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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DE UMA DAS

VARAS CÍVEIS DO FORO DA COMARCA DE TERESÓPOLIS-RJ

(5 linhas)

JORGE, [nacionalidade], [estado civil], professor de ensino fundamental,


portador da cédula de identidade RG n. XXX, inscrito no CPF/MF sob o n. XXX,
com endereço eletrônico XXX, residente e domiciliado na Rua XXX, n. XXX,
bairro XXX, cidade XXX, Estado XXX, CEP XXX, vem, respeitosamente,
perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, abaixo assinado
(instrumento de procuração anexo), com fundamento nos artigos 1.228 e 1.245
do Código Civil, propor a presente

AÇÃO DE IMISSÃO NA POSSE COM PEDIDO LIMINAR

em face de MIRANDA, [nacionalidade], [estado civil], [profissão],


portadora da cédula de identidade RG n. XXX, inscrita no CPF/MF sob o n.
XXX, com endereço eletrônico XXX, residente e domiciliada na Rua XXX, n.
XXX, bairro XXX, cidade XXX, Estado XXX, CEP XXX, pelas razões de fato e
de direito abaixo aduzidas.

I. SÍNTESE DOS FATOS

Jorge adquiriu o imóvel situado na cidade de Teresópolis/RJ, mediante a


celebração de contrato de compra e venda, por meio de documento
devidamente registrado no Registro de Imóveis (Doc. XXX).

Quando da negociação com o antigo proprietário, Sr. Max, o Autor foi


informado de que o imóvel se encontrava ocupado pela Ré, que ali residia na
qualidade de locatária há dois anos. Assim, em atendimento às exigências
legais, foi oportunizado à locatária o exercício do direito de preferência,
mediante notificação extrajudicial, certificada a entrega à Ré (Doc. XXX).

Após a aquisição da propriedade, o Autor notificou a locatária a respeito


da sua saída. Contudo, ao tentar ingressar no imóvel, foi surpreendido com a
permanência de Miranda no apartamento, sob a justificativa de que não teria
recebido qualquer notificação enviada por Max e que só sairia a pedido dele.

Nesse ponto, importante mencionar que o contrato de locação celebrado


entre a Ré e o antigo proprietário do imóvel não possui cláusula de
manutenção da locação em caso de venda do imóvel.

Indignado, o Autor entrou em contato com o antigo proprietário, que


lamentou o ocorrido, mas se negou a ajudá-lo, afirmando que não teria mais
qualquer responsabilidade sobre aquela relação com a Ré.

Assim, o Autor serve-se da presente medida judicial, a fim de seja


determinada a imediata desocupação do imóvel.

II. DO DIREITO

Dispõe o art. 1.228 do CC que o proprietário tem direito de usar, gozar e


dispor da coisa, assegurado o direito de reavê-la de quem, injustamente, a
possua ou a detenha. Ainda, o art. 1.245 do CC é expresso ao estabelecer que
a propriedade de bem imóvel transfere-se mediante o registro do título
translativo no Registro de Imóveis.

No caso concreto, conforme já demonstrado, o Autor adquiriu a


propriedade do imóvel mediante a celebração de contrato de compra e venda,
devidamente registrado perante o Cartório de Registro de Imóveis, e notificou a
Ré a respeito da sua saída.

Não é demais reforçar que foi oportunizado à Ré o exercício do direito


de preferência para aquisição do imóvel locado, em observância ao art. 27 da
Lei n. 8.245/91 (Lei de Locações).

Não há, portanto, motivo justo para a manutenção da locatária no


imóvel, tendo em vista, inclusive, que o contrato de locação firmado com o
antigo proprietário não possuía cláusula de manutenção da locação no caso de
venda e que a Ré foi devidamente notificada da denúncia do contrato.
Diante do exposto, resta demonstrado o direito do Autor de ser
imediatamente imitido na posse do imóvel ocupado atualmente, de forma
injusta, pela Ré. E, como não tem ou teve posse, necessário o uso de uma
ação petitória, o que se ora adota.

III. DA CONCESSÃO DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA

Nos termos do art. 300 do CPC, a concessão da tutela provisória de


urgência, de natureza antecipada, dependerá da presença dos seguintes
requisitos: (i) a probabilidade do direito (“fumus boni iuris”); e (ii) o perigo de
dano ou risco ao resultado útil do processo (“periculum in mora”).

No presente caso, a probabilidade do direito aventado pelo Autor resta


evidenciada pela comprovação do registro do contrato de compra e venda do
imóvel, perante o Cartório de Registro de Imóveis, bem como pelo
comprovante de entrega da notificação extrajudicial à Ré.

Por sua vez, o perigo de dano está caracterizado pelos prejuízos


causados pela prolongação no tempo da manutenção da Ré, cuja conduta está
evidentemente pautada na má-fé, na posse do imóvel.

Sendo assim, presentes os requisitos ensejadores da concessão da


tutela provisória de urgência, requer seja determinada a imediata desocupação
do imóvel pela Ré.

IV. DOS REQUERIMENTOS E DOS PEDIDOS

Diante de todo o exposto, requer:

(i) a concessão da tutela provisória de urgência, nos termos do art.


300 do CPC, determinando-se a imediata desocupação do imóvel
pela Ré, e, em caso de negativa de cumprimento voluntário da
ordem, requer seja expedido o mandado de imissão na posse,
autorizando o uso de força policial, se necessário;
(ii) a citação da Ré para que, querendo, apresente contestação no
prazo legal, sob pena de revelia;
(iii) ao final, a confirmação da tutela provisória concedida, com a total
procedência da presente ação, tornando definitiva a desocupação
do imóvel pela Ré; e
(iv) a condenação da Ré ao pagamento dos ônus de sucumbência.

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito


admitidos, especialmente a oitiva de testemunhas, conforme rol anexo, e o
depoimento pessoal da Ré.

Em atendimento ao disposto no art. 319, VII, do CPC, o Autor informa


que há / não há interesse na designação de audiência de conciliação.

Dá-se à causa o valor de R$ XXX (XXX reais).

Nestes termos,

Pede deferimento.

Local, data.

ADVOGADO

OAB n. XXX

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