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1.

Diferença entre Direito Financeiro e Direito Fiscal

Não estou de acordo com o escrito acima visto que o Direito Financeiro corresponde a um

conjunto de normas regulamentadoras da actividade financeia do Estado (arrecadação de

receitas e realização de despesas), enquanto que o Direito Fiscal está incluso no Direito

Financeiro, sendo que o Direito Fiscal vai corresponder um conjunto de normas que egulam

o imposto nas suas diversas fases: incidência, lançamento, liquidação e cobrança.

Portanto, o Direito Tributário é o mais abrangente diante do Direito Fiscal, podendo este

incluir o imposto, as taxas e outras formas de receitas públicas, além daquelas coativas e

unilaterais.

2. Os elementos da relação jurídica fiscal são: sujeitos, objectos, factos jurídicos e

garantias de cumprimento da obrigação fiscal.

a) Sujeitos: dizem respeito aos pontos terminais da relação jurídica, sendo que podem

comportar-se como sujeito activo (quando é titular do direito subjectivo,

correspondendo sempre a uma entidade do direito público ou que exerce funções

públicas, e que tem o dever de exigir o cumprimento da obrigação) e sujeito passivo

(quando se trata de uma pessoa singular, colectiva ou qualquer outra entidade que nos

termos legais, está vinculada o cumprimento da obrigação).

b) Objecto: corresponde àquilo sobre que incide o direito subjectivo, àquilo o que tem

direito o sujeito activo da relação jurídica tem o objecto mediato e imediato.

c) Factos jurídicos: trata-se do facto gerador do imposto ou pressuposto de facto de

obrigação de imposto, isto é, a materialidade definida na lei que uma vez verificada fez

nascer a obrigação fiscal e que também se designa por facto tributário


d) Garantias de cumprimento da obrigação fiscal: estão relacionadas ao direito de crédito

que a lei de imposto atribui ao sujeito activo, existindo um conjunto de garantias

destinadas a assegurar ocumprimento desse direito.

3. Extinção da Obrigação Fiscal

a) As formas de extinção da obrigação fiscal são: pagamento; compensação; doação em

cumprimento; confusão; extinção por falência ou insolvência e prescrição, de

acordo com o capírulo VI da Lei nº 2/2006, de 22 de Março.

b) Pagamento: constitui obrigação principal do sujeito passivo efectuar o pagamento da

dívida, sendo que o pagamento da mesma dívida pode ser realizado por terceiros.

Compensação: as dívidas tributárias podem extinguir-se total ou parcialmente por

compensação e em relação a créditos reconhecidos por acto administrativo ou decisão

judicial a que tenham direito os sujeitos pasivos, em razão de pagamentos indevidos de

tributos.

4. Tributo vs Imposto

Tributo ou Taxas são prestações avaliáveis em dinheiro por uma entidade pública, em

contrapartida individualizada pela utilização de um domínio público, ou de um serviço

público.

O imposto é uma prestação unilateral ou não sinalogmática, sendo que a sua prestação é

definitiva, não havendo lugar para o seu reembolso, restituição ou indeminização.

O que diferencia taxa de imposto é que na taxa no acto de pagamento, recebemos algo em

troca (bilateralidade) e as taxas têm carácter voluntário ou involuntário ao passo que o

imposto, no acto do seu pagamento não esperamos receber algo em troca (unilateralidade)

e tem um carácter coercivo.


5. Fontes de Direito
a) A enunciação contida no artigo nº 7 da Lei nº 2/2006, de 22 de Março, relativa às fontes
normativas das normas tributárias pertence ao sentido formal das fontes de direito. Isto
porque as fontes formais dizem respeito às leis, em sentido amplo, nas suas várias
formas legislativas, compreendendo a Constituição, as Emendas às Constituições, as
leis-quadro, as leis ordinárias, os decretos-lei, resoluções e tratados. Nesta sequência,
as fontes formais do direito tributário são: as normas constitucionais, emendas
constitucionais, leis ordinárias, decretos-lei e resoluções. No caso vertente, a Lei do
Ordenamento Jurídico Tributário é uma fonte formal.

7. Poibição da Analogia
Os fundamentos da proibição da analogia no quadro ora citado, de acordo com o ortigo em
referência, a proibição da analogia no domínio dos elementos essências do imposto
consubstancia-se no princípio da legalidade fiscal. Porem é de referir que o artigo supra
citado não veda a utilização da analogia de forma rígida e rigorosa no domínio do direito
fiscal, visto que, nas normas que não incidem directamente sobre os elementos essenciais
do imposto, tal é o caso de lançamento, cobrança são passíveis de uma interpretação
análoga. Para casos omissos recorrer-se-á sucessivamente aos preceitos das leis fiscais que
regulam casos análogos e aos princípios gerais do direito tributário e de outros ramos afins.
8.
a) O princípio da tipicidade do imposto é um princípio autónomo em relação ao princípio da
legalidade. Este princípio estabelece que a incidência do imposto e os fundamentospara o
cálculo do montante a pagar ou base tributária e taxa de imposto devem ser assegurada, em
regra, pela lei. Ora, em outras, o princípio da tipicidade do imposto deve ser entendido
como a necessidade de definição prévia de todos os elementos tributários, para que somente
posteriormente se possa exigir a compensação do tributo pelo cidadão contribuinte.
b) Reconhecimento da personalidade tributária passiva às entidades públicas é uma função
contabilística inútil
Entende-se por personalidade tributária passiva como um dos pressupostos genéricos
subjectivos da relação jurídico tributária e consequentemente da obrigação, a par da
soberania, da personalidade activa e da matéria tributável.
9. Destingue Direito Fiscal do Direito Financeiro

A distinção que existe entre o Direito Fiscal e Direito Financeiro se baseia nos seguintes factos a
seguir: o Direito Fiscal é o conjunto de normas que regulam impostos nas suas várias fases, a
saber: incidência, lançamento, liquidação e cobrança. Importa ainda ressalvar que o Direito Fiscal
é pertencente ao ramo do Direito Público. Já o Direito Financeiro é a disciplina que ocupa-se pelo
estudo do ordenamento jurídico das finanças do Estado e das demais entidades de Direito Público
e as relações jurídicas criadas pelo Estado, pelas refrências e pelas referidas entidades no
desempenho da sua actividade financeira, isto é, é o Direito Fiscal que estuda a estruturação dos
arranjos económcos necessários à consecução de objectivos quanto à intendência das actividades
indispensáveis a essa realização.

10. Distingue Direito Fiscal do Direito Tributário

A distinção existente revela-se pelo facto de que na generalidade da doutrina, a expressão Direito
Fiscal é usada como sinónimo de Direito Tributário tratando ambos do estudo do Direito Tributário
ligado aos impostos, sendo certo, contudo o Direito Tributário é para alguns autores mais amplo
que o Direito Fiscal, uma vez que o Direito Fiscal designa o direito relativo apenas às receitas
coativas, e o primeiro que é o Direito Tributário é mais abrangente incluindo taxas e outras
categorias de receitas de índole público. Em síntese, o Direito Fiscal lida apenas com os impostos
(posição restrita) ao passo que o Direito Tributário lida com todas as formas de colecta de receitas
do Estado: taxas, emolumentos, etc (posição genérica).

11. Áreas de de Intervenção de vital importância na actividade financeira do Estado

As três áreas de vital importância na actividade financeira do Estado são:

a) Direito de receitas;
b) Direito de despesas;
c) Direito de Administração Financeira

Importa realçar que o Direito a que corresponde ao Direito Fiscal é o direito de receitas. Resultados
particulares, prestar recursos colectivos são diversos todos eles conhecidos sob designação
genérica de ingresso ou receitas públicas.
12. Critérios da Natureza do Direito Fiscal

Os critérios arrolados ao longo das aulas são:

a) Critério de Interesse Tutelado pela Norma: é do direito público o ramo em que os


interesses a ele inerentes são predominantemente públicos, o Direito Fiscal tem interesse a
colecta de impostos com vista a satisfação das necessidades públicas, necessidade geral da
colectividade, daí por este critério o Direito Fiscal é o Direito Público;
b) Critério da Qualidade dos Sujeitos: para que seja um ramo do Direito, tem que se ter um
dos interesses intervenientes da relação jurídica em um ente público, ou seja, pode ser o
Estado outra entidade pública e no Direito Fiscal aparece o Estado com o poder tributário,
o cobrador de impostos, assim por este critério o Direito Fiscal é Direito Público;
c) Critério da Posição dos Sujeitos da Relação Jurídica Fiscal: segundo este critério, não
basta apenas ter o Estado como um dos sujeitos da relação jurídica a agir como Estado
revestido do seu jus-imperim que é o seu poder de autoridade no Direito Fiscal, o Estado
aparece numa posição de superioridade ou de supremacia com relação ao particular, assim
por este critério, o Direito Fiscal é o Direito Público.
Portanto, pode-se ainda afirmar que a posição neste critério é intrísseca ao sujeito visto que
o Estado apresenta-se sempre na mesma posição, porém há situações em que o Estado não
se apresenta como Estado, cabendo ao Estado neste aspecto, impôr regras nas suas relações
com os particulares dentro do Direito Fiscal. Contudo, sem perder a sua posição, o Estado
se reveste de uma outra posição para atender a demanda de uma determinada situação.

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