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SUMÁRIO
FONÉTICA ................................................................................................................................................................................ 2
VERBO .................................................................................................................................................................................... 17
CONCORDÂNCIA VERBAL ................................................................................................................................................. 30
CONCORDÂNCIA NOMINAL ............................................................................................................................................... 34
FIGURAS DE LINGUAGEM .................................................................................................................................................. 36
CRASE ..................................................................................................................................................................................... 45
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS .......................................................................................................................................... 48
PONTUAÇÃO ......................................................................................................................................................................... 52
ACENTUAÇÃO GRÁFICA .................................................................................................................................................... 56
SINTAXE DE PERÍODO SIMPLES ...................................................................................................................................... 59
SINTAXE DE PERÍODO COMPOSTO ................................................................................................................................. 65
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FONÉTICA
Fonética
A Fonética é o estudo dos aspectos acústicos e fisiológicos dos sons efetivos (reais)
dos atos de fala no que se refere à produção, articulação e variedades. Em outras palavras,
a Fonética preocupa-se com os sons da fala em sua realização concreta. Quando um falante
pronuncia a palavra 'dia', à Fonética interessa de que forma a consoante /d/ é pronunciada: /d/ /i/
/a/ ou /dj/ /i/ /a/.
Fonologia
A Fonologia é o estudo dos Fonemas (os sons) de uma língua. Para a Fonologia, o fonema é
uma unidade acústica que não é dotada de significado. Isso significa que os fonemas são os
diferentes sons que produzimos para exprimir nossas ideias, sentimentos e emoções a partir da
junção de unidades distintas. Essas unidades, juntas, formam as sílabas e as palavras.
A palavra 'Fonema' tem origem grega (fono = som + emas = unidades distintas) e representa
as menores unidades sonoras que formam as palavras. As palavras são a unidade básica da
interação verbal e são criadas pela junção de unidades menores: as sílabas e os sons, na fala,
ou as sílabas e letras, na escrita.
A troca de um único fonema determina o surgimento de outra palavra ou um som sem sentido. O
fonema se manifesta no som produzido, sendo registrado pela letra e representado graficamente
por ela. O fonema /z/, por exemplo, pode ser representado por várias letras: z (fazenda), x (exa-
gerado), s (mesa).
Vogais: são fonemas pronunciados sem obstáculo à passagem de ar, chegando livremente ao
exterior. Exemplos: pato, bota.
Semivogais: são os fonemas que se juntam a uma vogal, formando com esta uma só sílaba.
Exemplos: couro, baile.
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• Observe que só os fonemas /i/ e /u/ átonos funcionam como semivogais. Para que não
sejam confundidos com as vogais i e u serão representados por [y] e [w] e chamados, respectiva-
mente, de iode e vau.
Consoantes: são fonemas produzidos mediante a resistência que os órgãos bucais (língua, den-
tes, lábios) opõem à passagem de ar. Exemplos: caderno, lâmpada.
Dicas:
Dígrafos
É a união de duas letras representando um só fonema. Observe que no caso dos dígrafos não há
correspondência direta entre o número de letras e o número de fonemas.
Dígrafos
Os dígrafos ocorrem quando duas letras são usadas para representar um único fonema, ou
seja, uma única emissão de som. Os dígrafos podem ser consonantais ou vocálicos.
Os dígrafos ocorrem quando duas letras são utilizadas para representar um único fonema.
Existem dois tipos de dígrafos na Língua Portuguesa:
Dígrafos consonantais;
Dígrafos vocálicos.
Vejamos cada um deles:
1. Dígrafos consonantais
ch – machismo, choro, chuva.
lh – agulha, milho, palhaço.
nh – sobrinho, sonho, pertinho.
rr – correto, carro, arriscado.
ss – pássaro, assumir, assassino.
sc – descendência, descer, crescer.
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sç – cresço, nasço, desça.
xc – exceto, excelência, excerto.
xs – exsuar, exsudar.
gu – gueixa, sagui, linguiça.
qu – aquilo, quarto, queijo.
Atenção:
Aparelho fonador
Os sons da fala são produzidos pelo aparelho fonador. O aparelho fonador é constituído de:
• pulmões
• brônquios e traqueia
• Laringe
• Glote
• cordas vocais
• Faringe
• Úvula
• boca e órgãos anexos
• fossas nasais
Vogais: são fonemas pronunciados sem obstáculo à passagem de ar, chegando livremente ao
exterior. Exemplos: pato, bota.
Semivogais: são os fonemas que se juntam a uma vogal, formando com esta uma só sílaba.
Exemplos: couro, baile.
Observe que só os fonemas /i/ e /u/ átonos funcionam como semivogais. Para que não sejam
confundidos com as vogais i e u serão representados por [y] e [w] e chamados, respectivamente,
de iode e vau.
Consoantes: são fonemas produzidos mediante a resistência que os órgãos bucais (língua, den-
tes, lábios) opõem à passagem de ar. Exemplos: caderno, lâmpada.
Dicas:
Em nossa língua, a vogal é o elemento básico, suficiente e indispensável para a formação
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da sílaba. Você encontrará sílabas constituídas só de vogais, mas nunca formadas somente
com consoantes. Exemplos: viúva, abelha.
Dígrafos
É a união de duas letras representando um só fonema. Observe que no caso dos dígrafos não há
correspondência direta entre o número de letras e o número de fonemas.
Dígrafos
Os dígrafos ocorrem quando duas letras são usadas para representar um único fonema, ou
seja, uma única emissão de som. Os dígrafos podem ser consonantais ou vocálicos.
Os dígrafos ocorrem quando duas letras são utilizadas para representar um único fonema.
Existem dois tipos de dígrafos na Língua Portuguesa:
Dígrafos consonantais;
Dígrafos vocálicos.
Vejamos cada um deles:
1. Dígrafos consonantais
ch – machismo, choro, chuva.
lh – agulha, milho, palhaço.
nh – sobrinho, sonho, pertinho.
rr – correto, carro, arriscado.
ss – pássaro, assumir, assassino.
sc – descendência, descer, crescer.
sç – cresço, nasço, desça.
xc – exceto, excelência, excerto.
xs – exsuar, exsudar.
gu – gueixa, sagui, linguiça.
qu – aquilo, quarto, queijo.
Atenção:
Somente serão considerados dígrafos as letras gu e qu quando estiverem seguidas das vo-
gais 'e' ou 'i', representando os fonemas /g/ e /k/.
Observe os exemplos:
☼ Guia, queijo, quilo, água, águia, quando.
Veja que, nesses casos, a letra 'u' não representa nenhum fonema.
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Na divisão silábica, alguns dígrafos consonantais separam-se e outros não.
Observe os exemplos:
2. Dígrafos vocálicos
Os dígrafos vocálicos são formados quando as vogais são sucedidas das consoantes 'n' ou 'm',
representando fonemas vocálicos nasalizados, isto é, quando as correntes de ar que saem dos
pulmões passam pelo nariz e pela boca.
A zona de articulação está relacionada com a região da boca onde as vogais são articuladas.
b- anteriores - são articuladas com a língua elevada em direção ao palato duro, próximo ao dentes.
Ex.: é (pé), ê (dedo), i (botina).
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c- posteriores - são articuladas quando a língua se dirige ao palato mole. Ex.: ó (pó), ô (lobo), u
(resumo).
A corrente de ar pode passar só pela boca (orais) ou simultaneamente pela boca e fossas nasais
(nasais).
3- Quanto à intensidade:
4- Quanto ao timbre:
c- reduzidas: são as vogais reduzidas no timbre, já que são vogais átonas (orais ou nasais, finais
ou internas). Exemplos: (cara, cantei).
Ditongo: é a junção de uma vogal + uma semivogal (ditongo decrescente), ou vice-versa (ditongo
crescente), na mesma sílaba.
Ex.: noite (ditongo decrescente), quase (ditongo crescente).
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Atenção:
Não se esqueça que só as vogais /i/ e /u/ podem funcionar como semivogais. Quando semi-
vogais, serão representadas por /y/ e /w/, respectivamente.
Encontros consonantais
Quando existe uma sequência de duas ou mais consoantes em uma mesma palavra, denomina-
mos essa sequência de encontro consonantal.
Atenção:
Hiato
O encontro vocálico entre duas vogais que pertencem a sílabas diferentes é chamado de
hiato.
Observe as palavras:
coelho
saída
país
Podemos notar que há um encontro vocálico em cada uma delas, não é mesmo? Agora, veja
a divisão silábica dessas palavras:
co-e-lho
sa-í-da
pa-ís
Perceba que cada uma das vogais que fazem parte do encontro vocálico pertence a uma sílaba
distinta. Isso ocorre porque as vogais são a base da sílaba, ou seja, são elas que possuem a
tonicidade vibrante e mais forte. Dessa maneira, podemos justificar a separação realizada acima,
tendo cada uma a composição de uma sílaba diferente. A esse fenômeno fonético damos o nome
de hiato. Assim, podemos conceituar que:
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dia = di-a
Paraíba = Pa-ra-í-ba
juízes = ju-í-zes
maresia = ma-re-si-a
seriado = se-ri-a-do
fiel = fi-el
burocracia = bu-ro-cra-ci-a
saúde = sa-ú-de
Divisão silábica
Vejamos os exemplos:
pipoca – pi – po – ca (emissão de três fonemas sequenciais que estão ligados a vogais);
aparelho – a – pa – re – lho (emissão de quatro fonemas sequenciais que estão ligados a vogais);
pernambucana – per – nam – bu – ca - na (emissão de cinco fonemas sequenciais que estão
ligados a vogais.
Divisão silábica
→ Os dígrafos “ch”, “lh”, “nh”, “gu” e “qu” devem pertencer a uma única sílaba:
chu – va
o – lho
fe - char
que – ri – do
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vo - zi – nho
Os dígrafos “rr”, “ss”, “sc”, “sç”, “xs” e “xc” devem ser separados em sílabas diferentes.
car – ro - ça
as – sas – si – no
cres – cer
nas – ceu
ex – ce – ção
Os encontros consonantais que iniciam palavras são mantidos juntos na divisão silábica.
pneu – má – ti – co
gno – mo
O acento tônico está relacionado com a intensidade dos fonemas, e o acento gráfico, como
o agudo e o circunflexo, marca a sílaba tônica.
É bastante comum que algumas pessoas apresentem dúvidas sobre o que é acento tônico e o
que é acento gráfico. Para esclarecer essas dúvidas, selecionamos algumas dicas para você.
Acento tônico
O acento tônico ou prosódico (referente à fala, à oralidade) está relacionado com a intensidade
dos fonemas que formam as sílabas das palavras.
Exemplo:
Marinheiro: ma – ri – nhei – ro.
Observe que a sílaba nhei é a que apresenta maior intensidade fonética, ou seja, é o acento
tônico da palavra marinheiro.
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Água: á – gua.
Observe que a letra/sílaba á possui a maior intensidade fonética, ou seja, é o acento tônico da
palavra água.
As palavras podem ser classificadas de acordo com sua tonicidade, ou seja, de acordo com a
sílaba mais intensa/tônica. Dessa forma, as palavras podem ser oxítonas (quando o acento tônico
encontra-se na última sílaba, como a palavra 'abacaxi'), paroxítonas (quando o acento tônico en-
contra-se na penúltima sílaba, como a palavra 'orelha') e proparoxítonas (quando o acento tônico
encontra-se na antepenúltima sílaba, como a palavra 'árcade').
Acento gráfico
O acento gráfico marca a sílaba tônica na escrita e é utilizado de acordo com regras de acentu-
ação. Na Língua Portuguesa, temos os seguintes acentos gráficos:
Exemplos:
Amapá
picolé
índio
óculos
vovó
baú
convém
Exemplos:
bebê
ônibus
mês
âncora
vovô
âmbito
As palavras são classificadas de acordo com a posição da sílaba que possui maior grau de
intensidade do som, ou seja, a posição da sílaba que recebe o acento tônico.
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Compare a pronúncia das palavras a seguir:
(1) azul
(2) escola
(3) público
Você percebeu que a sílaba que possui maior intensidade possui uma localização diferente em
cada uma das palavras? Leia de novo:
(1) azul
(2) escola
(3) público
Em (1), notamos que a última sílaba é a que possui maior grau de força. Já em (2), o som é mais
intenso na penúltima sílaba e, em (3), na antepenúltima sílaba. Essa variação de posição confere
às palavras diferentes classificações. Assim, temos:
a) palavras oxítonas: são assim classificadas quando o acento tônico recai na última sílaba.
Exemplos:
café
parabéns
funil
Bebês
b) palavras paroxítonas: são assim classificadas quando o acento tônico recai na penúltima
sílaba.
Exemplos:
brasileiro
sabonete
baía
Colégio
c) palavras proparoxítonas: são assim classificadas quando o acento tônico recai na antepe-
núltima sílaba.
Exemplos:
lâmpada
público
álibi
médico
Exército
ATENÇÃO! Acento tônico não é a mesma coisa que acento gráfico. Como o nome nos indica, o
acento tônico refere-se à tonicidade, ao som de uma sílaba. Já o acento gráfico refere-se à orto-
grafia da palavra e, portanto, o seu uso ou não está submetido à observação das regras ortográfi-
cas.
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Ortoépia e Prosódia
Ortoépia
A ortoépia está relacionada com: a perfeita emissão das vogais, a correta articulação das conso-
antes e a ligação de vocábulos dentro de contextos.
g- pronunciar a crase: A aula iria acabar às cinco horas./ A aula iria acabar "àas" cinco
horas.
Prosódia
A prosódia está relacionada com a correta acentuação das palavras, tomando como padrão a
língua considerada culta.
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Abaixo estão relacionados alguns exemplos de vocábulos que frequentemente geram dúvidas
quanto à prosódia:
1) oxítonas:
Cateter, Cister, condor, hangar, mister, negus, Nobel, novel, recém, refém, ruim, sutil, ureter.
2) paroxítonas:
Avaro, avito, barbárie, caracteres, cartomancia, ciclope, erudito, ibero, gratuito, ônix, poliglota, pu-
dico, rubrica, tulipa.
3) proparoxítonas:
Exemplos:
Acrobata e acróbata / crisântemo e crisantemo/ Oceânia e Oceania/ réptil e reptil/ xerox e xérox e
outras.
ACENTUAÇÃO
A acentuação existe para estabelecer um sistema que organize a tonicidade das pala-
vras, classificando as sílabas de uma palavra como tônicas ou átonas.
A acentuação está relacionada com a ortografia, sistema convencional que representa a cor-
reta escrita da língua, e com a prosódia, estudo que trata do conhecimento da sílaba predominante,
chamada sílaba tônica. Para proferirmos corretamente as palavras, é necessário que saibamos
sobre os seus sons, fazendo assim o uso de maior ou menor intensidade conforme a sílaba tônica.
Às sílabas de menor intensidade atribuímos o nome de sílabas átonas, ou seja, sílabas que são
pronunciadas com pouca intensidade tonal. A acentuação gráfica diz respeito ao estudo das regras
que disciplinam o uso adequado dos sinais que indicam a posição da sílaba tônica, entre outras
particularidades, como o timbre e a nasalização das vogais.
Regras fundamentais:
Monossílabos tônicos
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Graficamente, acentuam-se os monossílabos terminados em:
Entretanto, os monossílabos tu, noz, vez, par, quis, etc., não são acentuado
Observações:
Os monossílabos tônicos formados por ditongos abertos -éis, -éu, -ói recebem o acento.
No caso dos verbos monossilábicos terminados em-ê, a terceira pessoa do plural termina
em eem. Essa regra se aplica à nova ortografia. Perceba:
Forma verbal que antes era acentuada agora é grafada sem o sinal gráfico.
Diferentemente ocorre com os verbos monossilábicos terminados em “-em”, haja vista que
a terceira pessoa termina em “-êm”, embora acentuada. Perceba:
Oxítonas:
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de “s”.
Paroxítonas:
Acentuam-se todos os vocábulos terminados em:
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-x: látex, tórax.
-ps: fórceps, bíceps.
-ã(s): ímã, órfãs.
-ão(s): órgão, bênçãos.
-um(s): fórum, álbum.
-on(s): elétron, nêutron.
-i(s): táxi, júri.
-u(s): Vênus, ônus.
-ei(s): pônei, jóquei.
-ditongo oral (crescente ou decrescente), seguido ou não de “s”: história, série, água, mágoa.
Observações importantes:
a) De acordo com a nova ortografia, os ditongos terminados em –ei e –oi não são mais
acentuados. Perceba como eram antes e como agora são grafados:
Entretanto, o acento ainda permanece nas oxítonas terminadas em –éu, -ói e éis:
b) Não serão mais acentuados o “i” e “u” tônicos quando, depois de ditongo, formarem
hiato.
No entanto, o acento permanece se a palavra for oxítona e o “i” ou “u” estiverem seguidos
de “s” ou no final da palavra. Confira:
O mesmo acontece com o “i” e o “u” tônicos dos hiatos, não antecedidos de ditongos:
As formas verbais que possuem o acento na raiz com o “u” tônico precedido das letras “q”
e “g” e seguido de “e” ou “i” não serão mais acentuadas. Veja:
Atenção:
- Quando o verbo admitir duas pronúncias diferentes, usando “a” ou “i” tônicos, essas vo-
gais serão acentuadas:
Exemplos:
eu águo, eles águam, eles enxáguam (a tônico); eu delínquo, eles delínquem (í tônico).
tu apazíguas, que eles apazíguem.
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Eu averiguo, eu aguo.
Não será mais usado o acento agudo para diferenciar determinados vocábulos, tais como:
Contudo, o acento permanece para diferenciar algumas palavras, representadas por:
pôr = verbo
por = preposição
VERBO
a) Radical: é a parte invariável, que expressa o significado essencial do verbo. Por exemplo:
fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-)
b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a conjugação a que pertence o verbo.
Por exemplo:
fala-r
Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados (compor, repor, depor, etc.), pertencem à
2ª conjugação, pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal "e", apesar de haver desapa-
recido do infinitivo, revela-se em algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc.
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Formas Rizotônicas e Arrizotônicas
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos verbos com o conceito de acentuação
tônica, percebemos com facilidade que nas formas rizotônicas, o acento tônico cai no radical do
verbo:
opino, aprendam, nutro, por exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai no radi-
cal, mas sim na terminação verbal: opinei, aprenderão, nutriríamos.
a) Regulares: são aqueles que possuem as desinências normais de sua conjugação e cuja fle-
xão não provoca alterações no radical.
Por exemplo:
Canto
Cantei
Cantarei
Cantava
cantasse
b) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou nas desinências.
Por exemplo:
Faço
Fiz
Farei
Fizesse
c) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação completa. Classificam-se em im-
pessoais, unipessoais e pessoais.
Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Normalmente, são usados na terceira pessoa
do singular. Os principais verbos impessoais são:
a) haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se ou fazer (em orações temporais).
Por exemplo:Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam)
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão)
Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)
c) Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, nevar,
gear, trovejar, amanhecer, escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, "Amanheci mal-humo-
rado", usa-se o verbo "amanhecer" em sentido figurado. Qualquer verbo impessoal, empregado
em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal. Por exemplo:
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Amanheci mal-humorado.
Sujeito desinencial:
eu)
Choveram candidatos ao cargo.
(Sujeito:
candidatos)
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está bem, Está muito bem assim, Não fica
bem, Fica mal, sem referência a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso,
classificar o sujeito como hipotético, tornando-se, tais verbos, então, pessoais.
4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de "ser possível". Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uns trocados?
Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se apenas nas terceiras pessoas do sin-
gular e do plural. Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes de animais, como:
bramar (tigre)
bramir (crocodilo)
cacarejar (galinha)
coaxar (sapo)
cricrilar (grilo)
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Por exemplo:
verbo falir
Este verbo teria como formas do presente do indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo fa-
lar - o que provavelmente causaria problemas de interpretação em certos contextos.
Por exemplo:
verbo computar
Este verbo teria como formas do presente do indicativo computo, computas, computa - formas
de sonoridade considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas razões muitas vezes
não impedem o uso efetivo de formas verbais repudiadas por alguns gramáticos: exemplo disso é
o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento e a popularização da informática, tem sido
conjugado em todos os tempos, modos e pessoas.
d) Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente,
esse fenômeno costuma ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares terminadas em -
ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular).
Observe:
f) Auxiliares
São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais.
O verbo principal, quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nomi-
nais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
Tempos Compostos
São formados por locuções verbais que têm como auxiliares os verbos ter e haver e como prin-
cipal, qualquer verbo no particípio. São eles:
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Eu tenho estudado demais ultimamente.
Obs.: perceba que todas as frases remetem a ação obrigatoriamente para o passado. A frase Se
eu estudasse, aprenderia é completamente diferente de Se eu tivesse estudado, teria apren-
dido.
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praticarei a minha. Por isso o uso do advérbio "já". Assim, observe que o mesmo ocorre nas frases
a seguir:
Quando você tiver terminado o trabalho, telefonarei a Manuel.
Quando você tiver terminado o trabalho, já terei telefonado a Manuel.
Locuções Verbais
Outro tipo de conjugação composta - também chamada conjugação perifrástica - são as locu-
ções verbais, constituídas de verbos auxiliares mais gerúndio ou infinitivo.
São conjuntos de verbos que, numa frase, desempenham papel equivalente ao de um verbo único.
Nessas locuções, o último verbo, chamado principal, surge sempre numa de suas formas nomi-
nais; as flexões de tempo, modo, número e pessoa ocorrem nos verbos auxiliares. Observe os
exemplos:
A língua portuguesa apresenta uma grande variedade dessas locuções, conseguindo exprimir por
meio delas os mais variados matizes de significado.
Ser (estar, em algumas construções) é usado nas locuções verbais que exprimem a voz passiva
analítica do verbo. Poder e dever são auxiliares que exprimem a potencialidade ou a necessidade
de que determinado processo se realize ou não. Veja:
Pode ocorrer algo inesperado durante a festa.
Deve ocorrer algo inesperado durante a festa.
Outro auxiliar importante é querer, que exprime vontade, desejo. Por exemplo:
Quero ver você hoje.
Também são largamente usados como auxiliares: começar a, deixar de, voltar a, continuar
a, pôr-se a, ir, vir e estar, todos ligados à noção de aspecto verbal.
Aspecto Verbal
No que se refere ao estudo de valor e emprego dos tempos verbais, é possível perceber diferenças
entre o pretérito perfeito e o pretérito imperfeito do indicativo. A diferença entre esses tempos é
uma diferença de aspecto, pois está ligada à duração do processo verbal. Observe:
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O aspecto é imperfeito, pois o processo não tem limites claros, prolongando-se por período im-
preciso de tempo.
O presente do indicativo e o presente do subjuntivo apresentam aspecto imperfeito, pois não im-
põem precisos ao processo verbal:
- Faço isso sempre.
- É provável que ele faça isso sempre.
Já o pretérito mais-que-perfeito, como o próprio nome indica, apresenta aspecto perfeito em suas
várias formas do indicativo e do subjuntivo, pois traduz processos já concluídos:
- Quando atingimos o topo da montanha, encontramos a bandeira que ele fincara (ou havia fin-
cado) dois dias antes.
- Se tivéssemos chegado antes, teríamos conseguido fazer o exame.
Outra informação aspectual que a oposição entre o perfeito e imperfeito pode fornecer diz respeito
à localização do processo no tempo. Os tempos perfeitos podem ser usados para exprimir pro-
cessos localizados num ponto preciso do tempo:
- No momento em que o vi, acenei-lhe.
- Tinha-o cumprimentado logo que o vira.
Já os tempos imperfeitos podem indicar processos frequentes e repetidos:
- Sempre que saía, trancava todas as portas.
O aspecto permite a indicação de outros detalhes relacionados com a duração do processo verbal.
Veja:
- Tenho encontrado problemas em meu trabalho.
Esse tempo, conhecido como pretérito perfeito composto do indicativo, indica um processo repe-
tido ou frequente, que se prolonga até o presente.
- Estou almoçando.
A forma composta pelo auxiliar estar seguido do gerúndio do verbo principal indica um processo
que se prolonga. É largamente empregada na linguagem cotidiana, não só no presente, mas tam-
bém em outros tempos (estava almoçando, estive almoçando, estarei almoçando, etc.).
Tudo estará resolvido quando ele chegar. Tudo estaria resolvido quando ele chegasse.
As formas compostas: estará resolvido e estaria resolvido, conhecidas como futuro do presente
e futuro do pretérito compostos do indicativo, exprimem processo concluído - é a ideia do aspecto
perfeito - ao qual se acrescenta a noção de que os efeitos produzidos permanecem, uma vez
realizada a ação.
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Emprego do Infinitivo Impessoal e Pessoal
Infinitivo Impessoal
Quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal, isso significa que ele apresenta sentido
genérico ou indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa, e sua forma é invariável.
Eu
-
falar -es Tu
vender - Ele
Observe que, embora não haja desinências para a 1ª e 3ª pessoas do singular (cujas formas são
iguais às do infinitivo impessoal), elas não deixam de referir-se às respectivas pessoas do dis-
curso (o que será esclarecido apenas pelo contexto da frase). Por exemplo:
Observações importantes:
O infinitivo impessoal é usado:
1. Quando apresenta uma ideia vaga, genérica, sem se referir a um sujeito determinado;
Exemplos:
Querer é poder.
Fumar prejudica a saúde.
É proibido colar cartazes neste muro.
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3. Quando é regido de preposição e funciona como complemento de um substantivo, adje-
tivo ou verbo da oração anterior;
Exemplos:
Eles não têm o direito de gritar assim.
As meninas foram impedidas de participar do jogo.
Eu os convenci a aceitar.
No entanto, na voz passiva dos verbos "contentar", "tomar" e "ouvir", por exemplo, o Infinitivo
(verbo auxiliar) deve ser flexionado.
Exemplos:
Eram pessoas difíceis de serem contentadas.
Aqueles remédios são ruins de serem tomados.
Os CDs que você me emprestou são agradáveis de serem ouvidos.
6. Com os verbos causativos "deixar", "mandar"e "fazer" e seus sinônimos que não for-
mam locução verbal com o infinitivo que os segue;
Exemplos:
Deixei-os sair cedo hoje.
7. Com os verbos sensitivos "ver", "ouvir", "sentir" e sinônimos, deve-se também deixar o
infinitivo sem flexão.
Exemplos:
Vi-os entrar atrasados.
Ouvi-as dizer que não iriam à festa.
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Observações:
a) É inadequado o emprego da preposição "para" antes dos objetos diretos de verbos como "pe-
dir", "dizer", "falar" e sinônimos;
Pediu para Carlos entrar.
(errado)
Pediu para que Carlos entrasse.
(errado)
Pediu que Carlos entrasse. (correto)
b) Quando a preposição "para" estiver regendo um verbo, como na oração "Este trabalho é para
eu fazer", pede-se o emprego do pronome pessoal "eu", que se revela, neste caso, como sujeito.
Outros exemplos:
Aquele exercício era para eu corrigir.
Esta salada é para eu comer?
Ela me deu um relógio para eu consertar.
Atenção:
Em orações como "Esta carta é para mim!", a preposição está ligada somente ao pronome, que
deve se apresentar oblíquo tônico.
Infinitivo Pessoal
Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal, isso significa que ele atribui um agente ao
processo verbal, flexionando-se.
O infinitivo deve ser flexionado nos seguintes casos:
26
4. Quando apresentar reciprocidade ou reflexibilidade de ação; Por exemplo:
Vi os alunos abraçarem-se alegremente.
Fizemos os adversários cumprimentarem-se com gentileza.
Mandei as meninas olharem-se no espelho.
Nota: como se pode observar, a escolha do Infinitivo Flexionado é feita sempre que se quer en-
fatizar o agente (sujeito) da ação expressa pelo verbo.
DICAS:
a) Se o infinitivo de um verbo for escrito com "j", esse "j" aparecerá em todas as outras formas.
Por exemplo:
Vozes do Verbo
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical é agente
ou paciente da ação.
São três as vozes verbais:
a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa Por exemplo:
27
c) Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a
ação. Por exemplo:
O menino feriu-se.
Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade. Por exemplo:
Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Obs. : o agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a
construção com a preposição de. Por exemplo:
A casa ficou cercada de soldados.
- Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja explícito na frase.
Por exemplo:
A exposição será aberta amanhã.
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), pois o particípio é invariável. Observe
a transformação das frases seguintes:
Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo)
O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indicativo)
Ele faz o trabalho.
(presente do indicativo)
O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo)
Ele fará o trabalho.
futuro do presente)
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o mesmo tempo e modo do verbo prin-
cipal da voz ativa. Observe a transformação da frase seguinte:
O vento ia levando as folhas.
(gerúndio)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)
28
Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva analítica com outros verbos que podem
eventualmente funcionar como auxiliares. Por exemplo:
A moça ficou marcada pela doença.
Por exemplo:
Abriram-se as inscrições para o concurso.
Destruiu-se o velho prédio da escola.
Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva sintética.
Curiosidade: A palavra passivo possui a mesma raiz latina de paixão (latim passio, pas-
sionis) e ambas se relacionam com o significado sofrimento, padecimento. Daí vem o significado
de voz passiva como sendo a voz que expressa a ação sofrida pelo sujeito.
Na voz passiva temos dois elementos que nem sempre aparecem: SUJEITO PACIENTE e
AGENTE DA PASSIVA.
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa passará
a agente da passiva e o verbo ativo assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.
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Por exemplo:
Prejudicaram-me.
Fui prejudicado.
CONCORDÂNCIA VERBAL
Exemplos:
Ele gostava daquele seu jeito carinhoso de ser./ Eles gostavam daquele seu jeito carinhoso de
ser.
1) Sujeito simples
Regra geral:
O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa.
Ex.: Nós vamos ao cinema.
O verbo (vamos) está na primeira pessoa do plural para concordar com o sujeito (nós).
Casos especiais:
Atenção:
Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural.
b) Coletivos partitivos (metade, a maior parte, maioria, etc.) – o verbo fica no singular ou vai
para o plural.
Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão./ A maioria dos alunos foram à excursão.
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d) O sujeito é o pronome relativo "que" – o verbo concorda com o antecedente do pronome.
Ex.: Fui eu que derramei o café./ Fomos nós que derramamos o café.
e) O sujeito é o pronome relativo "quem" - o verbo pode ficar na 3ª pessoa do singular ou con-
cordar com o antecedente do pronome.
f) O sujeito é formado pelas expressões: alguns de nós, poucos de vós, quais de..., quan-
tos de..., etc. - o verbo poderá concordar com o pronome interrogativo ou indefinido ou com o
pronome pessoal (nós ou vós).
Dicas:
g) O sujeito é formado de nomes que só aparecem no plural - se o sujeito não vier precedido
de artigo, o verbo ficará no singular. Caso venha antecipado de artigo, o verbo concordará com o
artigo.
Ex.: Estados Unidos é uma nação poderosa./ Os Estados Unidos são a maior potência mundial.
h) O sujeito é formado pelas expressões: mais de um, menos de dois, cerca de..., etc. – o
verbo concorda com o numeral.
Ex.: Mais de um aluno não compareceu à aula./ Mais de cinco alunos não compareceram à aula.
i) O sujeito é constituído pelas expressões: a maioria, a maior parte, grande parte, etc. - o
verbo poderá ser usado no singular (concordância lógica) ou no plural (concordância atrativa).
j) O sujeito tiver por núcleo a palavra gente (sentido coletivo) - o verbo poderá ser usado no
singular ou plural, se este vier afastado do substantivo.
Ex.: A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanece em casa./ A gente da cidade, te-
mendo a violência da rua, permanecem em casa.
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2) Sujeito composto
Regra geral
O verbo vai para o plural.
Casos especiais:
Ex.: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos tornaremos (1ª pessoa plural) amigos.
O verbo ficou na 1ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.
Ex: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis (2ª pessoa do plural) amigos.
O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.
Atenção:
No caso acima, também é comum a concordância do verbo com a terceira pessoa.
Ex.: Tu e ele se tornarão amigos. (3ª pessoa do plural)
Se o sujeito estiver posposto, permite-se também a concordância por atração com o núcleo mais
próximo do verbo.
Atenção:
Se o sujeito estiver posposto, permite-se a concordância por atração com o núcleo mais
próximo do verbo.
Ex.: A angústia e ansiedade não o ajudavam a se concentrar./ A angústia e ansiedade não o aju-
dava a se concentrar.
d) Quando há gradação entre os núcleos - o verbo pode concordar com todos os núcleos (ló-
gica) ou apenas com o núcleo mais próximo.
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Ex.: Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam./ Uma palavra, um gesto, um olhar bastava.
e) Quando os sujeitos forem resumidos por nada, tudo, ninguém... - o verbo concordará
com o aposto resumidor.
f) Quando o sujeito for constituído pelas expressões: um e outro, nem um nem outro... - o
verbo poderá ficar no singular ou no plural.
g) Quando os núcleos do sujeito estiverem ligados por ou - o verbo irá para o singular
quando a ideia for de exclusão, e para o plural quando for de inclusão.
Exemplos:
h) Quando os sujeitos estiverem ligados pelas séries correlativas (tanto... como/ assim...
como/ não só... mas também, etc.) - o que comumente ocorre é o verbo ir para o plural, em-
bora o singular seja aceitável se os núcleos estiverem no singular.
Exemplos:
Outros casos:
1) Partícula “SE”:
Precisa-se de secretárias.
Confia-se em pessoas honestas.
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CONCORDÂNCIA NOMINAL
CONCORDÂNCIA NOMINAL
Regra geral: mais próximo ou plural
SINGULAR OU PLURAL
· Sujeito composto, de mesmo gênero, singular e posposto = depois (ex: lindo/lindos rosto e
corpo)
MAIS PRÓXIMO
· Sujeito composto por sinônimos (ex: gratidão e reconhecimento profundo)
VÁRIAS FORMAS
· Sujeito composto, com artigo
Ex: As línguas inglesas e francesas
A língua inglesa e francesa
A língua inglesa e a francesa
VARIAM
· O mais...possível, só, obrigado
INVARIÁVEIS
· Advérbios de modo (exs: menos, em anexo, meio, muito, bastante, caro, somente)
· Alerta (ex: os soldados estavam alerta), menos (quantidade), a sós, em mão
Obs: um e outro assuntos / uma e outra parede sujas
a cerveja é boa / cerveja é bom
estou quite / estamos quites
bastantes pessoas falaram bastante bem de você
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CONCORDÂNCIA VERBAL
Regra geral: sujeito composto anteposto = plural (ex: paulo e elias foram) / posposto = singular
ou plural (ex: foi/foram paulo e elias)
SINGULAR
· Sujeito composto por “nem um nem outro”, “um ou outro”, “é muito”, “é pouco”, “é mais de”, “é
menos de”, “é tanto” = quantidade, “mais de um” (ex: mais de um faz), “um dos que”, “algum de”,
“uma parte de”
· Sujeito composto por coletivo (ex: uma porção de homens viu o que aconteceu)
· Sujeito composto, ligado por “com” = companhia / “ou” = exclusão/sinomia (exs: paulo ou eugê-
nio vai, paulo com eugênio vai)
Obs: verbo antes = mais próximo
ª
3 PESSOA DO SINGULAR
· Sujeito composto por “quem” / “qual” (exs: qual de vóis é?, sou eu quem diz)
· Verbo + índice de indeterminação do sujeito “se” (precisa-se de motoristas)
Obs: pregam-se botões
· Verbos impessoais = haver/fazer/estar/ir - tempo/existir/temperatura (exs: faz/há três dias que
ele saiu, fazia dez horas, fazia dez graus)
Obs: Locuções verbais = transmissão de impessoalidade (ex: vai haver)
hão de existirem / hão de fazer = ênfase (ex:vão haver muitas pessoas)
existir/acontecer = pessoais (ex: existem muito motivos)
o sofrimento, as desilusões, as traições da vida, nada/tudo faz (“resuminadora”)
ANTECEDENTE DO SUJEITO
PLURAL
· Sujeito composto anteposto (ex: paulo e joão foram)
· Ligados por “como” (ex: o jovem como o idoso são sensíveis)
· Sujeito composto por “quantos de” (ex: quantos de nós serão aceitos)
a a a a a
· Pronomes pessoais diferentes: a 1 . prevalece sobre a 2 . e 3 . e a 2 . sobre a 3 (exs: eu, tu e
ele somos / tu e ela sois)
· Sujeito ligado por “com” = cooperação / “ou” = inclusão, antomímia, retificação (ex: a viúva
com os filhos saíram)
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Obs: já não se fazem mais casas como antigamente
SINGULAR OU PLURAL
· Sujeito composto por “um e outro” (um e outro ficou/ficaram)
· Sujeito composto por “a maioria”, “a maior parte de” / “grande parte de” / “alguns de” / “um grande
número de” / “muitos de” + nome no plural (ex: a maior parte dos alunos fiajou/viajaram)
· Sujeito composto por “um dos que” (ex: sou um dos que foi/foram)
· Sujeito composto por “cerca de”, “mais de”: concorda com o numeral (exs: mais de um morreu,
cerca de vinte escaparam)
· Sujeito composto por porcentagem ou fração (exs: vinte porcento sobreviveu/sobreviveram, um
terço foi)
“Tudo”, “isso”, “aquilo”, “o que” + verbo ser + nome plural (ex: tudo é/são flores)
Obs: o filho é as alegrias dos pais (ser humano) / o problema são as dívidas (coisa)
os Estados Unidos são uma potência (com artigo) / Estados Unidos é uma potência
Os Luzíadas imortalizaram Camões
hajam vistos os perigos / haja visto a incidência
elas mesmas se corrigiram
raiva, ódio, inveja, tudo é reprovável (palavra “resuminadora”)
hoje são 14 de abril / hoje é dia 14 de junho / são 10 horas / são 10km até lá
entre mim e você
fomos à cantina e voltamos da cantina / acredito nas pessoas e gosto das pessoas
eles propôs o acordo, mas ela discordou do acordo
a escola em que estudei / a pessoa a quem obedeço / a mulher de quem nunca esqueço
a cidade em que morava / a praia a que iremos / o filme de que mais gostei / a empresa em que
trabalho
deram três horas no relógio / o relógio deu dez horas
faltam poucas horas para acabar
é proibido entrada / é proibida a entrada
FIGURAS DE LINGUAGEM
As Figuras de Linguagem são recursos da Língua Portuguesa que criam novos significados
para as expressões, ao trabalhar com o sentido conotativo em vez do literal.
Todas as 35 figuras de linguagem do português conforme seus tipos e com vários exemplos
para não deixar nenhuma dúvida, ENCONTRAM-SE ABAIXO .
Figuras semânticas
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1. Metáfora
“Deixe a meta do poeta, não discuta / Deixe a sua meta fora da disputa / Meta dentro e fora,
lata absoluta / Deixe-a simplesmente metáfora” (Metáfora — Gilberto Gil)
A metáfora é, provavelmente, a figura de linguagem que mais utilizamos no nosso dia a dia.
Ela se baseia em uma comparação implícita, sem o elemento comparativo (“como” ou “tal qual”,
por exemplo), em que uma característica de determinada coisa é atribuída ao elemento metafori-
zado.
Por exemplo, se dizemos que “Maria Rita é uma flor”, nosso cérebro já tem mecanismos
para compreender que o que queremos dizer é que ela é delicada, perfumada, bonita etc., e não
que ela seja literalmente uma flor.
2. Símile ou Comparação
“Te ver e não te querer (…) / É como mergulhar no rio / E não se molhar / É como não
morrer de frio / No gelo polar” (Te Ver — Samuel Rosa, Lelo Zaneti e Chico Amaral)
A símile é, assim como a metáfora, uma figura de comparação — mas, dessa vez, explícita. Como
assim?
A metáfora é mais subjetiva, pois sugere implicitamente uma ligação entre dois seres ou
entidades diferentes a partir de uma característica em comum, enquanto a símile apenas aponta
que existe uma semelhança específica e objetiva entre os dois elementos comparados.
Retomando o exemplo que trouxemos quando explicamos a metáfora, uma símile seria
“Maria Rita é bela como uma flor” ou “Maria Rita é cheirosa, assim como uma flor” — dessa forma,
ressaltamos o determinado atributo que queremos comparar e trazemos um elemento comparativo
(“como”, “que nem”, “assim como”, “tal qual”).
3. Analogia
A analogia também é uma espécie de comparação, mas, nesse caso, feita por meio de uma
correspondência entre duas entidades distintas. O termo também é utilizado no Direito e na Biolo-
gia.
Na escrita, a analogia pode ocorrer quando o autor quer estabelecer uma aproximação
equivalente entre elementos por meio do sentido figurado e dos conectivos de comparação.
Por exemplo, em um trecho do romance “A Redoma de Vidro”, a autora Sylvia Plath faz
uma analogia entre a abundância de opções que temos para escolher o que faremos da vida e
uma árvore cheia de figos:
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“Da ponta de cada galho, como um enorme figo púrpura, um futuro maravilhoso acenava e
cintilava. Um desses figos era um lar feliz com marido e filhos, outro era uma poeta famosa, ou-
tro, uma professora brilhante, outro era Ê Gê, a fantástica editora, outro era feito de viagens à
Europa, África e América do Sul, outro era Constantin e Sócrates e Átila e um monte de amantes
com nomes estranhos e profissões excêntricas, outro era uma campeã olímpica de remo, e
acima desses figos havia muitos outros que eu não conseguia enxergar.
4. Metonímia
“E no Nordeste tudo em paz / Só mesmo morto eu descanso / Mas o sangue anda solto /
(…) / Terceiro mundo, se for / Piada no exterior / Mas o Brasil vai ficar rico” (Que País é Esse? —
Renato Russo)
A metonímia é mais uma figura de linguagem que tem a ver com semelhanças. Ela ocorre
quando um único nome é citado para representar um todo referente a ele. Por exemplo, é comum
dizermos frases como “Adoro ler Clarice Lispector” ou, ainda mais comum, “bebi um copo de leite”.
No primeiro caso, o que eu adoro ler são os livros escritos pela autora Clarice Lispector, e
não a pessoa dela em si. No segundo caso, ocorre o mesmo: o que eu bebi foi o conteúdo (leite)
que estava dentro do copo, e não o objeto copo propriamente dito.
Ao escrever para a web, a metonímia é muito útil e, muitas vezes, usada sem nem percebermos.
Acontece quando substituímos uma marca por um tipo específico de produto — por exem-
plo, Durex substituindo fita adesiva, Toddy substituindo achocolatado em pó e Maizena substi-
tuindo amido de milho. Ela traz maior fluidez à escrita, além de levar o leitor a se identificar com o
texto.
5. Perífrase
“Cidade maravilhosa / Cheia de encantos mil / Cidade maravilhosa / Coração do meu Brasil”
(Cidade Maravilhosa — André Filho)
A perífrase acontece quando um nome ou termo é substituído por alguma característica
marcante sua ou por algum fato que o tenha tornado célebre.
Por exemplo, quando falamos no “rei da selva”, estamos falando do leão. Da mesma forma, pode-
mos nos referir à capital francesa como “Cidade Luz” e ao
Rio São Francisco como “Velho Chico”. Já no caso de pessoas, essa substituição tem o
nome de antonomásia (para saber mais, veja o item 13).
Essa figura de linguagem difere da metáfora, uma vez que a expressão usada para substi-
tuição refere-se unicamente ao termo original, de modo que ele é facilmente identificado.
6. Sinestesia
“Palavras não são más / palavras não são quentes / palavras são iguais / sendo diferentes”
(Palavras — Sérgio Britto e Marcelo Fromer)
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É uma figura de linguagem bastante utilizada na arte, principalmente em músicas e poesias,
uma vez que ela trabalha com a mistura de dois ou mais sentidos humanos (olfato, paladar, audi-
ção, visão e tato).
Na frase “Um silêncio amargo invadiu a sala”, há um tipo de gosto (paladar) servindo de
adjetivo para o silêncio (audição), por exemplo.
7. Hipérbole
“Por você eu largo tudo / Vou mendigar, roubar, matar / Até nas coisas mais banais / Pra
mim é tudo ou nunca mais” (Exagerado — Cazuza)
Ao contrário do eufemismo, a hipérbole serve para exaltar uma ideia, com o objetivo de causar
maior impacto e entusiasmo. Ela é muito usada em nosso cotidiano, como na expressão “Estou
morta de fome”, em que a intenção é enfatizar propositalmente o quanto estamos precisando co-
mer.
8. Catacrese
“Me ame devagarinho / Sem fazer nenhum esforço / Tô doido por seu carinho / Pra sentir
aquele gosto / Que você tem na maçã do rosto / Que você tem na maçã do seu rosto” (Maçã do
Rosto — Djavan)
A catacrese é o nome que utilizamos para algo que não tem um nome próprio. Em outras
palavras, pegamos um termo que já existe e o “emprestamos” para alguma outra coisa. Assim,
o substantivo representa dois significados diferentes, que não têm associação.
Maçã do rosto, pé da mesa e asa da xícara são alguns dos exemplos de catacrese muito utilizados
no dia a dia.
9. Eufemismo
“Dar à luz a uma criança / é iluminar os seus dias / dividir suas tristezas / somar suas alegrias
/ é ser o próprio calor / naquelas noites mais frias” (Dar à Luz — Bráulio Bessa)
O recurso do eufemismo é utilizado quando se deseja dar um tom mais leve para uma ex-
pressão — ou seja, é diretamente oposto à hipérbole. O significado permanece, mas a frase se
torna menos direta, pesada, negativa ou depreciativa. “Fulano descansou em paz” é um ótimo
exemplo de eufemismo muito utilizado.
10. Pleonasmo
“Vamos fugir / Pra outro lugar, baby!” (Vamos Fugir — Skank)
O pleonasmo ocorre quando se repete uma palavra ou expressão na mesma frase com o mesmo
significado. Do ponto de vista da gramática, ele é considerado um vício de linguagem (deixando a
frase redundante). Entretanto, na literatura, costuma ser usado para dar ênfase.
11. Anáfora
“É preciso amor / Pra poder pulsar / É preciso paz pra poder sorrir / É preciso a chuva para
florir” (Tocando em Frente — Almir Sater)
É um recurso utilizado para dar mais ênfase à mensagem, por meio da repetição de palavras. Ela
acontece de forma sucessiva no começo das frases, versos ou períodos.
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12. Ambiguidade ou Anfibologia
“Um primo contou ao outro que sua mãe estava doente.”
Ambiguidade é uma figura de linguagem muito utilizada no meio artístico, de forma poética e lite-
rária. Porém, em textos técnicos e redações ela é considerada um vício (e deve ser evitada). Ela
ocorre quando uma frase fica com duplo sentido, confundindo a interpretação.
13. Antonomásia
“A ‘Dama de Ferro’ despertou admiração e ódio.” (Época Negócios)
Trata-se de um tipo de metonímia. Nesse caso, ocorre a substituição de um nome de pes-
soa por um conjunto de palavras que a caracteriza. Quando a substituição é de um nome comum
ou lugar, o recurso utilizado é a perífrase.
Por exemplo, quando falamos “rei do futebol”, no Brasil, nos referimos ao jogador Pelé. Essa
figura de linguagem difere da metáfora, uma vez que a expressão usada para substituição refere-
se unicamente ao termo original, de modo que ele é facilmente identificado.
A antonomásia também pode ser utilizada para eliminar repetições e tornar o texto mais rico
— e, assim como a perífrase, deve trazer termos que sejam conhecidos pelo público, de modo a
não prejudicar a compreensão.
14. Alegoria
“A vida é uma ópera, é uma grande ópera. O tenor e o barítono lutam pelo soprano, em
presença do baixo e dos comprimários, quando não são o soprano e o contralto que lutam pelo
tenor, em presença do mesmo baixo e dos mesmos comprimários. Há coros numerosos, muitos
bailados, e a orquestra é excelente…” (Dom Casmurro — Machado de Assis)
É usada de forma retórica, a fim de ampliar o significado de uma palavra (ou oração). Ela ajuda a
transmitir um (ou mais) sentidos do texto, além do literal.
15. Simbologia
“A pomba branca simboliza a paz.”
O conceito é bem simples: trata-se do uso de simbologias para indicar alguma coisa.
De modo geral, esses recursos são utilizados em textos da web para dar maior fluidez ao
texto, ao mesmo tempo que realçam a informação passada, deixando a escrita levemente mais
rebuscada, mas sem perder a informalidade necessária nessas situações.
16. Elipse
“A tarde talvez fosse azul, / não houvesse tantos desejos” (Poema de Sete Faces — Carlos
Drummond de Andrade)
A elipse consiste na omissão de um termo sem que a frase tenha seu sentido alterado. Por exem-
plo, na frase “(eu) Quero (receber) mais respeito”, os termos em parênteses podem ser omitidos
sem que o sentido da frase seja alterado.
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17. Zeugma
“O meu pai era paulista / Meu avô, pernambucano / O meu bisavô, mineiro / Meu tataravô,
baiano” (Paratodos — Chico Buarque)
O zeugma é basicamente o mesmo que a elipse, com a diferença de que ele é específico para
omitir nomes ou verbos citados anteriormente — por exemplo, quando dizemos “Eu prefiro litera-
tura, ele, linguística”, e deixamos de repetir o verbo “preferir”.
18. Silepse
“Nem tudo tinham os antigos, nem tudo temos, os modernos.” (Machado de Assis)
A silepse é quando há concordância com uma ideia, e não com uma palavra — ou seja, ela é feita
com um elemento implícito. Pode ocorrer nos seguintes âmbitos: de gênero, de número e de pes-
soa.
No exemplo “O casal se atrasou, estavam se arrumando”, temos uma silepse de número. A
princípio, a frase parece estar errada — já que o verbo “estar” deveria vir no singular, para concor-
dar com “casal” —, mas não se preocupe, essa construção é permitida.
20. Polissíndeto
“E o olhar estaria ansioso esperando / E a cabeça ao sabor da mágoa balançada / E o co-
ração fugindo e o coração voltando / E os minutos passando e os minutos passando…” (Olhar
para Trás — Vinícius de Moraes)
Nem sempre esse recurso pode ser utilizado na redação para web, considerando que a
repetição desnecessária pode deixar o texto cansativo.
21. Assíndeto
“Tem que ser selado, registrado, carimbado / Avaliado, rotulado se quiser voar! / Se quiser
voar / Pra Lua: a taxa é alta / Pro Sol: identidade / Mas já pro seu foguete viajar pelo universo / É
preciso meu carimbo dando o sim / Sim, sim, sim” (Carimbador Maluco — Raul Seixas)
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Ocorre quando um conectivo é excluído da frase (como o “e”), a fim de trazer uma sequência de
informações. Geralmente, é substituído por uma vírgula. É o contrário do que ocorre com o polis-
síndeto.
22. Anacoluto
“Umas carabinas que guardava atrás do guarda-roupa, a gente brincava com elas, de tão
imprestáveis.” (José Lins do Rego)
Trata-se de uma alteração na estrutura da frase, a qual é interrompida por algum elemento inserido
de forma “solta”. Alguns estudiosos defendem que o anacoluto é um erro gramatical.
Figuras de pensamento
23. Antítese
“Não existiria som se não / Houvesse o silêncio / Não haveria luz se não / Fosse a escuridão
/ A vida é mesmo assim / Dia e noite, não e sim” (Certas Coisas — Lulu Santos)
O uso de palavras com sentidos opostos é outro possível recurso para fortalecer o discurso
e deixar um ponto de vista ainda mais claro. A antítese é, justamente, o contraste que ocorre
quando os termos estão bem próximos e acentuam a expressividade do período.
Curiosamente, a antítese é marco da escrita barroca, tida como a arte do contraste, mas
ainda tem espaço na escrita atual, principalmente no contexto digital. O contraste, além de enfati-
zar o sentido das palavras, esclarece que a divergência entre elas é o que garante, de certa forma,
o argumento colocado.
24. Paradoxo
“Se você quiser me prender, vai ter que saber me soltar” (Tiranizar — Caetano Veloso) O
termo, formado pelo prefixo “para”, que indica “contrário a”, e o sufixo “doxa”, que quer dizer “opi-
nião”, é consagrado pelos filósofos e seus sentidos vão além do uso na escrita.
Apesar de ser parecido com a antítese, o paradoxo é uma figura de linguagem usada para
transmitir sentidos opostos em uma mesma construção sintática. As duas ideias devem estar na
mesma frase para expressar essa contradição lógica e, geralmente, estão lado a lado.
No exemplo acima, o paradoxo é produzido pela oposição lógica das palavras “prender” e
“soltar”. Outros bons exemplos são: “O riso é uma coisa séria”, “O melhor improviso é aquele que
é mais bem preparado” e “(O amor) é ferida que dói e não se sente”, de Luís de Camões.
“Mais dez, mais cem, mais mil e mais um bilião, uns cingidos de luz, outros ensanguentados.”
(Ocidentais — Machado de Assis)
Ao pensarmos na apresentação de ideias, a gradação é uma figura de linguagem que propõe a
organização das palavras de acordo com a progressão — ascendente ou descendente — dos
conceitos. O clímax é obtido com a gradação ascendente, enquanto o anticlímax é a organização
de forma contrária.
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26. Personificação ou Prosopopeia
“As casas espiam os homens / Que correm atrás das mulheres” (Poema de Sete Faces —
Carlos Drummond de Andrade)
Personificar é atribuir características humanas e qualidades a objetos inanimados e irracio-
nais. Também parece pouco usual, mas acontece mais do que imaginamos. É comum conceder
sentimentos, ações, sensações e gestos físicos e de fala a objetos.
No trecho do poema, a prosopopeia é percebida no ato de dar ação à casa, que teria a
qualidade de espiar os homens.
27. Ironia
“Moça linda bem tratada, / três séculos de família, / burra como uma porta: um amor!” (Moça
Linda Bem Tratada — Mário de Andrade)
Na ironia, o interlocutor diz uma coisa, mas o significado é outro. Ela é muito conhecida e utilizada
no dia a dia, mas ainda pode gerar certa confusão — principalmente na língua escrita. É utilizada
para se expressar de forma sarcástica ou bem-humorada, além de servir como disfarce ou dissi-
mulação.
28. Apóstrofe
“Oh! Deus, perdoe este pobre coitado / Que de joelhos rezou um bocado / Pedindo pra
chuva cair sem parar” (Súplica Cearense — Luiz Gonzaga)
Trata-se da figura utilizada para invocação ou chamamento. Também é usada para indicar sur-
presa, indignação ou outro sentimento. Um exemplo muito comum é a expressão “minha Nossa
Senhora!”, usada quando alguém se espanta com algo.
29. Alusão
“Eles estavam apaixonados como Romeu e Julieta.”
A alusão é um recurso utilizado para fazer referência ou citação, relacionando uma ideia a outra
— o que pode ocorrer de forma explícita ou não. Ao fazer referência a um acontecimento, pessoas,
personagens ou outros trabalhos, a alusão ajuda no entendimento da ideia que se deseja passar.
No caso do exemplo acima, o objetivo é explicar tamanha paixão que uma pessoa sente
pela outra.
30. Quiasmo
“Cheguei. Chegaste / Tu vinhas fatigada e triste / e triste e fatigado eu vinha.” (No Meio do
Caminho — Olavo Bilac)
O quiasmo ocorre quando existe um cruzamento de palavras (ou expressões), fazendo com
que elas se repitam. Geralmente é usado para enfatizar algum feito. Um bom exemplo de como
ele é usado no dia a dia: “Ele quase não sai. Vai de casa para o trabalho, do trabalho para casa.”.
Figuras sonoras
31. Cacofonia
“Alma minha gentil, que te partiste / Tão cedo desta vida descontente, / Repousa lá no Céu
eternamente, / E viva eu cá na terra sempre triste” (Luís de Camões)
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Na cacofonia, a junção de duas palavras (as últimas sílabas de uma + as sílabas iniciais da outra)
pode tornar o som diferente e criar um novo significado — ela é percebida ao falar, com o som
fazendo parecer algo diferente do que realmente foi dito.
Nos versos acima, a cacofonia acontece logo no início: “alma minha“. Veja alguns exemplos
de cacofonia que podemos produzir até mesmo sem perceber no dia a a dia:
“eu beijei a boca dela“ (cadela);
“a prova valia 5 pontos, um por cada acerto” (porcada);
“ela tinha uma saia longa” (latinha);
“vou te dar uma mão nessa tarefa” (mamão).
32. Onomatopeia
“Passa, tempo, tic-tac / Tic-tac, passa, hora / Chega logo, tic-tac / Tic-tac, e vai-te embora”
(O Relógio — Vinícius de Moraes)
A onomatopeia é um recurso utilizado com o objetivo de reproduzir um barulho, som ou
ruído. É muito usada em histórias. No trecho do poema acima, a onomatopeia “tic-tac” se refere
ao barulho que o relógio faz.
33. Aliteração
“Lá vem o pato / Pata aqui, pata acolá / Lá vem o pato / Para ver o que é que há” (O Pato
— Vinícius de Moraes)
Aliteração é quando se faz a repetição do som de uma consoante na mesma frase. É usada
para dar ênfase ao texto e para criar trava-línguas. Ela tem a sonoridade como base, o que ajuda
a ditar o ritmo.
34. Assonância
A assonância é parecida com a aliteração, mas ocorre quando existe a repetição da vogal
tônica ou de sílabas com as mesmas consoantes e vogais distintas. Como no exemplo a seguir,
em que há repetição das mesmas consoantes com vogais diferentes:
“É a moda / da menina muda / da menina trombuda / que muda de modos / e dá medo” (Moda da
Menina Trombuda — Cecília Meireles)
Apesar de não estarem restritos à oralidade, os recursos sonoros em textos escritos podem
complicar um pouco mais a compreensão do texto, por isso, não são tão aproveitados.
35. Paronomásia
“Enquanto é tão cedo / Tão cedo / Enquanto for… um berço meu / Enquanto for…
um terço meu / Serás vida… bem-vinda / Serás viva… bem viva / Em mim” (Realejo — O Teatro
Mágico)
Consiste no uso de palavras iguais ou com sons semelhantes, mas que têm sentidos diferentes.
Um exemplo de como ela é utilizada no cotidiano é o velho provérbio “quem casa, quer casa”, no
qual a mesma palavra diz respeito ao casamento e à moradia.
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CRASE
Acento Grave
O acento grave usa-se exclusivamente para indicar a crase da preposição "a" com os artigos a,
as e com os demonstrativos a, as, aquele(s), aquela(s), aquilo: à, às, àquele(s), àquela
CRASE
A palavra crase é de origem grega e significa "fusão", "mistura". Na língua portuguesa, é o nome
que se dá à "junção" de duas vogais idênticas. É de grande importância a crase da preposi-
ção "a" com o artigo feminino "a" (s), com o pronome demonstrativo "a" (s), com o "a" inicial dos
pronomes aquele (s), aquela (s), aquilo e com o"a" do relativo a qual (as quais). Na escrita, uti-
lizamos o acento grave ( ` ) para indicar a crase. O uso apropriado do acento grave, depende da
compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental também, para o entendimento da crase,
dominar a regência dos verbos e nomes que exigem a preposição "a". Aprender a usar a crase,
portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo
ou pronome.
Observe:
Vou a a igreja.
Vou à igreja.
No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição "a", exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar)
e a ocorrência do artigo "a" que está determinando o substantivo feminino igreja. Quando ocorre
esse encontro das duas vogais e elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave.
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer algo ou alguém), logo não exige prepo-
sição e a crase não pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto (referir-se a
algo ou a alguém) e exige a preposição "a". Portanto, a crase é possível, desde que o termo
seguinte seja feminino e admita o artigo feminino "a" ou um dos pronomes já especificados.
Há duas maneiras de verificar a existência de um artigo feminino "a" (s) ou de um pronome de-
monstrativo "a" (s) após uma preposição "a":
45
Veja os exemplos:
Conheço "a" aluna. / Conheço o aluno.
Refiro-me ao aluno. / Refiro-me à aluna.2- Trocar o termo regente acompanhado da preposi-
ção a por outro acompanhado de uma preposição diferente (para, em, de, por, sob, sobre).
Se essas preposições não se contraírem com o artigo, ou seja, se não surgirem novas for-
mas (na (s), da (s), pela (s),...), não haverá crase.
Veja os exemplos:
- Penso na aluna.
- Apaixonei-me pela aluna.
Atenção: lembre-se sempre de que não basta provar a existência da preposição "a" ou do
artigo "a", é preciso provar que existem os dois.
Evidentemente, se o termo regido não admitir a anteposição do artigo feminino "a" (s), não
haverá crase. Veja os principais casos em que a crase NÃO ocorre:
Obs.: como os verbos não admitem artigos, constatamos que o "a" dos exemplos acima é
apenas preposição, logo não ocorrerá crase.
- Diante da maioria dos pronomes e das expressões de tratamento, com exceção das for-
massenhora, senhorita e dona:
Diga a ela que não estarei em casa amanhã.
Entreguei a todos os documentos necessários.
Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem.
Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos.
Mostrarei a vocês nossas propostas de trabalho.
Quero informar a algumas pessoas o que está acontecendo.
Isso não interessa a nenhum de nós.
46
Aonde você pretende ir a esta hora?
Agradeci a ele, a quem tudo devo.
Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes podem ser identificados
pelo método explicado anteriormente. Troque a palavra feminina por uma masculina, caso
na nova construção surgir a forma ao, ocorrerá crase. Por exemplo:
- Diante da palavra "moda", com o sentido de "à moda de" (mesmo que a expressão moda
de fique subentendida):
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé.
Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro.
- Na indicação de horas:
Acordei às sete horas da manhã.
Elas chegaram às dez horas.
Foram dormir à meia-noite.
Ele saiu às duas horas.
Obs.: com a preposição "até", a crase será facultativa.
Por exemplo: Dormiram até as/às 14 horas.
47
Crase diante de Nomes de Lugar
Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do artigo "a". Outros, entretanto, admitem o
artigo, de modo que diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a preposição "a".
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Implica a mobilização dos conhecimentos prévios que cada pessoa possui antes da
leitura de um determinado texto;
Pressupõe que a aquisição do novo conteúdo lido estabeleça uma relação com a infor-
mação já possuída, levando ao crescimento e à ampliação do conhecimento do leitor;
Pretende que haja uma apreciação pessoal e crítica aquando da análise do novo conte-
údo lido, afetando de alguma forma o leitor.
Assim, podemos afirmar que existem diferentes tipos de leitura: uma leitura prévia, uma
leitura seletiva, uma leitura analítica e, por fim, uma leitura interpretativa.
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4) Separe fatos de opiniões.
Na leitura do texto, o leitor deverá separar claramente o que é um fato (verdadeiro, obje-
tivo e comprovável) do que é uma opinião (pessoal, tendenciosa e mutável). É importante tam-
bém diferenciar as ideias transmitidas pelo autor das suas próprias ideias, que não deverão pre-
valecer sobre ou refutar as ideias transmitidas no texto.
49
Resumir as principais ideias do texto;
Parafrasear o conteúdo do texto, tirando conclusões pessoais sobre as ideias apresentadas pelo
autor
A publicidade, de uma forma geral, alia elementos verbais e imagéticos na constituição de seus
textos. Nessa peça publicitária, cujo tema é a sustentabilidade, o autor procura convencer o leitor
a
a) Mafalda emprega o mesmo valor semântico para o vocábulo “indicador” no primeiro e no úl-
timo quadrinho.
b) Mafalda não sabe a importância do dedo indicador.
c) A expressão “dedo indicador” é utilizada de maneira metafórica pelo autor da tirinha.
d) Mafalda ainda não sabe exatamente o significado da expressão “indicador de desemprego”
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e) Apesar de ser uma criança, Mafalda já percebe as injustas relações de trabalho estabelecidas
entre patrões e operários...
A partir da leitura da tirinha de Calvin e Haroldo, criação do desenhista Will Watterson, é possível
inferir apenas:
a) A linguagem verbal é predominante. Sendo assim, a linguagem não verbal não auxilia na
construção de sentidos da tirinha.
b) O desenhista, por meio da personificação da personagem Haroldo, discute sobre a importân-
cia da indústria da guerra para a promoção da paz mundial.
c) A ironia é a figura de linguagem predominante na linguagem verbal, presente nas falas de Cal-
vin no terceiro e quarto quadrinhos. Por meio de metáforas, Bill Watterson faz uma dura crítica à
indústria norte-americana de guerra...
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d) A linguagem verbal não contribui para o melhor entendimento da tirinha, pois todo efeito de
humor está contido na linguagem não verbal por meio das expressões exibidas por Calvin e Ha-
roldo no último quadrinho.
PONTUAÇÃO
Sinais de pontuação são recursos prosódicos que conferem às orações ritmo, entoação e pausa,
bem como indicam limites sintáticos e unidades de sentido. Na escrita, substituem, em parte, o
papel desempenhado pelos gestos na fala, garantindo coesão, coerência e boa compreensão da
informação transmitida.
1. Ponto (.)
b) Separar períodos:
Ela vai estudar mais tempo. Ainda é cedo.
c) Abreviar palavras:
V. Ex.ª (Vossa excelência)
2. Dois-pontos (:)
3. Reticências (...)
Usa-se para:
52
a) Indicar dúvidas ou hesitação:
Sabe... preciso confessar uma coisa: naquela viagem gastei todas as minhas economias.
b) Interromper uma frase incompleta sintaticamente:
Talvez se você pedisse com jeitinho...
c) Concluir uma frase gramaticalmente incompleta com a intenção de estender a reflexão:
Pedofilia, estupros, assassinatos, pessoas sem ter onde morar, escândalos ligados à corrup-
ção... assim caminha a humanidade.
d) Suprimir palavras em uma transcrição:
“O Cristo não pediu muita coisa. (...) Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros.” (Chico
Xavier)
4. Parênteses ( )
Quando utilizar:
a) Em perguntas diretas:
Quando você chegou?
b) Às vezes, pode ser utilizada junto com o ponto de exclamação para enfatizar o enunciado:
Não acredito, é sério?!
7. Vírgula (,)
Esse é o sinal de pontuação que exerce o maior número de funções, por isso aparece em várias
situações. A vírgula marca pausas no enunciado, indicando que os termos por ela separados não
formam uma unidade sintática, apesar de estarem na mesma oração.
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A seguir confira as situações em que se deve utilizar vírgula.
a) Separar o vocativo:
Marília, vá à padaria comprar pães para o lanche.
b) Separar apostos:
Camila, minha filha caçula, presenteou-me com este relógio.
c) Separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado:
Os políticos, muitas vezes, visam somente os próprios interesses.
d) Separar elementos de uma enumeração:
Meus bolos prediletos são os de chocolate, coco, doce de leite e nata com morangos.
e) Isolar expressões explicativas:
Faça um bolo de chocolate, ou melhor, de chocolate e morangos
f) Separar conjunções intercaladas:
Os deputados não explicaram, porém, o porquê de tantas faltas.
g) Separar o complemento pleonástico antecipado:
Havia no rosto dela ódio, uma ira, uma raiva que não possuía justificativa.
h) Isolar o nome do lugar na indicação de datas:
São Paulo, 10 de Dezembro de 2016.
i) Separar termos coordenados assindéticos:
Vim, vi, venci. (Júlio César)
j) Marcar a omissão de um termo:
Maria gosta de praticar esportes, e eu, de comer. (omissão do verbo gostar)
Antes da conjunção, como nos casos abaixo:
k) Quando as orações coordenadas possuem sujeitos diferentes:
Os políticos estão cada vez mais ricos, e seus eleitores, cada vez mais pobres.
l) Quando a conjunção “e” repete-se com o objetivo de enfatizar alguma ideia (polissíndeto):
Eu alerto, e brigo, e repito, e faço de tudo para ela perceber que está errada, porém nunca me
escuta.
m) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” assume valores distintos que não retratam sen-
tido de adição (adversidade, consequência, por):
Teve febre a noite toda, e ainda está muito fraca.
Entre orações:
n) Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas:
Amélia, que não se parece em nada com a Amélia da canção, não suportou seu jeito grosseiro e
mandão.
o) Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção das orações
iniciadas pela conjunção “e”:
Pediu muito, mas não conseguiu convencer-lhe.
p) Para separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), principalmente
se estiverem antepostas à oração principal:
A casa, tão cara que ela desistiu da compra, hoje está entregue às baratas.
q) Para separar as orações intercaladas:
Ficou doente, creio eu, por conta da chuva de ontem.
r) Para separar as orações substantivas antepostas à principal:
Quando me formarei, ainda não sei.
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8. Ponto e vírgula (;)
a) Utiliza-se ponto e vírgula para separar os itens de uma sequência de outros itens:
b) Utilizamos ponto e vírgula, também, para separar orações coordenadas muito extensas ou
orações coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula:
“O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciada-
mente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que so-
fria desde moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior
um tanto tenso." (O Visconde de Inhomerim - Visconde de Taunay)
9. Travessão (—)
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Regras básicas
As regras de acentuação gráfica procuram reservar os acentos para as palavras que se enqua-
dram nos padrões prosódicos menos comuns da língua portuguesa. Disso, resultam as seguintes
regras básicas:
Proparoxítonas – são todas acentuadas. Têm a antipenúltima sílaba tônica e, nesse caso, é a
sílaba que leva acento. É o caso de: lâmpada, relâmpago, Atlântico, trôpego, Júpiter, lúcido, óp-
timo, víssemos, flácido.
Paroxítonas – são as palavras mais numerosas da língua e justamente por isso as que recebem
menos acentos. Têm a penúltima sílaba tônica. São acentuadas as que terminam em:
Ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de s: água, árduo, pónei, cáries, mágoas,
jóqueis.
FONÉTICA E FONOLOGIA
M / N As letras M e N devem ser analisadas com muito cuidado. Elas podem ser:
Consoantes = Quando estiverem no início da sílaba.
Semivogais = Quando formarem os grupos AM, EM e EN, em final de palavra - somente em fi-
nal de palavra - sendo representadas foneticamente por Y ou W.
Ressôo Nasal = Quando estiverem após vogal, na mesma sílaba que ela, excetuando os três
grupos acima. Indica que o M e o N não são pronunciados, apenas tornam a vogal nasal, portanto
haverá duas letras (a vogal + M ou N) com um fonema só (a vogal nasal).
Oxítonas/ Monossílabos
Oxítonas – Têm a última sílaba tônica. São acentuadas as que terminam em:
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-e, es: você, café, Urupês, jacarés.
-o, os: jiló, avó, avô, retrós, supôs, paletó, cipó, mocotó.
-em, ens: alguém, armazéns, vintém, parabéns, também, ninguém.
-Esta regra desapareceu (para palavras paroxítonas). Escreve-se agora: ideia, colmeia, celuloide,
boia.
-Observe: há casos em que a palavra se enquadrará em outra regra de acentuação. Por exemplo:
contêiner, Méier, destróier serão acentuados porque terminam em R.
• ex.: aí: a-í; balaústre: ba-la-ús-tre; egoísta: e-go-ís-ta; faísca: fa-ís-ca; viúvo; vi-ú-vo; hero-
ína: he-ro-í-na; saída: sa-í-da; saúde: sa-ú-de.
• Não se acentuam as palavras oxítonas terminadas em i ou u (seguidos ou não do s). Pala-
vras como baú, saí, Anhagabaú, etc., são acentuadas não por serem oxítonas, mas por o i e o u
formarem sílabas sozinhos, num hiato.
Acento diferencial
O acento diferencial é utilizado para diferenciar palavras de grafia semelhante. Usamos o
acento diferencial – agudo ou circunflexo – nos vocábulos da coluna esquerda para diferenciar dos
da direita:
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- O acento em “fôrma” pode ser considerado opcional.
Observe: Quando o verbo admitir duas pronúncias diferentes, usando a ou i tônicos, aí acentua-
mos estas vogais:
eu águo, eles águam e enxáguam a roupa (a tônico); eu delínquo, eles delínquem (í tônico).
tu apazíguas as brigas; apazíguem os grevistas.
-Se a tônica, na pronúncia, cair sobre o u, ele não será acentuado: Eu averiguo (diga averi-gú-o,
mas não acentue) o caso; eu aguo a planta (diga a-gú-o, mas não acentue).
Módulo de exercícios
Acentuação Gráfica – Novas regras
01. Assinale o item em que todas as palavras são acentuadas pela mesma regra de: também,
incrível e caráter.
a) há – até – atrás
b) história – ágeis – você
c) está – até – você
d) ordinário – apólogo – insuportável
e) mágoa – ícone – número
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GABARITO
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
01 02
A C
SUJEITO
Sujeito e predicado
Exemplo:
(nós) Participamos das discussões acaloradamente.
Oscar é candidato a senador; poderá ter muitos votos. (O sujeito da segunda oração é o mesmo
da primeira: Oscar)
Exemplos:
Assaltaram o bando da esquina.
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Assistiu-se ao assalto passivamente.
e) Inexistente (oração sem sujeito): ocorre com verbos impessoais.
fenômenos da natureza:
Ventou demais durante a noite.
Classificação do sujeito
Haver significando existir, ocorrer, acontecer ou indicando
Tempo decorrido:
Haverá eleições para presidente, senador e deputados.
Há dias que não chove.
Predicação verbal
Exemplo:
O escritor contemporâneo escreveu várias obras importantes.
Exemplo:
O banqueiro não necessitava de dinheiro.
Exemplo:
O empresário enviou a planilha de custos ao Ministério.
Exemplo:
Os trabalhadores retornaram às fábricas.
e) Verbo de ligação: liga o sujeito a uma característica (adjetivo ou expressão substituível por ad-
jetivo) chamada de predicativo do sujeito.
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Exemplo:
O dia está chuvoso.
O cão parece com fome. (= faminto)
Complementos verbais
Exemplo:
Escreveram várias obras importantes.
COMPLEMENTO VERBAL/PREDICATIVOS
Exemplo:
Necessitavam de muito dinheiro.
Predicativos
Exemplo:
Suas palavras foram sinceras.
OS
Exemplo:
Considero suas palavras sinceras.
PO
SINTAXE
Adjunto adnominal
Termo determinante de um núcleo nominal (substantivo).
É representado por artigos, adjetivos, locuções adjetivas, numerais adjetivos e pronomes adjeti-
vos.
Exemplo:
Os meus primeiros bons amigos de infância visitaram minha casa de campo.
AA AAAAAA subst. AA AA subst. AA
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Complemento Nominal
Termo preposicionado que completa o sentido de um nome transitivo.
a) Substantivo
Exemplo:
O país tinha dependência de empréstimos externos.
subst. CN
b) Adjetivo
Exemplo:
O país continua dependente de empréstimos externos.
adj. CN
c) Advérbio
Adjunto Adverbial
Termo que atribui ao verbo, adjetivo ou advérbio uma circunstância adverbial de tempo, modo,
lugar, negação, afirmação, dúvida, intensidade, concessão, companhia, causa, condição, confor-
midade, assunto etc. É representado por advérbio ou locução adverbial.
Exemplos:
Amanhã iremos com os estudantes ao museu.
AA Tempo AA Companhia AA lugar
Agente da passiva
Exemplo:
A negociação da dívida era defendida pelo ministro da Fazenda.
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Sujeito Paciente Agente da Passiva
Aposto
Termo que explica, enumera, resume, especifica outro termo chamado fundamental.
Exemplos:
O mestre, estudioso do idioma, ensinava literatura. (aposto explicativo)
Encontrei três alunos na praia: Pedro, Paulo e Teresa..(aposto enumerador)
Gritos, choros, lamentos, nada o comoveu. (aposto resumitivo)
A cidade de Itapetininga fica na região sul. (aposto especificador)
Vocativo
Exemplos:
Amor, eu quero seu carinho.
O trabalho, meus amigos, engrandece o homem.
Ajudai-me, ó meu senhor, nos momentos difíceis.
a) Objeto direto
Exemplo:
Nunca mais me amarás como antes.
b) Objeto indireto
Exemplo:
Sempre me obedeceu, apesar de tudo.
Observação:
Os objetos também podem assumir valor reflexivo ou recíproco.
Exemplos:
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O técnico e o presidente cumprimentaram-se friamente. (OD recíproco)
Deram-se as mãos e caminharam lado a lado. (OI recíproco)
c) Adjunto adnominal
d) Complemento nominal
Relacionados a adjetivos.
Exemplo:
Foi-me favorável a decisão do júri.
(= Foi favorável a mim.)
Classificação do predicado
a) Nominal: constrói-se com verbo de ligação, tendo como núcleo o predicativo do sujeito.
Exemplos:
núcleo
A menina era inteligente.
VL PS
núcleo
Seus desejos são minhas vontades.
VL PS
Exemplos:
núcleo
Os jogadores da seleção voltaram ao Brasil.
VI
núcleo
O governador pediu o apoio da população.
VTD
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c) Verbo nominal: constrói-se com verbo intransitivo ou transitivo, possuindo, também, predica-
tivo (do sujeito ou do objeto).
Exemplos:
núcleo/ núcleo
A torcida abandonou o estádio irritadíssima.
VI PS
núcleo
O tribunal considerou inocente o réu.
VTD PO OD
Período Composto Contém mais de uma oração, o que equivale a dizer que no período composto
há sempre dois ou mais verbos. Como a uma oração corresponde uma forma verbal, no período
composto haverá tantas orações quantos forem os verbos. Por exemplo: A ausência diminui as
paixões medíocres e aumenta as grandes, como o vento apaga as velas e atiça as fogueiras.
Neste período há quatro verbos; logo, há quatro orações..
Assindéticas = vêm justapostas, não iniciadas por conjunção coordenativa. Por exemplo: O dia é
belo, esplende ao sol a baía, os aviões rumorejam, passam mulheres perfumadas.
Sindéticas = são introduzidas por uma conjunção coordenativa qualquer, da qual tomam o nome.
Assim, há cinco espécies de orações coordenadas sindéticas:
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SINTAXE DE PERÍODO COMPOSTO
Sindéticas Aditivas = iniciadas por conjunção coordenativa aditiva. Por exemplo: Eu leio os origi-
nais e você corrige os erros. Não falava nem se mexia.
Sindéticas Adversativas = iniciadas por conjunção coordenativa adversativa. Por exemplo: É po-
bre mas é honesto. Estudou muito, porém foi reprovado.
Sindéticas Alternativas = iniciadas por conjunção coordenativa alternativa. Por exemplo: Ou tra-
balha, ou estuda. No Rio, ora chove, ora faz calor.
Sindéticas Explicativas = iniciadas por conjunção coordenativa explicativa. Por exemplo: Não
chores, porque é pior. Faça silêncio, pois aqui é uma sala de aula.
Sindéticas Conclusivas = iniciadas por conjunção coordenativa conclusiva. Por exemplo: Penso,
logo existo. Menti ao papai, por isso apanhei.
Neste período figuram orações de duas naturezas, ou seja, orações principais e orações subordi-
nadas.
Oração Principal é aquela que apresenta um de seus membros representado em outra oração do
período, chamada, portanto, de subordinada. A oração principal é na verdade um fragmento de
frase, já que seus termos constitutivos não estão desenvolvidos nela mesma. Por isso, a oração
subordinada vem completar o sentido da principal.
Substantivas = na maioria das vezes, as orações subordinadas substantivas são introduzidas por
conjunção subordinada integrante, sendo as principais a partícula QUE e a SE. Tais orações são
assim denominadas porque exercem função sintática própria de substantivo.
Adjetivas = são introduzidas por pronomes relativos, sendo o mais comum o relativo QUE
quando substituível por O QUAL, A QUAL, OS QUAIS, AS QUAIS, sem alterar o sentido do perí-
odo. Tais orações exercem a função de adjuntos adnominais. Como a função de adjunto adnomi-
nal é própria de adjetivo, a oração do mesmo valor chama-se adjetiva.
EXPLICATIVAS = vêm entre vírgulas e a noção de predicado que elas possuem é própria do
termo a que se referem. Por exemplo: O mel, que é doce, não diminui as agruras da vida. O ho-
mem, que é mortal, deve bem aproveitar o seu tempo.
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RESTRITIVAS = não vêm entre vírgulas e a noção do predicado que elas possuem restringe o
termo a que se referem. Por exemplo: O livro que comprei é muito bom. A pessoa que encontrei
estava uniformizada.
CAUSAIS = justificam o fato expresso na oração principal, sendo introduzidas por uma conjunção
subordinativa causal. Por exemplo: Não paguei à empregada, porque não tinha dinheiro. Como
faltasse energia elétrica, a aula foi suspensa..
CONCESSIVAS = indicam empecilho que não impede a realização do fato expresso na oração
principal, sendo introduzidas por conjunção subordinativa concessiva. Por exemplo: Embora fosse
pobre, comprou uma bela residência. Ainda que chegue atrasado, conseguirei ingresso.
CONFORMATIVAS = dão idéia de conformidade, sendo introduzidas por uma conjunção subordi-
nativa conformativa. Por exemplo: Fiz a lição conforme o professor pediu. Dei o recado como es-
tava escrito.
FINAIS = indicam ideia de finalidade relacionada com o que se diz na oração principal, sendo
introduzidas por uma conjunção subordinativa final. Por exemplo: Fiz sinal ao ônibus que parasse.
Economize muito para que possa ter alguma coisa na vida.
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PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO E POR SUBORDINAÇÃO
Observações = Pode haver várias orações principais, várias subordinadas e coordenadas num
período. Orações coordenadas e subordinadas são ao mesmo tempo principais, havendo outras
que representam membros das referidas orações.
ORAÇÕES REDUZIDAS
Têm o verbo no infinitivo, gerúndio ou particípio. Geralmente podem ser desenvolvidas em orações
subordinadas introduzidas por conjunções subordinativas ou por pronomes relativos, e às vezes
em orações coordenadas iniciadas por conjunções coordenadas. As orações reduzidas que não
se desdobram chamam-se fixas. Por exemplo: Eu tenho vontade de falar com você. O desdobra-
mento da oração reduzida em oração desenvolvida é feito da seguinte maneira: o verbo passa da
forma nominal à forma não-nominal e o conectivo(conjunção ou pronome relativo) é indicado no
início da oração. Por exemplo: Reduzida = Amanhecendo, sairemos..
De Infinitivo:
Substantivas subjetivas = Não convém agir assim(= Não convém que ajas assim). É importante
te-res paciência (= É importante que tenhas paciência).
Substantivas objetivas diretas = Ignoro tê-lo como amigo. Dizem estarem com razão(= Dizem que
estão com razão).
Substantivas predicativas = O importante é ter calma(= O importante é que tenha calma). Sua von-
tade era viajar para o Ceará.
Substantivas completivas nominais = Estou disposto a praticar esporte. Elias tem necessidade de
falar com Roberta.
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Adverbiais temporais = Ao despedir-se, não conteve as lágrimas(= Quando se despediu, não
conte-ve as lágrimas).
Adverbiais concessivas = Apesar de ser velho, ouvia os conselhos de qualquer pessoa(= Embora
fosse velho, ouvia os conselhos de qualquer pessoa).
Adverbiais condicionais = Nada farás sem me consultares previamente(= Nada farás se não me
consultares previamente).
Adverbiais causais = Por se achar doente, não viajou(= Porque estivesse doente, não viajou).
De Gerúndio:
Adverbiais concessivas = Mesmo amando Carlos, será uma mulher infeliz(= Embora ame Carlos,
será uma mulher infeliz).
Adverbiais causais = Estando gripado, não fui à escola(= Como estivesse gripado, não fui à es-
cola).
Adverbiais modais = Aprendeu lendo os escritores clássicos. Nota = as adverbiais modais geral-
mente são fixas.
De Particípio:
Subordinadas adjetivas = A casa visitada por mim era bonita(= A casa que foi visitada por mim era
bonita).
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Adverbiais temporais = Terminada a prova, os alunos foram dispensados(= Depois que terminaram
a prova, os alunos foram dispensados).
Adverbiais condicionais = Aceito meu pedido, terá uma recompensa(= Se aceitar meu pedido, terá
uma recompensa).
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