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Nome, brasileira, profissão, estado civil, CPF n° xxxx, identidade nº xxxx, residente e
domiciliada na Rua xxxx, nº xx, Bairro xxxx, Belo Horizonte/MG, por meio dos advogados do
Núcleo de Prática Jurídica da Faculdade Pitágoras, todos com endereço profissional na
Rua Santa Madalena Sofia, 30 – Bairro Vila Paris – Belo Horizonte/MG, propor a
presente, vem a presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 1.238, parágrafo único do
Código Civil e no art. 1.071 do Novo Código de Processo Civil, que prescreve a faculdade do
reconhecimento do usucapião pela via judicial, propor a presente
AÇÃO DE USUCAPIÃO
EXTRAORDINÁRIO
Em face de Nome – CPF nº xxxx, Nome – CPF nº xxxx e Nome – CPF nº xxxx, tendo estes
endereços e identidades desconhecidos.
I – DOS FATOS
O imóvel correspondia ao lote xxx, quarteirão xxx, da Planta Particular não aprovada do bairro
xxxx, nesta capital com área de 360m² conforme matrícula xxxx lavrada no xxº Ofício de
Registro de Imóveis.
Em razão de modificação ocorrida na região pela prefeitura, este imóvel atualmente é
identificado de acordo com a Planta xxxx, APROVADO PELO DECRETO xxxx em
xx/xx/xxxx com área de xxm², sendo que o Lote número xxx passou a pertencer ao quarteirão
xxx, localizado à Rua xxxx, nºxx, bairro xxxx – Belo Horizonte/MG.
Por fim, a área final analisada deste imóvel corresponde a xxxm², conforme apurado in loco
pelo memorial descritivo do terreno.
É certo que desde xxx de xxxx, data esta em que se firmou o contrato de compra e venda, a
autora tem a posse mansa e pacífica do imóvel, local onde vive há mais de xx anos.
Desde que a Autora e seu falecido marido se mudaram para o imóvel lá estabeleceram a sua
moradia habitual, o possuindo como se donos fossem, presente, portanto, o animus domini.
Ressalta-se novamente que desde que tomou posse do imóvel, no ano de xxx, a usucapiente
residiu de forma contínua neste e como prova de tal conduta e de sua boa-fé, encontra-se em
anexo, documentos e declarações da Cemig e Copasa, ao qual, atestam o ano do início da
prestação do serviço à família da Autora, qual seja, xx/xx/xxxx e xx/xx/xxxx respectivamente.
Importante registrar que a Autora nunca sofreu qualquer tipo de contestação ou impugnação à
sua posse por parte de quem quer que seja, sendo esta, portanto, mansa, pacífica, ininterrupta
e totalizando xx anos de moradia.
II – OS CONFRONTANTES DO IMÓVEL
Dessa forma, estando presentes todos os requisitos legais exigidos, a autora faz jus à presente
ação.
III – DO DIREITO
Assegura o art. 1.238, parágrafo único do Código Civil que adquirirá a propriedade do imóvel,
mediante usucapião extraordinária, àquele que, por dez anos, sem interrupção, nem oposição e
nele estabelecer a sua moradia habitual, ou realizar obras ou serviços de caráter produtivo,
independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por
sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Salienta-se que aquele que possui um justo título, tem a seu favor a presunção de que é
possuidor de boa-fé, conforme determina o art. 1.201, parágrafo único, do CC.
Conforme relatado acima, a Autora desde que tomou posse do imóvel, em março de 1991,
sempre agiu como se proprietária fosse de maneira pública e contínua tendo, inclusive,
justo título que comprova a sua aquisição, de acordo com as documentações anexadas,
pelo que resta demonstrada a sua boa-fé.
Diante da presença dos requisitos legais para usucapião extraordinária, demonstrada no caso em
comento, impõe-se a procedência do presente feito, devendo ao final ser declarado o domínio do
imóvel à possuidora, ora autora.
IV – DA COMPETÊNCIA
Dispõe o art. 47 do Novo CPC que nas ações fundadas em direito real sobre imóveis, é
competente o foro da situação da coisa, no presente caso a Comarca de Belo Horizonte.
Visto que a autora não possui qualquer contato ou notícia do então proprietário legal do imóvel
que comprara, e por não ter condições financeiras, fica esta impossibilitada pleitear a usucapião
pela via extrajudicial.
Desde já se requer seja realizada pesquisa pelo sistema INJOJUD objetivando a localização do
endereço dos réus, quais sejam Nome – CPF nº xxxx, Nome – CPF nº xxxx e Nome – CPF nº
xxxx.
VIII – DO PEDIDO
Ante o exposto, requer seja julgado procedente o pedido da presente ação, declarando a
aquisição da propriedade do imóvel em questão pela Autora.
IX – DOS REQUERIMENTOS