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Complexo Escolar Privado A Luz Do Amanhã

Fontes do Direito Fiscal

Classe: 11ª

Curso: Ciências Económicas e Jurídicas

Turno: Tarde

Abril de 2022
Disciplina: Introdução ao Direito

Integrantes: Baltazar Pereira

Bibiana Sapalo

Elisandra Barbosa

Emanuel Marques

Gabriela Machado

Docente: Lucas Brito Mussili

Abril de 2022
Índice

Conteúdos
Introdução..............................................................................................................................................4
Objectivos de estudo..............................................................................................................................4
Definição e conceitos básicos................................................................................................................5
Aprofundamento e delimitação..............................................................................................................6
Conclusão..............................................................................................................................................8
Introdução

O presente trabalho é sobre as fontes de onde o Direito Fiscal provém e que o qualificam
como tal. Mais concretamente vai se buscar falar dos tipos de fontes do Direito Fiscal, as suas
diferenças e a sua importância no plano geral naquilo que tem a ver com o âmbito tributário
da lei.

Objectivos de estudo

- Objectivo geral: Revelar as fontes do Direito Fiscal

-Objectivos específicos:

a) Definir Direito Fiscal


b) Definir Fonte Jurídica
c) Aprofundar e delimitar as fontes do Direito Fiscal
d) Exemplificar as diferentes fontes.

Definição e conceitos básicos


O direito fiscal é o segmento do direito financeiro que define como serão cobrados dos
cidadãos (contribuintes) os tributos e outras obrigações a ele relacionadas, para gerar receita
para o Estado (fisco). É o conjunto de normas jurídicas destinadas à regulamentação do
financiamento das atividades do Estado.

Para atingir sua finalidade de promover o bem comum, o Estado exerce funções para cujo
custeio é preciso de recursos financeiros ou receitas. As receitas do Estado provêm de
atividades econômico-privadas dos entes públicos, de monopólios, de empréstimos, e
principalmente da imposição tributária (fiscal, parafiscal e extrafiscal).

O direito de tributar do Estado decorre do seu poder de império pelo qual pode fazer
"derivar" para seus cofres uma parcela do patrimônio das pessoas sujeitas à sua jurisdição e
que são chamadas "receitas derivadas" ou tributos, divididos em impostos, taxas e
contribuições.

Tanto o Estado, ao "exigir", como a pessoa sob sua jurisdição, ao "contribuir", deve obedecer
a determinadas normas, cujo conjunto constitui o direito tributário.

O termo “fonte do direito“ é empregado metaforicamente, pois em sentido próprio fonte é a


nascente de onde brota corrente de água. Justamente por ser uma expressão figurativa tem
mais de um sentido.

“Fonte jurídica” seria a origem primária do direito, confundindo-se com o problema da


gênese do direito. Trata-se da fonte real ou material do direito, ou seja, dos fatores reais que
condicionaram o aparecimento da norma jurídica.

Emprega-se também o termo “fonte do direito” como equivalente ao fundamento de validade


da ordem jurídica e é neste contexto onde entram as fontes do Direito fiscal.
Aprofundamento e delimitação

  O direito tributário em Angola é um complexo de princípios, regras e normas jurídicas que


se originam de diversas fontes diferentes.

 Fontes materiais

As fontes materiais são os fatos do mundo real sobre os quais haverá a incidência tributária.
São as ocorrências no mundo real que constituirão os fatos geradores – são os pressupostos
fáticos que definem as hipóteses de incidência. São também denominados de fatos
imponíveis ou tributáveis, pois representam as circunstâncias sobre as quais os tributos irão
incidir. São os acontecimentos que se referem ao patrimônio, renda ou serviços em geral que
são utilizados, como os produtos industrializados, as operações de crédito entre outros.

 Fontes formais

São basicamente os actos normativos que adicionam regras tributárias ao sistema. Podem
assim ser consideradas fontes formais de direito tributário as normas constitucionais,
emendas constitucionais, leis complementares, leis ordinárias, medidas provisórias, leis
delegadas, decretos legislativos e resoluções. As fontes formais, por seu turno, são formas de
expressão do direito – são os modos de exteriorização do direito, os atos normativos pelos
quais o direito surge e passa a existir para o mundo jurídico. Em sentido amplo, são as
normas jurídicas pelas quais o direito tributário passa a existir, subdividindo-se em fontes
formais primárias (as leis) e fontes formais secundárias (as normas complementares).

As fontes formais merecem ainda uma subdivisão em principais (ou primárias ou imediatas) e
secundárias:

 As fontes formais principais são aquelas que modificam de maneira real o


ordenamento jurídico. Exemplos são: a Constituição da República de Angola, leis
ordinárias, decretos presidenciais, decretos legislativos, resolução e similares.

 As fontes secundárias por sua vez não modificam de maneira prática o ordenamento
jurídico, estas apenas garantem a executividade das fontes primárias como por
exemplo decreto regulamentar, regulamento, instruções ministeriais, ordens de
serviço, normas complementares entre outras.

Existem também fontes que não são nem formais nem materiais, como a doutrina e a
jurisprudência. A doutrina é a produção científica e conceitual produzida pelos estudiosos e
juristas na elaboração e sistematização de conceitos, obtida através da interpretação da lei e
pesquisa científica. A jurisprudência, por sua vez, é o conjunto de soluções dadas pelo Poder
Judiciário, com o objetivo de esclarecer e dissipar dúvidas, bem como preencher lacunas que
o legislador tenha deixado passar na elaboração das leis.
Os princípios tributários fundamentais: nem sempre de ideia de costume constitucional
permitirá o enquadramento de princípios fundamentais, inclusivamente tributários, não
enunciados pela Constituição no sistema jurídico. Porque pode acontecer que alguns desses
princípios nunca tenham sido incluídos em qualquer lei constitucional.

Admite-se que determinados princípios e normas de Direito Fiscal, pelo enraizamento na


consciência dos povos, tenham assento supra-constitucional, que se imponha ao legislador,
sem excluir o próprio legislador constitucional. E, não pretendendo embora qualquer
enumeração taxativa em tal matéria, estariam nesse plano os citados princípios da legalidade
e da anualidade do imposto, da igualdade de tratamento na repartição dos encargos tributários
e da capacidade contributiva como base da incidência fiscal.

Lei Constitucional

A lei constitucional ocupa, compreensívelmente, lugar de particular relevo na hierarquia das


fontes de Direito em geral. E no campo do Direito Tributário, para além da sua função
comum de supremacia relativamente à lei ordinária, tem ainda a definir a zona reservada à lei
em sentido formal, em obediência ao princípio da legalidade do imposto.

Lei ordinária formal

O princípio da legalidade não é exclusivo do Direito Fiscal, mas apresenta á face deste um
significado mais rigoroso e exigente. Com efeito, o princípio da legalidade desdobra-se em
dois aspectos: o da preeminência da lei e o da reserva da lei. Quanto à preeminência da lei,
ele domina toda a ordem jurídica, se algum modo excluir o Direito Privado, não obstante o
princípio da autonomia da vontade. Em qualquer sector do Direito, só se pode agir
validamente em subordinação à lei, aceitando a sua preeminência. Mesmo quando as partes
interessadas decidem, preferem, optam livremente, de harmonia com a sua vontade, fazem-no
na medida em que a lei ou o costume com relevância de lei assim o admite

Decreto-lei

O Governo pode legislar, através de decretos-lei, sobre outras matérias tributárias, alheias
àquela zona reservada. E mesmo sobre as matérias pela Constituição reservadas à lei formal,
poderá o Governo legislar, também através de decretos-lei, na base de autorizações
legislativas. Em tal caso, a Assembleia Nacional limita-se a “definir o objecto, o sentido, a
extensão e a duração da autorização”. Baseado nessa definição, já o Governo poderá criar o
imposto na mesma definição indicado, e formular as respectivas normas de incidência,
incluindo as que fixem taxas e estabelecem benefícios fiscais, assim como legislar sobre
garantias dos contribuintes.
Conclusão

Com base no que foi apresentado vimos que cumpriram-se todos os objectivos por
notabilizar-se:

a) Que o Direito fiscal nada mais é alem do conjunto de normas jurídicas destinadas à
regulamentação do financiamento das atividades do Estado cuja finalidade é
promover o bem comum.
b) Que fonte jurídica trata-se da fonte real ou material do direito, ou seja, dos fatores
reais que condicionaram o aparecimento da norma jurídica.
c) Que as fontes do Direito fiscal são materiais (as ocorrências no mundo real que
constituirão os fatos geradores – são os pressupostos fáticos que definem as hipóteses
de incidência) e formais (os actos normativos que adicionam regras tributárias ao
sistema).

Desta feita dá-se um ponto final ao trabalho.


Referências Bibliográficas

https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/fontes-direito-tributario/

MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 28. ed. São Paulo : Malheiros.

BANDEIRA, Milton. Direito Tributário. In: Flávia Cristina (org.). Exame da OAB. Salvador:
JusPODIVM, 2012, página 820

https://www.ucm.minfin.gov.ao/cs/groups/public/documents/document/aw4x/mjyw/~edisp/
minfin1260313.pdf

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