideia da palavra livro e projetou a ideia da palavra livro para oração da
frente. Isso fez com que não precisasse mais repetir a palavra livro porque o QUE já
representa a palavra livro na segunda oração.
OBS: o QUE não é o único pronome relativo que existe, embora ele seja o mais
usado. Talvez ele seja o mais usado porque ele é um coringa (é um pronome relativo
que serve para retomar qualquer tipo de palavra. Pode retomar palavra que designam
coisas, palavras que designam pessoas, palavras que designam lugar/tempo).
É interessante também observar que o QUE é invariável, embora ele seja um pronome
1
e os pronomes tem a natureza variável, a estrutura da palavra não permite que vá nem
para o feminino nem para o plural.
O QUAL (vira a qual, os quais, as quais). O artigo o faz parte da expressão que
funciona como pronome relativo.
OBS: o que e o qual são os coringas (serve para retomar qualquer tipo de palavra). O
quem só vai retomar palavras que designam pessoas, bem como o onde só vai servir
para retomar palavra que designam lugar. Já o cujo sempre vai estabelecer relação
de posse entre dois nomes. E o quanto é um pronome relativo utilizado para retomar
palavras com a letra T (tudo, todo e tanto).
QUE
Existe a possibilidade dessa palavra aparecer preposicionada que vai determinar isso
é a regência do verbo ou do nome da oração encabeçada por esse que (que no caso é
a segunda).
2
Aquele é o menino (de) que gosto.
OBS: Quem gosta, gosta DE alguém. Então este DE deve obrigatoriamente ocupar a
posição anterior a esse QUE. O verbo exige preposição, diferente do exemplo com o
verbo LER que não exige preposição.
QUEM
Quando o verbo exigir uma preposição específica deve colocar aquela que o verbo
pedir, mas se o verbo não pedir preposição vai ter que colocar do mesmo jeito
(preposição A)
Aquele que vê cara não vê coração. – Usa o aquele que é retomado pelo que que
aparece de forma explícita. Mas normalmente quando se depara com um provérbio
como esse aparece “Quem vê cara não vê coração”. É legal perceber que o quem
aqui é um pronome relativo que carrega o antecendente e o pronome relativo dentro
dele (pronome relativo do pronome relativo ou pronome indefinido).
ONDE
3
É o pronome relativo que serve pra retomar palavras que designam lugar.
Aqui é a sala onde estudo. – onde foi usado pra retomar a palavra sala que designa
espaço físico.
Onde há fumaça há fogo. – Onde aqui está no sentido de “No lugar onde/em que (...).
Foi utilizado com intuito de substituir uma ideia inteira.
4
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Pronomes relativos (parte 2)
PRONOMES RELATIVOS
O QUAL
O “que”, assim como “onde” e assim como o “quem” são pronomes relativos
invariáveis (eles não vão para o feminino e também não vão para o plural de modo a
concordar com o termo a que se refere). Já “o qual” pode virar “a qual”, “a quais” de
modo que este pronome concorde com a palavra retomada.
Outra diferença que é citada por alguns gramáticos e por outros não é a extensão de
preposição exigida pelo verbo. Alguns gramáticos dizem que quando o verbo pede
uma preposição que tenha duas ou mais sílabas o ideal é que se use “o qual” ao invés
de “que”. Ex.: Este é o tema sobre o qual falei.
EXEMPLOS:
Aqui é a sala QUE estudo (no sentido de estou estudando a sala – não está errado).
Aqui é a sala EM QUE estudo (mas para manter o sentido da mesma oração teria que
fazer observância de necessidade de preposição)
1
CUJO
É um pronome relativo que não concorda com o termo que está atrás, ele concorda
com o que está na frente. Diferentemente de o qual que concorda com a palavra
retomada.
EXEMPLOS:
a) Aquela é a menina cujos os (errado!!!) cabelos são compridos. (Os cabelos são da
menina; A menina possui os cabelos). – Critério 2 não foi atendido.
c) Aquela é a regra a cujo jogo me submeti. (A regra que é do jogo e não o jogo que é
da regra! Portanto, a regra da relação de posse não foi bem estabelecida).
2
QUANTO
Pode ser usado para retomar palavras com a letra T – tudo, todo e tanto.
OBS: O “que” pode retomar qualquer tipo de palavra, mas quando o “o” aparecer com
sentido de aquilo o “que” deixa de retomar qualquer palavra que esteja ali para
retomar esse “o”.
3
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Pronomes (funções e tipos): possessivos, indefinidos.
PRONOMES
São palavras variáveis que podem ser que podem ser flexionadas, em geral, em
relação ao gênero (feminino/masculino), ao número (singular/plural) e também em
relação à pessoa do discurso (sendo primeira aquela que fala, a segunda com quem
se fala e a terceira de quem ou do que se fala).
O pronome quando permite que se faça a substituição de uma palavra, além dele
colaborar para articulação do texto, ele também consegue evitar a repetição de alguns
termos. Isso faz com que a linguagem fique mais rica.
1
Em relação à função:
MACETE!
PRONOMES
Em relação ao tipo:
- possessivos;
- demonstrativos;
- interrogativos;
- indefinidos;
- pessoais;
- relativos.
PRONOMES POSSESSIVOS
2
Geralmente não são cobrados em provas!!!!
OBS: vossa excelência é utilizado quando estiver diante de uma autoridade (falando
com ela). Agora, se estiver falando na 3ª pessoa falando da autoridade aí se utiliza a
sua excelência.
PRONOMES INDEFINIDOS
Pronomes indefinidos são palavras que, como o próprio nome sugere, servem para
produzir uma ideia indefinida (imprecisa/vaga) a respeito de algo ou alguém. Em
certos casos, os pronomes indefinidos conseguem dar ideia de generalização.
E ainda, existem alguns pronomes que não sofrem flexão (não vão para o feminino,
não vão para o plural). Se apresentam de forma invariável.
3
Cuidado com BASTANTE!
Eu fiz o bastante.
5
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Pronomes demonstrativos.
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Servem para situar uma pessoa, um objeto dentro de um espaço, pode servir também
para situar/precisar um acontecimento dentro do tempo e pode servir também para
situar uma informação dentro do contexto.
Quando o pronome se referir a uma palavra que está dentro do texto ou então se
referir a uma ideia ou uma frase dentro do texto, significa que a função está sendo
exercida ali dentro. Aqui o pronome passa a exercer a função ENDOFÓRICA.
FUNÇÃO EXOFÓRICA
1. Espaço
OBS: Deve-se usar como referência aquilo que entende como a representatividade
das pessoas que fazem parte de um discurso.
1
Eu (primeira pessoa do singular) – sou eu quem falo – vou usar os pronomes de
primeira pessoa quando eu quiser situar o objeto pelo de mim. Ex.: ESTA caneta é
muito eficiente.
Ex.2: ESSA sua tela aí está embaçada. Está falando com você, então significa que
você é representante da segunda pessoa do discurso (é a pessoa com quem eu falo).
Utiliza o ESSA para situar o objeto perto de você (receptor/interlocutor da mensagem).
Ex.3: AQUELA avenida é movimentada. Significa que aquela avenida não está perto
nem de mim nem de você, está distante de todos os participantes do discurso.
c) 3ª pessoa: indica tudo que está afastado de quem “fala” e de quem “ouve”.
Amigo, que é aquilo no mar?
2. Tempo
Em relação ao tempo funciona assim: vou fazer o uso da primeira pessoa para me
referir ao tempo presente ou algo que esteja bem próximo do presente. Ex.: Neste ano
você será aprovado.
2
Já os pronomes demonstrativos de 3ª pessoa são utilizados para fazer referência a um
passado mais remoto (mais vago). Ex.: Naquele tempo, disse Jesus a seus apóstolos.
Nesse fim de semana fui a um casamento lindo, mas, nesse domingo, não vou sair,
uma vez que preciso me dedicar aos estudos.
FUNÇÃO ENDOFÓRICA
Quando se usa uma palavra para apresentar uma ideia que ainda vou desenvolver
significa dizer que houve o uso da função catafórica.
Ex.: Eu aprendi a matéria de pronomes, ela é bem interessante. Ela quem? A matéria
de pronome. Então ELA foi utilizado para retomar alguma ideia que já tinha sido
desenvolvida.
Ex.2: Eu só quero uma coisa: que vocês passem. O coisa que é uma palavra genérica
serviu para apresentar aquilo que eu ainda ia desenvolver. Quero uma coisa. Que
3
coisa? Que vocês passem. Coisa exerceu a função de catáfora.
MACETE
Anterior = Anáfora
3. Contexto
ESTE – vai servir de catáfora. Vai apresentar o que ainda vai ser descrito.
a) Este / Esse
ESTE(S) / ESTA(S) / ISTO: têm função de catáfora, ou seja, apresentam o que ainda
será descrito.
b) Este / Aquele
ESTE – vai retomar o que está mais próximo, ou seja, o que foi citado por último.
AQUELE – vai retomar o que está mais distante, ou seja, aquele que foi citado
primeiro.
4
AQUELE(S), AQUELA(S), AQUILO: são usados conjuntamente com ESTE(S) /
ESTA(S) / ISTO em referência a dois termos (duas pessoas ou duas coisas): este (e
variações) para o segundo termo expresso; aquele (e variações) para o primeiro termo
expresso:
José e João estão estudando para concursos. Este almeja vaga em Minas; aquele, no
Rio Grande do Sul.
ATENÇÃO! Ex.: Eu não sei O que eu faço. Eu não sei AQUILO que eu faço. O
trocado por aquilo é pronome demonstrativo! Nesse caso a classe gramatical do O não
é artigo, mas sim pronome demonstrativo.
OBS: Tal e semelhante vão sempre ter função anafórica e vão servir para retormar
alguma coisa que já foi citada.
6
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Pronomes relativos (parte 1)
PRONOMES RELATIVOS
Ex.: Aquele é o livro. Eu li o livro. – aqui há uma fragmentação do contéudo. Aqui tem
duas orações distribuídas em duas frases, além disso é possível perceber a repetição
da palavra livro.
Ex2.: Aquele é o livro que eu li. – Quando se conecta essas duas informações dentro
de uma única frase contribuí para que o texto fique mais coeso e articulado.
Esse QUE é o pronome relativo que conectou as duas orações e ao mesmo tempo ele
retomou a ideia da palavra livro e projetou a ideia da palavra livro para oração da
frente. Isso fez com que não precisasse mais repetir a palavra livro porque o QUE já
representa a palavra livro na segunda oração.
OBS: o QUE não é o único pronome relativo que existe, embora ele seja o mais
usado. Talvez ele seja o mais usado porque ele é um coringa (é um pronome relativo
que serve para retomar qualquer tipo de palavra. Pode retomar palavra que designam
coisas, palavras que designam pessoas, palavras que designam lugar/tempo).
É interessante também observar que o QUE é invariável, embora ele seja um pronome
1
e os pronomes tem a natureza variável, a estrutura da palavra não permite que vá nem
para o feminino nem para o plural.
O QUAL (vira a qual, os quais, as quais). O artigo o faz parte da expressão que
funciona como pronome relativo.
OBS: o que e o qual são os coringas (serve para retomar qualquer tipo de palavra). O
quem só vai retomar palavras que designam pessoas, bem como o onde só vai servir
para retomar palavra que designam lugar. Já o cujo sempre vai estabelecer relação
de posse entre dois nomes. E o quanto é um pronome relativo utilizado para retomar
palavras com a letra T (tudo, todo e tanto).
QUE
Existe a possibilidade dessa palavra aparecer preposicionada que vai determinar isso
é a regência do verbo ou do nome da oração encabeçada por esse que (que no caso é
a segunda).
2
Aquele é o menino (de) que gosto.
OBS: Quem gosta, gosta DE alguém. Então este DE deve obrigatoriamente ocupar a
posição anterior a esse QUE. O verbo exige preposição, diferente do exemplo com o
verbo LER que não exige preposição.
QUEM
Quando o verbo exigir uma preposição específica deve colocar aquela que o verbo
pedir, mas se o verbo não pedir preposição vai ter que colocar do mesmo jeito
(preposição A)
Aquele que vê cara não vê coração. – Usa o aquele que é retomado pelo que que
aparece de forma explícita. Mas normalmente quando se depara com um provérbio
como esse aparece “Quem vê cara não vê coração”. É legal perceber que o quem
aqui é um pronome relativo que carrega o antecendente e o pronome relativo dentro
dele (pronome relativo do pronome relativo ou pronome indefinido).
ONDE
3
É o pronome relativo que serve pra retomar palavras que designam lugar.
Aqui é a sala onde estudo. – onde foi usado pra retomar a palavra sala que designa
espaço físico.
Onde há fumaça há fogo. – Onde aqui está no sentido de “No lugar onde/em que (...).
Foi utilizado com intuito de substituir uma ideia inteira.
4
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Pronomes relativos (parte 2)
PRONOMES RELATIVOS
O QUAL
O “que”, assim como “onde” e assim como o “quem” são pronomes relativos
invariáveis (eles não vão para o feminino e também não vão para o plural de modo a
concordar com o termo a que se refere). Já “o qual” pode virar “a qual”, “a quais” de
modo que este pronome concorde com a palavra retomada.
Outra diferença que é citada por alguns gramáticos e por outros não é a extensão de
preposição exigida pelo verbo. Alguns gramáticos dizem que quando o verbo pede
uma preposição que tenha duas ou mais sílabas o ideal é que se use “o qual” ao invés
de “que”. Ex.: Este é o tema sobre o qual falei.
EXEMPLOS:
Aqui é a sala QUE estudo (no sentido de estou estudando a sala – não está errado).
Aqui é a sala EM QUE estudo (mas para manter o sentido da mesma oração teria que
fazer observância de necessidade de preposição)
1
CUJO
É um pronome relativo que não concorda com o termo que está atrás, ele concorda
com o que está na frente. Diferentemente de o qual que concorda com a palavra
retomada.
EXEMPLOS:
a) Aquela é a menina cujos os (errado!!!) cabelos são compridos. (Os cabelos são da
menina; A menina possui os cabelos). – Critério 2 não foi atendido.
c) Aquela é a regra a cujo jogo me submeti. (A regra que é do jogo e não o jogo que é
da regra! Portanto, a regra da relação de posse não foi bem estabelecida).
2
QUANTO
Pode ser usado para retomar palavras com a letra T – tudo, todo e tanto.
OBS: O “que” pode retomar qualquer tipo de palavra, mas quando o “o” aparecer com
sentido de aquilo o “que” deixa de retomar qualquer palavra que esteja ali para
retomar esse “o”.
3
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Pronomes pessoais (parte 1)
PRONOMES PESSOAIS
Sujeito é o termo a que o verbo se refere ou o termo que a locução verbal se refere. O
sujeito pode ser agente, pode ser paciente e pode ser os dois ao mesmo tempo.
Na maioria das vezes os pronomes pessoais retos fazem parte de um grupo separado
porque foram criados para exercerem a função de sujeito das orações. Ou seja, em
geral quando se usa um pronome pessoal reto há a presença de um verbo que se
refere a essas palavras dentro da oração para que elas de fato exerçam suas funções
de sujeito.
Por outro lado, os pronomes oblíquos foram criados, em geral, para exercerem outras
funções sintáticas que não a de sujeito. Os pronomes oblíquos podem exercer, por
exemplo, funções de objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, adjuntos
adnominais e adjuntos adverbiais.
1
Os pronomes oblíquos são divididos em ÁTONOS e TÔNICOS. Os átonos são
estruturas monossilábicas (monossílabas átonas que aparecem sem a presença de
preposição). Já os pronomes oblíquos tônicos aparecem sempre com a preposição, a
não ser nos casos em que a preposição “com” já está embutida (isso acontece, por
exemplo, com “comigo, contigo, consigo, conosco, convosco”).
OBS: O “EU” e o “TU” são sempre pronomes retos e em geral vão ser sujeito das
orações. Já o “ELE”, “NÓS”, “VÓS” e “ELES” tem duas opções: ou eles vão ser
pronomes retos, exercendo, portanto a função de sujeito ou então eles vão ser
pronomes oblíquos tônicos. Se eles forem pronomes oblíquos tônicos não vão precisar
de verbo, mas vão precisar de preposição.
1. EU/ TU → RETOS
2. ELE/ NÓS/ VÓS/ ELES → RETOS OU OBLÍQUOS TÔNICOS
Eu beijei ele.
Eu amo ela.
Eu obedeço a ele.
2.EU/MIM
2
EU → SUJEITO (TERMO A QUE O VERBO SE REFERE)
MIM → OBLÍQUO TÔNICO (PREPOSICIONADO)
- ELE = sujeito.
- PARA MIM = PARA (preposição) – houve o emprego assertivo do mim por causa da
preposição para.
- ELE = sujeito.
- MIM não conjuga verbo, o EU sim.
- PARA = preposição.
- A CONVERSA = sujeito.
- Atenção! Se não tem outro verbo, não tem outro sujeito.
- ENTRE = preposição.
- Estudar = sujeito = sujeito oracional (é aquele que possui verbo. Estudar é verbo e ao
mesmo tempo sujeito).
- É = verbo
- Se não há outro verbo, não há outro sujeito então descarta o uso do “EU”.
- Para mim estudar é importante (mesmo invertendo nada muda = ESTUDAR continua
sendo sujeito, “é” continua sendo verbo e “importante continua sendo predicativo do
sujeito).
3
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Pronomes pessoais (parte 2)
Quando não há especificador para o conosco e o convosco vai se usar essas formas
contraídas mesmo (com fica embutido nos pronomes). Mas quando se fizer o uso de
um termo especificador depois desse conosco e desse convosco, esses pronomes
serão fragmentados (conosco = com nós e convosco = com vós).
1
Em uma linguagem coloquial o que mais se usa é o “a gente”. O “a gente” típico da
oralidade e não faz parte da norma culta. O “a gente” deve continuar na informalidade.
Porém, é preciso saber disso porque pode cair em prova. Exemplo: marque a opção
que a traços de ORALIDADE/INFORMALIDADE/COLOQUIALIDADE nessas questões
costuma aparecer o “a gente” como resposta.
• Usam-se com nós (em vez de conosco) e com vós (em lugar de convosco), quando
vierem acompanhados de ambos, mesmos, outros, todos, algum numeral, um aposto
explicativo ou uma oração adjetiva.
- Reciprocidade – Ex.: as duas se beijando (eu beijei minha filha e ela me beijou).
Nesse caso, não foi uma ação reflexiva mas sim uma ação recíproca. A reciprocidade
vem da noção de pessoas que agem e recebem essa mesma ação ou processo uma
da outra ou umas das outras.
Esse “si” e esse “consigo” só podem ser usados de acordo com a norma culta em
processos reflexivos e recíprocos. Se esses processos não acontecerem, o uso do “si”
e do “consigo” passa a ser considerado inadequado.
- Aqui no universo dos pronomes pessoais poderia ter sido feito o uso do “contigo”,
2
mas existiriam condicionamento para isso. Para se usar o “contigo” que é um pronome
de 2ª pessoa do singular (corresponde ao reto “TU”), precisaria que em todo o
contexto estivesse tratando esse meu interlocutor por “tu”.
Ex.: Eu preciso falar contigo porque tu tem que me dar explicações (certo).
Mas se tiver tratando o interlocutor por “você” não pode ser utilizado o “contigo”. Isso
porque tem uma regra que diz que quando se usa o pronome de tratamento você,
vossa excelência, vossa eminência, vossa santidade ou seja ele qual for, tudo que se
referir àquele interlocutor tem que estar na 3ª pessoa do discurso e não na segunda.
Na 3ª pessoa do discurso tem “o” e o “a” que podem ser usados no singular ou no
plural. Como complemento verbais, essas palavras vão exercer a função de objeto
direto. Ainda na 3ª pessoa, tem o “lhe” que pode ficar no singular ou no plural. Como
complemento verbal, o “lhe” exercerá a função de objeto indireto.
Já “me, te, se, nos, vos, se” são “pau pra toda obra”, podem ser objetos diretos ou
indiretos. Quem vai determinar isso é a regência do verbo.
Eu beijei ele.
- verbo não exige preposição
- beijar é transitivo direto – quem beija beija alguém.
3
- ELE na 3ª pessoa = não pode ser objeto direto (quem pode é o “o”).
- Frase correta: Eu o beijei (eu = função sintática de sujeito; beijar = verbo transitivo
direto; “o” = objeto direto).
Eu amo ela.
- Frase correta: Eu a amo (eu = sujeito; amar = verbo transitivo direto; “a” = objeto
direto).
Eu obedeço a ele.
- Obedecer = verbo transitivo indireto – exige a preposição “a”.
- Ele = objeto indireto.
- Eu o obedeço (há uma incompatibilidade sintática).
- Frase correta: Eu lhe obedeço ou eu obedeço a ele (as duas frases estão corretas).
OBS: o “o” e o “a” vão se transformar em “lo” ou “la” quando o verbo terminar em r, s
ou z. Esse “r, s ou z” vão desaparecer.
• Fizemos a questão.
- frase correta: fizemo-la.
• Fiz a questão.
- frase correta: fi-la
OBS: Esse “o” e esse “a” além de poderem assumir as formas “lo” e “la” também pode
se transformar em “no” e “na” (só que nesse caso o verbo não perde nenhuma letra,
não sofre modificação e nesse caso também vai acontecer que na terminação do
verbo é a presença de um ditongo nasal que é normalmente representado pela letra
“m” ou então pelo “ão”).
4
Ex.: Dão o sangue. Dão-no.
Acharam o telefone. Acharam-no.
Eu obedeci a ele.
Eu lhe obedeci.
• Eu te amo.
• Eu te obedeci.
5
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Colocação pronominal (parte 1)
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Os pronomes oblíquos átonos ocupam sempre alguma posição ao verbo a que estão
ligados. Podem aparecer antes do verbo, no meio e podem também aparecer depois.
Para cada uma dessas posições que o pronome oblíquo estiver ocupando haverá um
nome específico.
PRÓCLISE
1
Atenção! Esse primeiro grupo é o mais importante porque é o que mais aparece em
concurso público.
Existem certas palavras na língua portuguesa que são capazes de exercer atração
sobre esse pronome oblíquo átono fazendo com que ele fique ANTES do verbo. Dessa
forma, a próclise acaba sendo uma colocação nominal obrigatória.
Exemplos de palavras com valor negativo: não, nem, nunca, nada, ninguém (tanto
advérbios quanto pronomes são capazes de carregar semanticamente essa noção de
negatividade).
Na frase “Não me disseram nada”, nada também é uma palavra de valor negativo
porque que esse “nada” não atrai esse “me” para depois do verbo? Essas regras aqui
tem relação com a próclise. As palavras atrativas só são capazes de exercer atração
para trás (puxar o pronome oblíquo pra trás para que ele fique em posição proclítica.
2
Quando nós temos na língua portuguesa frases exclamativas, interrogativas e
optativas e se dentro dessas frases existirem verbos ligados a pronomes oblíquos
esses pronomes oblíquos vão ficar antes do verbo.
Frase optativa fica parecendo que é frase que dá opção, mas não é. Frase optativa é
frase que exprime desejo (ex.: Deus te ajude).
3
de partícula expletiva ou de realce porque a presença ou ausência dela não interfere
na mensagem (não vai interferir na oração). Ela é colocada por motivos estilísticos.
MESÓCLISE
Ex.:
Darei > Dar-te-ei.
Daria > Dar-te-ia.
4
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Colocação pronominal (parte 2)
MESÓCLISE
Existe uma regra de colocação pronominal que diz que nós não podemos iniciar
orações com pronomes oblíquos átonos (de acordo com a norma culta).
Não se deve iniciar oração com pronome oblíquo átono considerando-se a norma
culta. É lícita a próclise em verbos no futuro, desde que não seja no início de oração.
1
ÊNCLISE
Consiste na colocação do pronome oblíquo depois do verbo. Aqui se usa o hífen para
ligar o pronome ao verbo.
A ênclise deve ser usada no início da oração com exceção dos casos em que o verbo
está no futuro (porque nesses casos é caso de mesóclise).
OBS:
Quando se tem o adjunto adverbial curto e deslocado a vírgula fica sendo facultativa.
O adjunto adverbial é um advérbio, uma locução adverbial, expressão adverbial
classificada no âmbito da sintaxe. Quando o adjunto adverbial está na sua posição
natural (desde que não esteja modificando diretamente um verbo) a vírgula antes dele
é considerada facultativa.
Quando ele está deslocado para o meio da oração e é curtinho a vírgula continua
sendo facultativa.
Quando opta pela utilização da vírgula o pronome oblíquo pula para DEPOIS do verbo
e a gente passa a ter um caso de ênclise. A vírgula quebra a atração.
2
Quando o advérbio não está virgulado, ele exerce atração. Quando ele está virgulado,
a vírgula quebra essa atração.
LOCUÇÕES VERBAIS
O verbo auxiliar faz a flexão da locução. Ele é o responsável, por exemplo, com a
concordância com o sujeito. Ex.: Eu devo estudar; Nós devemos estudar.
3
Se o verbo principal estiver no gerúndio ou no infinitivo e se não tiver nenhum caso
particular, vamos colocar o pronome oblíquo onde quiser (próclise ou ênclise no
auxiliar ou próclise ou ênclise no principal).
4
Ex.: Não a ofender era meu objetivo (está certo em razão da regra da palavra atrativa
– também pode usar essa permissividade que é a atribuída ao infinitivo fazendo com
que haja a construção em forma de ênclise).
5
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Verbos – flexões modo temporais (parte 1)
VERBOS
Verbos são palavras que exprimem estado, ação, sentimento, fenômeno e outros
processos, normalmente situados em um tempo.
Representam a classe mais rica em flexões: tempo, modo, número, pessoa e voz.
MODO INDICATIVO
1
Eu trabalhei naquele bar.
(**) Raramente pode ainda expressar fato que se iniciou no passado e perdura até o
atual momento.
Eu fiquei decepcionada!
EXEMPLO DE CONJUGAÇÃO
eu trabalhei
tu trabalhaste
ele trabalhou
nós trabalhamos
vós trabalhastes
eles trabalharam
OBS2: Eles trabalharam na 3ª pessoa do plural termina com (AM) e a sílaba tônica é a
penúltima. Diferentemente do futuro do presente em que o verbo termina em ÃO e a
tonicidade recai sobre a última sílaba.
2
A Cris não só cantava nesse bar, também dançava. E quando ela dançava ela descia
e subia.
Existe também uma outra desinência que é utilizada para indicar que 3 verbos estão
flexionados no pretérito imperfeito do indicativo – Verbos: TER, VIR e POR =
desinência = NHA.
Ex.: Tinha, vinha, punha.
Eu era
Tu eras
Ele era
Nós éramos
Vós eres
Eles eram
3
EXEMPLO DE CONJUGAÇÃO
eu trabalhava
tu trabalhavas
ele trabalhava
nós trabalhávamos
vós trabalháveis
eles trabalhavam
4
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Verbos – flexões modo temporais (parte 2)
Em tese, o presente serve para indicar uma ação que ocorre no momento em que se
fala. Ex.: Eu falo sobre verbos. Mas na prática serve para outras coisas também, isso
diz respeito à exploração do aspecto do verbo (que é o que esse verbo pode
expressar em relação ao sentido dependendo do contexto em que ele é empregado).
Ex.: Eu trabalho no MP (essa frase quer dizer que isso acontece no momento presente
da vida e não necessariamente no momento em que está proferindo a frase).
O presente serve até para falar do passado quando você quer dar uma noção de
vivacidade em relação a sua mensagem (o jornalismo faz muito isso). Ex.: Sai a lista
de aprovados (e não: “Saiu a lista de aprovados” – SAI = dá mais impacto/vivacidade).
Também serve para falar do futuro – Ex.: Amanhã eu te ligo. É comum, principalmente
em citações coloquiais, nós façamos o uso do presente para falar do futuro.
O professor de história, por exemplo, pode usar o presente para falar de um passado
remoto (ex.: De repente, Napoleão invade as novas Nações com suas tropas). Usa
desse passado histórico para poder dar mais dinamismo àquilo que ele está dizendo.
EXEMPLOS:
1
Sai a lista de convocados para o teste físico.
Você deve estudar muito para passar.
Amanhã, entro em contato com você.
Eu hei de passar.
A água é essencial para a vida.
Napoleão, enfim, invade outras nações com suas tropas.
EXEMPLO DE CONJUGAÇÃO
eu trabalho
tu trabalhas
ele trabalha
nós trabalhamos
vós trabalhais
eles trabalham
EXEMPLO DE CONJUGAÇÃO
eu trabalharei
tu trabalharás
ele trabalhará
nós trabalharemos
vós trabalhareis
eles trabalharão
f) Futuro do pretérito: foge à certeza expressa pelo modo indicativo, servindo para
dar ideia de algo que não se concretizou em virtude de outra ação que também não foi
realizada. Pode, ainda, em certos casos, ser usado para demonstrar incerteza,
possibilidade, hipótese em relação a um fato.
DESINÊNCIA = “RIA”
2
EXEMPLO DE CONJUGAÇÃO
eu trabalharia
tu trabalharias
ele trabalharia
nós trabalharíamos
vós trabalharíeis
eles trabalhariam
MODO SUBJUNTIVO
3
OBS: O “RIA” (futuro do pretérito) se correlaciona em várias frases com o “SSE”
(pretérito imperfeito do subjuntivo). A ação condicionada que se atrela ao verbo do
futuro do pretérito.
OBS: Para o FUTURO DO SUBJUNTIVO não tem uma estratégia perfeita, vai ter que
usar mais o nosso instinto interpretativo. Aqui vai ter que juntar o “quando” antes da
forma verbal e também pensar que o verbo vai representar uma possibilidade de ação
futura (ex.: quando eu trabalhar; quando eu passar no concurso; quando você vier).
MODO IMPERATIVO
OBS: tudo que está de cinza foi “emprestado” do presente do subjuntivo. Há dois
casos que estão diferentes (que são os que estão representados de vermelho no
quadro) e que foram emprestados pelo presente do indicativo cortando o “s”.
4
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Verbos – tipos (parte 1)
VERBOS
Temos algums verbos primitivos que originam vários verbos derivados como: ter, pôr,
ver, vir.
OBS: o verbo pôr e seus derivados são de 2ª conjugação. Antigamente o verbo pôr se
apresentava a partir da forma poer (que termina em “er”), por esse motivo o pôr e os
seus derivados se encaixavam na 2ª conjugação e mesmo a palavra sofrendo essa
modificação na forma ao longo do tempo ela continuou sendo enquadradada pela
gramática da língua portuguesa no grupo de 2ª conjugação.
INTERVIR
TIPOS VERBAIS
Ex.: Dar, querer, fazer, sentir, trazer, valer, caber, vencer, vir, extinguir, agredir, cobrir.
OBS: Existem tempos primitivos que são aqueles que originam outros tempos. Os
tempos primitivos que temos na língua portuguesa são presente e pretérito perfeito.
Dar = dei; fazer = faço; sentir = sinto; trazer = trago; valer = valho; caber = caibo;
vencer = venço; vir = venho.
Eu quis
Tu quiseste
Ele quis
Nós quisemos
Vós quiseste
Eles quiseram
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Verbos – tipos (parte 2)
OBS: por causa de um vocábulo arcaico os verbos terminados em “or” são encaixados
na 2ª conjulgação. Usa-se uma palavra que não existe mais (poer) para justificar a
inclusão desse grupo de palavras na 2ª conjugação.
IR - presente do indicativo
Eu vou
Tu vais
Ele vai
IR – pretérito perfeito
Eu fui
Tu foste
Ele foi
1
4. Defectivos: são verbos que não apresentam conjugação completa, ou seja,
possuem algumas falhas na conjugação. Têm em comum a característica de não
serem conjugados na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo, em nenhuma
das pessoas do presente do subjuntivo e do imperativo negativo.
Ex.: Reaver, precaver-se, banir, florir, adequar, computar, abolir, colorir, demolir,
comedirse, foragir-se, delinquir, explodir.
2
O particípio pode ser regular ou irregular (cantar = cantado; beber = bebido; vender =
vendido). Esse “ado” e “ido” normalmente são usados para os verbos regulares. E o
final como “go”, “to”, “so” como o final do impresso são usados para aqueles verbos
que aprensentam o particípio irregular (ex.: fazer = feito; abrir = aberto;).
Existem verbos que tem só o regular, existem poucos que apresentam só o regular e
existem alguns que são abundantes (tem o regular e o irregular).
Há gramáticos que dizem que pagar, ganhar e gastar não precisam ser usados com
tantos critérios. Eles falam que a gente não precisa falar tinha pagado dá para falar
também tinha pago.
3
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Verbos (vozes e funções pronominais do SE)
- O aluno = sujeito.
- Se a questão é sobre vozes verbais (voz ativa ou voz passiva) pergunta ao sujeito se
ele executa o processo expresso pelo verbo ou se ele é alvo desse processo.
- O aluno desenvolveu alguma coisa ou alguém o desenvolveu?
- Sujeito = agiu = sujeito agente = voz ativa.
- O texto = sujeito.
- Alguém desenvolveu o texto. Alguém foi alvo da ação expressa pelo verbo.
- Sujeito paciente = voz passiva analítica.
- pelo aluno = agente da passiva.
(*) Voz passiva analítica – tem um sujeito paciente, tem uma locução verbal com o
principal no particípio e pode ser que apareça ainda outro termo sintático que vai
receber o nome de agente da passiva.
Atenção! O agente da passiva NÃO é obrigatório para que haja a voz passiva
analítica. Ex.: O texto foi desenvolvido.
OBS: agente da passiva, na maioria das vezes, é formado pela preposição por
contraído ou não com artigos (por + a = pela; Por + o = pelo).
TRANSPOSIÇÃO DE VOZES
OBS: atenção ao tempo do verbo. Analisa o tempo do verbo na voz ativa e percebe se
lá na voz passiva esse tempo foi preservado.
Desenvolveu-se o texto.
O texto foi desenvolvido.
“SE” – Partícula apassivadora.
OBS: para que haja voz passiva em geral é necessário a presença de um verbo
transitivo direto. É necessário a presença de um verbo transitivo direto ou direto e
indireto porque precisa de um objeto direto de voz ativa que seja capaz de se
transformar em sujeito paciente (na voz passiva).
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Verbos (vozes e funções pronominais do SE) – Parte 2
Concordância:
O sujeito é quem manda sendo ele agente ou paciente. Se ele estiver no singular o
verbo fica no singular, se o sujeito estiver no plural o verbo vai para o plural.
OBS: Além do “se” aparecer como pronome apassivador nessas construções de voz
passiva sintética, ele também poderá aparecer como índice de indeterminação do
sujeito.
O que vai nortear a distinção entre CPA (pronome apassivador) e o CPIS (índice de
indeterminação do sujeito) é a transitividade do verbo. A voz passiva em geral
acontece com verbos que têm transitividade direta, já o índice de indeterminação do
sujeito acontece com verbos que tenham outras transitividades (ex.: verbo transitivo
indireto, verbo de ligação).
OBS: O objeto indireto só aparece repetido da voz ativa para a voz passiva, tem uma
posição coadjuvante. Ele é objeto indireto na voz ativa e também é objeto indireto na
voz passiva. Porque o que interfere realmente na construção da ativa para a passiva é
objeto direto que se transforma em sujeito paciente.
Então, tanto faz se o objeto indireto vai aparecer, ele não vai sofrer interferência de
ninguém e também não vai interferir em nada.
OBS2: Na voz passiva o que está depois do “se” é sujeito, então ele que manda. O
verbo concorda com tudo que o sujeito faz (no singular ou no plural). Já na
indeterminação do sujeito o verbo não concorda com ninguém porque o sujeito é
indeterminado. Sendo indeterminado o sujeito o verbo fica invariável, o que significa
dizer que o verbo fica na 3ª pessoa do singular.
Na voz passiva o verbo concorda com quem que está depois do “se” (o sujeito) e aqui
quando o sujeito é indeterminado pelo “se” o verbo fica invariável (não vai para o plural
nem vai mudar a forma para concordar com quem está depois do se).
O sujeito além de agir pode receber a ação expressa pelo verbo e isso pode se dar
pela reflexividade ou pela reciprocidade.
Ex.: A Cris se beijou (cris beijou ela mesma – significa que o sujeito agiu e foi alvo da
ação verbal) – Aqui é voz reflexiva e o “se” não é pronome apassivador e nem índice
de indeterminação do sujeito, ele é o pronome reflexivo.
Para identificar que esse “se” é pronome reflexivo pode substituir ele por “a si
mesmo/mesma”.
SINTAXE
TERMOS DA ORAÇÃO
Já sabemos que a oração pode ser uma palavra ou pode ser um conjunto de palavras.
A exigência para que para que diga que algo é uma oração é a presença de verbo.
Diferentemente da frase que para ser frase não precisa de verbo (só precisa que uma
palavra ou um conjunto de palavra estabeleça comunicação, transmita mensagem
com sentido dentro de um contexto específico).
Ex.: Sim (quando se fala sim do nada não é frase). Por outro lado, quando vem de
uma resposta de: “Cris, nós vamos estudar sintaxe hoje? – Sim (aqui o sim é frase
porque serviu para responder uma pergunta que foi feita).
Ex.2: Choveu (choveu é frase porque transmite sentido e além de frase é também
considerado oração – presença de verbo).
Dentro das orações pode ser que apareçam certos termos e pode ser que eles não
apareçam. Toda vez que analisamos uma oração primeiro a gente costuma identificar
o verbo (que é a parte essencial da oração). Pelo verbo, a gente costuma identificar o
sujeito (se existir) e também é possível identificar o predicado (aquilo que
complementa o verbo – ou seja o resto da frase).
Além do sujeito e do predicado, pode ser que apareçam também, dentro das orações,
os complementos verbais (objetos), os complementos nominais e o agente da passiva
(sujeito que aje quando o sujeito é paciente).
SUJEITOS
Sujeito é o termo a que o verbo se refere. Se o sujeito estiver no singular o verbo fica
no singular, se for no plural o verbo vai para o plural. O sujeito pode ser agente,
paciente e pode ser as duas coisas também (voz ativa, voz passiva, voz reflexiva e
voz recíproca).
1. Sujeitos determinados
a) Simples: um só núcleo.
Ex.: Fui ao baile – (eu) fui ao baile. Fomos ao baile – (nós) fomos ao baile. Estude –
Estude (você).
Existe uma figura de linguagem na língua portuguesa que recebe o nome de elipse.
Elipse é uma figura de construção que consiste na omissão de uma palavra sem que
essa omissão cause prejuízo a mensagem que será transmitida. Fazendo uma
conexão com o sujeito elíptico é porque justamente sua ausência não prejudica a
mensagem.
2. Sujeitos indeterminados
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Sujeitos (parte 2)
2. Sujeitos indeterminados
Esse ―se‖ só não indetermina verbos transitivos diretos e verbos transitivos diretos e
indiretos.
3. Sujeito inexistente (oração sem sujeito)
As orações sem sujeito são formadas por verbos impessoais e tem como
característica a invariabilidade.
OBS: O verbo existir e o verbo acontecer NÃO são impessoais, são verbos comuns da
língua portuguesa. Então, se eles forem usados nessas frases sofreriam flexões para
concordar com o sujeito.
OBS2: quando o verbo haver aparecer como verbo principal da locução ele contagia o
auxiliar fazendo com que toda locução fique invariável.
OBS3: fazer/haver quando indicam tempo passado costumam ser usados de maneira
inadequada por várias pessoas no dia a dia. Tanto o haver quanto o fazer ficam
invariáveis quando indicam tempo decorrido. Ex.: Faz dois anos que o vejo. Ex.2: Há
dois anos.
4. Sujeito ORACIONAL
- O que que é meu sonho? = passar no concurso. – Isso aqui é o termo a que o verbo
se refere, portanto é o sujeito. Só que quando há a presença de um verbo dentro de
um termo, ele deixa de ser termo e passa a ser oração.
TRANSITIVIDADE
Para que o verbo seja de ligação não basta que ele faça parte desse grupo é
necessário observar se esse verbo está ligando característica ou estado atribuída ao
sujeito.
Eu estou animada.
“em Belo Horizonte” é uma expressão de lugar e não uma característica, qualidade ou
estado que se atribui a algo ou alguém.
Estou – verbo significativo
Eu paguei a passagem.
Eu paguei ao cobrador.
- Paga a quem? Ao cobrador. Dessa vez o verbo não foi direto para o objeto. Entre o
pagar e o alguém apareceu o “a”. Esse “a” é proveniente da regência do verbo pagar
quando a complementação é feita por pessoa.
- O verbo aqui é classificado como transitivo INDIRETO e “ao cobrador” é objeto
indireto ou complemento verbal indireto.
- Dessa vez quem paga não só paga algo como também paga a alguém. Esse verbo
tem dois complementos: um complemento verbal direto (objeto direto) e um
complemento verbal indireto (objeto indireto).
- O verbo é transitivo direto e indireto ou também chamado de bitransitivo.
O verbo intransitivo quando aparece fazendo uma dessas perguntas tem a sua ideia
modificada (complementada) por advérbios, locuções e expressões adverbiais. Na
sintaxe recebem o nome técnico de adjunto adverbiais.
- Surgiu onde? Na cabeça dele (expressão adverbial de lugar e na sintaxe vai ser
classificado tecnicamente como adjunto adverbial).
- Estar aqui é verbo significativo mas ele não é transitivo porque ele não faz as
perguntas “O que? E quem?” para ter como resposta alguma coisa ou alguma pessoa.
- Aqui o verbo estar faz a pergunta: “Onde?” Quando o verbo é significativo e faz a
pergunta “Onde?” significa que é classificado como verbo significativo do tipo
intransitivo. E aí aquilo que serviu para dar a resposta a essa pergunta passa a ser
classificado sintaticamente como adjunto adverbial de lugar.
OBS: o adjunto adverbial existe sem o verbo intransitivo porque o advérbio, a locução
ou expressão adverbial podem aparecer em qualquer tipo de oração (oração em que o
verbo seja de ligação, transitivo ou intransitivo. Independentemente da oração em que
o advérbio ou locução aparecer eles serão classificados como adjunto adverbiais).
Questão:
Atenção:
Dica: quando a questão for sobre análise sintática e tiver em dúvida se aquele termo é
um sujeito posposto ao verbo ou se aquilo é um complemento do verbo (objeto
direto/indireto) deve colocar aquele termo que gera dúvida no plural – se o verbo
também for para o plural para acompanhar a flexão deste termo gerador de dúvidas
então sabe que aquele termo é sujeito.
E para garantir ainda mais que aquilo é mesmo um sujeito pode colocar a oração na
ordem direta, começando pelo sujeito e depois pelo verbo.
Exemplos:
Questão:
AGENTE DA PASSIVA
Quando tem uma oração composta com sujeito paciente nós a chamamos de oração
na voz passiva e quando se tem a voz da passiva é necessária a presença do sujeito
paciente.
OBS2: Agentes da passiva na maioria das vezes são introduzidas pela preposição
“por” que contraída com “a” vira “pela” e com “o” “pelo”. Mais raramente o agente da
passiva é introduzido por pela preposição “de” que é passível de ser substituída pela
preposição “por” do mesmo jeito.
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Tipos de predicado e objetos peculiares (parte 1)
(!) Existe oração sem sujeito, mas não existe oração sem predicado.
Exemplos:
Choveu
- Sujeito inexistente
- Choveu = predicado
Eu passarei no concurso
- Eu = sujeito
- passarei no concurso = predicado
Para um predicado ser verbal ou verbo-nominal vai ter um verbo significativo (que
pode ser transitivo ou intransitivo). Quanto ao predicado nominal o que vai representar
sua força é o predicativo.
PREDICADO NOMINAL
PREDICADO VERBAL
- O turista = sujeito
- Caminhava = verbo significativo
- Quem caminha caminha onde? Na praia = adjunto adverbial de lugar.
PREDICADO VERBO-NOMINAL
Obs: O aluno estava atento no momento em que fez a prova. Aqui além de um verbo
significativo também tem também um predicativo que é atribuído ao sujeito que é essa
característica transitória atribuída ao aluno.
DICA: para diferenciar adjetivo de advérbio troca a flexão do sujeito para o feminino
(ou no plural), porque se flexionar o sujeito e perceber que a palavra se flexionou
também, já sabe que aquela palavra não é um advérbio porque advérbio não varia. Se
a palavra flexionar será um predicativo (quando ele pertence a classe gramatical dos
adjetivos) que faz parte de um predicado verbo-nominal.
PREDICATIVO VERBO-NOMINAL
(!) DICA: Para saber que o adjetivo exerce a função de predicativo do objeto e não de
adjunto adnominal você vai substituir esses objetos diretos por pronomes oblíquos
átonos (ex.: o, a, no, na, lo, la) se a frase continuar transmitindo mesmo sentido você
vai saber que esse termo no final é realmente um predicativo do objeto.
O aluno achou a prova fácil.
O aluno achou-a fácil.
OBS: aqui fácil deixa de ser uma qualidade/característica transitória atribuída a prova
e passa a ser uma caracterização fixa (é uma qualidade inerente ao objeto prova).
Aqui não tem predicativo do objeto, mas uma adjunto adnominal.
Questão:
Chorar um choro parece pleonasmo, mas para que não haja um pleonasmo vicioso
você pode usar uma especificação desse choro porque aí a redundância deixa de
existir. Ex.: chorou um choro sincero.
Às vezes a gente constrói o objeto direto preposicionado por um outro motivo para dar
ideia de parte, porção, para enaltecer esse objeto e às vezes por motivo estético
realmente.
MACETE: Tirar a preposição que está entre o verbo e o objeto se a frase continuar
fazendo sentido, significa que aquela preposição só foi colocada por um motivo então
deve ser um caso de objeto direto preposicionado. Diferente do que ocorre quando se
tira a preposição em frases que possuem o objeto indireto, a frase fica parecendo uma
construção agramatical, diferente, estranha.
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Orações coordenadas (parte 1)
PERÍODO COMPOSTO
ORAÇÕES COORDENADAS
Ex.: O homem sonha, Deus realiza. – Oração assindética – entre a primeira oração e
a segunda oração não foi empregada a conjunção, por isso que diz que elas são
orações coordenadas assindéticas.
QUESTÃO:
A) coordenada assindética
B) coordenada sindética aditiva
C) coordenada sindética alternativa
D) coordenada sindética conclusiva
E) coordenada sindética explicativa
Gabarito: Letra A.
(IBADE – 2019 – ARACRUZ – INSTRUTOR)
OBS: A ideia de adição lembra soma. É legal pensar que existe a possibilidade de
usar uma conjunção ou uma série correlativa aditiva para expressar uma noção de
soma entre orações que fazem parte de um período composto.
OBS2: Caso menos comum que cai pouquissímo em provas são as orações
coordenadas que são verbos repetidos e que aparecem ligados pelo “que” (que
funciona como conjunção aditiva). Ex.: Corria que corria.
OBS3: Séries correlativas aditivas enfáticas. Cada parte do nome indica uma coisa.
Ex.: Ele não veio e nem telefonou. Ex2.: Ele não só faltou como também não avisou.
Essas expressões se correlacionam, uma puxa a outra. É série correlativa enfática
porque dá enfâse, mais realce, mais destaque.
PONTUAÇÃO
– Nesse caso, não faz o uso de vírgula porque o “e” e o “nem (com valor de não)”
estão se referindo a um sujeito que tem o mesmo referente (de acordo com a maioria
dos gramáticos).
– Há gramáticos que usam com vírgula e outros que usam sem. Mas a maioria dos
gramáticos usam essa construção com vírgula.
ATENÇÃO:
Quando o sujeito da primeira oração for diferente da segunda, a vírgula passa a ser
possível antes do “e”.
QUESTÃO:
“O lixo é caro, gasta energia, leva tempo para decompor e demanda muito espaço.”
O trecho extraído do texto faz uso de um recurso sintático que deixa o texto mais
coeso. Trata-se do recurso de:
A) subordinação adjetiva.
B) coordenação assindética.
C) coordenação assindética e sindética.
D) coordenação sindética.
E) subordinação adverbial.
Gabarito: Letra C.
(IBADE – 2018 – CAERN – TÉCNICO)
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Orações coordenadas (parte 2)
OBS: Alguns gramáticos falam que quando o “ou” da ideia principalmente de exclusão
ele pode ser considerado uma palavra de valor injuntivo.
OBS2: A única conjunção que se aparecer uma única vez já é considerada uma
palavra que dá ideia de alternância é o “ou”.
QUESTÃO:
Em: “não querem passar a última fase da vida entre desconhecidos OU SER UMA
CARGA PARA OS FILHOS.”, a oração destacada é classificada como:
Gabarito: Letra D
A maioria das conjunções adversativas são intercambiáveis, ou seja, onde cabe uma
cabe a outra sem que você tenha que fazer que a oração sofra outras alterações.
Quando aparecem no início da oração classificada como adversativa ela pode ser
substituída por qualquer outra conjunção que está no quadrinho vermelho acima.
O “e” que tem mais a natureza de adição pode ser empregado como conjunção
adversativa ou com valor adversativo quando estiver quebrando a expectativa gerada
pela informação da primeira oração. Ex.: Ele me deve, e não paga.
QUESTÃO
Uma mulher de 21 anos foi presa em flagrante pela Polícia Civil da Paraíba porque
teria visto o filho de três anos se afogar em uma piscina no município de Mari (PB), a
77 quilômetros de João Pessoa, e não o socorreu. A oração sublinhada no período
acima se classifica como
Gabarito: Letra A.
(IDIB – 2019 – PREF. DE PETROLINA/PE – GUARDA CIVIL)
As orações coordenadas sindéticas explicativas são iniciadas na vida prática pelo
“porque”.
Se usar um verbo no imperativo na primeira oração que é aquele que aquele verbo
utilizado para dar ordem, fazer conselhos, pedidos e proibições já sabe a oração
introduzida por esse “porque”, “pois”, “que” ou “porquanto” é uma oração coordenada
sindética explicativa. Ex.: Fique quieto, porque quero estudar.
ATENÇÃO!
Lá dentro do período composto por subordinação, nós temos as adverbiais e dentro do
universo das adverbiais nós temos as causais. As orações subordinadas adverbiais
causais também podem ser introduzidas por “pois”, “porque”, “porquanto” além de de
outras conjunções ou locuções conjuntivas.
A noção de causa é mais fácil de ser identificada do que a noção de explicação, então
primeiro olha se a oração dá ideia de causa. Se ela não der ideia de causa por
eliminação vai na explicação.
Gabarito: Letra B.
(CETREDE – 2016 – PREF. DE ITAPIPOCA/CE – PROCURADOR)
As orações conclusivas são aquelas que, na maioria das vezes, são introduzidas pelo
“portanto”.
Atenção! “Destarte” e “Dessarte” são palavras que não são inicialmente conjunções,
mas estão sofrendo processo de gramaticalização porque estão sendo usadas com
valor de “portanto”.
O “pois” quando está deslocado para o meio da oração entre vírgulas também é uma
conjunção conclusiva.
QUESTÃO
Gabarito: Letra A.
IBADE – 2017 – PREF. DE RIO BRANCO/AC - PROFESSOR)
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Período simples: complementos nominais e adjuntos adnominais
COMPLEMENTO NOMINAL
Se a banca grifar “essencial” ou “essencial para os bebês” diz que esse termo é o
predicativo do sujeito. Se a banca grifasse o verbo de ligação junto com o predicativo
do sujeito seria um predicado nominal.
Por outro lado, se a banca grifasse só “para os bebês” seria uma nova análise. Leite
materno não é essencial, ele é essencial para os bebês. Então, “para os bebês” serve
para complementar o sentido da palavra essencial. Morfologicamente “essencial” é um
adjetivo.
Se a banca grifar o verbo + adjunto adverbial de modo = predicado verbal (porque tem
verbo nocional sem a presença de predicativo).
Se a banca só grifar “ao povo” deve se analisar que o “ao povo” complementa o
sentido do favoravelmente que é um advérbio. E é bom lembrar quem aparece na
língua portuguesa complementando advérbios por meio de um termo preposicionado é
o complemento nominal.
ATENÇÃO
Os pronomes oblíquos átonos na grande maioria das vezes quando são cobrados em
questões de provas de concurso são analisados pelo ponto de vista da
complementação verbal.
O “lhe” como complemento verbal funciona como objeto indireto e o “o” e o “a” como
complementos verbais funcionam como objetos diretos e o “me, te, se, nos, vos”
podem ser objetos diretos ou indiretos dependendo da transitividade do verbo.
Mas, raras vezes, esses termos também podem aparecer como complementos
nominais.
Ex.4: Fui-te fiel (apesar de ser mais comum as pessoas falarem: fui fiel a ti/a ele/a
você).
- (eu) = sujeito oculto.
- fui = verbo de ligação
- fiel = predicativo do sujeito.
ADJUNTO ADNOMINAL
OBS: o núcleo do sujeito é “meninas” e todos os outros termos que compõem esse
sujeito são especificação desse substantivo.
O artigo (As) determina o substantivo concordando com ele em gênero e número tanto
é que esse “As” é um artigo que está produzindo uma ideia de definição em relação ao
substantivo “meninas”.
Alguns gramáticos também defendem que os pronomes oblíquos átonos assim como
podem ser complementos verbais, também podem ser complementos nominais podem
ainda exercer a função de adjuntos adnominais quando tem valor de pronomes
possessivos.
OBS: Quando tem uma locução adjetiva que equivale a um adjetivo é um adjunto
adnominal. Ex.: Amor de mãe = amor materno; Aulas da noite = aulas noturnas. Essas
locuções adjetivas que costumam ter adjetivos correspondentes já são sintaticamente
adjunto adnominais porque toda locução adjetiva é adjunto adnominal.
QUESTÕES
Gabarito: Letra B.
Fonte: Ano: 2023 Banca: IBFC Órgão: Prefeitura de Cuiabá - MT Provas: IBFC - 2023
- Prefeitura de Cuiabá - MT - Enfermeiro
Gabarito: Letra B.
Fonte: Ano: 2023 Banca: IBFC Órgão: SEC-BA Prova: IBFC - 2023 - SEC-BA -
Professor da Educação Básica - Língua Portuguesa
Gabarito: Letra B.
Fonte: Ano: 2022 Banca: IDECAN Órgão: TJ-PI Prova: IDECAN - 2022 - TJ-PI –
Psicólogo
APOSTO E VOCATIVO
APOSTO
É aquele termo que serve para explicar, esclarecer, desenvolver e serve também para
resumir, nomear, enumerar. Embora o aposto possa apresentar todas essas funções
existe aquela que é a que mais aparece em prova de concurso que é a função de
explicar.
Quando se tem um aposto você percebe que a intenção do autor que fez uso dele é a
de trazer informação além daquela que a gente julga ser a fundamental.
- “Tudo, todo, nada, ninguém” são palavras que morfologicamente funcionam com
pronomes indefinidos com valor de generalização e que aqui sintaticamente estão
resumindo termos que já foram citados. Portanto, sintaticamente funcionam como
aposto que pode ser chamado de resumitivo ou recapitulativo.
Edriene e Liliane me encantam: esta pela ternura e aquela pela bravura. (distribui)
Ele é um termo isolado da oração que serve para invocar, chamar o interlocutor.
Ex.: Alunos, fiquem atentos!
OBS: o vocativo é o termo utilizado para invocar o termo interlocutor. O vocativo exige
o uso de pontuação. Se ele tiver no início da oração deve usar a vírgula (,) só depois.
Se o vocativo estiver no final a vírgula vem antes. Mas se o vocativo estiver deslocado
para o meio da oração é vírgula antes e vírgula depois.
Atenção!
Tanto o aposto explicativo quanto o vocativo exigem o uso de pontuação, só que são
justificativas diferentes.
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Período simples: pontuação
PONTUAÇÃO
A ordem direta ou canônica entende que uma frase completa é composta de sujeito,
verbo, complementos e adjuntos nesta ordem. De modo geral não se usa a vírgula
para separar esses termos quando eles estão dispostos nessa ordem direta.
Eu = sujeito.
amo = verbo transitivo direto
sorvete = objeto direto
de morango = adjunto adnominal
OBS: não se deve usar a vírgula para separar o sujeito do verbo, nem o verbo do
objeto nem o nome do seu adjunto adnominal quando eles estiverem dispostos na
ordem direta.
Ele = sujeito
fez = verbo transitivo direto
um pedido = objeto direto
de socorro = complemento nominal
Eu estou animada.
- Aqui a vírgula foi usada para marcar a omissão desse verbo (gosto). Essa é uma das
funções da vírgula que é marcar a omissão ou elisão de verbos.
Exemplos:
! Se retirar as vírgulas o termo deixa de ser um predicativo do sujeito nessa frase (Os
alunos, atentos, fizeram a prova).
Aquele “que” que inicia uma oração substantiva é chamado de conjunção integrante, já
o “que” que inicia uma oração adjetiva é chamado de pronome relativo.
- É possível substituir a informação de uma oração inteira pela palavra “isso”. Então,
consigo concluir que essa oração é uma oração substantiva e por consequência
também que esse “que” é uma conjunção integrante.
O “que” que é pronome relativo é passível em geral de ser substituído pelo “qual” e as
suas formas variáveis. E se conseguir essa substituição é possível concluir que aquela
oração encabeçada por esse “que” é uma oração adjetiva.
OBS: essa frase não tem objeto direto. A oração substantiva inteira que faz o papel de
objeto direto do verbo da oração principal, por isso que ela é subordinada, ela se
subordina sintaticamente a um termo da primeira oração.
Ele = sujeito
sabe = verbo transitivo direto
se virá hoje = faz papel de objeto direto.
A Cris = sujeito
Lembrou = verbo transitivo indireto
de que se desfez daquela roupa = essa oração inteira faz papel de objeto indireto.
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Orações subordinadas substantivas e adjetivas (parte 2)
Aqui tem uma oração inteira que serve para explicar/esclarecer a ideia de uma palavra
colocada na oração principal. Estamos diante de uma oração inteira que faz papel de
aposto.
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
O namorado da Carol que é médico virá aqui. --- oração adjetiva restritiva
O namorado da Carol, que é médico, virá aqui. --- oração adjetiva explicativa
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Orações adverbiais (parte 1)
OBS: como, na medida que, já que, visto que são todas as expressões, além das do
quadrinho vermelho, que podem iniciar orações que expressam a noção de causa em
relação a uma informação que está presente na oração em que se liga (que
normalmente é a oração principal).
Ex.:
OBS: As gramáticas não deixam muito claro sobre o uso da vírgula. Em geral usa-se
vírgula nas orações subordinadas adverbiais quando estão dispostas na ordem direta.
Por outro lado, quando houver o deslocamento da frase a vírgula passa a ser
obrigatória.
QUESTÃO
Em: “Além disso, COMO ELES SÃO CRIADOS EM LABORATÓRIO, seu DNA pode
ser monitorado.", a oração destacada expressa ideia de:
a) condição. Se/caso
b) consequência que
c) tempo quando
d) causa porque
e) concessão embora
Gabarito: Letra C
(FUNCAB – 2015 – CFR/RO – ASSIST. ADM)
CONSECUTIVAS
OBS: As orações subordinadas adverbiais consecutivas na grande maioria das vezes
em provas de concurso vem introduzidas pelo “que”.
Quando se usa o “que” para expressar uma ideia de consequência em relação a outro
fato que normalmente está expresso na oração principal, a gente consegue imaginar a
expressão “em consequência disso” subentendida.
2ª estratégia:
Na grande maioria das vezes a oração principal que se liga a essa oração que é
consecutiva vem com uma palavra iniciada com a letra “t” (tal, tão, tanto e tamanha).
QUESTÃO
“Lidamos com tantas combinações desse tipo, que já se fala de uma nova categoria
(...)”
Gabarito: Certo
(CESPE – 2014 – CÂMARA DOS DEPUTADOS – ANALISTA LEGISLATIVO)
CONFORMATIVAS
Então, é comum que as pessoas digam assim: “Conforme resultado das pesquisas
divulgadas pela Universidade tal”, “Segundo o autor fulano de tal”, “Como afirma a
empresa/testemunha”, “Consoante as informações prestadas pela vítima”.
OBS: Chamando a atenção do como ter sido utilizado no primeiro exemplo de orações
adverbiais porque ele pode ser uma conjunção causal e agora ele ta sendo mostrado
que pode ser também uma conjunção conformativa.
CONCESSIVAS:
OBS: a principal conjunção concessiva é o embora. E ainda que embora não seja
utilizado ele é passível de ser substituído por outras conjunções e locuções de mesmo
valor semântico.
OBS: onde cabe a conjunção concessiva não cabe a conjunção adversativa porque
são construções sintáticas diferentes.
OBS2: Quando a oração é adverbial concessiva o verbo em torno da qual essa oração
se organiza está sempre no subjuntivo.
QUESTÃO
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III
“As informações sensíveis a que temos acesso, embora restritas, não comprometeram
nossa sobrevivência no laboratório da vida”. Mantendo-se a correção e a lógica, sem
que nenhuma outra alteração seja pela feita na frase acima, o elemento sublinhado
pode ser corretamente substituído por:
a) conquanto
b) contanto que
c) entretanto
d) porém
e) no entanto
QUESTÃO
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III
Gabarito: Letra C
(FUNDATEC – 2018 – PC/RS - DELEGADO)
“As informações sensíveis a que temos acesso, embora restritas, não comprometeram
nossa sobrevivência no laboratório da vida”. Mantendo-se a correção e a lógica, sem
que nenhuma outra alteração seja feita na frase acima, o elemento sublinhado pode
ser corretamente substituído por:
a) conquanto
b) contanto que
c) entretanto
d) porém
e) no entanto
Gabarito: Letra A
(FCC – 2013 – TRT 12ª REGIÃO)
CONDICIONAIS
Ex.: Se vocês decorarem essa matéria e também entenderem, não há como errar uma
questão de período composto.
Ex2: Se vocês estudarem muito, passarão em um concurso.
OBS: O “caso” e o “se” tem a mesma função semântica (mesmo sentido) só que será
necessário o ajuste do verbo quando vai usar um ou outro.
Ex.: Se vocês estudarem, passarão no concurso.
Ex.2: Caso vocês estudem, passarão no concurso.
QUESTÃO
Em “...e que elas não estarão sozinhas se optarem por uma carreira científica.”, o
termo SE introduz uma oração subordinada de valor adverbial:
a) final.
b) causal.
c) proporcional.
d) condicional.
e) temporal.
Gabarito: Letra D.
(IBADE– 2019 – PREF. DE JARU/RO – ANALISTA
ATENÇÃO: o “como” com valor de “porque” é conjunção causal, o “como” com valor
de “conforme” é conjunção conformativa e o “como” usado para estabelecer
comparação é conjunção comparativa.
Observe as orações: “Mas são longas as conversas do funileiro; são longas como as
ruas em que ele anda...” A relação entre elas é de:
a) Causa.
b) Conformidade.
c) Comparação.
d) Consequência.
e) Condição.
Gabarito: Letra C.
(CONSULPLAN – 2010 – PREF. DE GUAXUPÉ - ADVOGADO)
FINAIS
OBS: por mais estranho que pareça o “porque” já foi utilizado arcaicamente com o
objetivo de substituir o “para que”. Ex.: eu estudo porque seja aprovado. Apesar de
arcaica essa construção ainda é registrada em gramáticas atuais.
QUESTÃO
“O SUS corre o risco de se tornar inviável? O que precisa ser feito para que não ocorra
um colapso no sistema público?”
À oração “para que não ocorra um colapso no sistema público” é atribuída a ideia de
consequência.
Gabarito: Errado.
(CESPE – 2013 – MINISTÉRIO DA SAÚDE- ADM.)
TEMPORAIS
A ideia do tempo pode ser expressa por um advérbio de tempo, por uma locução
adverbial ou por uma oração inteira que expressa a ideia do tempo que alguma coisa
aconteceu.
QUESTÃO
No trecho “Contudo, quando os acontecimentos não são dos melhores, o que todos
querem é esquecer.”, a oração em destaque classifica-se como subordinada
A) adverbial condicional.
B) adverbial modal.
C) adverbial temporal.
D) adjetiva explicativa.
E) adjetiva restritiva.
Gabarito: Letra C.
(CESPE – 2013 – MINISTÉRIO DA SAÚDE- ADM.)
PROPORCIONAIS
OBS: sendo linear ou inversa teremos a ideia de proporção.
QUESTÃO
É claro que, à medida que nosso corpo, nosso cérebro e nossas ferramentas
evoluíam, evoluiu também nossa habilidade de modificar radicalmente o ambiente. A
noção introduzida pelo segmento grifado é de
a) consequência.
b) proporcionalidade.
c) finalidade.
d) temporalidade.
e) explicação.
Gabarito: Letra B.
(FCC – 2013 – DPE/SP- OFICIAL DA DEFENSORIA PÚBLICA
MODAIS
Não há registros da NGB (nomenclatura gramatical brasileira oficial) das orações
subordinadas adverbiais modais.
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Orações reduzidas e função sintática dos relativos (parte 1)
ORAÇÕES REDUZIDAS
OBS: Boa parte de todas as orações estudadas que apresentam conectivos explícitos
podem aparecer na forma reduzida. Isso acontece porque a conjunção, o pronome
relativo e a locução conjuntiva desaparecem. E o verbo que nas orações
desenvolvidas aparece flexionado em algum tempo ou em algum modo, deixa de
aparecer flexionado quando a oração for reduzida e passa a se apresentar em uma
das 3 formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio ou particípio).
1. Reduzidas de infinitivo
a) Substantivas subjetivas
Não convém que proceda assim. – Não convém ISSO.
Não convém proceder assim. (oração subordinada substantiva subjetiva reduzida
de infinitivo)
b) Adverbiais causais
Não vi o filme porque não gostava dos artistas. (Não vi o filme POIS não gostava dos
artistas).
OBS: essas orações podem podem aparecer reduzidas sem a conjunção e com o
verbo no infinitivo, mas para a manutenção do sentido, às vezes, torna-se necessária
a manutenção de uma preposição.
A preposição pode aparecer em uma oração reduzida, o que não pode aparecer é a
conjunção ou locução conjuntiva.
Seu sonho era que passasse no concurso. (Seu sonho era esse/isso).
- Seu sonho = sujeito
- era = verbo de ligação
- que passasse no concurso = predicativo do sujeito.
- que = conjunção integrante
*Oração subordinada substantiva predicativa.
2. Reduzidas de gerúndio
a) Adverbiais causais
b) Adverbiais condicionais
a) Adverbiais causais
b) Adverbiais concessivas
OBS: não necessariamente quando você desenvolve ou reduz uma oração precisa
manter os termos na mesma ordem. Às vezes é necessário fazer um ajuste ou outro
para deixar a frase mais natural.
c) Adverbiais temporais
QUESTÃO
“Ao coletar um dado, as empresas deverão informar a finalidade da coleta.”
No período em que se insere no texto, a oração “Ao coletar um dado” exprime uma
circunstância de
a) causa.
b) modo.
c) finalidade.
d) explicação.
e) tempo.
Gabarito: Letra E.
CESPE – 2020 – TJ/PA – ANALISTA JUDICIÁRIO
“Que fique claro: não tenho nenhuma intenção de difamar ou condenar o passado para
absolver o presente, nem de deplorar o presente para louvar os bons tempos antigos.”
Gabarito: Correto.
CESPE – 2019 – PGE – ANALISTA JUDICIÁRIO
“Entretanto, a coisa é menos fácil do que parece. A postura impõe multa aos que
jogam entrudo, e, não podendo o infrator pagar a multa, sofrerá “dois a oito dias de
prisão”(...)”
Gabarito: Errado
CESPE – 2006 – CLDF – REVISOR DE TEXTOS
FUNÇÃO SINTÁTICA DO RELATIVO “QUE”
OBS: Aqui todos os “que” são pronomes relativos passíveis de serem substituídos
pelo “qual”.
Dica: substituir o “que” pela palavra ou termo retomado, colocar entre dentro
da oração seguinte, colocar a oração em ordem direta, descobrir a função
sintática do termo e assim descobrir a função sintática do “que”.
O “que” pode ser: adjunto adverbial de lugar, agente da passiva e também pode fazer
o papel de predicativo do sujeito.
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Regência (parte 1)
REGÊNCIA
É a parte da gramática que analisa o termo regente (que aqui vai ser o verbo) e o
termo regido (que é aquele que vai complementar ou então modificar a ideia expressa
pelo verbo).
Assistir aqui é um verbo significativo que não tem a sua ideia complementada por
objetos, na verdade quem assiste aqui assiste “onde/em algum lugar”.
Quando o verbo significativo não faz perguntas e tem a ideia completa nele mesmo ou
então ele pergunta coisas do tipo: “Como”, “onde”, “por quê”? essa resposta é dada
por adjuntos adverbiais de lugar.
OBSERVAÇÃO
Quando eles complementam objeto representante de coisa, esse “algo” vai fazer parte
papel de objeto direto. Quando eles complementam um objeto representante de
pessoa, esse alguém vai fazer papel de objeto indireto.
ATENÇÃO!
Mas alguns estudiosos mais recentes disseram que essa frase torna-se admissível se
nós imaginarmos que o “pelas mensagens” não é um objeto indireto incorreto e sim
um adjunto adverbial de causa.
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Regência (parte 2)
REGÊNCIA (continuação)
*Fofoqueiros.
Diferente dos verbos “pepa”, nos verbos “fofoqueiros” pode fazer a inversão sendo a
pessoa objeto direto e a coisa sendo objeto indireto. A coisa pode ser objeto indireto
desde que a pessoa seja objeto direto.
ATENÇÃO: não se deve usar “preferir mais” porque é uma construção condenada
pela maioria dos gramáticos que menciona essa possibilidade de construção porque
há um entendimento que preferir já significa “gostar mais”. Então esse “gostar mais” de
alguma maneira geraria redundância.
E segundo não se usa “do que” antes da coisa preterida. Usa-se a preposição “a”
apenas. Pela norma culta deve dizer: Eu prefiro doce a salgado.
A frase significa dizer que prefere doces de modo geral a salgados de modo geral.
Porque não fez uso de artigo definido antes do substantivo. Se não fez uso do artigo
definido que delimita a ideia expressa pelo substantivo significa que a intenção foi usar
essas palavras no sentido genérico.
Aqui cria-se a ideia de restrição em relação a ideia expressa pelo substantivo nesse
contexto.
OBS: não confundam o verbo almejar e desejar com o verbo aspirar no sentido de
desejar/almejar. O desejar e o almejar são transitivos diretos (quem deseja deseja
algo. Quem almeja almeja algo).
ATENÇÃO: existem algumas gramáticas que permitem não usar a preposição depois
do verbo visar no sentido de almejar, desejar, ter em vista quando há a utilização de
um verbo no infinitivo logo depois desse verbo.
Ex.: Visando melhorar as condições do clube, estamos em obras.
OBS: Quando o sujeito for algo inanimado torna-se possível a satisfação (pode
satisfazer), mas não pode agradar no sentido de fazer um agrado ou fazer um carinho.
CONCORDÂNCIA NOMINAL
A regra geral da concordância diz que os termos determinantes têm que concordar
com o determinado em relação ao gênero e número. Essas palavras especificadoras
concordarão em gênero e em número com este substantivo a que se referem.
Dois substantivos e um adjetivo que exerce a função de adjunto adnominal. Tem haver
com a ordem que esse adjetivo ocupa em relação aos substantivos. Se o adjetivo
estiver antes do substantivo ele só vai poder concordar com o mais próximo, agora se
colocar o adjetivo depois do substantivo ele pode continuar concordando com o mais
próximo, mas ele também pode concordar com os dois.
Coloca o predicativo do sujeito para concordar com todos os núcleos que fazem parte
desse sujeito. Já que o sujeito tem genêros diferentes deve-se usar o adjetivo que
exerce a função de predicativo do sujeito no masculino e no plural indicando essa
neutralidade e também a pluralidade.
Cuidado! No primeiro caso o adjetivo exerceu a função de adjunto adnominal que são
termos determinantes do substantivo. No segundo caso o adjetivo “deserta” só que
exercendo a função sintática de predicativo do sujeito.
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Aula: Concordância nominal
Aqui não vai se analisar a posição como se fez na regra 1 e na regra 2, dessa vez vai
olhar outros aspectos. Primeiro, pode usar o substantivo no singular ou no plural mas
vai haver uma variação na determinação dos adjetivos que se referem a esse
substantivo.
Palavras como “muito”, “pouco” “bastante” ora podem ser advérbios e ora podem ser
adjetivos. Quando essas palavras forem adjetivos, pronomes, numerais elas
concordarão com o substantivo a que se refere porque isso diz respeito a natureza
dessas classes gramaticais. Por outro lado, quando elas forem classificadas como
preposição, conjunção ou advérbios não vão poder sofrer flexão.
Nessas construções “caro” e “barato” são adjetivos e concordam com o termo a que se
refere. A partir do momento que aparecer o verbo “custar”, “caro” e “barato” deixam de
variar.
Ex.2:
Esta blusa custa caro.
Estas blusas custam caro.
Este anel custa caro.
Estes anéis custam caro.
“MEIO”
Pode indicar metade, quando é numeral e indica metade, portanto como numeral o
adjetivo deve concordar com o substantivo a que se refere.
Ex.:
Comi meia maçã.
Ela está meio desconfiada (aqui tem o “meio” não para indicar a metade da menina e
sim para falar que não está nem muito nem pouco. Dá uma intensidade mediana em
relação ao adjetivo “desconfiado”).
“SÓ”
“A sós” é uma expressão que não varia! Também não variam as expressões: “menos”,
“em anexo”, “a olhos vistos”.
Se, em vez de dizer “em anexo” como expressão, usar o adjetivo “anexo” sem o “em”
seria diferente. O “anexo” então concordaria com o termo a que se refere. Ex.: os
documentos seguem anexos.
OBS: alguns gramáticos que citam essa regra dizem que quando nós fazemos o uso
de substantivos adjetivados, esses substantivos adjetivados não sofrem flexão.
Ex.: Ele é um funcionário fantasma.
Ex.2: Aquela firma possui funcionários fantasma.
Ex.3: Aqueles filhos prodígio.
Disciplina: Português
CONCORDÂNCIA VERBAL
O verbo principal se apresenta em uma das formas nominais do verbo que são:
infinitivo, gerúndio e particípio. Já o verbo auxiliar é o responsável pela flexão da
locução inteira.
Existem casos em que o verbo auxiliar é flexionado e que o verbo principal também
sofre uma flexão de gênero e de número. Isso acontece em frases em que há a
construção de uma locução verbal com o principal no particípio e há ali um sujeito
paciente (construção de voz passiva).
Ex.: A atividade foi desenvolvida pelo aluno. O texto foi desenvolvido pelo aluno.
OBS3: Quando tiver um sujeito simples com o um núcleo só, mas esse sujeito estiver
especificadores no plural tipo um complemento nominal, adjunto adnominal a
concordância vai ser com o núcleo do sujeito (com o substantivo determinado e não
com o especificador).
Quando vem primeiro o sujeito e depois o verbo significa que essa oração está
disposta na ordem direta (canônica). Quando isso acontece o verbo concorda com os
dois núcleos, então ele é obrigado a ir para o plural.
Rolou uma noção de reciprocidade, embora tenha um sujeito composto por José e
Maria independentemente da posição do verbo vai usar o verbo no plural. Vai sempre
usar o verbo no plural quando houver a noção de reciprocidade.
OBS: Pode usar o verbo na 2ª pessoa do plural seguindo a tradição ou pode usar o
verbo como se não houvesse hierarquia na 3ª pessoa do singular.
Quando ao final tiver uma palavra que resume tudo que foi colocado anteriormente
(uma palavra de valor genérico como o pronome indefinido – tudo, todo, nada,
ninguém) o verbo vai concordar com esta palavra.
Disciplina: Português
Professora: Cris Orzil
Monitora: Natália Nigro
Ex.: Isso pode acontecer em qualquer parte do mundo, na sua cidade, na esquina da
sua casa. – aqui há uma ideia de gradação porque há uma aproximação espacial que
vai acontecendo gradativamente em relação ao leitor daquele texto.
Quando usa o nome próprio com determinação vai usar o verbo com flexão. Por outro
lado, se omitir esse artigo também vai fazer com que o verbo não sofra flexão.
A maioria dos gramáticos nessa parte da matéria diz que se o artigo já fizer parte do
nome próprio a concordância pode ser feita de qualquer maneira.
Ex.: Os Lusíadas são uma excelente obra ou Os Lusíadas é uma excelente obra.
OBS: Vai usar o verbo no singular se o numeral depois da expressão que indica a
quantidade aproximada for o numeral 1. Se fizer o uso do numeral 2 ou outro maior o
verbo vai para o plural.
EXCEÇÃO. Em casos de reciprocidade pouco importa se usou o numeral 1 depois da
expressão que indica a quantidade aproximada. Em caso de reciprocidade o verbo
tem que ir para o plural.
Ex.: Mais de um trem se chocaram naquele acidente.
Ex.2: Mais de um candidato se agrediram no debate.
OBS2: não se deve confundir expressão partitiva com a expressão que indica
quantidade aproximada.
OBS: O pronome pessoal reto (eu, tu, ele...) se ele aparecer no sujeito o verbo vai
concordar com ele. Se ele aparecer no predicativo o verbo vai concordar com ele.
Onde o pronome pessoal reto estiver o verbo vai concordar com ele.
CONCORDÂNCIA VERBAL
OBS: Alguns gramáticos falam que a concordância tem que acontecer com o
predicativo, outros dizem que a concordância é preferencial. O consenso é que a
concordância é preferencial.
OBS2: quando o verbo “ser” indicar datas, horas e distâncias ele vai concordar com o
numeral indicador.
Ex.: É uma hora. São duas horas.
Ex.: Daqui até aí é um quilômetro ou são dois quilômetros?
Ex.: hoje é dia primeiro. Hoje são dois.
OBS: Se os verbos no infinitivo indicarem ideias contrárias, o verbo tem que ir para o
plural.
Os gramáticos entendem que quando o verbo “parecer” funciona como verbo auxiliar
ele pode ser interpretado de uma outra maneira. Pode ser interpretado como uma
oração reduzida.
OBS: O “ou” pode indicar inclusão ou exclusão. Quando indicar exclusão o verbo
ficará no singular e quando indicar inclusão o verbo ficará no plural.