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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE UMA DAS VARAS DE

FAMÍLIA DO FORO DA COMARCA ALFA

(5 linhas)

LUÍSA DOS SANTOS BASTOS, nascida em 01/01/2010, domiciliada na


cidade Alfa, menor impúbere, representada por sua genitora, MARIA DOS
SANTOS, [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portadora da cédula de
identidade RG n. XXX, inscrita no CPF/MF sob o n. XXX, com endereço
eletrônico XXX, residente e domiciliada na Rua XXX, n. XXX, bairro XXX,
cidade XXX, Estado XXX, CEP XXX, vem, respeitosamente, perante Vossa
Excelência, por intermédio de seu advogado, abaixo assinado (instrumento de
procuração anexo), com fundamento na Lei n. 5.478/68 e no CPC, art. 693 e
ss., propor a presente

AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO LIMINAR DE ALIMENTOS


PROVISÓRIOS

em face de ALICE BASTOS, [nacionalidade], [estado civil], [profissão],


portadora da cédula de identidade RG n. XXX, inscrita no CPF/MF sob o n.
XXX, com endereço eletrônico XXX, residente e domiciliada na Rua XXX, n.
XXX, bairro XXX, cidade XXX, Estado XXX, CEP XXX, pelas razões de fato e
de direito abaixo aduzidas.

I. SÍNTESE DOS FATOS

A Autora, menor impúbere, é filha de Maria dos Santos e de Paulo


Bastos, já falecido. Seus pais divorciaram-se em 04/07/2013, restando ajustado
que o genitor pagaria pensão alimentícia à Autora, no valor de R$ 2.000,00
(dois mil reais).

O pai da menor honrou com o pagamento mensal da pensão até a data


de sua morte, em 25/08/2015. Paulo não deixou bens a partilhar, de modo que
a Autora não recebeu qualquer valor ou bem a título de herança.

Após a morte do pai da Autora, sua mãe se viu impossibilitada de arcar


sozinha com as despesas para manutenção e educação da filha, já que
percebe remuneração mensal correspondente a um salário mínimo nacional, o
que é insuficiente para atender às necessidades da menor.

Assim, considerado que os demais avós da menor faleceram antes de


seu nascimento, a Autora utiliza-se da presente medida judicial, a fim de que
sejam fixados alimentos avoengos para o sustento da menor.

II. DA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

Nos termos do art. 1º, §§ 2º e 3º, da Lei n. 5.478/68, a parte que não
tiver condições de arcar com o pagamento das custas e despesas processuais
sem prejuízo de seu sustento e de sua família terá concedido o benefício da
gratuidade.

Desse modo, considerando que a Autora é menor dependente de


pensionamento mensal e que sua mãe percebe remuneração mensal
correspondente a um salário mínimo, requer a concessão da gratuidade de
justiça.

III. DO DIREITO

De acordo com a disposição do art. 1.695 do CC, são devidos alimentos


quando quem os pretende não possui bens, nem pode prover à própria
mantença por meio de seu trabalho; ao passo que aquele a quem se reclama
pode fornecê-los, sem prejuízo de seu próprio sustento.

Conforme já exposto, a menor depende do recebimento de pensão


alimentícia para garantia de sua subsistência desde o acordo firmado com o
pai, no ano de 2013. Com a morte de seu genitor, a menor viu-se
desamparada, considerando que a remuneração mensal percebida pela mãe é
insuficiente para arcar com as necessidades da Autora.

Por outro lado, a avó paterna da Autora, ora Ré, goza de situação
patrimonial bastante confortável, que lhe possibilita arcar com o pagamento de
pensão alimentícia, no valor proposto, sem qualquer prejuízo ao seu próprio
sustento.

De acordo com o art. 1.698 do CC, a fixação dos alimentos avoengos é


possível, em caráter subsidiário, na impossibilidade de cumprimento da
obrigação alimentar pelo parente que deve alimentos em primeiro lugar –
entendimento validado recentemente pelo E. STJ no enunciado da Súmula n.
596 (“A obrigação alimentar dos avós tem natureza complementar e
subsidiária, somente se configurando no caso de impossibilidade total ou
parcial de seu cumprimento pelos pais”).

No presente caso, com a morte de seu pai e de seus outros avós, a avó
paterna da Autora é a ascendente de grau mais próximo, apta a assumir a
obrigação.

Dessa forma, demonstrada a necessidade da Autora e a possibilidade


financeira da Ré para arcar com a pensão alimentícia, no valor proposto,
requer sejam fixados, desde logo, os alimentos provisórios, nos termos do art.
4º da Lei n. 5.478/68.

IV. DOS REQUERIMENTOS E DOS PEDIDOS

Diante do exposto, a Autora requer:

(i) a concessão do benefício da gratuidade de justiça;


(ii) a fixação de alimentos provisórios, nos termos do art. 4º da Lei n.
5.478/68, no valor de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) a
serem pagos mensalmente;
(iii) a citação postal da Ré para comparecimento em audiência e para
que, querendo, apresente contestação no prazo legal;
(iv) considerando que estamos diante de um procedimento de ação
de família (CPC, art. 693, p.u.), requer que o mandado de citação
não traga cópia da petição inicial (CPC, art. 695, § 1º);
(v) a intimação do Ministério Público para se manifestar, diante da
presença de menor (art. 178, II, do CPC); e
(vi) ao final, a procedência da presente ação, com a fixação de
pensão mensal alimentícia, em definitivo, no valor de R$ 1.500,00
(mil e quinhentos reais), e a condenação da Ré ao pagamento
dos ônus de sucumbência;
(vii) requer provar o alegado por todos os meios de prova em direito
admitidos, especialmente a oitiva de testemunhas, o depoimento
pessoal da Ré e, ainda, eventual juntada de novos documentos,
conforme o art. 8º da Lei n. 5.478/68.

Dá-se à causa o valor de R$ 18.000,00 (dezoito mil reais),


correspondente à soma de doze vezes o valor pleiteado, nos termos do art.
292, III, do CPC.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Local, data.

ADVOGADO

OAB n. XXX

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