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CONSTITUCIONAL
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AVISO DE DIREITOS AUTORAIS
Prezado aluno, antes de iniciarmos nossos estudos de hoje, precisamos ter uma
conversa séria. Trata-se do respeito aos nossos esforços na produção deste curso, a que
temos dedicado todas nossas energias nos últimos meses.
Saiba que nosso objetivo é sempre oferecer o melhor produto possível e que
realmente faça a diferença na sua caminhada rumo à aprovação. Mas, para que nós
consigamos atingir essa meta, sua ajuda é imprescindível.
Então, sempre que algum amigo ou conhecido falar “será que você passa para
mim aquele material do RevisãoPGE que você tem?”, lembre desta nossa conversa.
Mais: lembre que o Extensivo 4x4 (assim como todos os nossos produtos) é tutelado
pela legislação civil (como a Lei 9.610/98 e o Código Civil) e pela legislação penal
(especialmente pelo art. 184 do Código Penal).
Para que não reste dúvida: este curso se destina ao uso exclusivo do aluno que
o adquirir em nosso site, e sua aquisição não autoriza sua reprodução. Ok?
Sabemos que falar isso parece pouco amigável, mas só estamos tendo este “papo
reto” porque queremos de você justamente um ato de amizade: não participar, de
forma alguma, da pirataria deste curso. Se isso acontecer, o fornecimento das aulas a
você será interrompido e nenhum valor pago será restituído, sem prejuízo,
evidentemente, de toda a responsabilização cabível nos âmbitos civil e penal.
Bem, o recado era esse. Agora podemos voltar às boas e meter a cara nos livros!
Ops... nos PDFs!
Bons estudos!
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Aula revisada e atualizada em 24/05/2023
ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO
São as seguintes as espécies de intervenção previstas na CF/88:
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Significa que a regra é a não intervenção, é que cada entidade federada exerça o
seu rol de competências sem que as outras se metam nos seus negócios.
Excepcionalmente, admite-se que uma entidade exerça competências de outra.
Princípio da necessidade
Princípio da temporariedade
Significa que a intervenção é sempre uma situação temporária, nunca definitiva.
Princípio da formalidade
Defesa do Estado
Nesses casos, pode ocorrer a intervenção da União nos Estados, para reorganizar
as finanças estaduais. Cuida-se de pressuposto atinente apenas à intervenção federal.
Ainda no que diz respeito à defesa das finanças, assim dispõe a CF/88 a respeito
do motivo interventivo consistente na defesa das finanças MUNICIPAIS:
Pergunta: o que é dívida fundada? Ela tem seu conceito previsto no art. 98 da Lei
4.320/64:
(...)
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Além disso, é importante registrar que a EC 119/2022 incluiu na CF/88 uma regra
importante relacionada à intervenção estadual. Nos termos do art. 2º dessa emenda
constitucional, especifica e exclusivamente nos anos 2020 e 2021, o descumprimento,
pelos Municípios, da aplicação do mínimo de recursos constitucionalmente exigido na
educação não autoriza a responsabilização dos entes públicos e/ou de seus agentes nem
tampouco a decretação de intervenção estadual. Essa “anistia” se deveu ao fato de que,
segundo juízo realizado pelo Congresso Nacional, nos anos 2020 e 2021, a pandemia de
COVID-19 foi um fator dificultador do cumprimento do comando constitucional que
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1 – Intervenção ex officio; e
2 – Intervenção provocada. Essa provocação pode se dar (art. 36, I, II e III, CF/88):
a) Por solicitação;
b) Por requisição; ou
c) Por provimento judicial de representação interventiva (aqui é importante
lembrar que a Lei 12.562/2011 trata da representação interventiva no STF).
Intervenção ex officio
A intervenção ex officio é aquela cuja forma atende a uma regra geral (isto é, a
intervenção ex officio é o modelo básico de intervenção na CF/88). Ela é decretada (ex
officio) pelo Presidente da República, com base em seu juízo pessoal de conveniência e
oportunidade.
Como se percebe, nem sempre haverá interventor, mas apenas quando isso for
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necessário.
Ainda, o § 2º do art. 36 da CF/88 assim dispõe:
Por fim, é importante destacar que o art. 36, § 3º, da CF/88 traz a possibilidade
clara de haver intervenção sem necessidade de apreciação do Legislativo e de nomeação
de interventor. Vejamos:
Intervenção provocada
Nas palavras utilizadas pelo STF, ao interpretar o art. 36, II, da CF/88, “define-se
a competência pela matéria, cumprindo ao STF o julgamento quando o ato inobservado
lastreia-se na CF; ao STJ quando envolvida matéria legal e ao TSE em se tratando de
matéria de índole eleitoral” (IF 2.792, j. 04/06/2003). Igualmente, afirmou que “cabe
exclusivamente ao STF requisição de intervenção para assegurar a execução de decisões
da Justiça do Trabalho ou da Justiça Militar, ainda quando fundadas em direito
infraconstitucional: fundamentação” (IF 230, j. 24/04/1996).
Importante registrar a esse respeito, também, que as partes da ação em que foi
proferida a ordem ou decisão descumprida só podem se dirigir diretamente ao STF, para
solicitar que a Corte requisite a intervenção, caso se trate de decisão proferida pelo
próprio STF. Se, por outro lado, tratar-se de decisão (ou ordem) proferida por outro
Tribunal, as partes do processo de origem devem se dirigir ao próprio Tribunal prolator
da decisão, para que este se dirija, em seguida, ao STF, representando pela requisição
da intervenção.
ATENÇÃO!
ATENÇÃO!
CESSAÇÃO DA INTERVENÇÃO
Veja que a necessidade, a excepcionalidade e a temporariedade da intervenção
impõem que esta, em qualquer caso, deve cessar assim que for possível. Ora, se a
intervenção é medida excepcional e temporária, uma vez desaparecido o motivo que
levou à sua decretação, deve ela ser suspensa imediatamente. Isso, inclusive, está
expressamente previsto no art. 36, § 4º, da CF/88:
CONTROLES DA INTERVENÇÃO
O caráter excepcional e o caráter temporário da intervenção indicam que ela
sempre deve ser submetida a certos controles. Esses controles podem ser de duas
naturezas, conforme consta a seguir.
Controle político
É exercido pelo Congresso Nacional (ou, no caso dos Estados, pela Assembleia
Legislativa respectiva); e pelo PGR (ou, no caso dos Estados, pelo PGJ respectivo, nos
termos do art. 29, II, da Lei Federal 8.625/93), que exerce esse controle quando realiza
o juízo (de conveniência) sobre promover ou não a representação interventiva. Há,
portanto, esses dois controles de natureza política.
Controle judicial
Como se pode perceber, a intervenção terá sempre controle, seja ele político
ou judicial.
Vamos lá.
Simetria constitucional
Legitimidade
Julgamento: 14/10/1992)
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EMENTA: CONSTITUCIONAL. INTERVENÇÃO ESTADUAL
NO MUNICÍPIO. C.F., art. 35, I, II e III. Constituição do
Estado do Pará, art. 84, I, II e III. COMPETÊNCIA
ATRIBUÍDA AO TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICÍPIO
PARA REQUERER AO GOVERNADOR A INTERVENÇÃO.
Constituição do Pará, art. 85, I. I. - É inconstitucional a
atribuição conferida, pela Constituição do Pará, art. 85,
I, ao Tribunal de Contas dos Municípios, para requerer
ao Governador do Estado a intervenção em Município.
Caso em que o Tribunal de Contas age como auxiliar do
Legislativo Municipal, a este cabendo formular a
representação, se não rejeitar, por decisão de dois
terços dos seus membros, o parecer prévio emitido pelo
Tribunal (C.F., art. 31, § 2º). II. - Ação direta de
inconstitucionalidade julgada procedente. (ADI
2631/PA; Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO;
Julgamento: 29/08/2002; Órgão Julgador: Tribunal
Pleno)