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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA
CÍVEL DA COMARCA DE MARICÁ-RJ.
EXTRAVIO. PROCESSO ADMINISTRATIVO-
FISCAL.
A controvérsia cingiu-se em saber
se o extravio de processo
administrativo, no qual se baseou
a execução fiscal, retira a
exigibilidade do título. A Min.
Relatora aduz que, apesar de o
processo administrativo-fiscal não
ser exigido em juízo, a sua
existência é condição sine qua
non para a constituição do título
executivo. Tanto que é requisito à
validade da CDA (o extrato dos
RECURSO DE APELAÇÃO,
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Postula-se o recebimento do presente recurso de apelação
em seu duplo efeito, de acordo com os artigos 1.012 e
1.013 do novo Código de Processo Civil e pelos fundamentos
expostos, esperando, após exercido o juízo de
admissibilidade, sejam os autos remetidos ao Eg. Tribunal
de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
OAB/RJ 119.552
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
ASSUNTO: APELAÇÃO
PROCESSO N.º 0012748-73.2017.8.19.0031
APELANTE: CHARQUE 500 INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA
APELADO: ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Egrégio tribunal.
Ínclitos julgadores.
(i) - PRELIMINARMENTE
DA APELAÇÃO. EFEITO SUSPENSIVO. POSSIBILIDADE.
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“Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa,
autenticado pela autoridade competente, indicará
obrigatoriamente:
I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-
responsáveis, bem como, sempre que possível, o
domicílio ou a residência de um e de outros;
II - a quantia devida e a maneira de calcular os
juros de mora acrescidos;
III - a origem e natureza do crédito, mencionada
especificamente a disposição da lei em que seja
fundado;
IV - a data em que foi inscrita;
V - sendo caso, o número do processo administrativo
de que se originar o crédito.”
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DA EXEQUIBILIDADE. ENTENDIMENTO DO STJ. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS RAZOÁVEIS. Em que pesem os argumentos
apresentados pelo agravante, não merece prosperar
seu recurso. O agravante foi instado diversas vezes
a apresentar o processo administrativo-fiscal
pertinente ao crédito, constatando-se
posteriormente seu extravio. O STJ entende que o
extravio do processo administrativo equivale à sua
inexistência, o que gera a nulidade do título pela
perda da exequibilidade, matéria afeta à exceção de
pré-exequibilidade, sendo prescindível a garantia
de juízo para impugnação. Constatada a sucumbência
do Estado, o valor de R$1.000,00 arbitrado a título
de honorários advocatícios sucumbenciais mostra-se
razoável e em consonância com o artigo 20, §4º, do
Código de Processo Civil. Nestes termos, nega-se
provimento ao recurso.
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regra geral admite temperamento, em face da
existência de perigo de dano irreversível
caso prossiga a execução como definitiva. Tal
possibilidade tem como fundamento a edição da
Lei 9.139, de 30.11.95, que deu nova redação
ao artigo 558, parágrafo único, do Código de
Processo Civil. 3. Tendo a Corte a
quo aferido a necessidade de concessão de
efeito suspensivo, para que fosse revisto tal
entendimento seria necessário reexame
probatório, o que é vedado a teor da Súmula
7/STJ. 4. Recurso improvido. (REsp
608.178/SC, 2ª Turma, Rel. Min. CASTRO MEIRA,
DJ de 16/08/2004.)
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quando o único instrumento necessário a propositura da
ação é a certidão de dívida ativa, produzida pela própria
fazenda exequente e que goza de presunção relativa de
liquidez e certeza, sendo dispensada qualquer outra prova
quanto à existência e exigibilidade do crédito.
No caso dos autos, a CDA discriminou os artigos violados -
32 e 33, §2 da lei Estadual n. 2.657/96, sendo certo a
validade da incidência de multa consoante legislação,
estando o auto subscrito pelos auditores fiscais, cabendo
ao embargante a desconstituição da CDA, consoante art. 204
do CTN.De outra forma, o título atendeu aos requisitos
legais do art. 2º, §§5º e 6º da Lei 6.830/80.
Este entendimento é pacífico na Jurisprudência dos
Tribunais Superiores, cabendo ao executado desconstituir
tal presunção de forma inequívoca. Neste sentido:
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. CDA
ASSINADA PELO MESMO PROCURADOR QUE SUBSCREVEU A PEÇA
INICIAL. IRREGULARIDADE FORMAL. INOCORRÊNCIA. COMPETÊNCIA
RECONHECIDA. NULIDADE AFASTADA. EXTINÇÃO, DE OFÍCIO, DO
PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO (CPC/1973, ART. 267, IV).
MEDIDA PROCESSUAL INADEQUADA. EXIGÊNCIA REGULADA EM NORMA
LEGAL DE CARÁTER ESPECIAL. LEI 6.830/80, ART. 2º, §§ 5º, E
6º. APLICABILIDADE. APELAÇÃO PROVIDA. 1. ´A nulidade da
CDA não deve ser declarada se inexistir prejuízo para o
executado promover sua defesa´ (AP 2006.01.99.025799-5/GO,
TRF1, Sétima Turma, Rel. Juíza Federal Anamaria Reys
Resende [Conv.], DJ 06/09/2007, p. 176). 2. Se a Certidão
de Dívida Ativa - CDA informa o nome do devedor, seu
endereço e o número da inscrição no CNPJ ou CPF, além dos
demais dados exigidos pelo legislador para formalização do
documento (LEF, art. 2º, § 5º, e CTN, art. 202),
certamente, contém elementos que possibilitam a
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identificação e a defesa do executado, sendo essa,
precisamente, a hipótese verificada neste feito. 3. Sendo
o Código de Processo Civil aplicável, apenas,
subsidiariamente, aos processos de execução fiscal (Lei n.
6.830/80, art. 1º) e cumpridas pelo exequente exigências
feitas na referida norma legal específica, mostra-se
equivocada, data vênia, a extinção do processo por motivo
de nulidade da CDA com fundamento, unicamente, em
dispositivo da lei processual. 4. Gozando a CDA da
presunção legal de certeza e liquidez, somente prova
inequívoca em sentido contrário, a cargo do sujeito
passivo, poderá afastá-la e resultar em sua
desconstituição (CTN, art. 204 e parágrafo único; Lei
6.830/80, art. 3º e parágrafo único). 5. Apelação provida.
(AC 0076146- 48.2012.4.01.9199 / MG, Rel. DESEMBARGADOR
FEDERAL MARCOS AUGUSTO DE SOUSA, Rel.Conv. JUIZ FEDERAL
MARCELO VELASCO NASCIMENTO ALBERNAZ (CONV.), OITAVA TURMA,
e-DJF1 de 09/02/2018) A certidão de dívida ativa lançada
às fls. 11/12 do feito executivo contém os elementos
dispostos no art. 2º, § 5º, da Lei nº 6.830/80, e no art.
202 do CTN: os nomes do devedor; o valor originário da
dívida, bem como o termo inicial e a forma de calcular os
juros de mora e demais encargos previstos em lei; a
origem, a natureza e o fundamento legal da dívida; a data
e o número da inscrição, no Registro da Dívida Ativa; e o
número do processo administrativo correspondente. Ademais,
ainda que houvesse qualquer causa de nulidade da inscrição
e do processo de cobrança, o exequente poderia saná-la até
a decisão de primeira instância, mediante substituição da
CDA nula, devolvido ao sujeito passivo o prazo para
defesa, nos termos do art. 203 do CTN. Assim, não há
qualquer mácula na CDA que aparelha o feito executivo
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capaz de infirmar a presunção de liquidez e certeza que
ostenta a dívida regularmente inscrita, de acordo com os
arts. 3º e 204, da LEF e do CTN, respectivamente. Neste
sentir, não prospera o argumento do embargante de que a
CDA é nula em razão da ausência de juntada de cópia do
processo administrativo aos autos. Isso porque o documento
essencial para o ajuizamento da execução fiscal é a
Certidão da Dívida Ativa, nos termos do art. 6, § 1º, da
Lei nº 6.830/1980, sendo prescindível a juntada do
processo administrativo sobre o qual se funda a CDA.
Note-se, que como pontou o embargado não houve comprovação
da transferência de crédito, comprovando que o fosse para
crédito extemporâneo na forma determinadas no art. 34 da
Lei n. 2.657/96, até para efeito de compensação.
Por outro lado, a alegação de que alguns documentos podem
não estar na sede em razão de fiscalização não lhe
socorre, visto que, consoante art. 47 da referida lei e
artigo 4º do Decreto-lei n. 486, cabe ao contribuinte
manter a escrita fiscal.
Pelo exposto, DESACOLHO os presentes embargos e, via de
consequência, JULGO IMPROCEDENTE o pedido. Condeno a parte
embargante em custa e honorários que arbitro em 10% (dez
por cento) do valor da causa, é a sentença.
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EXECUÇÃO, lavrado em premissas e dados incorretos,
fundamentos inconsistentes e ao arrepio da legislação de
regência, tornando-o NULO por vicio de origem. Sendo
assim, a EMBARGANTE requer a decretação da NULIDADE da
Ação de Execução Fiscal, processo n°. 0002112-
82.2016.8.19.0031 e a sua consequente extinção vez que
fundada no Auto de Infração nº 03.226.570-4, NULO por
vício de origem o qual também requer a decretação de
nulidade.
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federal, para inspeção e fiscalização das atividades
industriais ou outras e para solução de pendências
comerciais;
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resulta da diferença entre a incidência do mesmo sobre o
valor dos produtos vendidos e o incidente nas matérias-
primas adquiridas e utilizadas na produção desses produtos
vendidos, em obediência a não cumulatividade disposta no
art. 155, § 2º, da CRFB; nos arts. 19 e 20 da Lei
Complementar 87/1996 e no Convênio ICMS 97/2015.
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inclusive, sua transferência para
terceiros.
É permitido ao estabelecimento
industrial o aproveitamento integral dos
créditos do ICMS relativos aos insumos
utilizados na produção de mercadorias
constantes da cesta básica.
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varejistas diretamente ao consumidor.
(Revogado a partir de 1º de janeiro de
2019 pelo Decreto nº 46.543/18)
Item Mercadoria
15 charque
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vista que as vias originais tinham sido EXTRAVIADAS nas
dependências da Inspetoria Especializada IFE/10 e
confessado por eles no Ofício (ato administrativo
enunciativo) nº CI CTCE/SEFAZ nº 03/11,conforme fls.28 e
juntado a presente apelação.
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15. A apelante, tendo procedido de forma
institucional e correta quanto ao aproveitamento
extemporâneo do Imposto de Circulação de Mercadorias e
Serviços-ICMS incidente sobre as matérias-primas
adquiridas que serviram de base de cálculo da apuração e
lançamento da diferença do Imposto de Circulação de
Mercadorias e Serviços-ICMS, solicitada pela Inspetoria
Especializada IFE/10, comunicou à mesma, como determina a
legislação estadual de regência (Lei n°. 2657/96, com
redação da Lei nº. 3040/98, Lei n°. 5175-CTE e Decreto n°.
27427/00RICMS) o aproveitamento do crédito extemporâneo do
Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços-ICMS;
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centavos) a titulo de Encargos Moratórios, totalizando R$
6.137.932,22 (seis milhões, cento trinta sete mil,
novecentos trinta dois reais, vinte dois centavos) de
Encargos Moratórios, que "segundo entendimento do Apelado,
por aproveitamento indevido de crédito extemporâneo do
Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços ICMS com
suporte em cópias reprográficas das primeiras vias das
notas fiscais, autenticadas em cartórios dos Registros
Civis dos estados de origem, "também, segundo entendimento
do Apelado", classificadas como documentos inidôneos,
conforme consta do Auto de Infração no. 03.226.570-4,
apensado nestes nos EMBARGOS A EXECUÇÃO.
Auto de Infração n°. 03.226.570-4. In verbis.
"A Autuada exerce a atividade de fabricação de
charque e para tanto adquire carne de gado em outros
estados da federação" No mês de junho de 2007
escriturou diversos documentos fiscais de compras
dessas mercadorias, efetuadas em 2003 e 2004, no
livro fiscal de entrada de mercadorias. Instada a
comprovar a origem desses créditos extemporâneos de
ICMS, com a documentação correspondente, APRESENTOU
TÃO SOMENTE AS CÓPIAS REPROGRÁFICAS DAS PRIMEIRAS
VIAS, AUTENTICADAS EM CARTÓRIOS DOS REGISTROS CIVIS
DOS ESTADOS DE ORIGEM. ESSAS CÓPIAS NÃO SUBSTITUEM
AS PRIMEIRAS VIAS de acordo com o que determina o
Artigo 21 do Livro VI do Decreto n°. 2742712000
(RICMS). Por esse motivo são devidos ICMS e MULTA,
por creditar-se indevidamente do ICMS, conforme
quadro demonstrativo;
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17. A apelante apresentou recurso na esfera
administrativa ao Auto de Infração no. 03.226.570-4,
apensado nestes EMBARGOS A EXECUÇÃO, no qual ele auditor
fiscal Mano Stratievsky, matrícula 294883-4, impugnou o
aproveitamento do crédito extemporâneo do Imposto de
Circulação de Mercadorias e Serviços-ICMS sob o fundamento
de utilização de documentos inidôneos, "cópias epigráficas
das primeiras vias, autenticadas em cartórios dos
Registros Civis dos estados de origem" ao ter a Apelante
solicitado a devolução das vias originais das notas
fiscais e dos livros fiscais que estavam sob a guarda e
responsabilidade da Inspetoria Especializada IFE/10 de
modo que pudesse encaminhar as vias originais das notas
fiscais ao órgão de instância administrativa superior,
para apreciação da defesa, foi constado pela Fazenda o
extravio desses originais e dos livros fiscais nas
dependências da Inspetoria Especializada IFE/10, com isso
expediu a Intimação no. 328839-9212, apensada nos EMBARGOS
A EXECUÇAO, determinando que os documentos,
consequentemente as vias originais das notas fiscais,
poderiam ser entregues CÓPIAS REPROGRAFICAS, conforme
certidão de intimação nº 328839-92/2, às fls.28, a saber:
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REPRESENTANTE QUALIFICADO, DO NÃO ATENDIMENTO DESTA
INTIMAÇÃO".
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Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços-ICMS não
foi um ilícito tributário, impropriedade ou a nulidade do
aproveitamento do crédito extemporâneo do ICMS, e sim, a
utilização de documentos inidôneos, "cópias reprográficas
das primeiras vias das notas ficais, autenticadas em
cartórios dos Registros Civis dos estados de origem" isso
é improcedente, totalmente anacrônica e ao arrepio da lei
de regência, sabedor que a cópia autenticada por Tabelião,
em meio digital ou em papel, tem o mesmo valor de prova
que o documento original, e faz prova plena para todos os
efeitos legais. Ao contrário, se os documentos e as notas
fiscais em cópias reprográficas podem servir de fundamento
para negar o aproveitamento crédito extemporâneo do
Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços-ICMS por
se tratar de documentos inidôneos,(cópias autenticadas)
então o mesmo princípio deve ser observado para sua
submissão à instância administrativa superior para servir
de base para julgamento do recurso do auto de infração n°.
03.226.570-4, apensado nos EMBARGOS À EXECUÇÃO. Portanto,
o fundamento para negar o crédito extemporâneo do Imposto
de Circulação de Mercadorias e Serviços-ICMS é NULO na
origem. Dessa feita, a Certidão de Dívida Ativa (CDA) no.
20161002306-3, fls. 03 da Ação de Execução Fiscal,
processo n°. 000211282.2016.8.19.0031, também é NULA por
vício de origem, consequentemente também é NULA pois vício
de origem a Ação de Execução Fiscal, processo n°. 0002112-
82.2016.8.19.0031.
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Fiscal, processo n°. 0002112-82.2016.8.19.0031, proposta
pelo ESTADO DO RIO DE JANEIRO, representado pela
Procuradoria da Dívida Ativa do Estado do Rio de Janeiro,
vez que a DÍVIDA ATIVA foi constituída com base no Auto de
Infração no. 03.226.570-4 apensado nos EMBARGOS À EXECUÇÃO
e no Processo Administrativo n°. E-34-000.102.82112008,
por não ter a APELANTE, apresentado as vias originais das
notas fiscais requeridas pela Inspetoria Especializada
IFE/1O, para legitimar o aproveitamento do crédito
extemporâneo do Imposto sobre circulação de Mercadorias e
Serviços-ICMS e sim, cópias reprográficas das primeiras
vias, autenticadas em cartórios dos Registros Civis dos
estados de origem, MOTIVAÇÃO ÚNICA E EXCLUSIVA para
declará-las documentos inidôneos, propiciando a "GLOSA" do
aproveitamento do crédito extemporâneo do Imposto sobre
circulação de Mercadorias e Serviços-ICMS e a propositura
da Ação de Execução Fiscal, processo no. 0002112-
82.2016.8.40031, condição que não tem o condão de suscitar
a inidoneidade dos documentos e a "GLOSA" do
aproveitamento do crédito extemporâneo do Imposto sobre
circulação de Mercadorias e Serviços-ICMS, porquanto a não
apresentação das vias originais das notas fiscais decorreu
da culpa única e exclusiva da Inspetoria Especializada
IFE/O em razão do EXTRAVIO nas suas dependências dessas
vias originais, expressamente confessado pela autoridade
estadual competente no ofício CI CTCEISEFAZ n°. 003111,
conforme fls.28;
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Certidão de Divida Ativa (CDA) n°. 20161002.306-3, fls.03
da Ação de Execução Fiscal, processo n°.
000211282.2016.8.19.0031, TÍTULO EXECUTIVO, para ensejar a
EXECUÇÃO, deveria guardar pressupostos de certeza,
exigibilidade e liquidez. A Certeza materializada na
apresentação do documento comprovando a real existência
dos créditos tributários. A liquidez resultante de
comprovação do valor efetivamente devido pela EMBARGANTE.
A exigibilidade da inadimplência da EMBARGANTE. Demais
disso, a Certidão de Dívida Ativa (CDA) no. 2016/002.306-
3, fls.03 da Ação de execução Fiscal, processo n°.
0002112-82.2016.8.19.0031, deveria ter obedecido a
preliminar e regular processo administrativo coberto pelo
manto da legalidade embasando sua exigibilidade. No caso
vertente, essas condições não estão presentes, vez que a
cobrança do imposto, da multa e dos encargos moratórios se
dá, não pelo legítimo direito ao aproveitamento do crédito
extemporâneo do imposto-ICMS, pela EMBARGANTE, e sim, pela
mera FALTA de apresentação dos originais das primeiras
vias das notas fiscais, que suportaram o crédito à época
do lançamento e registro, cuja FALTA é resultante do
EXTRAVIO dessas vias originais nas dependências da
Inspetoria Especializada IFE1O, motivo plenamente
justificado da não apresentação que, por consequência,
gera o vicio de origem impondo NULIDADE ao Auto de
Infração no. 03.226.570-4, apensado nestes EMBARGOS À
EXECUÇÃO e à Certidão de Dívida Ativa (CDA) no.
20161002.3063, fls.03 da Ação do Execução Fiscal, processo
n°. 0002112-82.2016.8.19.0031 e também NULIDADE da Ação de
Execução Fiscal, processo n°. 000211282.2016.8.19.0031.
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21. Nesse seara, observa-se do teor da autuação que
em momento algum foi arguida ou questionada a
impropriedade ou a nulidade do aproveitamento do crédito
extemporâneo do ICMS. A arguição de nulidade se dá tão
somente por utilização como suporte para o crédito
extemporâneo de cópias reprográficas das primeiras vias,
autenticadas em cartórios dos Registros Civis dos estados
de origem" e não as primeiras vias originais das notas
fiscais, como textualmente anotado no Auto de Infração n°.
03.226.570-4, apensado nestes EMBARGOS A EXECUÇÃO. No caso
em pauta, a guarda e integridade física das primeiras vias
das notas fiscais e dos livros fiscais EXTRAVIADOS na sede
da Inspetoria Especializada IFE1O é questão de ordem
pública não observada, pois ela é a única e exclusiva
responsável, pela não apresentação das primeiras vias das
notas fiscais, EXTRAVIADAS nas suas dependências, extravio
expressamente confessado pela autoridade estadual
competente no ofício C1 CTCE1SEFAZ n°. 03/11, fis. 28 da
Ação de Execução Fiscal, processo n°. 0002112-
82.2016.8.19.0031. A questão de ordem pública não
observada leva a quatro pressupostos.
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desconsiderar benefício fiscal de isenção do
Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços-
ICMS, em face da atividade empresarial da
EMBARGANTE estar amparada no disposto na Lei
Estadual n°. 4177/2003, com redação da Lei no.
436712004;
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- O artigo 2º, § 5º, VI, da LEF, impõe que
o termo de inscrição de dívida ativa deve
conter o número do processo administrativo-
fiscal que deu ensejo à cobrança. II - O
extravio do processo administrativo impede
que o Judiciário confira a CDA, ao mesmo
tempo em que impossibilita o contribuinte
de se defender. Precedentes: REsp nº
686.777/MG, Rel. Min. ELIANA CALMON, DJ de
07/11/2005 e REsp Nº 274.746/RJ, Rel. Min.
ELIANA CALMON, DJ de 13/05/2002. III -
Recurso especial improvido. Processo REsp
945390 / ES. RECURSO ESPECIAL 2007/0092894-
0. Relator(a) Ministro FRANCISCO FALCÃO
(1116). Órgão Julgador T1 - PRIMEIRA TURMA.
Data do Julgamento 21/08/2007. PROCESSO
CIVIL, E TRIBUTÁRIO - EXECUÇÃO FISCAL -
PROCESSO ADMINISTRATIVO-FISCAL EXTRAVIADO -
PERDA DAEXIGIBILIDADE DO TÍTULO. 1. A Lei
6.830/80 exige que conste da certidão de
dívida ativa o número do processo
administrativo-fiscal que deu ensejo à
cobrança. Macula a CDA a ausência de alguns
dos requisitos. 2. O extravio do processo
administrativo subtrai do Poder Judiciário
a oportunidade de conferir a CDA, retirando
do contribuinte a amplitude de defesa. 3 .
Equivale o extravio à inexistência do
processo, perdendo o título a
exeqüibilidade (inteligência do art. 2o, §
5o, inciso VI, da LEF). RECURSO ESPECIAL N°
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274.746 - RJ (2000/0087119-2) RELATORA :
MINISTRA ELIANA CALMON.
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não glosa dos mesmos, mas a inflição de multa
formal. Recurso parcialmente provido.”
(Acórdão 15.689 da Segunda Câmara do Conselho de
Contribuintes, Processo nº E-04/036/43/2016,
publicado em 29/05/2017 - Grifo nosso.)
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fls.06, sob alegação de utilização de documentos
inidôneos, apesar de que a impugnante ter apresentado
cópias reprográficas das primeiras vias, AUTENTICADAS em
cartório dos Registros Civis dos Estados de origem,
GARANTINDO ASSIM, A SUA AUTENTICIDADE, deve ser alterada a
penalidade para 5%;
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recurso nº 59.435, acórdão nº 14.499,
relativa ao processo acima mencionado,
afastou a exigência do imposto e aplicou a
penalidade acima reproduzida. Com a devida
vênia, transcrevo o voto do Conselheiro
redator PAULO EDUARDO DE NAZARETH MESQUITA:
Concordo em linhas gerais com o voto do
ilustre Relator, inclusive quanto à
impossibilidade de se glosar o ICMS creditado
pelo Contribuinte, que tem origem legítima, e
o adoto como minhas razões adicionais de
decidir. Entendo apenas que deve ser mantida
a multa, pois, conforme reconhecido pela
própria Autuada, ocorreram erros na
escrituração fiscal desses créditos, de
natureza formal, o que justifica a aplicação
da multa prevista no inc. V do art. 59 da Lei
2657/96, que tem dupla natureza jurídica,
material ou formal, conforme a validade ou
não dos créditos aproveitados em desacordo
com a legislação. Como se tratam de créditos
extemporâneos, já que relativos a períodos
anteriores, nos quais a empresa deixou de
aproveitá-los por erro na aplicação da
legislação tributária, deve ser alterada a
penalidade acima para a prevista no art. 62-
C, inc. VII, da Lei 2657/96, com redação da
Lei 6357/2012, no percentual de 5% do crédito
aproveitado de forma errada, por ser mais
benéfica ao Contribuinte”.
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(vi) DO PREQUESTIONAMENTO PARA EVENTUAL INTERPOSIÇÃO DE
RECURSO ESPECIAL E/OU EXTRAORDINÁRIO:
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multa proporcional de 60%, por ser mais benéfica ao
Contribuinte, é o que se requer.
OAB/RJ 119.552
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