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Fonética

A Fonética, ou Fonologia, estuda os sons emitidos pelo ser humano, para efetivar a comunicação.
Diferentemente da escrita, que conta com as letras - vogais e consoantes -, a Fonética se ocupa
dos fonemas (= sons); são eles as vogais, as consoantes e as semivogais. Letra: Cada um dos sinais
gráficos elementares com que se representam os vocábulos na língua escrita. Fonema: Unidade mínima
distintiva no sistema sonoro de uma língua. Há uma relação entre a letra na língua escrita e o fonema na
língua oral, mas não há uma correspondência rigorosa entre estes. Por exemplo, o fonema /s/ pode ser
representado pelas seguintes letras ou encontro delas: c (antes de e e de i): certo, paciência, acenar.
ç (antes de a, de o e de u): caçar, açucena, açougue. s: salsicha, semântica, soçobrar. ss: passar,
assassinato, essencial. sc: nascer, oscilar, piscina. sç: nasço, desço, cresça. xc: exceção, excesso,
excelente. xs: exsudar, exsicar, exsolver. x: máximo. Os sons da fala resultam quase todos da ação de
certos órgãos sobre a corrente de ar vinda dos pulmões. Para a sua produção, três condições são
necessárias: 1. A corrente de ar 2. Um obstáculo para a corrente de ar 3. Uma caixa de
ressonância Caixa de Ressonância:
 Faringe
 Boca (ou cavidade bucal): os lábios, os maxilares, os dentes, as bochechas e a língua
 Fossas nasais (ou cavidade nasal)
Aparelho Fonador:
Órgãos respiratórios: Pulmões, brônquios e traquéia
Laringe (onde estão as pregas vocais)
Cavidades supralaríngeas: faringe, boca e fossas nasais. O ar chega laringe e encontra as pregas
vocais, que podem estar retesadas ou relaxadas. Pregas vocais retesadas vibram, produzindo fonemas
sonoros. Pregas vocais relaxadas não vibram, produzindo fonemas surdos. Por exemplo, pense apenas
no som produzido pela letra s de sapo. Produza esse som por uns cinco segundos, colocando os dedos
na garganta. Você observará que as pregas vocais não vibram com a produção do som ssssssssss. O
fonema s(e não a letra s) é, portanto, surdo. Faça o mesmo, agora, pensando apenas no som produzido
pela letra s de casa. Produza esse som por uns cinco segundos, colocando os dedos na garganta. Você
observará que as pregas vocais vibram, com a produção do somzzzzzzzzzzzzzz. O fonema z (e não a
letra s) é, portanto, sonoro. Ao sair da laringe, a corrente de ar entra na cavidade faríngea, onde há uma
encruzilhada: a cavidade bucal e a nasal. O véu palatino é que obstrui ou não a entrada do ar na cavidade
nasal. Por exemplo, pense apenas no som produzido pela letra m de mão. Produza esse som por uns
cinco segundos, colocando os dedos nas narinas. Você observará que o ar sai pelas narinas, com a
produção do som mmmmmmm. O fonema m (e não a letra m) é, portanto, nasal. Se, ao produzir o
som mmmmmmmm, tapar suas narinas, você observará que as bochechas se encherão de ar. Se, logo
após, produzir o som aaaa, observará também que houve a produção dos sons ba. Isso prova que as
consoantes m e b são muito parecidas. A diferença ocorre apenas na saída do ar: m, pelas cavidades
bucal e nasal (fonema nasal); b somente pela cavidade bucal fonema oral). Há também semelhança entre
as consoantes p e b: a única diferença entre elas é que b é sonora, e p, surda. Isso explica o porquê de
se usar m antes de p e de b.

A Fonética, ou Fonologia, estuda os sons emitidos pelo ser humano, para efetivar a
comunicação. Diferentemente da escrita, que conta com vogais e consoantes, a Fonética se
ocupa dos fonemas (= sons); são eles as vogais, as consoantes e as semivogais.

Vogal = São as cinco já conhecidas - a, e, i, o, u -quando funcionam como base de uma sílaba.
Em cada sílaba há apenas uma vogal. NUNCA HAVERÁ MAIS DO QUE UMA VOGAL EM UMA
MESMA SÍLABA.

Consoante = Qualquer letra - ou conjunto de letras representando um som só - que só possa


ser soada com o auxílio de uma vogal (com + soante = soa com...). Na fonética são consoantes
b, d, f, g (ga, go, gu), j (ge, gi, j) k (c ou qu), l, m (antes de vogal), n (antes de vogal), p, r, s (s, c,
ç, ss, sc, sç, xc), t,

v, x (inclusive ch), z (s, z), nh, lh, rr.

Semivogal = São as letras e, i, o e u quando formarem sílaba com uma vogal, antes ou depois
dela, e as letras m e n, nos grupos AM, EM e EN, em final de palavra -somente em final de
palavra.

Quando a semivogal possuir som de i, será representada foneticamente pela letra Y; com som
de u, pela letra W.

Então teremos, por exemplo, na palavra caixeiro, que se separa silabicamente cai-xei-ro, o
seguinte: 3 vogais = a, e, o; 3 consoantes = k (c), x, r; 2 semivogais = y (i, i). Representando a
palavra foneticamente, ficaremos com kayxeyro.

Na palavra artilheiro, ar-ti-lhei-ro, o seguinte: 4 vogais = a, i, e, o; 4 consoantes = r, t, lh, r; 1

semivogal = y (i). Foneticamente = artiĹeyro.

Na palavra viagem, vi-a-gem, 3 vogais = i, a, e; 2 consoantes = v, g; 1 semivogal = y (m). viajẽy.

M / N As letras M e N devem ser analisadas com muito cuidado. Elas podem ser:

Consoantes = Quando estiverem no início da sílaba.

Semivogais = Quando formarem os grupos AM, EM e EN, em final de palavra - somente em


final de palavra - sendo representadas foneticamente por Y ou W.

Ressôo Nasal = Quando estiverem após vogal, na mesma sílaba que ela, excetuando os três
grupos acima. Indica que o M e o N não são pronunciados, apenas tornam a vogal nasal,
portanto haverá duas letras (a vogal + M ou N) com um fonema só (a vogal nasal).

Por exemplo, na palavra manchem, terceira pessoa do plural do presente do subjuntivo do


verbo manchar, teremos o seguinte: man-chem, 2 vogais = a, e; 2 consoantes = o 1º m, x(ch); 1
semivogal = y (o 2º m); 1 ressôo nasal = an (ã). mãxẽy.

Encontros Vocálicos

É o agrupamento de vogais e semivogais. Há três tipos de encontros vocálicos:

Hiato = É o agrupamento de duas vogais, cada uma em uma sílaba diferente.

Lu-a-na, a-fi-a-do, pi-a-da

Ditongo = É o agrupamento de uma vogal e uma semivogal, em uma mesma sílaba. Quando a
vogal estiver antes da semivogal, chamaremos de Ditongo Decrescente, e, quando a vogal
estiver depois da semivogal, de Ditongo Crescente. Chamaremos ainda de oral e nasal,
conforme ocorrer a saída do ar pelas narinas ou pela boca.
Cai-xa = Ditongo decrescente oral. Cin-qüen-ta = Ditongo crescente nasal, com a ocorrência do
Ressôo Nasal.

Tritongo = É o agrupamento de uma vogal e duas semivogais. Também pode ser oral ou nasal.
A-güei = Tritongo oral. Á-güem = Tritongo nasal, com a ocorrência da semivogal m.

Além desse três, há dois outros encontros vocálicos importantes:

Iode = É o agrupamento de uma semivogal entre duas vogais. São aia, eia, oia, uia, aie, eie, oie,
uie, aio, eio, oio, uio, uiu, em qualquer lugar da palavra - começo, meio ou fim. Foneticamente,
ocorre duplo ditongo ou tritongo + ditongo, conforme o número de semivogais. A Iode será
representada com duplo Y: ay-ya, ey-ya, representando o "y" um fonema apenas, e não dois
como possa parecer. A palavra vaia, então, tem quatro letras (v - a - i - a) e quatro fonemas (v -
a - y - a), sendo que o "y" pertence a duas sílabas, não havendo, no entanto, "silêncio" entre as
duas no momento de pronunciar a palavra.

Vau = O mesmo que a Iode, porém com a semivogal W.

Pi-au-í = Vau, com a representação fonética Pi-aw-wi. Com o "w" ocorre o mesmo que ocorreu
com o "y", ou seja, representa um fonema apenas.

Ocorrem, também, na Língua Portuguesa, encontros vocálicos que ora são pronunciados como
ditongo, ora como hiato. São eles:

Sinérese = São os agrupamentos ae, ao, ea, ee, eo, ia, ie, io, oa, oe, ua, ue, uo, uu.

Ca-e-ta-no, Cae-ta-no; ge-a-da, gea-da; com-pre-en-der, com-preen-der; Na-tá-li-a, Na-tá-lia;


du-e-lo, due-lo; du-un-vi-ra-to, duun-vi-ra-to.

Diérese = São os agrupamentos ai, au, ei, eu, iu, oi, ui.

re-in-te-grar, rein-te-grar; re-u-nir, reu-nir; di-u-tur-no, diu-tur-no.

Obs.: Há palavras que, mesmo contendo esses agrupamentos não sofrem sinérese ou diérese.
Há que se ter bom senso, no momento de se separarem as sílabas. Nas palavras rua, tia,
magoa, por exemplo, é claro que só há hiato.

Encontros Consonantais

É o agrupamento de consoantes. Há três tipos de encontros consonantais: Encontro


Consonantal Puro = É o agrupamento de consoantes, lado a lado, na mesma sílaba.

Bra-sil, pla-ne-ta, a-dre-na-li-na

Encontro Consonantal Disjunto = É o agrupamento de consoantes, lado a lado, em sílabas


diferentes.

ap-to, cac-to, as-pec-to

Encontro Consonantal Fonético = É a letra x com som de ks.


Maxi, nexo, axila = maksi, nekso, aksila.

Não se esqueça de que as letras M e N pós-vocálicas não são consoantes, e sim semivogais ou
simples sinais de nasalização (ressôo nasal).

Dígrafos

Dígrafo é o agrupamento de duas letras com apenas um fonema. Os principais dígrafos são rr,
ss, sc, sç, xc, xs, lh, nh, ch, qu, gu. Representam-se os dígrafos por letras maiores que as
demais, exatamente para estabelecer a diferença entre uma letra e um dígrafo. Qu e gu só
serão dígrafos, quando estiverem seguidos de e ou i, sem trema. Os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc e
xs têm suas letras separadas silabicamente; lh, nh, ch, qu, gu, não.

arroz = ar-roz - aRos; assar = as-sar - aSar; nascer = nas-cer - naSer; desço = des-ço - deSo;
exceção = ex-ce-ção - eSesãw; exsudar = ex-su-dar - eSudar; alho = a-lho - aĹo; banho = ba-nho
- baÑo; cacho = ca-cho - kaXo; querida = que-ri-da - Kerida; sangue = san-gue - sãGe.

Dígrafo Vocálico = É o outro nome que se dá ao Ressôo Nasal, pelo fato de serem duas letras
com um fonema vocálico.

sangue = san-gue - sãGe

Não confunda dígrafo com encontro consonantal, que é o encontro de consoantes, cada uma
representando um fonema.

Fonte: www.algosobre.com.br

Fonética, ramo da lingüística que estuda a produção, natureza física e percepção dos sons de
uma língua. Seus principais ramos são: fonética experimental, fonética articulatória,
fonemática e fonética acústica.

A fonética experimental estuda os sons do ponto de vista físico, quantificando os dados sobre
a emissão e a produção das ondas sonoras que configuram o som articulado. Utiliza
instrumentos como os raios X e o quimógrafo.

A fonética articulatória estuda os sons de uma língua do ponto de vista fisiológico. Ou seja,
descreve os órgãos orais que intervêm em sua produção, a posição em que estes órgãos se
encontram e como estas posições modificam os vários caminhos que o ar pode seguir — ao
sair pela boca, nariz ou garganta—, para produzir sons diferentes.

A fonética é o estudo dos sons no discurso, ou seja, dos fonemas, unidades mínimas
distintivas. Por último, a fonética acústica estuda a onda sonora como a saída de um
ressonador qualquer. Isto é, equipara o sistema de fonação com qualquer outro sistema de
emissão e reprodução de sons.

Os primeiros estudos da fonética foram realizados há mais de 2 mil anos pelo gramático de
sânscrito Panini, que estudou a articulação fonética para estabelecer a pronúncia inalterável
dos livros sagrados nas cerimônias e ritos.
Fonologia, ramo da lingüística que estuda os sistemas fônicos das línguas frente à articulação
da linguagem (fonética). Os sons adquirem valores distintos segundo a função que ocupam em
um dado contexto; entretanto, existem alguns traços que não variam e que permitem
reconhecê-los em qualquer posição. Os sons que compõem uma palavra são as unidades
mínimas que a fazem diferente de outra: os fonema.

Lingüística, ciência que estuda a linguagem. A lingüística centra sua atenção nos sons, palavras,
sintaxe de uma língua concreta, relações existentes entre as línguas ou nas características
comuns a todas elas. Também atende aos aspectos psicológicos e sociológicos da comunicação
lingüística.

As línguas podem ser abordadas através de duas perspectivas: em um período de tempo


(estudo sincrônico) ou através das mudanças sofridas em sua evolução (estudo diacrônico). No
século XX, a lingüística trabalha procurando compatibilizar estas duas direções. A lingüística
também é estudada como um fim em si mesma, elaborando modelos que expliquem seu
funcionamento (lingüística teórica) ou como meio utilizável em outros ramos do saber: o
ensino dos idiomas, a elaboração de repertórios léxicos, sintáticos ou fonéticos e a terapia dos
transtornos da linguagem (lingüística aplicada).

Existem vários enfoques para estudar e descrever os idiomas e sua evolução: através dos sons
ou fonemas da língua (fonética e fonologia), a forma das palavras (morfologia), as relações das
palavras na oração e na frase (sintaxe), o léxico e o significado das palavras (semântica e
lexicografia).

Em sentido mais elementar, a Fonética é o estudo dos sons ou dos fonemas, entendendo-se por fonemas
os sons emitidos pela voz humana, os quais caracterizam a oposição entre os vocábulos. Por exemplo,
em ‘pato’ e ‘bato’ é o som inicial das consoantes p- e b- que opõe entre si as duas palavras. Tal som
recebe a denominação de Fonema. Pelo visto, pode-se dizer que cada letra do nosso alfabeto representa
um fonema, mas fica a advertência de que num estudo mais profundo a teoria mostra outra realidade, que
não convém inserir nas noções elementares de que estamos tratando. A Letra é a representação gráfica,
isto é, uma representação escrita de um determinado som.

CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS

LETRAS FONEMAS EXEMPLOS

A  Ã (AM, AN) - A ANTA DO CAMPO - ÁRVORE

B BÊ BOI BRAVO - BALEIA

C SÊ - KÊ CERVO - COBRA

D DÊ DROMEDÁRIO -
DINOSSAURO

E Ê - EM, EN - E ELEFANTE - ENTE - ÉGUA


F FÊ FOCA - FLAMINGO

G JÊ - GUÊ GIRAFA - GATO

H Ø HIPOPÓTAMO - HOMEM

I IM - I ÍNDIO - IGREJA

J JÊ JIBÓIA - JACARÉ

L LÊ - U LEÃO - SOL

M MÊ - (~) MACACO - CAMBUÍ

N NÊ - (~) NATUREZA - PONTE

O Õ (OM, ON) - O - Ô ONÇA - AVÓ - AVÔ

P PÊ PORCO - PATO

Q KÊ QUERO-QUERO - QUEIJO

R RRÊ - RÊ RATO BURRO - ARARA

S SÊ - ZÊ - Ø SAPO - CASA - NASCER

T TÊ TATU - TUBARÃO

U U - UM, UN URUBU - ATUM

V VÊ VACA - VEADO

X XÊ - ZÊ - SÊ - Ø - KSÊ XARÉU - EXEMPLO - MÁXIMO


- EXCETO - TÁXI

Z ZÊ ZEBRA - ZORRO

Tradicionalmente, costuma-se classificar os fonemas em vogais, semivogais e consoantes, com algumas


divergências entre os autores.
VOGAIS = a e i o u
As vogais são sons musicais produzidos pela vibração das cordas vocais. São chamados fonemas
silábicos, pois constituem o fonema central de toda sílaba.
AS VOGAIS SÃO CLASSIFICADAS CONFORME:

FUNÇÃO DAS CAVIDADES BUCAL E NASAL


Orais = a, e, i, o, u
Nasais = ã, ê, î, õ, û.

ZONA DE ARTICULAÇÃO
Média = a
Anteriores = e, i
Posteriores = o, u

TIMBRE
Abertas = á, é, ó
Fechadas = ê, ô
Reduzidas = fale, hino.

INTENSIDADE
Tônicas = saci, óvulo, peru
Átonas = moço, uva, vida.
SEMIVOGAIS = I U
Só há duas semivogais: I e U, quando se incorporam à vogal numa mesma sílaba da palavra, formando-
se um ditongo ou tritongo. Por exemplo: cai-ça-ra, te-sou-ro, Pa-ra-guai.
CARACTERÍSTICAS DAS SEMIVOGAIS:
Ficam sempre ao lado de outra vogal na mesma sílaba da palavra.
São átonas.

CONSOANTES
As consoantes são fonemas que soam com alguma vogal. Portanto, são fonemas assilábicos, isto é,
sozinhos não formam sílaba.
BCDFGHJLMNPQRSTVXZ

ENCONTROS VOCÁLICOS
À seqüência de duas ou três vogais em uma palavra, damos o nome de encontro vocálico. Por exemplo,
cooperativa.
TRÊS SÃO OS ENCONTROS VOCÁLICOS:

DITONGO
É a reunião de uma vogal junto a uma semivogal, ou a reunião de uma semivogal junto a uma vogal em
uma só sílaba. Por exemplo, rei-na-do.
OS DITONGOS CLASSIFICAM-SE EM:
CRESCENTES = a semivogal antecede a vogal. EX: quadro.
DECRESCENTES = a vogal antecede a semivogal. EX: rei.
OBSERVAÇÕES:
Sendo aberta a vogal do ditongo, diz-se que ele é oral aberto. Ex: céu.
Sendo fechada, diz-se que é oral fechado. Ex: ouro.
Sendo nasal, diz-se que é nasal. Ex: pão.
Após a vogal, as letras E e O, que se reduzem, respectivamente, a I e U, têm valor de
semivogal. Ex: mãe; anão.

TRITONGO
É o encontro, na mesma sílaba, de uma vogal tônica ladeada de duas semivogais. Ex: sa-guão; U-ru-
guai.
Pelos exemplos dados, conclui-se que os tritongos podem ser nasais ou orais.

HIATO
É o encontro de duas vogais que se pronunciam separadamente, em duas diferentes emissões de voz.
Por exemplo, mi-ú-do, bo-a-to, hi-a-to.
O hiato forma um encontro vocálico disjunto, isto é, na separação da palavra em sílabas, cada vogal fica
em uma sílaba diferente.
SÍLABA
Dá-se o nome de sílaba ao fonema ou grupo de fonemas pronunciados numa só emissão de voz.
Quanto ao número de sílabas, o vocábulo classifica-se em:
Monossílabo = possui uma só sílaba. (fé, sol)
Dissílabo = possui duas sílabas. (casa, pombo)
Trissílabo = possui três sílabas. (cidade, atleta)
Polissílabo = possui mais de três sílabas. (escolaridade, reservatório).

TONICIDADE
Nas palavras com mais de uma sílaba, sempre existe uma sílaba que se pronuncia com mais força do
que as outras: é a sílaba tônica. Por exemplo, em lá-gri-ma, a sílaba tônica é lá; em ca-der-no, der; em A-
ma-pá, pá.
Considerando-se a posição da sílaba tônica, classificam-se as palavras em:
Oxítonas = quando a tônica é a última sílaba. (sabor, dominó)
Paroxítonas = quando a tônica é a penúltima. (quadro, mártir)
Proparoxítonas = quando a tônica é a antepenúltima. (úmido, cálice).
OBS: A maioria das palavras de nossa língua é paroxítona.

MONOSSÍLABOS
ÁTONOS = são os de pronúncia branda, os que têm a vogal fraca, inacentuada. Também são chamados
clíticos. Incluem-se na lista dos monossílabos átonos, os artigos, as preposições, as conjunções, os
pronomes pessoais oblíquos, as combinações pronominais e o pronome relativo ‘que’. Por exemplo, a,
de, nem, lhe, no, me, se.
TÔNICOS = são os de pronúncia forte, independentemente de sinal gráfico sobre a sílaba. Por exemplo,
pé, gás, foz, dor.
RIZOTÔNICAS - são as palavras cujo acento tônico incide no radical. Por exemplo, descrevo, descreves,
descreve.
ARRIZOTÔNICAS - são as palavras cujo acento tônico fica fora do radical. Por exemplo, descreverei,
descreverás, descreverá.
OBS: As denominações rizotônico e arrizotônico dizem respeito especialmente às formas verbais.

ENCONTROS CONSONANTAIS
O agrupamento de duas ou mais consoantes numa mesma palavra denomina-se encontro consonantal.
Os encontros consonantais podem ser:
Conjuntos ou inseparáveis, terminados em L ou R. Por exemplo, ple-beu e crô-ni-ca. Exceto = sub-li-nhar.
Disjuntos ou separáveis por vogal não representada na escrita, mas que é percebida, na pronúncia, entre
as duas consoantes. Por exemplo, rit-mo, ad-mi-rar, ob-je-ti-vo.

DÍGRAFOS
São duas letras que representam um só fonema, sendo uma grafia composta para um som simples. Há
os seguintes dígrafos:
os terminados em H, representados pelos grupos ch, lh, nh. Por exemplo, chave, malha, ninho.
os constituídos de letras dobradas, representados pelos grupos rr e ss. Por exemplo, carro, pássaro.
os grupos gu, qu, sc, sç, xc, xs. Por exemplo, guerra, quilo, nascer, cresça, exceto.
as vogais nasais em que a nasalidade é indicada por m ou n, encerrando a sílaba por em uma palavra.
Por exemplo, pomba, campo, onde, canto, manto.
não há como confundir encontro consonantal com dígrafo por uma razão muito simples: os dígrafos são
consoantes que se combinam, mas não formam um encontro consonantal por constituírem um só fonema.

Fonte: www.micropic.com.br
Através desta classificação pode-se preencher o seguinte quadro das 19 consoantes portuguesas:

Gostaria ainda de fazer uma nota quanto ao número de 19 consoantes que foi acima referido, pois este

número não contempla certas variantes (como o [t]  ou o  ), nem as limitações que a língua impõe.
Neste último caso, como em todas as línguas, existem algumas proibições quanto à posição de certas
consoantes no início ou final de palavra, assim como em seguimento de certas palavras. Por exemplo, [r]
nunca pode surgir em início de palavra.

Encontros vocálicos - Ditongos e Tritongos


Encontros vocálicos é o mesmo que dizer ditongo ou tritongo, ou seja, um conjunto de uma vogal e uma
ou duas semivogais - que é a única altura em que surgem semivogais no português. Não devem,
portanto, ser confundidos com hiatos: o encontro de duas vogais.
Os ditongos podem ser crescentes (pouco comum, pois são instáveis) ou decrescentes, consoante a
vogal esteja no final ou no início do ditongo:

E podem ser orais ou nasais:

Estes exemplos foram todos escolhidos para ajudar a exemplificar a diferença entre ditongo e hiato. Se se
reparar, todos estes ditongos correspondem a uma única sílaba, mas os hiatos formam duas sílabas.
Observe-se os dois exemplos em comparação:
Mas uma língua é um organismo vivo, e as pessoas dizem as coisas de modos diferentes consoante a
situação em que se encontram - são estes pormenores que fazem uma língua evoluir e modificar-se mais
depressa. Assim, um hiato pode passar a ditongo, se dito muito depressa; e um ditongo pode passar a
hiato se for dito pausadamente de modo a salientar bem todos os sons:

Por fim, os tritongos são formados por uma semivogal, uma vogal e outra semivogal, podendo ser
orais ou nasais:

Encontros consonânticos
É o nome que se dá a um agrupamento de consoantes. Os agrupamentos mais comuns são aqueles em
que a segunda consoante é "l" ou "r", embora em alguns casos não surjam no início da palavra:

Outros agrupamentos são mais raros, como os que se seguem:

Nestes agrupamentos, as consoantes pertencem sempre a uma única sílaba. No entanto, quando se
encontram no meio da palavra podem pertencer a duas sílabas. Por outro lado, por vezes a língua ao
evoluir começa a "considerar" estes agrupamentos como "incómodos" e introduz uma vogal. Veja-se os
exemplos abaixo:

Por fim, é preciso um pouco de atenção para não confundir consoantes com letras; evitando, assim,
confundir os encontros consonantais com dígrafos. Ou seja, um encontro consonantal é um grupo de dois
sons consonânticos - [pn] e [kl], por exemplo - enquanto um dígrafo é um grupo de duas letras que
representam um som - "rr" representa o [R], por exemplo.
O mais importante a ter em mente relativamente aos encontros vocálicos e consonantais, é que a língua
estabelece regras que impedem o "encontro" entre certos sons e em certas posições dentro de uma
palavra.

Fonte: criarmundos.do.sapo.pt

A Fonética é o ramo da Linguística que estuda os sons da fala humana. Suas subdivisões são:
Fonética articulatória: estuda como os sons são produzidos, isto é, a posição e a função de cada um dos
órgãos do aparelho fonador (língua, lábios, etc.);
Fonética acústica: analisa as características físicas dos sons da fala, ou seja, as ondas mecânicas
produzidas;
Fonética auditiva: tem como objetivo o estudo de que maneira é percebida a fala (como a audição
distingue os sons).
A unidade básica de estudo para a Fonética é o fone. A fala humana é capaz de produzir inúmeros fones.
A forma mais comum de representar os fones pelos linguistas é através do Alfabeto fonético internacional
(AFI), desenhado pela Associação Internacional de Fonética (I.P.A.).
Alguns fones são auditivamente próximos entre si a ponto de se tornarem indistinguíveis. Por exemplo, o
som de "rr" em alguns dialetos do português do Brasil é realizado foneticamente pela consoante fricativa
velar surda (x no AFI). Entretanto, essa pode ser substituída pela consoante fricativa glotal surda (h no
AFI) que a palavra que nela estiver continuará a ser reconhecida. A esse fenômeno, dá-se em fonologia o
nome de alofonia. Assim, [x] e [h] são alofones do "erre" forte em português brasileiro. Um grupo
composto de um fone e seus alofones para os falantes de um idioma é denominado fonema. Deve-se
ressaltar que a alofonia entre dois fones é relativa. Por exemplo, no Alemão compõem fonemas
separados.
O estudo dos fonemas é desenvolvido pela Fonologia. A fonologia e a fonética são frequentemente
confundidas porque os conceitos de fone e fonema também geram confusão.

FONOLOGIA
Fonologia (do Grego phonos = voz/som e logos = palavra/estudo) é o ramo da Linguística que estuda o
sistema sonoro dum idioma. Esta é uma área muito relacionada com a Fonética, mas as duas têm focos
de estudo diferentes. Enquanto a Fonética estuda a natureza física da produção e da percepção dos sons
da fala (chamados de fones) sem preocupação com seu significado, a Fonologia descreve como
funcionam os sons de uma dada língua. Por exemplo, /f/ e /v/ no Português são unidades distintivas de
som (i. e., fonemas). Chamamos de pares mínimos palavras que têm significados distintos, mas diferem
em um único som, como "faca" e "vaca".

Fonemas e ortografia
Em algumas línguas, os fonemas são diretamente ligados à ortografia, i.e. cada som da fala é
corresponde a um símbolo (letra) ou combinação de símbolos (dígrafo) na grafia. Em Português, nem
sempre isso ocorre: por vezes o mesmo som é representado diferentemente na escrita de duas palavras
(ex.: o som / ? / em "xadrez" e em "chuva") ou a mesma letra é usada para sons diferentes (ex.: a letra E
em "medo" e em "queda"). Dessa necessidade de se precisar por escrito o fonema falado, surgiu o
alfabeto fonético internacional, também chamado IPA, na sigla em Inglês. Para indicar quando se está a
grafar a transcrição fonética e não a ortografia vigente, usa-se duas barras inclinadas à direita, uma antes
e outra após a sequência dos fonemas: "/ /"

Fonte: pt.wikipedia.org

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