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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ª VARA CÍVEL DE

SUZANO/SP

JOÃO, (nacionalidade), casado, (profissão), portador da Cédula de Identidade


RG nº (...), devidamente inscrito no CPF/MF sob nº (...), e JOANA, (nacionalidade),
casada, (profissão), portadora da Cédula de Identidade RG nº (...), devidamente
inscrita no CPF/MF sob nº (...), ambos residentes e domiciliados à (endereço), vêm, por
seu advogado e bastante procurador (doc. xx – procuração anexa), ajuizar a presente

AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE C/C PEDIDO DE CONCESSÃO DE TUTELA


ANTECIPADA DE URGÊNCIA,

com fulcro no artigo 554 e subsequentes do Código de Processo Civil, em face de


PEDRO, (nacionalidade), casado, (profissão), portador da Cédula de Identidade RG nº
(...), devidamente inscrito no CPF/MF sob nº (...), residente e domiciliado à (endereço),
pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.

PRELIMINARMENTE

I. DO RECOLHIMENTO DAS CUSTAS PROCESSUAIS:

Mister salientar que o valor recolhido a título de custas processuais encontra-se de acordo
com a previsão do artigo 4º, inciso I, aplicado cumulativamente com o parágrafo 1º da Lei nº
11.608/2003, conforme os comprovantes de pagamento anexos (doc. xx). Nestes termos, de
rigor o regular prosseguimento do feito.

II. DA TUTELA ANTECIPADA DE URGÊNCIA:

Resta presente o periculum in mora com o esbulho praticado pelo requerido, tendo em vista
que o imóvel, em sua totalidade, é objeto de locação por parte dos requerentes, pleiteia a
concessão da tutela antecipada de urgência, para o devido fim de reintegrar os autores na
posse do imóvel.

III. DA DISPENSA DA AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO:

Requer, ainda, a dispensa da audiência de justificação, vez que a parte adversa resta
inconciliável, conforme se narrará abaixo, bem como as provas acostadas a essa exordial são
irrefutáveis e demonstram a posse e a propriedade que os requerentes exercem sobre o
imóvel.

1. DOS FATOS:

Os requerentes são legítimos proprietários do imóvel sito a (endereço), nesta comarca,


sendo que referido imóvel, com área total de 10.000m², era para renda extra, locado para
terceiros, sendo que, por conta da crise sanitária causada pelo COVID-19, o imóvel
encontrava-se desocupado, em sua totalidade, por aproximadamente 06 (seis) meses. No
entanto, há aproximadamente 01 (um) mês, os requerentes foram informados por um
vizinho que o terreno fora invadido pelo requerido, que procedeu a construção de uma
quadra, vestiário e bar, que ocupou a fração ideal de 1/10 (1.000m²).

Os requerentes tentaram uma composição amigável com o requerido, porém sem


sucesso, já que o requerido alega que o terreno é de propriedade da prefeitura. Diante do
exposto, busca o provimento jurisdicional para salvaguardar seu direito previsto em lei.

2. DOS DIREITOS:

Nos termos do artigo 1.210 do Código Civil, o possuidor tem o direito à reintegração no
caso de esbulho, inclusive com a concessão de liminar, conforme a previsão dos artigos
558 e 562 do CPC.

O mesmo CPC prevê, em seu artigo 560, que o possuidor tem o direito a ser
reintegrado em caso de esbulho, desde que restem preenchidos os requisitos
apresentados no artigo 561 do CPC, sendo o primeiro deles a prova da posse, demonstrada
pela documentação do imóvel.

Os demais requisitos para a ação são o esbulho praticado pelo réu e sua data, para
que se fixe o prazo de ano e dia a ensejar o rito especial dos artigos 560 a 568 do Novo
Código de Processo Civil, tudo nos termos do artigo 561, incisos II a IV, do mesmo diploma
legal.

Bem evidencia Cristiano Chaves, “Posse precária: resulta do abuso de confiança do


possuidor que indevidamente retém a coisa além do prazo avençado para o término da
relação jurídica de direito real ou obrigacional que originou a posse.”(FARIAS, Cristiano
Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil. Vol 5 (Direitos Reais) 11º Ed,
Editora Atlas. 2015, p. 108)

Como visto, restou demonstrado os requisitos, estando a presente exordial


devidamente instruída, o autor faz jus a concessão liminar inaudita altera parte, da
reintegração de posse do imóvel supracitado, conforme prevê o artigo 562 do Novo CPC.

2.1. DO VALOR ATRIBUÍDO A CAUSA:

A integralidade do imóvel de propriedade dos requerentes é avaliada em R$


10.000.000,00 (dez milhões de reais). Verifica-se, portanto, que cada metro quadrado é
avaliado em R$ 1.000,00 (mil reais). A área esbulhada pelo requerido é de,
aproximadamente, 1.000m² (mil metros quadrados). Portanto, 1.000 (m²) x (R$) 1.000,00 =
R$ 1.000.000,00.

3. DOS PEDIDOS:

Ante o exposto, requer:


3.1. Seja deferida a tutela de urgência inaudita altera parte, determinando a expedição de
mandado de reintegração de posse do imóvel sito a (endereço)

3.2. Subsidiariamente, caso Vossa Excelência não entenda pelo deferimento liminar da
reintegração de posse, requer a total PROCEDÊNCIA da demanda, com a consequente
emissão do mandado de reintegração de posse;

3.3. A dispensa de audiência de justificação, nos termos legais;

3.4. Requer seja citado o réu para que, se assim desejar, apresente sua contestação, nos
termos do artigo 564 do CPC, sob pena de incorrer em revelia e confissão quanto a matéria
fática aqui apresentada (art. 344 do CPC);

3.5. Pleiteia que, ao final, seja a demanda julgada totalmente PROCEDENTE, com a
reintegração da posse do imóvel aos requerentes, sendo que, em caso de descumprimento
de eventual ordem judicial determinando a reintegração, requer desde já seja deferida a
aplicação de multa no importe de R$1.000,00 (mil reais) para cada dia de
descumprimento.

Protesta o autor por provar o alegado através de todos os meios de prova em direito
admitidos, especialmente pela produção de prova documental, testemunhal, pericial e
inspeção judicial, depoimento pessoal do réu sob pena de confissão, caso não compareça,
ou, comparecendo, se negue a depor (art. 385, § 1º, do Novo CPC), inclusive em eventual
audiência de justificação.

Dá-se a causa, nos termos do artigo 292, IV, do Código de Processo Civil, o valor de R$
1.000.000,00 (um milhão de reais), relativo ao valor total da área a ser reintegrada.

Termos nos quais,


Pede Deferimento.
Cidade, data.

ADVOGADO
OAB/UF nº (...)

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