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ACÓRDÃO
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No que tange ao ‘fato novo’ suscitado pela agravante, trata-se de questão que
não foi objeto da decisão agravada, pelo que a sua análise, nesta oportunidade, resultaria, a
rigor, supressão de instância.
Ademais, a tese fixada pelo STF, a que se refere a agravante, está em que
“incide ISS sobre as operações de venda de medicamentos preparados por farmácias de
manipulação sob encomenda” e “incide ICMS sobre as operações de venda de
medicamentos por elas ofertados aos consumidores em prateleira”, não se podendo
identificar que o tributo objeto de cobrança na execução fiscal originária tenha como
referência “medicamentos preparados sob encomenda” e não “medicamentos ofertados em
prateleira”, de modo a autorizar o acolhimento dessa tese recursal.
Inobstante, assiste razão à agravante quanto à inobservância, pelo Fisco
Estadual, da regra estabelecida no artigo 151, incisos II e V, do Código Tributário Nacional,
que lhe vedava o ajuizamento da ação de execução, ante à inexigibilidade do título executivo.
Assim se conclui a partir da documentação colacionada aos autos, que permite
identificar a distribuição pela ora agravante, em 2010, de ação de consignação em
pagamento, em face do Estado do Rio de Janeiro, do Município do Rio de Janeiro e do
Município de Niterói, autuada sob o nº 0077360-57.2010.8.19.0001, anterior, portanto, à
inscrição do crédito tributário objeto de cobrança na execução fiscal originária (29/08/2018),
fundada na alegação de dúvida quanto ao tributo devido (ICMS ou ISS) e seu credor, em que
foi deferida a suspensão de exigibilidade dos créditos tributários, a partir do depósito dos
valores correspondentes ao tributo de maior valor.
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