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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Cível da Comarca de João

Pessoa, Paraíba.

Distribuição por urgência

Regina, brasileira, casada, comerciante, portador do RG 0000000 -


SDS/PE e do CPF 000000000, titular do e-mail regina@outlook.com, e seu esposo,
Mario, brasileiro, casado, funcionário publico, portador do RG 111111111-SDS/PE e
do CPF 111111111, titular do e-mail mario@outlook.com, ambos residentes e
domiciliados na Avenida Boa Viagem, n° 218, cidade de Recife, Estado do
Pernambuco, por seu advogado devidamente constituído pelo instrumento de mandato
anexo (documento 1), vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência,
com fundamento no art. 554 e seguintes do Código de Processo Civil, propor a
presente AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE COM PEDIDO LIMINAR
em face de Reinaldo, brasileiro, solteiro, autônomo, portador do RG 99999999
SSP/PB e do CPF 999999999, titular do e-mail reinaldo@outlook.com residente e
domiciliado na cidade de João Pessoa, Estado da Paraíba, Centro, Rua das Trincheiras,
nº 300 pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:

I - DOS FATOS

Mario e sua mulher Regina, residentes e domiciliados na cidade de


Recife-PE, compraram um terreno de 3.000 m² na cidade de João Pessoa-PB,
a fim de construírem um imóvel residencial.

O vizinho do imóvel, Reinaldo, utilizou do fato dos novos donos não


residirem no mesmo município e construiu um novo muro como divisa,
invadindo parcialmente o terreno do casal e tomando-lhe mais de 100 m².

Quando Mario e Regina foram visitar o imóvel, um mês atrás,


perceberam a invasão e foram tentar resolver com Reinaldo.

O casal foi ignorado por seu vizinho, que, bastante alterado, falou que
o muro sempre esteve naquele local e que se eles continuassem a persistir nesse
caso sofreriam graves danos.

O autor tentou negociar a saída amigável dos invasores, que, entretanto,


recusaram qualquer tentativa de conciliação, tendo, inclusive, ameaçado
verbalmente o proprietário.

Diante destes fatos, o autor lavrou boletim de ocorrência (anexo).


II - DO DIREITO

O Boletim de Ocorrência demonstra claramente o esbulho que o Autor


está sofrendo, caracterizando-se, assim, a impossibilidade do exercício dos
direitos inerentes à posse e à propriedade, nos terrenos invadidos.
Tem, assim, o direito de ser restituído na posse do terreno, conforme
preceituam os artigos 1.210 do Código Civil e art. 560 e seguintes do CPC.

Não havendo possibilidade do Autor resistir à invasão por seus próprios


meios, cabe, agora, valer-se da tutela do Poder Judiciário, para ver restituída
a sua posse, conseguida por meio do competente mandado de reintegração de
posse.

III - DA LIMINAR

Como já verificado, o réu não usufrui de qualquer direito inerente à posse


violenta e clandestina que exercem sobre os terrenos do Autor.

Portanto, configurado está o esbulho, ensejando a concessão da medida de


reintegração de posse liminar.

Necessário ainda, comentar que o esbulho não passa de ano e dia, conforme se
verifica no Boletim de Ocorrência que instrui esta peça.

Os autores tomaram conhecimento da invasão no dia 30 de abril de 2021, e o


Autor, só aguardou esses dias para a propositura da presente, porque estava tentando
uma negociação para uma saída amigável do ocupante, o que não aconteceu.

Por consequência, impera a concessão da medida liminar de reintegração de


posse em favor da Autor, conforme lhe assegura o disposto no art. 562, 1ª parte, do
CPC abaixo transcrito:

"Art. 562: Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem
ouvir o réu, a expedição de mandado liminar de manutenção ou reintegração..."

IV - DO PEDIDO

Ante o exposto, considerando que a pretensão do autor encontra


arrimo no art. 1.210 do Código Civil, requer:

a) seja, in limine litis, reintegrado na posse do imóvel, com ou sem


audiência de justificação, expedindo-se o competente mandado, autorizando, ademais,
o uso de força policial, se necessária, para a desocupação do imóvel;
b) a citação dos réus para que, querendo, apresentem resposta no
prazo legal, sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia;
c) a decretação, por fim, da reintegração definitiva do imóvel à posse
do autor;
d) sejam os réus, ademais, condenados a indenizar os prejuízos que
causaram ao imóvel, cujo valor deverá ser apurado após perícia técnica no imóvel.
Provará o que for necessário, usando de todos os meios permitidos
em direito, em especial pela juntada de documentos (anexos), oitiva de testemunhas,
perícia técnica e depoimento pessoal dos réus.

Nos termos do art. 319, VII, do CPC, o requerente registra “que não
se opõe à designação de audiência de conciliação”.

Dá ao pleito o valor de R$ 40.000,00 (vinte mil reais).

Nestes termos, pede deferimento.

João Pessoa - PB, 10 de Junho de 2021.

Ana Clara Cortez Alencar


OAB/PE 27613

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