EXMO.

JUIZ DE DIREITO DA _______ VARA CÍVEL

DA COMARCA DE SÃO PAULO,SP

EXMO. JUIZ DE DIREITO DA _______ VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO/SP,

,
brasileiro, casado, CPF nº897.541.312-87, residente e domiciliados nesta Capitalna alameda Casa Branca n°438,ap.91
por seu Advogado (instrumento outorgante de poderes anexo) infraassinado, vem, respeitosamente,
perante Vossa Excelência para,com fundamento no Art. 183 da Carta Magna, nos Arts.
941 a 945 do Código de Processo Civil, e Art. 1.240 do Código Civil, requerer apresente
AÇÃO DE USUCAPIÃO(DO DOMÍNIO ÚTIL)
em face de ANTONIO PEREIRA DE ANDRADE, brasileira,
atualmente em lugar incerto e/ou ignorado,
de área urbana devidamente identificada e individuada na documentação integrante desta, argüindo os seguintes fatos e fundamentos

Inicialmente, requer os benefícios da Justiça Gratuita, pois, não tem condições de arcar com custas processuais e ou honorários advocatícios sem o prejuízo do sustento de sua família.
DOS FATOS
O imóvel usucapiendo localiza-se na Rua ,alameda Casa Branca n°438,ap.91
sendo um terreno urbano, FOREIRO, de domínio da UNIÃO,
medindo 31,65 de comprimento por 5 de largura
no Registro de Imóveis EUNÁPIO TORRES
, no Livro 375, às fls. 71 sob o número de ordem 2541
encontra-se, O DOMÍNIO ÚTIL, em nome da ora Requerida ANTONIO PEREIRA DE ANDRADE
conforme testificam a Escritura Pública e Certidão, além de outros documentos emitidos pela Gerência Regional do Patrimônio da União, todos emanexo.Aludido imóvel confronta-se(CONFRONTAÇÕES DO IMÓVEL) O Requerente,
QUE NÃO POSSUI QUALQUER OUTRO IMÓVEL URBANO OU RURAL,
há 20 (vinte)anos
adquiriu dito terreno por compra a Srª.JUNIO DO NASCIMENTO BATISTA. Segundo conversas de vizinhos e outros moradores próximos, na época da venda a Srª ANTONIO estaria de mudança para o Rio de Janeiro, onde teria uma filha.
Na época da transação com a SrªANTONIO foi feito um RECIBO, mas, infelizmente, perdeu-se.Como demonstra a farta documentação que a esta se anexa, o Requerente construiu residência em tal terreno, QUE ORA SERVE DE MORADIA PARA SUA FILHA.De fato,
dentre os documentos que ora anexamos podemos ver:
planta do terreno e da casa edificada
;certidão da Prefeitura de SÃO PAULO, dando conta das dimensões do terreno;
Certidão Negativa de Débitos Municipais,relativa ao imóvel;
comprovante do pagamento de água;
e, um dos mais importantes:
o relativo ao pagamento da taxa de ocupação, EM NOME DA REQUERIDA, que estava em atraso há vários anos, DEVIDAMENTE PAGO PELO REQUERENTE;
OQUE DEMONSTRA, POR PARTE DA GERÊNCIA REGIONAL DO
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PATRIMÔNIO DA UNIÃO NA PARAÍBA, O CONHECIMENTO DOS FATOS AQUI NARRADOS, E DE QUEM VEM, EFETIVAMENTE,CUMPRINDO COM O PAGAMENTO DAS OBRIGAÇÕES LEGAIS.
Destarte, após externado e explanado os fatos, cabe argumentar que, a posse do autor
é mansa,pacífica, sem interrupção, sem oposição já há 20 (vinte) anos, e de boa fé (que neste caso se presume, dado o lapsode tempo decorrido desde a posse),
pelo que, não tendo título do
domínio útil
do terreno/área devidamente identificada e individuada na documentação em anexo, quer obtê-lo, por via desta ação, nos termos da legislação vigente.
DO DIREITO
A pretensão do Autor é obter o
domínio útil,
como aliás, foi objeto de transação entre o possuidor anterior e a Requerida (Escritura anexa).
A situação de domínio direto da União sobre tal terreno continuará inalterada, transferindo-se apenas a titularidade daquele a quem caberá continuar a pagar a taxa legal, ou seja, oforo.
Portanto, é admissível a usocapião relativamente ao
domínio

útil
de imóvel foreiro pertencente ao patrimônio público, desde que já se encontre o referido
domínio
em poder de terceiro particular e permaneça inalterada a situação da sua propriedade do ente público, sendo este exatamente o caso orasob análise.Os nossos tribunais são uníssonos emadmitirem a usocapião sobre o
domínio útil.
Veja-se:
“Usocapião. Domínio útil. Imóvel foreiro. 1. É suscetível de usocapião o domínio útil, não obstante se trate de imóvel foreiro e, portanto, de domínio público, por ser o domínio útil passível de alienação.
2.Encontrando-se preenchidos os requisitos do art. 550 do CC, correta é a decisão que julga procedente o pedido inicial. Reexame necessário improvido.” (TAPR, RN 96.767-1, Ac. un. da 7ª C.Cív., Rel. Juiz Lauro Augusto Fabrício de Melo, DJPR 06.12.1996)“
Civil e processo civil. Recurso especial.
Usocapião. Domínio público.Enfiteuse. É possível reconhecer a usocapião do domínio útil de bem público sobre o qual tinha sido, anteriormente, instituída enfiteuse, pois,nesta circunstância, existe apenas a substituição do enfiteuta pelo usocapiente,
não trazendo qualquer prejuízo ao Estado.
Recurso especial não conhecido.” (STJ, REsp 575.572/RS, 3ª T., Relª Min. Nancy Andrighi,DJU 06.02.2006 - Juris Síntese IOB, n. 60, jul./ago. 2006)
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USOCAPIÃO - Domínio útil

. Terreno de marinha em regime de enfiteuse. Admissibilidade.
Afastada a preliminar de impossibilidade jurídica do pedido. É possível a aquisição, pela via da usocapião, de domínio útil debem imóvel pertencente à União uma vez que o mesmo já se encontrava em regime de aforamento,
conforme verificado no Cartório do 1º Ofício do Registro Geral de Imóveis (fls. 17),
não havendo violação a preceito constitucional, pois a usocapião, in casu, incide sobre o domínio útil
(fls.17). Precedentes do eg. STJ e desta Corte.
Presença dos requisito selencados no art. 183 da CF/88 para constituição da usocapião urbano como sendo a posse mansa, ininterrupta e sem oposição, de imóvel urbano que meça até 250m2, durante cinco anos, que seja utilizada para fins de moradia da família,
não devendo o possuidor ter nenhum outro imóvel urbano ou rural,
vez que nenhum deles foram questionados ou rebatidos pela União ou pelo antigo titular do aforamento. Inaplicabilidade da regra do art. 1.811 do CC de 1916, que trata da transmissão por herança debem de particular sob regime de enfiteuse, para o presente caso,
que é regido pelas disposições do DL 9.760/46, recepcionado pela atual CF, que dispõe sobre os bens imóveis da União, tratando do aforamento em seus arts. 99 a133. Sem custas nem honorários, em face do benefício da justiça gratuita eda isenção
(art. 4º da L. 9.289/04.07.1996). (TRF 5ª R. - AC 308.452 - PE - 3ª T. Auxiliar - Rel. Des. Fed. Conv. Hélio Silvio Ourem Campos - DJU 19.11.2003)
Segue, em anexo, algumas decisões do STJ e outros Tribunais a respeito do tema. A condição de aforamento sobre o terreno em questão é inegável, ante a farta documentação que muito bem o demonstra, ou seja,
a própria escritura pública e os demais documentos emitidos pela União, onde foi recolhido o foro devido.
DO PEDIDO
Em vista do exposto e da farta documentação anexada, requer:a) a citação da Requerida e/ou de seus sucessores, através de edital, uma vez que encontra-se em lugar ignorado e/ou não sabido, nos termos do Art. 231,
II do CPC,bem como, dos eventuais interessados;b) a citação dos confinantes, todos identificados e com endereço no 3º parágrafo da página 2 (dois)desta exordial;
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c) a intimação, por via postal, dos representantes da Fazenda Pública da União, do Estado e do Município, para que manifestem interesse na causa;d) a intimação do Representante do Ministério Público, para intervir em todos os atos do processo;e)
a procedência da demanda, para o fim de ser declarado, por sentença, o domínio útil do Requerente sobre a área usocapienda, determinando ao Cartório competente o registro, e a condenação da parte que vier a contestar a ação no pagamento das custas judiciais e
honorários advocatícios;f) a concessão da Justiça gratuita, na conformidade do que dispõe a lei 1.060/50, pois, o Autor/Requerente, modesto funcionário público, é pobre nos termos da lei,
não tendo condições de arcar com custas processuais e honorários advocatícios sem o prejuízo do sustento de sua família.Pretende provar os fatos ora alegados através de todas as provas admitidas em direito, como a documenta lora inserida, e testemunhal,
cujo rol desde já anexa.Para efeitos fiscais e legais, dá-se á causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais).Termos em que,Espera De ferimento.João Pessoa, 30 de Maio de 2022