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o que faz com fundamento no art. 24 da Lei n° 5.478/68 (Lei de Alimentos) e pelas razões de fato e de
direito a seguir aduzidas:
1 . DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Inicialmente, requer os benefícios da Justiça Gratuita, por não possuir condições financeiras
para arcar com o pagamento das custas judiciais e honorários advocatícios, sem prejuízo do próprio
sustento e de sua família, nos termos da Lei nº 1.060/50 e da Lei nº 7.115/83, conforme Declaração
de pobreza em anexo.
2. DA INEXISTÊNCIA DE E-MAIL
O Autor não possui endereço eletrônico, assim como desconhece o endereço eletrônico do Réu,
de modo que não há infringência ao inciso II do §3º do art. 319, do CPC.
1
O Autor requer, com fulcro no art. 319, inciso VII, do CPC, que seja realizada audiência de
conciliação ou mediação, assim como que a sua respectiva intimação seja feita pessoalmente, nos
termos do §2º do art. 186, do CPC.
4. DOS FATOS
Importante destacar que o autor trabalha como mêcanico de carro, possui rendimentos
modestos, e tendo em vista sua real situação financeira se propõe a fornecer 30% (trinta por cento) do
salário mínimo vigente, atualmente o correspondente a R$ 153,00 (cento e cinquenta e três reais)
mensal. Requerendo, desde já, a abertura de uma conta bancária em nome da genitora da menor, na
agência do Banco do Brasil, nesta cidade, para o devido pagamento.
5. DO DIREITO
“Art. 1.703. Para a manutenção dos filhos, os cônjuges separados judicialmente contribuirão na
proporção de seus recursos.”
Verifica-se que é obrigação dos pais fornecer sustento para o filho, vez que este não
pode se prover por si só.
“Art. 229: Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores
têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.”
E como bem elucida Carlos Roberto Gonçalves 2, tal mandamento “deve ser cumprido
incondicionalmente, pois subsiste independentemente do estado de necessidade do filho.”
1 Marco Aurélio Viana, Alimentos – Ação de Investigação, 1998. p. 207.
2 Direito Civil: Direito de Família, v. 2, São Paulo: Saraiva, 2000. p. 139.
2
Elucida, ainda, Yussef Said Cahali, em seu livro Dos Alimentos, 4.ª ed., RT, p. 15,
que :
“O ser humano, por natureza, é carente desde a sua concepção; como tal, segue o seu
fadário até o momento que lhe foi reservado como derradeiro; nessa dilação temporal – mais ou
menos prolongada –, a sua dependência dos alimentos é uma constante, posta como condição de
vida. Daí a expressividade da palavra ‘alimentos’ no seu significado vulgar: tudo aquilo que é
necessário à conservação do ser humano com vida...”
Desta forma, resta-se comprovado o dever legal de prestação de alimentos por parte do
requerente à requerida, e ainda, seu desejo constante de fazê-lo, sendo certo que o simples fato do
autor ser “pai” traz em si a qualidade de credor de alimentos das filhas.
No mais, a genitora dos demandados é uma pessoa sadia, trabalha como cabeleireira, e
também possui o dever alimentar para com a filha.
Art. 1694, § 1º. Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e
dos recursos da pessoa obrigada
E como bem observa Washington de Barros Monteiro, por Yussef Said Cahali, “A Lei
não quer o perecimento do alimentando, mas também não deseja o sacrifício do alimentante...”
"Os alimentos hão de ser estipulados com dosado equilíbrio, acudindo às necessidades de quem
os solicita, mas também sem extrapolar as efetivas possibilidades de quem se acha obrigado a
prestá-los" (TJMG, Ap. n.º 61.306, Comarca de Conselheiro Lafaiete, Rel. Des. HUMBERTO
THEODORO JÚNIOR, ac. em 19/05/83).
6. DOS PEDIDOS
3
mediante depósito bancário, em conta a ser aberta no Banco do Brasil, agência desta cidade, por
determinação deste Juízo.
7. Das Provas
Dá-se à causa o valor de R$ 1.836,00(um mil oitocentos e trinta e seis reais), para
todos os efeitos legais.
Temos em que,
Pede deferimento.