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Gustavo Augusto N.

Porto
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DIREITO

ÍNDICE
1. DIREITO TRIBUTÁRIO.....................................................................................................................03

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O direito tributário é um ramo do direito que estabelece as regras para a arrecadação


de tributos pelo Estado. As fontes do direito tributário são os instrumentos normativos
que estabelecem as normas jurídicas a serem aplicadas nessa área.

Essas fontes incluem:

Constituição Federal: é a principal fonte do direito tributário, pois estabelece as regras


gerais que devem ser seguidas pelos demais instrumentos normativos. Por exemplo,
a Constituição estabelece asGustavo Augusto
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tributárias da União, dos Estados e dos
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Municípios, bem como os princípios que regem a tributação no país.
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Leis complementares: são leis que têm o objetivo de complementar a Constituição em


determinados assuntos. No direito tributário, as leis complementares são importantes
porque estabelecem normas específicas sobre tributação.

Por exemplo, a Lei Complementar nº 123/2006 estabelece o Estatuto Nacional da


Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, que define regras tributárias específicas
para esses tipos de empresas.

Leis ordinárias e atos equivalentes: são leis ou atos normativos emitidos pelo poder
legislativo ou executivo que estabelecem normas tributárias específicas. Por exemplo, a
Lei nº 9.718/1998 define a base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
(CSLL)

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Tratados internacionais: são acordos firmados entre dois ou mais países que
estabelecem regras para as relações entre eles. No direito tributário, os tratados
internacionais são importantes porque definem as regras para evitar a dupla tributação
em transações comerciais internacionais.

Atos do poder executivo federal com força de lei material: são atos normativos
emitidos pelo poder executivo federal que têm força de lei. Por exemplo, a Medida
Provisória é um ato normativo emitido pelo Presidente da República com força de lei,
que pode ser convertido em lei pelo Congresso Nacional.

Atos exclusivos do poder legislativo: são leis ou resoluções emitidas pelo poder
legislativo que estabelecem normas tributárias. Por exemplo, a Lei nº 8.212/1991 define
as regras para a Contribuição Previdenciária.

Convênios: são acordos firmados entre dois ou mais Estados ou entre um Estado e a
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União que estabelecem regras tributárias específicas. Por exemplo, o Convênio ICMS nº
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93/2015 define as regras para a substituição tributária do ICMS.
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Decretos regulamentares: são atos normativos emitidos pelo poder executivo federal
ou estadual que regulamentam leis tributárias. Por exemplo, o Decreto nº 7.212/2010
regulamenta a Lei nº 8.137/1990, que define os crimes contra a ordem tributária.

Normas complementares: são as instruções normativas, portarias, resoluções e outros


atos administrativos que regulamentam a aplicação das leis tributárias.

A Legislação Tributária, por sua vez, é o conjunto de normas que regula a arrecadação,
fiscalização e cobrança de tributos. Ela possui hierarquia e vigência definidas pela
Constituição Federal, que estabelece que a lei complementar deve dispor sobre
normas gerais em matéria tributária, cabendo às leis ordinárias a regulamentação de
questões específicas.

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A interpretação e integração das normas tributárias devem ser feitas de acordo com
os princípios constitucionais, como o da legalidade, capacidade contributiva, isonomia,
entre outros.

A obrigação tributária é a relação jurídica entre o Estado e o contribuinte, pela qual


este último fica obrigado a pagar um tributo. Ela tem natureza jurídica de obrigação
pecuniária, ou seja, envolve uma obrigação de pagar dinheiro ao Estado.

A obrigação tributária pode ser dividida em duas categorias: obrigação principal e


acessória. A obrigação principal é a obrigação de pagar o tributo, enquanto a acessória
é a obrigação de cumprir as formalidades necessárias para o lançamento, arrecadação
e fiscalização do tributo.

O fato gerador é o evento que dá origem à obrigação tributária, ou seja, a situação


prevista em lei que faz com que o contribuinte seja obrigado a pagar o tributo. Ele
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pode ser uma situação de Gustavoanporto@gmail.com
fato (como a venda de um produto) ou de direito (como a
propriedade de um bem). 071.519.084-90

O sujeito ativo da obrigação tributária é o Estado, ou seja, o ente que tem o poder de
exigir o tributo. Já o sujeito passivo é o contribuinte, pessoa física ou jurídica, que tem a
obrigação de pagar o tributo.

A solidariedade tributária é a responsabilidade de várias pessoas pelo pagamento de


um mesmo tributo, podendo ser ativa ou passiva. Na capacidade tributária, o contribuinte
é a pessoa que tem a capacidade legal para ser sujeito ativo ou passivo da obrigação
tributária.

O domicílio tributário é o local onde o contribuinte deve ser encontrado para efeito de
notificações e cobranças fiscais.

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A responsabilidade tributária é a obrigação de terceiros pelo pagamento do tributo,


como os sucessores, responsáveis e terceiros. A responsabilidade dos sucessores ocorre
quando uma pessoa sucede outra em uma empresa ou herança.

A responsabilidade dos responsáveis ocorre quando um terceiro é responsável pelo


pagamento do tributo, como no caso do sócio administrador. Já a responsabilidade por
infrações ocorre quando alguém comete uma infração fiscal e é responsabilizado pelo
pagamento do tributo.

O crédito tributário é o valor devido pelo contribuinte em relação aos tributos e pode
ser constituído através do processo de lançamento.

O lançamento é o ato administrativo que formaliza a constituição do crédito tributário.


As modalidades de lançamento são: lançamento de ofício, quando o próprio Fisco faz
o lançamento, e lançamento por declaração, quando o contribuinte declara os valores
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A suspensão do crédito tributário ocorre quando a exigibilidade do crédito fica
temporariamente suspensa, como em casos de parcelamento do débito ou em
processos judiciais.

A extinção do crédito tributário pode ocorrer por diversas razões, como o pagamento
integral do débito, a prescrição, a decadência, a compensação, a transação e a
remissão.

A exclusão do crédito tributário pode ocorrer em casos de erro de fato na constituição


do crédito ou em situações em que a lei autoriza a exclusão do crédito.

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As garantias e privilégios do crédito tributário são as formas de proteger o Estado em


caso de não pagamento pelo contribuinte. Dentre elas, destacam-se o privilégio do
crédito tributário em relação aos demais créditos, a preferência no recebimento em
caso de falência ou concordata do contribuinte, a possibilidade de penhora de bens do
devedor e a exigência de garantias em casos de parcelamento de débitos.

A administração tributária é o conjunto de órgãos e entidades responsáveis pela


fiscalização e arrecadação dos tributos. A fiscalização é a atividade exercida pelos órgãos
da administração tributária para verificar se os contribuintes estão cumprindo com suas
obrigações fiscais.

A dívida ativa é o conjunto de créditos tributários que não foram pagos pelo contribuinte
e que foram inscritos em uma lista de devedores do Estado. O procedimento de inscrição
na dívida ativa permite ao Estado iniciar medidas de cobrança contra o devedor, como
ajuizamento de ação de execução fiscal e inclusão em cadastros de inadimplentes.
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As certidões negativas são documentos emitidos pela administração tributária que
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atestam que o contribuinte não possui pendências fiscais, ou seja, que não consta como
devedor na dívida ativa. Elas são exigidas em diversas situações, como em processos
licitatórios ou para obtenção de empréstimos.

O sigilo fiscal é uma garantia do contribuinte de que as informações prestadas à


administração tributária serão mantidas em segredo. Os órgãos da administração
tributária são obrigados a preservar o sigilo das informações fiscais dos contribuintes,
exceto em situações previstas em lei, como em investigações criminais. O sigilo fiscal
visa proteger a privacidade dos contribuintes e evitar abusos por parte dos órgãos do
Estado.

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As espécies tributárias são os tipos de tributos previstos na Constituição Federal. Dentre


elas, destacam-se:

Impostos: são tributos de competência dos entes federativos (União, Estados, Distrito
Federal e Municípios) e incidem sobre diversas situações, como renda, propriedade,
consumo, importação, exportação, entre outras.

Taxas: são tributos cobrados em razão do exercício do poder de polícia ou pela


utilização de serviços públicos específicos e divisíveis, como o licenciamento de
atividades ou a coleta de lixo.

Contribuições de melhoria: são tributos cobrados em razão de valorização imobiliária


decorrente de obras públicas. A sua cobrança é limitada ao valor da valorização do
imóvel.

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Contribuições sociais: são tributos destinados ao financiamento da seguridade social,
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que engloba a previdência social, a saúde e a assistência social. São cobradas tanto
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pela União quanto pelos Estados e Municípios.

Contribuições sobre domínio econômico: são tributos cobrados em razão da exploração


de recursos naturais, como o petróleo, o gás e os minérios.

Contribuição para custeio do serviço de iluminação pública: é uma contribuição


cobrada pelos municípios em razão da utilização do serviço de iluminação pública.

Empréstimos compulsórios: são tributos cobrados pela União em situações específicas,


como em caso de guerra ou calamidade pública. São uma espécie de empréstimo
forçado ao Estado, que deve devolver os valores arrecadados posteriormente.

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A diferença entre taxa e preço público é que a taxa é um tributo que remunera o
Estado pelo exercício do poder de polícia ou pela utilização de serviços públicos
específicos e divisíveis, enquanto o preço público é uma remuneração que o Estado
cobra pelo fornecimento de bens ou serviços que podem ser explorados pela
iniciativa privada. Ou seja, a taxa é obrigatória e decorrente de uma atividade estatal
específica, enquanto o preço público é facultativo e decorrente da oferta de serviços
públicos em geral.

O ilícito tributário pode ser caracterizado como qualquer conduta que fere as normas
tributárias e, consequentemente, os direitos do Estado em arrecadar tributos.

No âmbito administrativo, o ilícito tributário se refere às infrações cometidas pelos


contribuintes que não cumprem com as obrigações tributárias, como o não pagamento
de impostos ou o não cumprimento de obrigações acessórias.

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A consequência desse tipo de infração pode ser a aplicação de multas e outras sanções
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administrativas previstas na legislação tributária.
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Já o ilícito penal tributário se refere aos crimes contra a ordem tributária, previstos na
Lei nº 8.137/1990. São exemplos desses crimes a sonegação fiscal, a falsificação de
documentos fiscais, a fraude na entrega de declarações, entre outros. A pena para esses
crimes pode chegar a até cinco anos de reclusão.

A Lei nº 8.137/1990, além de tratar dos crimes contra a ordem tributária, também
define os crimes contra a ordem econômica e o consumidor, como a formação de
cartel, a manipulação de preços e outras práticas ilegais no mercado.

É importante ressaltar que a legislação tributária prevê sanções para os ilícitos


tributários, tanto no âmbito administrativo quanto no penal. Por isso, é fundamental
que as empresas e os contribuintes cumpram com as suas obrigações tributárias
para evitar problemas com a fiscalização e possíveis sanções legais.

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O Direito Tributário é uma área do direito que trata das normas e princípios que
regulam as obrigações fiscais das pessoas físicas e jurídicas em relação ao Estado. As
obrigações principais em Direito Tributário referem-se aos deveres das pessoas de
pagar tributos, sendo elas:

Obrigação de pagar o tributo devido: é a principal obrigação tributária, que consiste


no dever do contribuinte de pagar o valor do tributo devido nos prazos previstos pela
legislação.

Obrigação acessória: são obrigações que têm como objetivo auxiliar o Fisco
na fiscalização e arrecadação dos tributos, como a emissão de notas fiscais e
apresentação de declarações.

Obrigação de retenção na fonte: é a obrigação de reter parte do tributo devido pelo


contribuinte na fonte, ou seja, na origem do pagamento.
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Obrigação de recolhimento por substituição tributária: é a obrigação de recolher o
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tributo devido por outro contribuinte, que é responsável pelo recolhimento do tributo
em nome do contribuinte final.

Obrigação de declarar informações fiscais: é a obrigação de fornecer informações ao


Fisco sobre a situação fiscal do contribuinte, como a apresentação de declarações de
Imposto de Renda e outras informações relevantes.

É importante destacar que o descumprimento das obrigações principais pode gerar


recompensas e compensações, como a aplicação de multas, juros, correção monetária
e até as mesmas ações de execução fiscal. Por isso, é fundamental que os contribuintes
estejam atentos às suas obrigações fiscais e comprem com seus deveres dentro dos
prazos e requisitos legais.

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As obrigações acessórias podem incluir o fornecimento de informações, a emissão


de documentos fiscais, a entrega de declarações e outros procedimentos exigidos
pela legislação tributária. Alguns exemplos de obrigações acessórias em Direito
Tributário são:

Emissão de notas fiscais: a emissão de notas fiscais é uma obrigação acessória que
consiste na emissão de documentos fiscais que comprovam a venda de produtos ou
prestação de serviços.

Apresentação de declarações: os contribuintes devem apresentar declarações de


Imposto de Renda e outras informações fiscais, de acordo com os prazos e procedimentos
pela legislação.

Manutenção de livros e registros contábeis: os contribuintes devem manter livros e


registros contábeis que comprovem suas atividades financeiras e respiratórias, de acordo
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com os requisitos exigidos pela legislação.
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Inscrição em cadastros específicos: os contribuintes devem se inscrever em cadastros
específicos, como o Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), para que possam
praticar suas atividades e cumprir com suas obrigações fiscais.

Comunicação de alterações cadastrais: os contribuintes devem comunicar ao Fisco


qualquer alteração em suas informações cadastrais, como mudança de endereço ou
razão social.

O descumprimento das obrigações acessórias pode resultar em garantias e débitos,


como a aplicação de multas e outras medidas administrativas. Por isso, é fundamental
que os contribuintes comprem com suas obrigações acessórias de forma correta
e tempestiva, evitando problemas com o Fisco e garantindo o cumprimento das
obrigações tributárias.

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Os impostos da União estão previstos na Constituição Federal de 1988 e são tributos


de competência exclusiva da União. São eles: Imposto sobre a Importação de
Produtos Estrangeiros (II), Imposto sobre a Exportação de Produtos Nacionais ou
Nacionalizados (IE), Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR),
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Operações de Crédito,
Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF), Imposto sobre a
Propriedade Territorial Rural (ITR) e Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF).

O Imposto sobre a Importação (II) é um tributo federal que incide sobre a entrada de
produtos estrangeiros no país. Já o Imposto sobre a Exportação (IE) é um tributo federal
que incide sobre a saída de produtos nacionais ou nacionalizados para o exterior. Ambos
têm a finalidade de proteger a indústria nacional.

O Imposto sobre a Renda (IR) é um tributo federal que incide sobre a renda e os
proventos de qualquer natureza, como salários, aluguéis, juros, lucros e dividendos. O IPI
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(Imposto sobre Produtos Industrializados) é um tributo federal que incide sobre produtos
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industrializados, nacionais ou estrangeiros.
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O IOF (Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos


ou Valores Mobiliários) incide sobre operações financeiras, como empréstimos, câmbio,
seguros, operações com títulos e valores mobiliários, entre outros.

O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) incide sobre a propriedade de


imóveis rurais e tem como objetivo incentivar o uso produtivo da terra.

O Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) é um tributo federal que incide sobre o
patrimônio líquido das pessoas físicas e jurídicas que possuam fortunas acima de um
determinado valor.

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Cada um desses impostos possui suas próprias regras de incidência, base de cálculo
e alíquotas, e deve ser recolhido de acordo com as normas tributárias estabelecidas
pela legislação brasileira.

Os estados e o Distrito Federal têm competência para instituir impostos sobre diversas
atividades e bens, dentre eles destacam-se:

Imposto sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos


(ITCD): é um imposto estadual que incide sobre a transmissão de bens e direitos por
causa mortis ou doação. A alíquota e a base de cálculo variam de acordo com a
legislação de cada estado.

Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações


de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS):
é um imposto estadual que incide sobre a circulação de mercadorias e a prestação
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de serviços de transporte e Gustavoanporto@gmail.com
comunicação.
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É um dos impostos mais importantes para os estados, tendo em vista que a sua
arrecadação representa uma grande fonte de receita. A alíquota varia de acordo
com a mercadoria ou serviço em questão, sendo que algumas operações podem ter
alíquotas reduzidas ou isentas.

Imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA): é um imposto estadual


que incide sobre a propriedade de veículos automotores. A alíquota e a base de cálculo
variam de acordo com a legislação de cada estado, sendo que a arrecadação desse
imposto é destinada aos cofres estaduais.

Cada um desses impostos possui suas próprias particularidades e é importante que


os contribuintes estejam atentos às obrigações tributárias relacionadas a cada um
deles. A arrecadação desses impostos é fundamental para o financiamento
das atividades dos estados e do Distrito Federal, tais como saúde, educação e
infraestrutura.

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Os municípios têm a competência de instituir impostos sobre a propriedade predial e


territorial urbana (IPTU), que incidem sobre a propriedade imobiliária urbana, e sobre
transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis (ITBI), que
incide sobre a transferência de propriedade de um imóvel urbano.

Também é competência municipal a instituição do imposto sobre serviços de


qualquer natureza (ISS), que incide sobre a prestação de serviços em geral, exceto os
serviços sujeitos ao Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

O IPTU e o ITBI têm como fato gerador a propriedade imobiliária e a transferência


de propriedade de bens imóveis, respectivamente, enquanto o ISS tem como fato
gerador a prestação de serviços. A arrecadação desses impostos é importante para o
financiamento de políticas públicas locais e para a manutenção da infraestrutura
urbana.

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tributário é um conjunto de procedimentos e normas
aplicáveis às relações entre o fisco e os contribuintes. Seu objetivo é garantir a
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observância dos princípios constitucionais, em especial o devido processo legal, o
contraditório e a ampla defesa.

Os princípios básicos do processo administrativo tributário são a legalidade, a


isonomia, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade, a eficiência, a finalidade e
a segurança jurídica.

As acepções do processo administrativo tributário são a de natureza contenciosa, que


trata dos litígios entre o fisco e o contribuinte, e a de natureza administrativa, que trata
das questões não contenciosas, como pedidos de restituição de tributos ou consultas
sobre a interpretação da legislação tributária.

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As espécies de processo administrativo tributário são o processo de determinação


e exigência do crédito tributário, que trata da verificação e do lançamento do tributo
devido pelo contribuinte, e o processo de consulta, que trata da interpretação da
legislação tributária.

A representação fiscal para fins penais é a instauração de procedimento administrativo


para apurar a prática de ilícitos tributários que possam configurar crime contra a ordem
tributária, previsto na Lei nº 8.137/90. A representação é feita pelo órgão fiscalizador
competente e, se acolhida, pode resultar em ação penal contra o contribuinte infrator.

O processo judicial tributário é o meio pelo qual o contribuinte pode questionar a


legalidade ou a exigibilidade de um tributo ou de uma penalidade tributária. Dentre as
principais ações judiciais relacionadas a matéria tributária, destacam-se:

Ação de execução fiscal: é a ação judicial movida pela Fazenda Pública para cobrar
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uma dívida tributária. O objetivo é a cobrança judicial do crédito tributário não pago pelo
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Ação cautelar fiscal: é a ação judicial utilizada pela Fazenda Pública para garantir a
efetividade da execução fiscal. É uma medida preventiva que visa assegurar o pagamento
do crédito tributário.

Ação declaratória da inexistência de relação jurídico-tributária: é a ação judicial


utilizada pelo contribuinte para questionar a legalidade da exigência de um tributo ou
de uma penalidade tributária. O objetivo é obter uma declaração judicial de que não
existe a obrigação tributária.

Anulatória de débito fiscal: é a ação judicial utilizada pelo contribuinte para questionar
a legalidade da exigência de um tributo ou de uma penalidade tributária. O objetivo é
obter a anulação do débito fiscal.

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Mandado de segurança: é a ação judicial utilizada pelo contribuinte para proteger o


seu direito líquido e certo contra atos ilegais ou abusivos praticados pela autoridade
fiscal. O objetivo é obter uma decisão judicial que proteja o contribuinte de eventual
ilegalidade cometida pelo fisco.

Ação de repetição de indébito: é a ação judicial utilizada pelo contribuinte para obter a
devolução de tributos pagos indevidamente. O objetivo é a restituição do valor pago a
maior ou indevidamente.

Ação de consignação em pagamento: é a ação judicial utilizada pelo contribuinte


para realizar o pagamento de um tributo ou de uma penalidade tributária de forma
consignada, ou seja, depositando o valor em juízo. O objetivo é evitar a incidência de
multas e juros em caso de questionamento posterior.

Ações de controle de constitucionalidade: são ações judiciais utilizadas para


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questionar a constitucionalidade de uma norma ou de um ato normativo. No âmbito
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tributário, podem ser utilizadas para071.519.084-90
questionar a constitucionalidade de leis, decretos
ou regulamentos tributários.

Ação civil pública: é a ação judicial movida pelo Ministério Público ou por outra
entidade legitimada para proteger interesses coletivos ou difusos, inclusive os
relacionados a matéria tributária. O objetivo é a defesa dos interesses da sociedade
em relação à matéria tributária.

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