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DOUTO JUÍZO DA VARA____ DE FAMÍLIA DA COMARCA DE

FORTALEZA.

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Francisco das Couves Melão, brasileiro, menor, estudante, inscrito na Carteira de


Identidade sob o n.º.........., órgão expedidor SSPDS/CE, e no CPF n.º..............., neste
ato representada por sua genitoraMaria das Couves, brasileira, maior, solteira,
universitária, inscrita na Carteira de Identidade sob o nº 87952144, órgão expedidor
SSPDS/CE, e no CPF nº 857.894.254-85, ambos residentes e domiciliadas na Rua Pedro
Valadão, 315, Bairro Centro, Fortaleza/CE, CEP n.º 60.754-289, Fortaleza-CE,
endereço eletrônico:..............., por meio de seus advogados infra-assinado, (procuração
em anexo, 01), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro no
art. 229 da Constituição Federal de 1988, na Lei 5.478/68, e no art. 1.696 do Código
Civil, propor a presente;

AÇÃO DE ALIMENTOS

DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS

Em face de João Melão, brasileiro, solteiro, funcionário público estadual, RG n°


2531542 SSP/CE, CPF n° 256.854.125-32, residente e domiciliado na Rua; VI de
setembro, n° 528 - A Bairro: Praia Grande, Fortaleza/CE, CEP.: 60.124-854, endereço
eletrônico desconhecido, telefone:..............., demais dados desconhecidos pela autora,
pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

I. DA JUSTIÇA GRATUITA

A Requerente não possui condições de arcar com as custas e despesas processuais, sem
prejuízo próprio ou de sua família, conforme declaração de hipossuficiência anexa, sob
égide do Código de Processo Civil, artigo 98 e seguintes, bem como pelo
artigo 5º, LXXIV, da Constituição Federal de 1988. Deste modo, a Requerente faz jus à
concessão da gratuidade de justiça. Insta ressaltar que entender de outra forma seria
impedir os mais humildes de ter acesso à Justiça, garantia maior dos cidadãos no Estado
Democrático de Direito, (documento anexo, 02).

II. DOS FATOS

A genitora do Requerente e o Requerido tiveram um caso amoroso que desse


relacionamento nasceu no dia 21 de abril de 2009 Francisco das Couvas Melão,
conforme se faz prova a certidão de nascimento, documento anexo (03).

Ocorre que, o relacionamento acabou e o Requerido apenas prestou auxílio financeiro


no valor de RS 250,00 (duzentos e cinquenta reais) com a finalidade de suprir as
necessidades do filho, e ainda ajuda com o aluguel da casa onde vive Maria e
Francisco,pagando RS 250,00 (duzentos e cinquenta reais).Ocorre que João, em sua
última visita ao filho, informou que reduzirá a pensão em face de precisar adquirir um
carro novo. Sendo importante ressaltar ainda que João não tem dia certo para efetuar o
pagamento do valor acima.

João percebe R$ 5.000,00 e Maria não tem condições de suportar, sozinha os gastos
com o filho, pois tem como remuneração mensal R$ 1.000,00 (hum mil reais), quantia
inviável para o sustento da casa e de seu filho, pois além de arcar com as despesas de
sua residência também tem que arcar com as necessidades básicas de seu herdeiro, tais
como alimentação, vestuário e outros, como se vê: DESPESAS VALORES (R$)
Colégio 250,00 Alimentação 400,00 Vestuário 200,00 Transporte 100,00 Aluguel
250,00 Total 1.200,00

Já o demandado, apesar de ter possiblidades de ajuda-la financeiramente, visto que é


funcionário público estadual, não o faz, frustrando inclusive, as tentativas de contato
telefônico feitas pela autora.

III. DO DIREITO

A ação de alimentos é regulada pela lei 5.478/68 e prevista no artigo 1.696 do CC, que


assim nos diz:

Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo
a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta
de outros.

A requerente encontra-se amparada legalmente, como pode ser observado no


artigo 1.695, do Código Civil, vejamos:

Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens
suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem
se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.

Ademais, o dever de prestação de alimentos também está previsto expressamente


na Constituição Federal de 1988, em seu artigo 229, o qual leciona que são deveres dos
pais assistir, criar e educar os filhos menores, tendo em vista que os menores não têm
condições de prover a si mesmo.

IV. DA TUTELA DE URGÊNCIA - ALIMENTOS PROVISÓRIOS

Nas ações de alimentos, é cabível a fixação de alimentos provisórios, nos termos do


art. 4º da Lei 5.478/68: “Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos
provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que
deles não necessita”.

No vertente caso, em razão das dificuldades financeiras por que passa a genitora da
requerente, mister se faz a fixação, como tutela de urgência, determinando seu
pagamento exclusivamente pelo requerido, resultando no periculum in mora.
Outrossim, o requerido goza de estável situação econômica e financeira e deve arcar
com as necessidades de seu filho, mormente no presente caso em que não paira qualquer
dúvida sobre a paternidade, o que torna injustificável a inércia que priva a requerente,
seu filho, do necessário ao sustento.

Desta forma requer que seja fixado o valor de 30% (trinta por cento) do salário mínimo,
pois é latente que o Requerido deve cumprir com sua obrigação contribuindo para
manutenção do mínimo necessário para que a requerente tenha uma qualidade de vida
dentro de padrões dignamente aceitáveis.

V. DOS PEDIDOS

Ante o exposto requer:

1. Concessão dos benefícios da justiça gratuita, por ser a autora pobre em sentido legal,
conforme os preceitos da Lei 1060/50 e declaração de pobreza em anexo;

2. Intimação do Ministério Público, por se tratar de interesse de menor, nos moldes do


art. 82, I, CPC;

3. Concessão, de imediato, dos alimentos provisórios, no importe de R$1.000,00 (mil


reais) mensais a serem descontados diretamente em folha de pagamento;

4. Citação do réu para contestar no prazo de 5 dias, sob pena de revelia;

5. Julgamento procedente para condenar o réu a pagar a autorao valor mensal de


RS1000,00. Que sejam convertidos em pensão alimentícia em favor do menor;

6. Condenação do réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios no


montante de 20% (vinte por cento) sobre o valor da causa.

Protesto provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito,


notadamente, documental, testemunhal e, após o nascimento com vida, a pericial.

Dar-se-á à presente causa o valor de 12.000,00 (doze mil reais).

Nestes Termos,

Pede Deferimento.

Fortaleza, 02 de Fevereiro de 2020

MICHELINE DA SILVA FERREIRA

ADVOGADO OAB/CE 201310408

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