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1- DOS FATOS
Como já exposto na inicial, os pais do requerente, Sra Margarida e Sr.Francisco, tiveram uma
relação amorosa enquanto a Sra Margarida era fuuncionária do Sr. Francisco, relação essa
que resultou em uma gravidez, conforme todos os devidos documentos juntados na inicial.
A Sra. Margarida entrou com ação para obter auxílio financeiro e então dispor de uma
gravidez saudável, e por decisão desse respeitável juízo foi deferido o pedido de alimentos
gravidícios o qual automaticamente seria convertido para alimentos provisórios após o
nascimento do autor da presente ação, a decisão foi acatada e cumprida pelo executado que
no momento não interpôs recurso, e que durante a gestação efetuou o pagamento no valor de
R$3.000,00 (três mil reais) de acordo com a sentença, fazendo assim ser notório o dever com
as obrigações da paternidade.
No entanto com o nascimento da criança, o executado parou de cumprir com suas obrigações
financeira, sob alegação de que somente estava obrigado durante a gestação. Mesmo após ter
Margarida explicado que continuava necessitando dos valores, porquanto deveria arcar com
as despesas para o sustento de Cristiano, o mesmo manteve-se inerte e negou a realização de
pagamentos quaisquer.
2- DO DIREITO
Após o juiz deferir a ação, fixando o valor do pagamento, assim como ocorrido na sentença
da inicial, existindo inadimplência por parte do executado, é legalmente cabido a parte
interessada nesse caso o menor Francisco representado por sua genitora, entrar com outro
processo.
De acordo com o Art. 4° da Lei 5478/68 que nos diz: “Ao despachar o pedido, o juiz fixará
desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor
expressamente declarar que deles não necessita”.
Nesse caso, a genitora em questão necessita do recebimento provisórios ainda mais do que
quando recebeu alimentos gravidícios, pois a mesma está prestes a ser despejada da casa onde
mora de aluguel por falta de pagamento, e é obvio necessitar de recursos para uma boa
alimentação e assim suprir as devidas necessidades do aleitamento materno do autor da
presente ação.
O Art 1694, § 1 do Código Civil - Lei 10406/02 que nos assegura o seguinte:” Podem os
parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem
para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às
necessidades de sua educação.
§ 1º Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos
recursos da pessoa obrigada”.
Ou seja, para que qualquer espécie de pedido de alimentos seja concedida é necessário:
necessidade do alimentando e possibilidade do alimentante. Nessa questão vemos claramente
a necessidade da autora que passa por grave dificuldade financeira, e a possibilidade do réu
que se trata de um rico empresário rural.
3- Dos Pedidos
a. Intimação do Ministério Público, por se tratar de interesse de menor, de acordo com o
Art.82, I, CPC;
b. Concessão de imediato dos alimentos provisórios, no valor de R$3.000,00 (três mil
reais);
c. Citação do Réu;
d. Julgamento procedente para o réu efetuar o pagamento de R$3.000,00 (três mil reais),
em pensão alimentícia em favor do menor;
Nestes termos,
Pede deferimento.
Londrina, xx de Maio de 2020.
(nome do advogado)
OAB
(assinado digitalmente)