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EXMO. SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA


DE _______.

Antônio e Pietro Oliveira, menores, nascido em, neste ato representados por sua
genitora Ruth Camargo, brasileira, estado civil, profissão, portadora do documento de
identidade nº, inscrito (a) no CPF sob o nº, residente e domiciliado (a) na rua nº, Bairro,
Cidade, vem, respeitosamente, perante V. Exa., por seus procuradores infra-assinados,
com endereço profissional na rua, nº, Bairro, Cidade, endereço eletrônico,com
fundamento na Lei nº 5.478/68 e no art. 693, parágrafo único, Código de Processo Civil,
ajuizar a presente

AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO LIMINAR DE FIXAÇÃO DE


ALIMENTOS PROVISÓRIOS

Em face de José Leonardo Oliveira, brasileiro, solteiro, agente de segurança


penitenciário, portador do documento de identidade nº , inscrito no CPF sob o nº,
residente e domiciliado na rua, nº, Cidade, pelos fundamentos e elementos fáticos e
jurídicos a seguir alinhados.

I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

O autor da presente ação por não ter condições econômicas e financeiras de arcar com
as custas processuais e demais despesas aplicadas, sem prejuízo de seu sustento e de sua
família, vem, com base no art. 5º, LXXIV da Constituição Federal e no art. 98 e
seguintes do Código de Processo Civil, requerer que sejam concedidos os benefícios da
Gratuidade de Justiça.

II - DOS FATOS

O menor é filho do requerido (a), conforme cópia da certidão de nascimento


anexa. Entretanto, apesar da relação jurídica que os une, o Requerido (a) não vem
prestando auxílio com regularidade, para criação e educação de seu filho.

Ressalta-se que a genitora do menor trabalha atualmente como ___________,


auferindo renda mensal de R$ 1.070,00 (um mil e setenta reais), e vem, com muita
dificuldade, arcando com as despesas de criação do menor, tais como moradia,
alimentação, vestuário, educação, medicamentos, lazer etc.

O Requerido, por sua vez, trabalha como_____________, auferindo, R$


4.098,45 (quatro mil e noventa e oito reais e quarenta e cinco centavos).
Diante dos fatos expostos, surgiu a necessidade de se ingressar com a presente
demanda para fixar um valor mensal a título de pensão alimentícia em favor do menor.

III - DO DIREITO

A Constituição Federal, no art. 229, traz o seguinte teor “os pais têm o dever de assistir,
criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os
pais na velhice, carência ou enfermidade”.

Neste mesmo raciocínio o art. 1.634, I, do Código Civil impõe responsabilidade a


ambos os pais, qualquer que seja a situação conjugal quanto aos filhos. O Estatuto da
Criança e do Adolescente Lei 8.096/90, em seu art. 22 traz a seguinte norma “ aos pais
incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes
ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir determinações
judiciais”.

O fundamento desta obrigação, conforme ensinamentos da Doutrinadora Maria Helena


Diniz no seu Livro “Curso de Direito Civil Brasileiro, 5. São Paulo: Saraiva, 2003, p.
467: O fundamento desta obrigação de prestar alimentos é o princípio da preservação da
dignidade da pessoa humana ( CF, art. 1º, III) e o da solidariedade familiar, pois vem a
ser um dever personalíssimo, devido pelo alimentante, em razão do parentesco que o
liga ao alimentado.

A ação de alimentos, disciplinada pela Lei 5.478/68 em seu art. 2º, diz que o credor que
o credor de alimentos exporá suas necessidades, provando apenas o parentesco ou então
a obrigação de alimentar do devedor. Destarte, resta mais que provado que o Requerido
tem o dever de prestar alimentos não podendo se escusar do dever em nenhuma
hipótese. Portanto, é evidente que o pedido de alimentos formulados pelo Requerente é
juridicamente possível, uma vez que há relação de parentesco entre as partes, e foram
expostos os requisitos necessários para que seja fixado os alimentos, tendo em vista a
necessidade do menor e a possibilidade do Requerido.

IV - DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS

É sabido que nas ações de alimentos é cabível a fixação de alimentos provisórios,


conforme ensinamentos do art. 4º da Lei 5.478/68: “ao despachar o pedido, o juiz fixará
desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor
expressamente declarar que deles não necessita. ”
No caso em tela, em consequência das dificuldades financeiras da genitora do menor,
necessário se faz a fixação, como tutela de urgência, tendo em vista que o Requerido
possui situação econômica financeira estável. À vista disso, requer a V. Excelência a
fixação de alimentos provisórios, em caráter de urgência, no valor mensal de 30% sobre
o salário do Requerido, para satisfação das necessidades do filho.

V – DOS PEDIDOS

Diante o exposto, a presente ação deverá ser julgada totalmente procedente,


determinando V. Excelência:

1. O deferimento dos benefícios da Justiça Gratuita, conforme art. 98 e 99 do CPC/15;

2. A designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII, do


CPC/15;

3. A fixação dos alimentos provisórios em 30% sobre os rendimentos brutos, abatidos


os descontos legais, acrescidos de férias e 13º salário;

4. A intimação do ilustre representante do Ministério Público para intervir no feito;

5. A citação do Requerido, acima descrito, para que compareça em audiência designada


por V. Excelência, sob pena de confissão quanto a matéria de fato, podendo contestar
dentro do prazo legal sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia, nos moldes do art.
344 do CPC/15;

6. Seja condenado o requerido ao pagamento das custas processuais e honorários


advocatícios, nos moldes do art. 546 do CPC/15;

7. A procedência do pedido, condenando o requerido ao pagamento dos alimentos


definitivos no mesmo valor pleiteado no item 3;

Provará o alegado por todos os meios permitidos em direito, em especial pela juntada de
documentos, oitiva de testemunhas e depoimento pessoal do réu.

Atribui-se à causa o valor de R$ 12.541,32 (doze mil quinhentos e quarenta e um reais e


trinta e dois centavos).

Nestes termos,

Pede-se e espera deferimento;

CIDADE (DATA)

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