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1) Estudo da sílaba
SÍLABA: unidade formada por um ou mais fonemas produzidos
em uma única emissão sonora: ca-sa, ba-nho.
▪ Sílaba tônica: a sílaba mais proeminente de uma palavra, a que é pronunciada com maior
força/intensidade (ventilador, peixe, pântano). Nem sempre será marcada por acento gráfico, pois
existem regras de acentuação que regem as situações em que o acento será utilizado.
2) Encontros vocálicos
ENCONTRO VOCÁLICO: agrupamento de vogais ou de vogais e
semivogais sem uma consoante intermediária.
a) Ditongo: encontro de uma vogal e uma semivogal (e vice-versa), na mesma sílaba. Pode ser de quatro
tipos: crescente, decrescente, oral e nasal.
- O ditongo decrescente, por sua vez, é o que decresce em força de pronúncia: a vogal vem antes da
semivogal. Exemplos: pai, põe, peixe.
Dizemos, também, que o ditongo é oral quando a vogal (o som mais forte do encontro vocálico) é oral
(mágoa) e que é nasal quando essa vogal é um som nasalizado, produzido pelo nariz (coração).
b) Tritongo: encontro, em uma mesma sílaba, entre uma semivogal, uma vogal e outra semivogal. Exemplo:
saguão, Paraguai.
c) Hiato: encontro imediato de duas vogais, em sílabas distintas, uma vez que duas vogais não podem
ocupar uma mesma sílaba. Exemplos: raiz (ra-iz), saúde (sa-ú-de).
ATENÇÃO!
Palavras como “história” e “tênue” têm duas possibilidades de separação silábica. A primeira
considera que as terminações são em ditongos crescentes: his-tó-ria, tê-nue. A segunda considera
que se trata de um hiato (a semivogal, que aparece primeiro, se torna uma vogal): his-tó-ri-a, tê-nu-
e. No primeiro caso, teríamos paroxítonas; no segundo, proparoxítonas eventuais, ocasionais ou
acidentais. Ambas as interpretações são reconhecidas pelo Vocabulário Ortográfico da Língua
Portuguesa (VOLP), embora a primeira seja a preferencial.
▪ Um encontro consonantal pode acontecer em uma única sílaba (encontro consonantal perfeito),
como em “blusa”, ou em sílabas separadas (encontro consonantal imperfeito), como em “parto”:
blu-sa, par-to. Trata-se de duas consoantes com sons distintos.
▪ Há dígrafo consonantal quando dois grafemas representam um único som consonantal: ch, lh, nh,
rr, sc, sç, ss, xc, gu, qu. Exemplos: chuva, mulher, crescer. Nesse caso, a palavra tem mais letras do
que sons (chuva: 5 letras e 4 fonemas).
▪ Há dígrafo vocálico quando uma vogal tem sua nasalidade marcada por um <m> ou um <n>, que
aparece logo em seguida e pertence à mesma sílaba: am, an, em, en, im, in, om, on, um, un. A
consoante não é pronunciada, o som da vogal é o que predomina.
Exemplos: cantar, gente, limpo, tonto, mundo.
ATENÇÃO!
Há, ainda, as palavras que têm mais sons do que letras. Isso acontece quando a letra <x> tem som
de /ks/. Exemplos: táxi (4 letras e 5 fonemas) e conexão (7 letras e 8 fonemas).
4) Acentuação gráfica
▪ Regra geral das oxítonas: são acentuadas todas que terminam em a(s), e(s), o(s) em(ens). Exemplos:
encontrá-lo, café, avô, também, (tu) conténs.
▪ Regra das proparoxítonas: todas são acentuadas. Exemplos: lâmpada, álibi, síncope.
▪ Regra dos monossílabos tônicos: são acentuados todos que terminam em a(s), e(s), o(s). Exemplos: pá,
gás, fé, mês, dó, pô-lo.
▪ Caso especial 1: os ditongos abertos (éi, éu, ói) recebem acento agudo quando estão na sílaba tônica de
oxítonas e monossílabos tônicos. Exemplos: anéis, troféu, céu, herói.
▪ Caso especial 2: acentuam-se as paroxítonas terminadas em ditongo. Exemplos: órfão, história, família.
▪ Caso especial 3: acentuam-se as vogais <i> e <u> tônicas em contexto de hiato, seguidas ou não de <s>.
Exemplos: saída, saúde, juíza, baú. Exceção: a regra não se aplica quando a sílaba seguinte é iniciada por
<nh>, como em rainha.
▪ Caso especial 4: os acentos diferenciais, que são sempre circunflexos, são empregados para fazer a
diferenciação entre vocábulos semelhantes. Aplicam-se aos seguintes casos:
a) Aos verbos ter, vir e derivados na terceira pessoa do plural no presente do indicativo – eles têm,
eles retêm, eles vêm, eles intervêm (em oposição a ele tem, ele retém, ele vem, ele intervém).
b) À forma verbal pôr, em oposição à preposição por, que é um monossílabo átono – É melhor pôr o
lençol por cima da cama.
c) À forma verbal pôde, na terceira pessoa do singular do pretérito perfeito, em oposição à forma
verbal pode, no presente do indicativo – Ele não pôde nos ajudar ontem, mas disse que pode nos
ajudar hoje.
OBSERVAÇÃO 1: para o novo acordo ortográfico, não se acentua o primeiro <o> de palavras paroxítonas
terminadas em <oo>, como voo e abençoo.
OBSERVAÇÃO 2: o acento gráfico de más (adjetivo: Elas são más), em oposição a mas (conjunção: Não
consegui sair ontem, mas amanhã tudo dará certo), não é um acento diferencial. A conjunção é um
monossílabo átono.
DICA 1
ímã, órfã X casa
As duas primeiras levam acento gráfico porque são paroxítonas não terminadas em /a/, mas em /ã/.
O que deve ser considerado para a acentuação é o som, não a letra.
DICA 2
dó, dê X do, de
DICAgráfico
As duas primeiras levam acento 3 porque são paroxítonas
avó X dó
não terminadas em /a/, mas em /ã/.
O que
Respectivamente, deve
uma ser considerado
oxítona terminada para a acentuação
em <o> é o som,tônico
e um monossílabo não a terminado
letra. em <o>.
Alguns gramáticos dizem que o monossílabo tônico seria também um oxítono, mas isso não é
considerado em provas de concurso público.
DICA 4
ter, vir X crer, dar, ler, ver (e respectivos derivados, como advir e prever)
Os primeiros têm acento diferencial no plural (eles têm, eles vêm); os do segundo tipo, para o atual
acordo ortográfico, não levam acento (eles creem, eles veem, eles leem, eles deem, eles reveem).
DICA 5
alcaloide, ideia X constrói, Niterói X destróier, Méier
As do primeiro grupo não levam acento: são paroxítonas em ditongo aberto; as do segundo grupo
levam acento: são oxítonas em ditongo aberto; as do terceiro grupo levam acento: são paroxítonas
não terminadas em a(s), e(s), (o)s – entram, portanto, na regra geral.
DICA 6
história, túneis X história, paralelepípedo
As duas justificativas são possíveis para a acentuação de história (paroxítona terminada em ditongo
ou proparoxítona, terminada em hiato), mas a preferencial é a primeira.
DICA 7
(ele) retém X (eles) retêm
O primeiro vocábulo cai na regra geral das oxítonas, o segundo (referente ao plural) é acento
diferencial.
"Os diferentes se atraem" – vogais e consoantes diferentes ficam juntas, sem hífen.
USAR
Regra Exemplos
Com prefixos que terminam com a mesma letra que inicia micro-ondas, hiper-resistente
a palavra posterior.
Com os prefixos {recém-}, {além-}, {aquém-}, {sem-}, {ex-} e recém-nascido, além-mar, sem-terra, vice-
{vice-}. presidente
Com os prefixos {sub-}, {sob-}, {ad-}, {ab-} e {ob-} seguidos sub-região, ab-rogar
de <r> ou <b>.
Com “bem”.
bem-educado, bem-criado
Exceção: se adicionado a palavras derivadas de “querer” ou
“fazer” (benfeito, benquerer).
Com ”mal” adicionado a palavras iniciadas por vogal, <h> mal-educado, mal-humorado, mal-lavado
ou <l>. X
maltratado, malcriado
NÃO USAR
Regra Exemplos
Com o prefixo {co-}, nem mesmo se a próxima letra for <o> coordenação, coabitar (co + habitar)
ou <h>.
a) Por que: pode ser utilizado no início ou no meio de frases interrogativas (diretas ou indiretas); e pode ser
apenas a estrutura [preposição "por" + "que" (pronome relativo ou conjunção integrante)]. Exemplos:
c) Porque: introduz uma explicação ou uma causa relacionada a uma afirmação anterior (conjunção
explicativa ou causal). Exemplos:
- Vou sair mais cedo porque já cheguei atrasada três vezes nesta semana.
- É melhor levar um guarda-chuva, porque vai chover.
d) Porquê: sinônimo de "motivo" e "razão", podendo ser perfeitamente substituível por essas palavras, e,
na maioria das vezes, aparece acompanhado por artigo (substantivo). Exemplos: