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LICENCIATURA EM DIREITO.
2º Ano
LICENCIATURA EM DIREITO.
O estudo do direito financeiro perpassa pela análise do fenômeno financeiro, tomado esse
no sentido de observar gradativamente a razão da obtenção de ingressos de recursos, que
está atrelada ao “tamanho” desse Estado, a ponto de justificar uma maior ou menor
tributação. Este trabalho vem fazer um estudo e apresentação dos princípios e regras que
regem a actividade do Estado com o fim de satisfazer as necessidades que lhe estão
confiadas.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Contextualizar a Autonomia do Direito Financeiro.
1.1.2. Específicos
Falar da Natureza Jurídica do Direito Financeiro;
Fundamentar a Competência Legislativa do Estado;
Apresentar as pricinpais fontes do Direito Financeiro.
1.1.3. Metodologias
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2. CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA
2.1. Autonomia do Direito Financeiro
Uma lei sempre é feita apenas para um período ou um regime determinado. Adapta-se às
circunstâncias que a motivaram e não pode ir além. Ela só se concebe em função de sua
necessidade ou de sua utilidade; assim, uma boa lei não deve ser intangível pois vale apenas
para o tempo que quis reger.
Segundo “Aliomar Baleeiro” Direito Financeiro, portanto, organiza toda a atividade
financeira do Estado, que consiste em obter, criar, gerir e despender o dinheiro público,
essencial para que o Estado cumpra o seu papel de satisfazer as necessidades públicas.
A atividade financeira consiste, em síntese, na criação, obtenção, gestão e dispêndio do
dinheiro público para a execução de serviços afetos ao Estado. É considerada por alguns
como o exercício de uma função meramente instrumental, ou de natureza adjetiva (atividade-
meio), distinta das atividades substantivas do Estado, que visam diretamente a satisfação de
certas necessidades sociais, tais como educação, saúde, construção de obras públicas.
É possível encontrar questões sobre princípios orçamentários nas mais diversas provas de
carreiras jurídicas e é fácil observar, também, que é um dos assuntos que aparece em todos os
anos. Elencaremos aqui os princípios orçamentários mais importantes e com maior incidência
nas provas. Alguns deles, importados do Direito Tributário e do Direito Administrativo,
servirão também como base.
De acordo com “Geraldo Ataliba”, ao discorrer sobre o assunto, o faz com clareza e concisão
ímpares, não deixando dúvidas sobre a viabilidade de se adotar este instrumento para dar ao
Judiciário a autonomia e a independência previstas na Constituição. É relevante destacar,
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ainda, que suas palavras são anteriores à Constituição de 1988, quando se consagrou a
autonomia financeira do Poder Judiciário de forma expressa.
O Poder Judiciário não tem autonomia política, uma vez que não lhe é dada competência
para legislar, mas apenas para editar normas relativas a assuntos de sua competência,
conforme atribuição da Constituição e legislação infraconstitucional. Também não participa
da elaboração das leis em geral, não havendo mecanismos que prevejam a participação
institucional do Poder Judiciário nesse processo, excetuando-se a iniciativa legislativa
privativa em alguns casos de seu interesse.
O Poder Judiciário tem autonomia administrativa, ainda que não em seu grau máximo, uma
vez que existem limitações quanto à contratação de servidores, que dependem de cargos
fixados por lei, bem como restrições no que se refere à sua organização interna. A autonomia
financeira existe quando o ente dispõe de recursos suficientes para as suas necessidades, sem
depender de terceiros.
Portanto, a independência financeira a uma unidade a que se queira atribuir efetiva autonomia
político-administrativa, seria negar-lhe o elemento substancial dessa própria autonomia,
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assim como o procedimento inverso importaria em outorgar-lhe condições de vida própria,
extensivas ou remarcantes desse seu atributo. Esta simples reflexão põe em destaque a íntima
conexão existente entre o regime discriminatório e a respectiva organização estatal,
denunciando as consequências que a natureza daquele regime pode trazer à conceituação do
Estado e demonstrando, num sentido inverso, a força imperativa que a fixação desse último
tem na conformação do sistema distributivo de rendas entre as suas unidades políticas.
autonomia.
No que tange aos mecanismos de garantia, a autonomia financeira pela existência de recursos
suficientes e compatíveis com as necessidades do ente considerado, há de se identificar e
analisar os meios pelos quais esta autonomia consolida-se.
Entre as várias formas existentes para garantir autonomia financeira de entes governamentais,
cabe destaque às seguintes:
Vinculações de receitas;
A autonomia financeira pode ser alcançada com a obtenção de receitas que não tenham
origem em tributos ou contribuições, tais como as receitas patrimoniais, de serviços,
alienações de bens, operações de crédito, transferências diversas e outras. Este mecanismo
tem sido utilizado nos Estados Federais para dar autonomia financeira às unidades da
Federação, que passam a ter direito de instituir, cobrar e apropriar-se das receitas de tributos.
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2.3. Competência Legislativa do Estado
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2.4. Pricinpais fontes do Direito Financeiro
Ter fontes próprias de recursos é o mecanismo ideal para se alcançar autonomia financeira,
embora não seja uma garantia de que se consiga atingi-la, uma vez que, como mencionado, a
autonomia financeira dar-se-á quando houver compatibilidade entre os recursos obtidos e os
que se mostrarem necessários para suprir as necessidades do ente. O simples fato de ter fontes
próprias de recursos não garante autonomia financeira, pois não assegura a suficiência dos
recursos oriundos dessas fontes próprias.
A Constituição Financeira é rígida por ser de difícil reforma somente por meio de emendas
constitucionais e de acordo com os pressupostos e formalidades estabelecidas.
É aberta porque não expressa um conjunto completo, sem lacunas, deixando espaços a serem
completados pelas leis e estatutos normativos.
A abertura da Constituição Financeira é proposital, para que haja espaço também para a
interpretação jurídica e pelo trabalho criativo da jurisprudência. A Constituição Financeira é
plural, pois relaciona-se com todas as outras Subconstituições Política, Econômica, Social,
etc. e desdobra-se em uma pluralidade de sistemas, como o sistema tributário e o
orçamentário.
Todos os gestores públicos devem se adequar a tais normas, com graves penas a serem
enfrentadas pelo seu descumprimento. No caso das chamadas “pedaladas fiscais” no ano de
2014, apontadas em parecer opinativo do Tribunal de Contas da União, comprovou-se que
muitos pagamentos foram feitos por bancos federais para cobertura de despesas para
programas do âmbito federal, como Bolsa Família e Segundo Desemprego, sem que
recebessem os devidos repasses dos recursos pelo Tesouro.
Principio de economicidade:
A Constituição Federal traz o princípio da Economicidade, vinculando toda a
administração pública. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à
legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas,
será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controlo externo, e pelo sistema de
controlo interno de cada Poder.
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Princípio da Unidade de Tesouraria (ou Unidade de Caixa)
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3. CONCLUSÃO
O Poder Judiciário não tem autonomia política, uma vez que não lhe é dada competência para
legislar, mas apenas para editar normas relativas a assuntos de sua competência, conforme
atribuição da Constituição e legislação infraconstitucional.
Realizado o trabalho conclui-se que Estado não visa a proteção das necessidades individuais
ou coletivas do homem, mas, sim, a satisfação de suas necessidades públicas.
A economicidade traz a ideia de eficiência na gerência financeira e orçamentária, observando
princípios como a maximização da receita e da arrecadação, bem como o melhor
custo/benefício no dispêndio de recursos públicos.
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
1. Baleeiro, Aliomar. Uma introdução à Ciência das Finanças. 19ª ed. Revista e atualizada
por Hugo de
2. Brito Machado Segundo. Rio de Janeiro: Forense, 2015. BORGES, José Souto Maior.
Introdução ao Direito Financeiro. São Paulo: Max Limonad, 1998.
3. LEITE, Harrison. Manual de Direito Financeiro. 8.ed. ver. ampl. E atual. Salvador:
JUSPODIVM, 2019. p.158.
4. TORRES, Ricardo Lobo. Curso de Direito Financeiro e Tributário. 19ª Edição. Ed.
Renovar. 2013
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